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[REFLEXÃO] A preguiça de se relacionar com pessoas
#1
De uns anos pra cá percebi uma matemática inversamente proporcional na minha vida: 
Quanto mais preguiça eu tenho de fazer/manter relacionamentos, melhores eles são.

A primeira associação que fazemos é a de ser antissocial. Mas olhando da perspectiva realista,
sabemos que o mundo, em sua maioria, é um grande troca de interesses que por fim visam algo: 
mais dinheiro, mais destaque, sexo, etc

Nesse pensamento, algumas ideias se conectam na minha cabeça: 
Agregadores (+) desagregadores (-) e sua dinâmica no magnetismo social

Eu sempre tivesse essa sensação, mas nunca consegui explicar racionalmente.
Observem, numa dinâmica social sempre existe o "superior" e o "inferior"

Vocês já tiveram a sensação de estarem sendo procurados, não por sentimento autêntico,
mas sim por motivos que de alguma forma vão agregar algo na vida do procurador? 
Como se você estivesse sentido uma carga de que alguém está tentando te agradar, se encaixar, criando máscaras e moldando suas opniões.
A forcação de barra/fingimento são insconsciemente facilmente perceptíveis. Isso me lembra sobre o magnetismo das relações sociais.
A palavra "magnetismo" nunca fez tanto sentido em vários âmbitos da vida. Magnetismo trata de positivo e negativo.

Eu sabia que, se eu tivesse alguma amizade ou algum amor que demandasse de forma egóica
algo de mim para usufruto próprio, eu sentiria inconscientemente repulsão ou neutralidade. 
Enquanto caso fosse de forma genuína e autêntica, eu inconscientemente sentiria atração. 
É por isso que antissociais, introspectivos, etc o quer que chame tem relacionamentos (mesmo que em menor quantidade) muito mais profundos e genuínos se comparados aos extrovertidos destacados.

Aquele amigo de anos que temos, ele não se importa de falar  "eai" ou "até mais", ela chama a gente de boiola e tá nem aí. O que eu entendo disso?
Ele não quer nada da gente. Quando alguem está alí sem estar te sugando (-) se torna um relacionamento genuíno e sem carga negativa do sugador
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#2
Boa reflexão, confrade.

Apenas não concordo com a associação (achei simplista) de que extrovertidos destacados são necessariamente superficiais.
Existem pessoas introspectivas que só são desinteressantes mesmo, ou "antissociais" que na verdade são apenas inábeis socialmente, então, encontram conforto nesta classificação para transformar deficiência em virtude.

Eu mesmo, sou extrovertido e me entendo como uma pessoa completamente capaz de manter relacionamentos sólidos e significativos.

Extrovertido ou introvertido, são somente atributos relacionados a natureza particular da pessoa.
Mas como no Brasil, qualquer coisa digna de análise aprofundada, imediatamente é transformada em pastelão, temos que lidar com essas constatações entediantes de que uma pessoa calada é "especial", "sabe de alguma coisa", "guarda algum segredo"... na verdade, existem pessoas que são introvertidas e não tem nada para agregar.

Mas, dito isso, tirando pela média seu raciocínio tem todo sentido.
Eu moro em um local onde as pessoas tem um comportamento extremamente caricato e bestializado. É ABSURDAMENTE NÍTIDO a aproximação interessada (-), com elogios vazios, articulações imbecis com objetivo diversos desde voto em algum candidato, algum favor inconveniente, tentar entender seus limites (se cede a pressão e etc), ou seja, extrair alguma coisa de você sem deixar nada no lugar (-).

Em meu ciclo de convivência pessoal (Männerbund), já percebo o comportamento inverso.
Mesmo em situações onde existe interesse, é um interesse de soma mútua (+), você ajuda em algo e recebe em troca uma gratidão genuína e a certeza de que em alguma situação que precise de uma mão, existirá a retribuição justa e digna em que ambos sairão íntegros e com a sensação de reciprocidade (+).

E nesta "comunidade" em que convivo, existem pessoas extrovertidas e introvertidas, mas acima de tudo, existe o BOM SENSO!
Então ninguém invade o espaço de ninguém e existe lealdade.

A partir desta premissa, são construídos relacionamentos profundos.

De um modo geral, o BR médio não tem cultura e dependendo do estado onde nasceu, a única referência de virtude (cultura secular local) foi substituída por feminismo, wokismo, funkismo e toda sorte do kit progressismo estatal que descaracteriza as pessoas, que se tornam meramente uma massa consumidora que serve para alimentar o leviatã. Como vai sair algo de edificante destas massas amorfas?!

Estão na base da pirâmide e suas atitudes são guiadas principalmente por estímulos animalescos mal direcionados.
Córtex pré-frontal afogado em droga, cachaça, putaria, tiktok, instamerda e afins.

Não tem como.
Então, minha conclusão é que essa questão vai além da caricatura do extrovertido/introvertido.
Sendo estas duas coisas, apenas facetas diferentes da mesma moeda.
"Paulistarum Terra Matter..."
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#3
(28-05-2024, 09:10 PM)Matuto Paulista Escreveu: Apenas não concordo com a associação (achei simplista) de que extrovertidos destacados são necessariamente superficiais.
Existem pessoas introspectivas que só são desinteressantes mesmo, ou "antissociais" que na verdade são apenas inábeis socialmente, então, encontram conforto nesta classificação para transformar deficiência em virtude.


Extrovertido ou introvertido, são somente atributos relacionados a natureza particular da pessoa.
Mas como no Brasil, qualquer coisa digna de análise aprofundada, imediatamente é transformada em pastelão, temos que lidar com essas constatações entediantes de que uma pessoa calada é "especial", "sabe de alguma coisa", "guarda algum segredo"... na verdade, existem pessoas que são introvertidas e não nada para agregar.

Ah sim. Me expressei mal e não conclui essa parte. Exatamente, concordo contigo. Acredito que a extroversão não está relacionada necessariamente com magnetismo.

No sentido, o magnetismo pessoal vai do quanto ela agrega (+) sem se preocupar em receber (-).

Aprofundando mais nisso, "de longe" nossas impressões são que o extrovertido geralmente é fútil enquanto o introvertido é misterioso. Besteira. Não podemos concluir nada.

As vezes o extrovertido é justamente o agregador (+) que doa e está cercado de desagregadores (-). Enquanto o introvertido é justamente aquele que não consegue doar e por consequência passa um carga de só quer sugar (-), por isso muitos os detestam e fojem dele.

Mas acho que varia muito. Um extrovertido agregador é tão interessante quanto um introvertido agregador. E um extrovertido sugador é tão chato/desinteressante quando um introvertido sugador.
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#4
Sobre o outro ponto que mencionou, aquilo que não está tão acessível, realmente exerce algum magnetismo nas relações humanas.

Por isso, quanto mais "preguiça" você tem das relações sociais, mais elas tendem a "melhorar". Pois você se torna um ativo mais raro por ser indisponível em um maior espaço de tempo.

Essa questão, na minha opinião, ocorre de forma natural em relações sadias.
Por exemplo, você ajuda algum amigo seu em alguma questão, conversam, trocam experiência e aquele momento será muito positivo para ambos (+).

Após isso, cada um vai cuidar da sua vida, correr atrás de seus interesses e pretensões (+), então, esta "escassez" se dá de forma orgânica uma vez que ninguém fica parasitando (-) e nem abusando da companhia de alguém (-).
Primeiro porque ambos estão ocupados e não são vagabundos, segundo, pessoas de bom senso sabem que devem respeitar o espaço alheio.

Passado esse tempo, a saudade de um bom amigo pela raridade da companhia devido as questões pessoais de cada um, é inevitável!
E quando se encontram, todos tem novidades interessantes e nesta reunião, fortalecem os laços e eventualmente analisam onde podem ajudar um ao outro (+)!

O problema é quando o cara EMULA UMA AUSÊNCIA, ESPERANDO QUE ISSO GERE UM EFEITO EM ALGUM TERCEIRO (-)
Seja momozi, alguma senhorita que te dê 3 perdidos em um encontro (como o autor de outro tópico do fórum), algum amigo, familiar ou seja lá quem for.

Além disso ser infantil, denota falta de uma vida legítima!

E acredito que principalmente para os novatos da REAL, aqui é um ponto de grande confusão. O cara entende que tem que ser "mais distante e frio" das pessoas, sem ter uma vida de abundância, cheio de gostos e atividade para ampara-lo e trazer satisfação e novas vivências. Então, quando se isola e NINGUÉM LIGA, cai em desgraça pois ainda estava dependente da aprovação de terceiros.

Não dá para fingir ser, temos que lutar por AUTENTICIDADE e LEGITIMIDADE!
Se conheça, se não for ninguém, CONSTRUA VOCÊ MESMO!

Neste aspecto, ai sim vai gerar a verdadeira escassez e ser digno de relacionamentos significativos.

Que caem no que o autor do tópico disse no início do post:

"Quanto mais preguiça eu tenho de fazer/manter relacionamentos, melhores eles são."

Eu só substituiria a palavra "preguiça", por "viver sua própria vida".

Não se enganem, relações verdadeiras só são construídas entre pessoas que acrescentam na vida do próximo.
Ninguém gosta de gente inútil! Tem muitas pessoas que simplesmente não geram VALOR ALGUM na vida de alguém e vivem se lamentando que no mundo "só tem gente interesseira".

FIQUEM LONGE de pessoas que pensam dessa maneira.
"Paulistarum Terra Matter..."
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#5
Você entendeu exatamente a ideia!

Eu demorei pra assimilar isso na vida. O que me motivou a escrever o tópico foi justamente esse compilado de auto-conhecimento, magnetismo e os relacionamentos que eu tive.

Observei um padrão: as pessoas que mais me queriam por perto são aquelas as quais eu agregava sem nem inconscientemente cogitar pedir algo em troca. A pessoa que entende isso do magnetismo tem um grande poder em mãos. A simbologia das cargas, uma positiva e outra negativa

Me lembrei de uma garota que era apaixonada por mim e eu não fazia ideia (ela me contou anos depois). Eu vivia agregando na vida dela, mas quando ela retribuia eu meio que "fugia". É como se eu comunicasse indiretamente: "você não precisa me agradecer/retribuir, fique isso pra você pois já estou repleto disso dentro de mim" (++++) (abundância)
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#6
Teorizando mais um pouco. Os tipos de cargas magnéticas nas relações 

Agregador (+): nas relações sempre vai ter o indivíduo superior, a carga positiva. Ele é o meio pela qual vai agregar algo na sua vida: dinheiro, destaque, sexo, etc. Ele insconscientemente saberá que é superior  no momento em que lida com um inferior. Ele será autêntico,  fujão, não usará máscaras para agradar, pode dominar e até diminuir o agente inferior pois seu relacionamento com ele é irrelevante porque sabe que nada pode receber em troca. Seus egos a respeito do outro estão dissolvidos.

Sugador (-): utiliza máscaras, simula comportamento superiores, busca e entrega validação,  puxa saco... tudo com objetivo de agradar para que possa receber algo em troca (nice guys entram aqui). Seus egos estão refletidos no agente com carga positiva, anseiam dominá-los ou ser como eles. Não fazem ideia que seu comportamento causa repulsão no outro pois acham que bom comportamento (fingido) implica em recompensa. Errado, inconscientemente mostra dependência e uma simbologia parasitária.

a relação neutra (=). Aqui seria o exemplo mais puro de relacionamento genuíno. Não há agregador nem sugador. Não há busca de validação,  não há busca de parasitismo, não há um interesse por trás dos comportamentos nessa relação. É um troca reciproca e desinteressada
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#7
De uns anos pra cá percebi uma matemática inversamente proporcional na minha vida:
Quanto mais preguiça eu tenho de fazer/manter relacionamentos, melhores eles são.

Avaliando o relacionamento que me fudeu eu percebi isso também , fui analisar os anteriores e a diferença era a paixão que demorou a cair e a vontade que eu tinha de ter aquele relacionamento.
Alita fala algo como "o homem pode se relacionar com qualquer mulher , só não se apaixonar por ela."

Vocês já tiveram a sensação de estarem sendo procurados, não por sentimento autêntico,
mas sim por motivos que de alguma forma vão agregar algo na vida do procurador? 

se for em relação a mulher eu sinceramente não sei se existe essa procura autêntica.
Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem.
Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem.

1 Coríntios 11:8,9
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