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O que significa Jesus ser o Filho de Deus?
Postado por Major Lobo Honrado em 13 de abril de 2013.
Jesus não é Filho de Deus no sentido como concebemos um pai e um filho. Deus não se casou e teve um filho. Em que sentido o Pai e o Filho são um? São uma só pessoa? Ou são um em unidade e em propósito? Observe atentamente João 17:20-23: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.
Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.” Esse texto ensina que os cristãos devem ser um como o Pai e o Filho são um. Os cristãos devem passar a ser uma só pessoa? Ou será que devem ser um em unidade e em propósito? Já que a unidade que os cristãos devem ter não é a de ser uma só pessoa, então a unidade do Pai e do Filho não significa que são a mesma pessoa.
A Bíblia muitas vezes trata de coisas que são unas. Marido e mulher são um (Mateus 19:4-6; Efésios 5:31). O que planta e o que rega são um (1 Coríntios 3:6-8). Os cristãos são um (1 Coríntios 12:14). E também o Pai e o Filho (e o Espírito Santo) são um.
Jesus é Deus
Afirmar que Jesus é Deus não é afirmar que ele é o Pai. Seria válido admitir já de início que se acha revelada nas Escrituras uma nítida diferença entre o papel do Pai e o do Filho. Uma delas é que foi o Filho que se fez carne, não o Pai. Mas, o que é mais fundamental, o Pai parece ser revelado na Palavra como o planejador e diretor, e o Filho, como o Concretizador.
O Filho submeteu-se à vontade do Pai. Nesse sentido, Jesus afirmou: “O Pai é maior do que eu” (João 14:28).
Entendemos que, de acordo com as Escrituras, o marido deve ser o cabeça da esposa, e ela deve submeter-se ao marido. Mas isso não significa que o marido seja superior em essência; simplesmente tem um papel de autoridade. Tanto marido quanto mulher são plena e igualmente humanos. Da mesma forma, a liderança do Pai e a submissão do Filho não implicam diferença de natureza. Ambos são plena e igualmente divinos.
O Testemunho das Escrituras
A Bíblia deixa bem claro que Jesus é Deus. “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6). O menino que haveria de nascer se chamaria “Deus Forte”.
Em João 1:1: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Aqui o Verbo é Jesus (veja João 1:14). Jesus não só estava com Deus, mas era Deus. Isso parece confuso a princípio. Mas analise este exemplo simples. Meu nome é Pedro Silva. O nome de minha esposa é Sandra Silva. Se ela estivesse aqui comigo agora, seria possível dizer: “Sandra está com Silva e Sandra é Silva”. No primeiro caso, Silva refere-se a mim especificamente; no segundo, é usado como o nome da família em que (no meu caso) há quatro membros. Jesus estava com Deus (o Pai) e era ele mesmo Deus (também compartilhava da natureza de ser Deus).
A Trindade ou Santíssima Trindade é a doutrina acolhida pela maioria das igrejas cristãs que professa a Deus único preconizado em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Para os seus defensores, é um dos dogmas centrais da fé cristã, e considerado um mistério. A doutrina trinitária professa que o conceito da existência de um só Deus, onipotente, onisciente e onipresente, revelado em três pessoas distintas, pode-se depreender de muitos trechos da Bíblia.
Um dos exemplos mais referidos na bíblia em que as chamadas “três pessoas da Trindade” se fazem presentes é o relato sobre o batismo de Jesus, com a descida do Espírito Santo sobre Jesus, sob a forma de uma pomba, e com a voz do Pai Celeste dizendo:‘Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo’ Lucas 3:22 e Mateus 3:17. E em Mateus: ‘Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo’.
No que concerne à divindade de Deus e Filho, referem-se, por exemplo, a sua onisciência (Colossenses 2:3), a sua onipotência (Mateus 28:18), a sua onipresença (Mateus 28:20), ao fato de perdoar os pecados (Marcos 2:5-7; conferir a afirmação de Isaías 1:18) e ser doador da vida (João 10:28) em íntima unidade, porém diferenciando as pessoas: ‘Eu e o Pai somos um’ (João 17:21-22). Contudo, mais do que estas simples passagens isoladas, a afirmação da plena divindade de Jesus é o resultado da reflexão, na Fé, sobre a sua missão redentora contida nas Escrituras – pois a sua personalidade divina e humana nunca foi seriamente posta em descrédito pela igreja cristã seja ela católica ou protestante.
O que podemos concluir é: Deus é o nome dado à natureza divina, a há três seres que partilham dessa mesma natureza divina: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.