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A visão desapaixonada e racional
Depois que conheci a Real, comecei a cruzada para me tornar um homem melhor. Inicialmente, como muitos aqui, ajustei os erros mais grosseiros que cometia e, aos poucos, fui polindo os menores.
Nesta caminhada não foram raras as vezes em que me perguntei o porquê de tomar determinadas decisões, ou fazer certas escolhas, então cheguei à conclusão de que era simplesmente "paixão" por determinadas coisas, porquanto pareciam inócuas, tinham um efeito nocivo em meu desenvolvimento, principalmente financeiro. Este será o assunto que abordo neste tópico.
O sentido de paixão a que me refiro não se trata da paixão romântica por alguma pessoa, mas sobre objetos de desejo. Vamos a alguns exemplos para ilustrar melhor:
No meu caso, a paixão por carros, motos e motores levou boa parte do meu dinheiro. Era possível ver no semblante das pessoas a não compreensão por eu ter trocado novamente de carro em menos de 3 meses, mesmo que eu, radiante e afobado, explicasse os detalhes sutis das diferenças entre os modelos.
Ou quando paguei quase 40k na minha primeira moto esportiva, ninguém compreendia (exceto outro bando de apaixonados) o motivo de eu ter gastado esse dinheiro com uma "simples moto". "Dá pra comprar um carro novo! Você tá louco!", disseram eles.
Louco? Não, apaixonado, cego por um objeto de desejo e que, olhando sob uma visão desapaixonada, não valia tanto assim mesmo.
Outro exemplo, não sendo meu em particular, um apaixonado por ciclismo, que chega a pagar 30k por uma bicicleta. Ao ser questionado ele diz: "Mas esta bicicleta é 200 gramas mais leve que a outra!". Qualquer um que não seja apaixonado por este nicho optaria por uma dieta, emagrecendo mais que 200 gramas e obteria o mesmo - ou superior - desempenho com economia.
Um colecionador de revistas, que chega a pagar 1k em um exemplar "raro", difere-se do não apaixonado que utiliza páginas da mesma revista para acender o fogo do churrasco.
O incauto que paga 800 reais pela companhia de apenas 1h, da dama dos seus desejos mais profundos. Que outro ser normal ganha isso por hora na situação econômica atual?
Entre outros inúmeros exemplos que poderia citar, afinal, cada um de nós possui uma paixão em particular. Perceba o quão frio você consegue ser, e até acha os outros meio bobos em suas paixões.
Agora tente olhar com essa mesma frieza e racionalidade para a sua paixão e veja o quão boba ela também pode ser e se o preço que você paga por isso realmente vale a pena.
Não quero jogar água fria em ninguém aqui, muito menos destruir sonhos rosados e objetivos a serem conquistados, mas se não podemos sair da Matrix, ao menos nos perguntemos o motivo de nossas atitudes, para que não sejamos apenas mais um robô que faz o que a maioria faz, ou que foi estimulado a fazer sem sequer questionar-se, mantendo assim o circo das baratas em pleno funcionamento.
Na mesma via da Morte dos Egos, a visão desapaixonada e racional também deve ser considerada no processo de desenvolvimento masculino.
Lembrem-se de que tudo sob o Sol não passa de ilusão.
[]'s
Gashead
Basta que o almejado ideal aconteça todos os dias para que a sonhada perfeição desapareça.
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Eu reconheço a lição do tópico. Mas quero dizer que nosso tempo nesta Terra é curto; então, penso que é válido realizarmos alguns de nossos sonhos nesse interregno, desde que não nos falte o mínimo essencial.
Eu, por exemplo, quero muito ter um Opalão foda, e pagarei 30K em um sem pestanejar, quando tiver condições para isso. Mas não chegarei ao ponto de gastar acima disso, porque seria um desperdício de dinheiro em nome de um objeto que aproveitarei, no máximo, em fins de semana. A menos que a gasolina barateie, o que acho difícil.
É isto, nem oito, nem oitenta. Nem se sacrificar ou a algo extremamente em nome de uma paixão, nem desgostar totalmente daquilo que se tem como precioso.
"Primeiro vêm os sorrisos, depois as mentiras; por último, o tiroteio" - Roland de Gilead
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(01-05-2018, 05:37 PM)Roland Escreveu: Eu reconheço a lição do tópico. Mas quero dizer que nosso tempo nesta Terra é curto; então, penso que é válido realizarmos alguns de nossos sonhos nesse interregno, desde que não nos falte o mínimo essencial.
Eu, por exemplo, quero muito ter um Opalão foda, e pagarei 30K em um sem pestanejar, quando tiver condições para isso. Mas não chegarei ao ponto de gastar acima disso, porque seria um desperdício de dinheiro em nome de um objeto que aproveitarei, no máximo, em fins de semana. A menos que a gasolina barateie, o que acho difícil.
É isto, nem oito, nem oitenta. Nem se sacrificar ou a algo extremamente em nome de uma paixão, nem desgostar totalmente daquilo que se tem como precioso.
Decisão racional. Vai de encontro ao proposto, caro amigo bolista.
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Compartilho da mesma visão, caro facãozeiro.
Eu acredito que para dar base a gurizada que nos lê, um sonho valido de ser realizado seria um que não impactasse na sua poupança/aporte mensal de no minimo 20% dos seus rendimentos.
Alguns sonhos realizados é que nos motiva a nos dedicar ainda mais.
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01-05-2018, 07:06 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 01-05-2018, 07:08 PM por Bill Kazmaier.)
Esse é um ponto interessante e impactante, que quase ninguém se dá conta.
Há uns tempos atrás eu também agia dessa forma apegada e inócua... e quando vi estava enredado em um mar de inutilidades, devido a uma certa compulsão por carros, motos, putas, etc, torrando os pila em bobagens que não agregavam em nada. Quando percebi esse comportamento, ja tinha desperdiçado um puta dinheiro. Mas ja era, a única coisa que podia ser feita era não cometer os mesmos erros, e começar a avançar. E quando se vê o problema, quando se percebe o que ta fazendo de errado, ja é o início. Muitos apenas continuam correndo na rodinha como bons ratinhos, e nunca se dão conta de algo simples assim.
É aquela história, tudo por aqui é efêmero e superficial se formos analisar. Mas de qualquer forma precisamos ter algum objetivo a alcançar, se não a coisa não vai. É como disse aí no texto, tem que ver o "porquê de tomar determinadas decisões, ou fazer certas escolhas". O problema só existe quando estamos fazendo algo de maneira automática, compulsiva, emocional e inconsciente, e assim nos perdemos em futilidades.
Quando temos total controle do que estamos fazendo, consciência nas ações, aí se trata apenas de trabalhar pra chegar no objetivo estipulado, seja la o que for. Cagando e andando se alguém considera inútil, fútil e etc....pois toda busca é subjetiva...Só não podemos ser derrotados por nós mesmos de forma robotizada.
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Meu maior sonho é ter uma porrada de filho depois que fizer um tour pelo mundo de carro.
Acho que sair por ai no mundo é a melhor forma de gastar dinheiro, claro, sem exageros.
Veja o mundo por outras perspectivas, tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo saber. Mude,
porque a direção é mais
importante que a
velocidade.
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Acredito que não devemos ser nem 08 nem 80.
Bens materiais nunca nos satisfazem. O cara da moto quer ter um carrão, o cara do carrão quer ter um jetski, o cara do jetski quer uma lancha, o da lancha um helicóptero, o do helicóptero quer um jatinho, e assim vai..
As coisas só tem graça por um tempo, depois largamos pra lá.
Mas depois do sacrifício e trabalho duro merecemos recompensas. Não podemos é fazer disso o nosso único foco de felicidade ou quebraremos a cara.
Eu mesmo já paguei quase 100 reais numa cerveja que foi feita por monges e compartilho do sonho de ter um opalao. Mas toco a vida de boa sem nenhuma dessas coisas.
Pedi, e vos será concedido; buscai, e encontrareis; batei, e a porta será aberta para vós.
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