03-05-2023, 11:16 AM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 03-05-2023, 11:18 AM por Novo Mundo.)
"Terminei" com ela, deixando claro que NUNCA em momento algum, falei que queria algo sério com ela, e ela mesma não queria nada sério, pois era emocionalmente muito fechada, as coisas acabaram rolando depois de muitas saídas, mas jamais a iludi, disso eu posso me orgulhar.
Mas por fim eu estava alegre e feliz, meu amigo me levou para a casa dele, e lá ele, o pai dele e suas respectivas namoradas, todos confraternizamos, e eu me senti de fato acolhido, foi uma noite fria serrana agradável, bebemos vinho, e então, eu fui embora da cidade.
Eu sempre quis sair da minha cidade natal, sempre quis retornar a terra natal de minha mãe, e sempre gostava mais de lá do que do meu próprio lugar, não me sentia pertencente ao lugar, minha mãe não fazia parte do lugar, ela era de fora, logo, eu também não tinha a cultura do lugar, e pra piorar, com 14 anos fiz um vídeo falando mal da cidade que viralizou o que definitivamente fez eu não me sentir acolhido de forma alguma no lugar por um bom tempo.
Porém em 2018, ultima vez que fui para a cidade natal da minha mãe de férias, eu já havia percebido que talvez não seria um lugar tão bom assim para morar, porém ignorei esse sentimento, pois agora eu teria que ir e não tinha o que fazer, estava feliz por encontrar minha família, meus primos.
A contraste foi tão grande... a confraternização antes de sair de minha cidade natal e a confraternização com meus primos de lá... botando defeito em tudo que eu fazia, não sabendo manter uma conversa, uma arrogância que talvez sempre tenha existido mas agora que sou mais velho consigo perceber melhor.
E todos aqui, ao menos do meu ponto de vista eram mais ou menos desse jeito, isso tudo me fez perder o brilho e o sonho de sair da minha cidade para ir morar em outro lugar enfim realizado, foi realizado para nada, e tudo que ganhei foi frustração, estresse e solidão.
Mas não vou me estender sobre isso, pois foi bom, eu precisava perder o brilho e realizar esses sonhos fúteis nos meus 20 anos para não virar um homem frustrado, eu prefiro ser "o cara que saiu e foi pro mundo e viu que é tudo uma grande merda" do que "o cara que acha que o mundo é lindo e a cidade dele é que é ruim", foi amadurecedor, sem dúvidas.
Nisso, eu comecei a sentir uma raiva inexplicável que eu descontava na sombra do meu pai, nessa época ele estava vivo, e eu conseguia ver as postagens dele de vez em quando por uma conta secundária, imaginava que se o encontrasse de novo, bateria nele, estava com raiva estava responsabilizando todos os meus problemas, mesmo os que não tinham nada a ver com ele, mesmo que indiretamente.
Fui viajar visitar esse meu amigo, aquele que confraternizei antes de ir embora da minha cidade natal, viajei para fazer um concurso, tentei emprego nessa cidade, não deu muito certo, hehe.
Mas uma coisa que eu acredito que vai ficar marcada para mim pelo resto da vida foi a conversa que tivemos, eu fui prestar essa prova e tudo nesse dia foi meio místico, minha mãe queria que eu pegasse o uber,, eu queria economizar e fui de ônibus mesmo, eu estava de saco cheio dela achar que eu não tinha a capacidade de fazer coisas simples, como pegar ônibus em de circular, ela não estava totalmente errada, pois é muito fácil se perder nesses ônibus, e de fato, quase me perdi! E iria perder a prova! Mas dei sorte e perguntei para as pessoas certas na hora certa, fiz a prova, voltei, e encontrei meu amigo louco de conhaque.
Ele falou que queria conversar e que não queria ficar sozinho, ele estava bêbado e parecia meio em transe, começou a me elogiar um monte, disse que, por eu ter crescido sem pai e a minha mãe trabalhar o dia inteiro, eu teria muitas chances de ter me perdido na vida, mas não me perdi, e ele me admirava por isso, falou que definitivamente tinha Algo me protegendo, falou que e estava bêbado demais para falar essas coisas e algo falou por ele, falou para não odiar meu pai, e ele falou com convicção, confrades, falou que meu pai IA pagar por tudo que fez, ele falou com uma gigantesca convicção, isso era em novembro do ano passado, fiquei sabendo do meu pai em dezembro, ninguém sabia até ele já ter morrido.
Meu amigo permaneceu falando sobre minha mãe, pois havia reclamado do fato dela estar me enchendo o saco da questão do uber, mas ele falou que ela tinha que fazer o que podia, e deixou claro que Algo além me protegia, nesse dia parece que ele estava meio mal pois tinha ligado bêbado para conversar com os pais dele também, que havia se separado fazia uns 2 anos.
Após ele falar isso, minha mãe me liga, justamente quando ele estava falando dela, e o pai dele liga para ele em seguida.
Após isso, fiquei mais um tempo na casa dele procurando emprego, mas resolvi ir embora, não valeria a pena para mim ter contas para pagar sendo subempregado.
Sai com meu primo, e ele me solta que achava que a vida dele só iria se resolver quando o pai dele morresse, ele nunca havia falado nada do tipo para mim antes. Isso ele me disse poucos dias antes do meu pai morrer.
Enfim, essa viagem, a noticia do meu pai, essa conversa com meu amigo, minha mudança de cidade, e essa garota, foram como meu segundo "trauma" assim como o atropelamento foi o primeiro, sinto que foram coisas que me abalaram profundamente, mas ao mesmo tempo, me fizeram ter uma visão mais madura da vida.
É claro que nunca vi fantasmas, mas foi uma quantidade de coincidências que simplesmente não consigo deixar mais passar desapercebido e precisava deixar registrado em algum lugar.
E falando em coincidências, os irmãos karamásov era outro livro que eu estava relendo, e havia terminado pouco antes de receber a notícia sobre meu pai.
Acho que o texto ficou bem mais longo, estafante e desconexo do que eu gostaria, mas os fatos foram vindo na minha mente e eu fui jogando no teclado, como se estivesse confidênciando isso em um bar mesmo, sem me preocupar muito com a linearidade dos fatos.
E agora, tenho esse dinheiro para receber, as vezes sinto que é um dinheiro maldito, as vezes que é uma ajuda que ele está dando em morte, o que em vida não deu.
De uma forma ou de outra, se eu estivesse com dinheiro sobrando, talvez até doasse esse dinheiro para evitar coisas ruins, mas esse dinheiro pode e vai ser muito necessário, pois eu não sou rico.
O que eu posso fazer, penso, é ser o mais sábio possível para multiplicar esse dinheiro o quanto eu puder, e chegar a uma patamar tão grande, onde possa doar o capital inicial sem que isso me faça falta.
Bem, era para ser um relato sobre certas coincidências na minha vida, mas acabou virando uma novela
Outra coincidência estranha sobre a morte do meu pai, eu faço aniversário em março, e há um cartão de visitas para uma festa de aniversário minha de tantas, é a única que ficou colada na geladeira desde sempre, como lembrança, a data era 08/03/03 embora eu não faça aniversário precisamente no dia 8.
O instagram que meu pai usava para postar antes de morrer teve exatamente 833 postagens.
Quase ia me esquecendo, sintam-se livres para relatar suas experiências transcendentais, sejam coincidências ou conversas, como no meu caso, seja até coisas mais explícitas, enfim, coisas que vocês julguem que guiaram vocês de alguma forma, mesmo que não explicitamente, mas as vezes sutilmente.
Mas por fim eu estava alegre e feliz, meu amigo me levou para a casa dele, e lá ele, o pai dele e suas respectivas namoradas, todos confraternizamos, e eu me senti de fato acolhido, foi uma noite fria serrana agradável, bebemos vinho, e então, eu fui embora da cidade.
Eu sempre quis sair da minha cidade natal, sempre quis retornar a terra natal de minha mãe, e sempre gostava mais de lá do que do meu próprio lugar, não me sentia pertencente ao lugar, minha mãe não fazia parte do lugar, ela era de fora, logo, eu também não tinha a cultura do lugar, e pra piorar, com 14 anos fiz um vídeo falando mal da cidade que viralizou o que definitivamente fez eu não me sentir acolhido de forma alguma no lugar por um bom tempo.
Porém em 2018, ultima vez que fui para a cidade natal da minha mãe de férias, eu já havia percebido que talvez não seria um lugar tão bom assim para morar, porém ignorei esse sentimento, pois agora eu teria que ir e não tinha o que fazer, estava feliz por encontrar minha família, meus primos.
A contraste foi tão grande... a confraternização antes de sair de minha cidade natal e a confraternização com meus primos de lá... botando defeito em tudo que eu fazia, não sabendo manter uma conversa, uma arrogância que talvez sempre tenha existido mas agora que sou mais velho consigo perceber melhor.
E todos aqui, ao menos do meu ponto de vista eram mais ou menos desse jeito, isso tudo me fez perder o brilho e o sonho de sair da minha cidade para ir morar em outro lugar enfim realizado, foi realizado para nada, e tudo que ganhei foi frustração, estresse e solidão.
Mas não vou me estender sobre isso, pois foi bom, eu precisava perder o brilho e realizar esses sonhos fúteis nos meus 20 anos para não virar um homem frustrado, eu prefiro ser "o cara que saiu e foi pro mundo e viu que é tudo uma grande merda" do que "o cara que acha que o mundo é lindo e a cidade dele é que é ruim", foi amadurecedor, sem dúvidas.
Nisso, eu comecei a sentir uma raiva inexplicável que eu descontava na sombra do meu pai, nessa época ele estava vivo, e eu conseguia ver as postagens dele de vez em quando por uma conta secundária, imaginava que se o encontrasse de novo, bateria nele, estava com raiva estava responsabilizando todos os meus problemas, mesmo os que não tinham nada a ver com ele, mesmo que indiretamente.
Fui viajar visitar esse meu amigo, aquele que confraternizei antes de ir embora da minha cidade natal, viajei para fazer um concurso, tentei emprego nessa cidade, não deu muito certo, hehe.
Mas uma coisa que eu acredito que vai ficar marcada para mim pelo resto da vida foi a conversa que tivemos, eu fui prestar essa prova e tudo nesse dia foi meio místico, minha mãe queria que eu pegasse o uber,, eu queria economizar e fui de ônibus mesmo, eu estava de saco cheio dela achar que eu não tinha a capacidade de fazer coisas simples, como pegar ônibus em de circular, ela não estava totalmente errada, pois é muito fácil se perder nesses ônibus, e de fato, quase me perdi! E iria perder a prova! Mas dei sorte e perguntei para as pessoas certas na hora certa, fiz a prova, voltei, e encontrei meu amigo louco de conhaque.
Ele falou que queria conversar e que não queria ficar sozinho, ele estava bêbado e parecia meio em transe, começou a me elogiar um monte, disse que, por eu ter crescido sem pai e a minha mãe trabalhar o dia inteiro, eu teria muitas chances de ter me perdido na vida, mas não me perdi, e ele me admirava por isso, falou que definitivamente tinha Algo me protegendo, falou que e estava bêbado demais para falar essas coisas e algo falou por ele, falou para não odiar meu pai, e ele falou com convicção, confrades, falou que meu pai IA pagar por tudo que fez, ele falou com uma gigantesca convicção, isso era em novembro do ano passado, fiquei sabendo do meu pai em dezembro, ninguém sabia até ele já ter morrido.
Meu amigo permaneceu falando sobre minha mãe, pois havia reclamado do fato dela estar me enchendo o saco da questão do uber, mas ele falou que ela tinha que fazer o que podia, e deixou claro que Algo além me protegia, nesse dia parece que ele estava meio mal pois tinha ligado bêbado para conversar com os pais dele também, que havia se separado fazia uns 2 anos.
Após ele falar isso, minha mãe me liga, justamente quando ele estava falando dela, e o pai dele liga para ele em seguida.
Após isso, fiquei mais um tempo na casa dele procurando emprego, mas resolvi ir embora, não valeria a pena para mim ter contas para pagar sendo subempregado.
Sai com meu primo, e ele me solta que achava que a vida dele só iria se resolver quando o pai dele morresse, ele nunca havia falado nada do tipo para mim antes. Isso ele me disse poucos dias antes do meu pai morrer.
Enfim, essa viagem, a noticia do meu pai, essa conversa com meu amigo, minha mudança de cidade, e essa garota, foram como meu segundo "trauma" assim como o atropelamento foi o primeiro, sinto que foram coisas que me abalaram profundamente, mas ao mesmo tempo, me fizeram ter uma visão mais madura da vida.
É claro que nunca vi fantasmas, mas foi uma quantidade de coincidências que simplesmente não consigo deixar mais passar desapercebido e precisava deixar registrado em algum lugar.
E falando em coincidências, os irmãos karamásov era outro livro que eu estava relendo, e havia terminado pouco antes de receber a notícia sobre meu pai.
Acho que o texto ficou bem mais longo, estafante e desconexo do que eu gostaria, mas os fatos foram vindo na minha mente e eu fui jogando no teclado, como se estivesse confidênciando isso em um bar mesmo, sem me preocupar muito com a linearidade dos fatos.
E agora, tenho esse dinheiro para receber, as vezes sinto que é um dinheiro maldito, as vezes que é uma ajuda que ele está dando em morte, o que em vida não deu.
De uma forma ou de outra, se eu estivesse com dinheiro sobrando, talvez até doasse esse dinheiro para evitar coisas ruins, mas esse dinheiro pode e vai ser muito necessário, pois eu não sou rico.
O que eu posso fazer, penso, é ser o mais sábio possível para multiplicar esse dinheiro o quanto eu puder, e chegar a uma patamar tão grande, onde possa doar o capital inicial sem que isso me faça falta.
Bem, era para ser um relato sobre certas coincidências na minha vida, mas acabou virando uma novela
Outra coincidência estranha sobre a morte do meu pai, eu faço aniversário em março, e há um cartão de visitas para uma festa de aniversário minha de tantas, é a única que ficou colada na geladeira desde sempre, como lembrança, a data era 08/03/03 embora eu não faça aniversário precisamente no dia 8.
O instagram que meu pai usava para postar antes de morrer teve exatamente 833 postagens.
Quase ia me esquecendo, sintam-se livres para relatar suas experiências transcendentais, sejam coincidências ou conversas, como no meu caso, seja até coisas mais explícitas, enfim, coisas que vocês julguem que guiaram vocês de alguma forma, mesmo que não explicitamente, mas as vezes sutilmente.