NOSTR - Rede social, comunicação e pagamentos descentralizados

[Trglodita]

NOSTR - Notes and Other Stuff Transmitted by Relays

O que é e como funciona esse protocolo?

NOSTR é um protocolo descentralizado que permite a criação de aplicativos, bem como redes sociais, sem a necessidade de um servidor, ou seja, totalmente resistente à censura das big techs. O Nostr é um protocolo gratuito e open source capaz de criar uma rede social global sem a necessidade de um servidor central ou de uma empresa controlando as operações.

 

Assim, esse sistema é totalmente resistente à censura e funciona como uma rede social semelhante ao X, porém descentralizada. Nessa plataforma, os usuários têm a capacidade de criar postagens, compartilhar conteúdo e seguir outras pessoas, bem como em outras redes sociais. A ideia por trás desse protocolo é que o NOSTR possa ser a base para criar outros projetos descentralizados, como um tipo de Telegram e uma versão da Wikipedia que ninguém possa censurar.

 

Portanto, resumindo, o NOSTR representa uma revolução 3 em 1.

 

Ou seja, trata-se de um protocolo inovador que combina elementos de rede social, pagamentos instantâneos em Bitcoin (utilizando a rede lightning), e a criação de uma interação mais direta entre criadores e consumidores de conteúdo online, por meio do conceito “valeu4value“.

 
Por que o NOSTR é diferente de outras redes sociais?

O NOSTR se distingue das redes sociais existentes atualmente, pois não requer a inserção de nome, número de telefone ou e-mail ao criar uma conta. Além disso, os usuários têm a capacidade de escolher onde desejam armazenar seus dados, seja em um servidor próprio ou em um servidor de terceiros. Caso escolham por mudar de servidor posteriormente, também têm essa flexibilidade. Agora é o próprio usuário que detém o controle sobre seus dados.

 
Semelhanças do NOSTR com Bitcoin

Assim como no Bitcoin, o NOSTR utiliza chaves criptográficas. Ou seja, cada usuário detém uma chave privada que é usada para assinar e transmitir suas postagens através dos retransmissores, e uma chave pública que funciona como um endereço divulgado para que outras pessoas possam localizá-lo. Há pessoas que incluem a chave pública do NOSTR em suas bios do X, por exemplo. Além disso, a arquitetura do protocolo é relativamente semelhante à do Bitcoin, em que chaves públicas representam os perfis dos usuários na rede social, assim como endereços na rede do Bitcoin. Já as chaves privadas assinam as postagens e as alterações nos perfis, da mesma forma que assinam a propagação das transações na rede do Bitcoin. Todas essas informações são distribuídas pelo mundo em nodes, ou relés, que permitem que cada usuário seja detentor de seus próprios dados, sem depender de grandes empresas de tecnologia. Apesar de muitos pensarem que o NOSTR foi construído sobre a tecnologia do Bitcoin, essa ideia não procede. O NOSTR não opera em blockchain, não depende de consenso distribuído como o PoW, e não possui nem mesmo seu próprio token.

 
Integrações com Bitcoin
 
Sendo um projeto de código aberto, o NOSTR possui várias integrações com o Bitcoin. Uma das integrações é que é possível enviar e receber Bitcoin via Lightning por meio da plataforma, combinando assim duas entidades de grande poder: uma rede social verdadeiramente descentralizada com uma moeda também verdadeiramente descentralizada. É fato que o NOSTR é bastante recente e ainda necessita passar por muitos testes. Contudo, ele representa uma significativa mudança para o nosso ambiente digital atual. Atualmente esse ambiente de redes sociais encontra-se sob o controle de um monopólio de big techs que detêm nossos dados, monitoram todas as nossas atividades online e têm o poder de banir e censurar usuários a seu bel-prazer.
 
Como o NOSTR funciona?
 
A descentralização do NOSTR se baseia em dois componentes essenciais:
 
- clientes;
- e relés (relays).

Para utilizar o NOSTR, é necessário executar um cliente, que é a maneira pela qual a interação com o protocolo é realizada. Os clientes são os aplicativos criados na plataforma (protocolo) NOSTR, como uma rede social, por exemplo. Por outro lado, um relé (ou relay) é um software e hardware que enviam, recebem e armazenam mensagens de texto. Ou seja, esses relés podem ser operados por qualquer pessoa com um computador e uma conexão à Internet. Isso implica que não há a necessidade de armazenar as informações do NOSTR em centro de dados da Amazon ou do Google, por exemplo. E é isso que transforma a maneira como utilizamos a internet. Os relays do Nostr apenas armazenam o que está diretamente ligado a eles, não retêm tudo de todos, ao contrário do que um centro de dados faria. Portanto, não existe um único ponto de falha ou risco de censura; visto que se um relay for alvo de um ataque, outros ainda podem proporcionar acesso à rede.

 
Diferença entre a internet de hoje em dia e do NOSTR

Para publicar no NOSTR, basta compartilhar um texto ou uma foto. O aplicativo que você utiliza então assinará essa postagem com a sua chave e a transmitirá para os relays. E para ler mensagens de outros usuários, o aplicativo que você está usando requisitará atualizações de diferentes relés. Portanto, essa estrutura possibilita que os usuários migrem seus perfis e seguidores de uma rede social para outra, usando o mesmo protocolo, o que torna as redes sociais interoperáveis. Além disso, é viável ter contas em diversos clientes, que são os aplicativos criados no NOSTR. Para isso, basta usar sua chave de acesso para acessar todas essas contas. Não há um servidor central controlando isso, e há privacidade já que nenhum dado pessoal é requisitado para criar sua conta.

Como criar uma conta e usar o NOSTR?

Lembre-se de que o NOSTR é o protocolo, e você pode utilizar os aplicativos construídos sobre ele. O mais conhecido é uma espécie de cópia do Twitter. As formas mais comuns de acessar o NOSTR: O app Damus para iPhone e o Amethist para Android. E para PC, você pode utilizar o Iris ou o Snort. Você cria sua conta sem dados pessoais, é necessário guardar a chave privada para recuperar a conta.

  
Como funcionam os zaps e micro pagamentos de Bitcoin no NOSTR?
 

Os “zaps” são micro pagamentos de Bitcoin realizados através da rede Lightning. São eles que possibilitam que criadores e consumidores de conteúdo online troquem valor e conteúdo de forma descentralizada. Você cadastra uma carteira BTC da rede lightining para recebimento de BTC no NOSTR e estará apto a receber e enviar pagamentos em bitcoin de forma virtualmente gratuita e instantânea. Eu uso a carteira da Wallet of satochi devido à anonimidade, mas você pode usar da Bipa se falta de privacidade não é um problema para você.

  
Conclusão

O NOSTR é uma ferramenta poderosa que combina uma rede social descentralizada com Bitcoin e Lightning em uma única plataforma. Ele traz soberania para o âmbito social e autonomia sobre os próprios dados, algo que Facebook, Twitter e outras empresas nunca ofereceram. O NOSTR introduz uma nova era, demonstrando o poder dos protocolos open source que estão se expandindo, algo que somente as empresas de internet haviam alcançado anteriormente.

 
Este texto foi adaptado de um texto da Área Bitcoin, espaço com muito boa informação a respeito do mundo Bitcoin e projetos descentralizados, eles também oferecem cursos.

[Gorlami]

Privacidade e liberdade são os maiores ativos de um homem. Nada é mais danoso ao sistema do que um homem intangível aos braços do estado.

Como lutar contra o leviatã? Desobediência civil. Pequenos atos.

Isso ou agir como uma fêmea e viver o sonho adolescente de "mudar o sistema". Boa sorte. Merdil, since 1889!

[Wild]

Já estudei um pouco sobre redes descentralizadas e ponto-a-ponto e isso é muito promissor.

Não apenas por conta da questão da privacidade, mas sim pela questão da autoria, você é dono das informações que compartilha.

Se acha que isso não faz diferença, lembre-se como plataformas mainstream como Reddit ou Youtube podem simplesmente apagar seus dados sem nenhum consentimento seu, ou fazer "shadow ban", fazendo que o algoritmo te desfavoreça ou você suma completamente das buscas. Eles podem facilmente "apagar você" online, você não é dono do seu próprio perfil público na internet.

O único problema que notei nos estudos dessas plataformas de redes "mais profundas", digamos assim, é que nem todas essas tecnologias são tão facilmente acessíveis, não são tão simples de usar para o povão geral e algumas delas ainda não estão prontas para uso em massa. Mas isso é coisa que muda do dia pra noite, tem que ficar ligado.

Nessa eu vou dar uma olhada, parece ser uma plataforma bem promissora. Com tempos sombrios vindo adiante e pesada censura governamental e caça às bruxas promovida pelos "guerreiros da justiça social" a caminho, é melhor aprender e não precisar, do que precisar e depois ter que correr atrás do prejuízo.

Agradecimentos ao @Trglodita pela ótima indicação. Força e honra,

[Trglodita]

Eu já estou usando o NOSTR há certo tempo, só não passarei a chave do meu usuário para vocês me seguirem pq prefiro assim.

[Melancton]

Muito bom! É isso que eu estava buscando

[Libre]

O único problema que notei nos estudos dessas plataformas de redes "mais profundas", digamos assim, é que nem todas essas tecnologias são tão facilmente acessíveis, não são tão simples de usar para o povão geral e algumas delas ainda não estão prontas para uso em massa. Mas isso é coisa que muda do dia pra noite, tem que ficar ligado.

Eu iria questinar como a essa rede não seria subvertida, tal como o próximo X, por esse povo que acha que é dono de tudo. Num agiria como um 'filtro', essa dificuldade de acesso às tecnologias? Até para desencorjar pessoas mainstream e aleatórias de cair na rede e simplesmente encher de trash. Sinceramente, não curto muito a ideia de virar mainstream.

De qualquer modo, parece promissor. Não tendo como o estado embargar, tá valendo.

[Trglodita]

O único problema que notei nos estudos dessas plataformas de redes "mais profundas", digamos assim, é que nem todas essas tecnologias são tão facilmente acessíveis, não são tão simples de usar para o povão geral e algumas delas ainda não estão prontas para uso em massa. Mas isso é coisa que muda do dia pra noite, tem que ficar ligado.

Eu iria questinar como a essa rede não seria subvertida, tal como o próximo X, por esse povo que acha que é dono de tudo. Num agiria como um 'filtro', essa dificuldade de acesso às tecnologias? Até para desencorjar pessoas mainstream e aleatórias de cair na rede e simplesmente encher de trash. Sinceramente, não curto muito a ideia de virar mainstream.

De qualquer modo, parece promissor. Não tendo como o estado embargar, tá valendo.

Essa rede é muito fácil de ser usada. O app é bem legal e parece muito com tuiter. Agora existe sim o problema com uma adoção em massa, precisaria de mais relays para suportar uma quantidade enorme de novos usuários.

[Trglodita]

Pensando em movimentar a parada e fazer com que mais gente use, fiz uma conta extra lá para vocês me seguirem, inclusive dá pra fazer grupos por lá também.

Meu usuário NOSTR: npub1x5mq6kezmmqzgg2hujzf26dseumxn7gcfcg3j7uresvhxltwfx7qa55w06

[Frost.]

Caraio, vou enter nesse grupo aí, os gordola tão com medo de mostrar a cara.

[Wild]

Caraio, vou enter nesse grupo aí, os gordola tão com medo de mostrar a cara.

Quem dera eu ser gordo, sempre fui magro raquítico e franzino a vida quase toda 

@Trglodita acredito ter conseguido seguir você lá ou ver sua publicação. Fiz um token pelo nsec.app, mas eles não dão a chave privada, só ela encriptada, aí não consigo logar em outros serviços muito fácil. Acho que vou buscar outro providenciador e arrumar outro par de chaves.

Por hora estou com essa chave pública aqui: npub1gtgpttjpnymgtup6td8zym9ws9z5mr835577ljfuawpr2ckgxewsna9c2r

[Frost.]

Cade vc lá no whats wild, mandar uns tcc kkkk

[Trglodita]

Caraio, vou enter nesse grupo aí, os gordola tão com medo de mostrar a cara.

Quem dera eu ser gordo, sempre fui magro raquítico e franzino a vida quase toda 

@Trglodita acredito ter conseguido seguir você lá ou ver sua publicação. Fiz um token pelo nsec.app, mas eles não dão a chave privada, só ela encriptada, aí não consigo logar em outros serviços muito fácil. Acho que vou buscar outro providenciador e arrumar outro par de chaves.

Por hora estou com essa chave pública aqui: npub1gtgpttjpnymgtup6td8zym9ws9z5mr835577ljfuawpr2ckgxewsna9c2r

Não deu certo, baixa o app Damus no iphone ou amethyst no android, simples e rápido.

[lokoman]

Eu baixei mas ainda não tem muito conteudo que me interesse. só tem coisa de gringos...

mas espero que evolua para eu vazar dessas big techs de uma vez por todas

[Trglodita]

Eu baixei mas ainda não tem muito conteudo que me interesse. só tem coisa de gringos...

mas espero que evolua para eu vazar dessas big techs de uma vez por todas

Rede totalmente bitconheira, por ora.

[worthxsw']

Atualizando o tópico, já utilizava antes de descobrir a real, como sempre muitos gringos, mas a quantidade de brasileiros estão aumentando devagar, mas vale a pena quando tudo estiver pros ares...

[Nux]

Isso é o que alguns acadêmicos de T.I chamam de web 3.0, que tem como um dos seus fundamentos a decentralização em que os serviços não são controlados por um ponto central na rede (como servidores ou data centers) e utiliza de blockchains e demais ferramentas e protocolos voltados à privacidade e independência. Porém essa tecnologia ainda está em seus primórdios e tem muito a evoluir e se expandir. Essa é considerada uma tendência para a internet nas próximas décadas, dado a pressão das empresas e muitos governos de controlar a informação. Aguardamos os próximos capítulos.

A internet 1.0 era composta por páginas simples sem interação, com apenas textos e imagens como era comum nos anos 90.

Já nos anos 2.000 se consolidou a internet 2.0, cuja principal característica era a interação entre usuário e páginas web. A partir daí emergiram redes sociais, começando com sites pessoais (blogs), fóruns de discussão e mais tarde, plataformas de redes sociais como o Orkut.

E agora está entrando a internet 3.0. Ela já é realidade, sobretudo no mundo das criptomoedas, porém ainda restrita a nichos específicos e, como comentaram em umas das postagens, não é tão fácil operar os seus serviços (hoje geralmente são mais especialistas, entusiastas e nerds que mexem com isso) e por isso não atrai o público em geral, além de não ser popular (o povo gosta de usar o que está em alta, nada moda).

Mas tudo isso é fase. Quando eu era criança (anos 2000), maior parte das pessoas mais velhas mal sabiam fazer ligação telefônica e consultar um número na agenda do celular, naqueles telefoninhos de botão. Hoje em dia quase qualquer senhorinha usa smartphone com muitos aplicativos, enviam mensagens e áudios em grupos de Uatsapp, compartilham coisas no Feiceboqui e algumas fazem até pix.

[Trglodita]

Atualizando o tópico, já utilizava antes de descobrir a real, como sempre muitos gringos, mas a quantidade de brasileiros estão aumentando devagar, mas vale a pena quando tudo estiver pros ares...

Que demore, o que brasileiro tem a ensinar por lá? Ir na favela e coxar o ar em movimentos peristálticos?

O conteúdo lá é quase que totalmente bitcoin, liberdade, dieta carnívora, ter tempo para família, coisa que o merdileiro não dá valor.

[worthxsw']

Atualizando o tópico, já utilizava antes de descobrir a real, como sempre muitos gringos, mas a quantidade de brasileiros estão aumentando devagar, mas vale a pena quando tudo estiver pros ares...

Trglodita
Que demore, o que brasileiro tem a ensinar por lá? Ir na favela e coxar o ar em movimentos peristálticos?

O conteúdo lá é quase que totalmente bitcoin, liberdade, dieta carnívora, ter tempo para família, coisa que o merdileiro não dá valor.

O bom é que antes de chegar na maioria é que dá para aproveitar o máximo possível de conteúdo genuíno, mas depois também fica insuportável... Parece uma situação que ocorre quando algum produto novo, que um grupo específico na sociedade começa a utilizar, o resto acaba replicando o comportamento de uma certa forma...