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[REFLEXÃO] A fábula do tolo
#1
Reflexão rápida, considere isso como um papo aleatório de bar.

A FABULA DO TOLO

Diz-se que, em uma cidade do interior, um grupo de pessoas se divertia com o idiota do povo, um pobre infeliz, de pouca inteligência, que vivia fazendo pequenos recados e esmolas.
Diariamente alguns homens chamavam o idiota para o bar onde se reuniam e lhe ofereciam escolher entre duas moedas: uma de tamanho grande de 400 de valor, e outra de tamanho menor, mas de 2000.

Ele sempre pegou a maior e menos valiosa, o que era motivo de riso para todos.
Um dia, alguém que assistia o grupo a divertir-se com o homem inocente, ligou-lhe à parte e perguntou-lhe se ainda não tinha percebido que a moeda maior valia menos e este respondeu-lhe: Eu sei!

- Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, o jogo acaba e eu não vou ganhar mais minha moeda.

Esta história poderia terminar aqui como uma simples piada, mas você pode tirar várias conclusões:

Primeira: Quem parece ingênuo, nem sempre é.
Segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
Terceira: A necessidade de validação externa, além de todos os males que já sabemos, é anti estratégico e te torna previsível.

Mas a conclusão mais interessante é:

1. Nós podemos ficar bem, mesmo que os outros não tenham uma boa opinião sobre nós mesmos! Obviamente é importante angariar apoio ou ao menos, não colecionar adversários que possam te atrapalhar, mas sabemos que a vida real não funciona desta maneira e que simplesmente ter sucesso, incomoda e desperta inveja. É importante ser capaz de caminhar a despeito do desprezo ou rancor alheio, seu objetivo é sempre seguir em frente e não parar para analisar a todo instante se você está sendo aprovado ou não pelos demais.

2. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas o que você pensa de si mesmo. Eventualmente, ser subestimado pode ser positivo, low profile é uma característica desejável e te mantém longe dos aproveitadores.
Não confunda admitir ser subestimado com admitir falta de respeito.

3. O verdadeiro homem inteligente é aquele que aparenta ser tolo na frente de um tolo que aparenta ser inteligente. Esse é basicamente o manual de sobrevivência no BR, principalmente se você mora em uma periferia de grande centro.
O que é aparentar ser tolo?! Não faça questão de impressionar, não mostre o que tem, não dê opiniões fundamentadas, não se envolva em contexto familiar dos outros, não aceite favores gratuitos (de forma educada) e principalmente, não entre em discussões profundas com gente aleatória de vila. Você nunca sabe quem é o próximo, suas intenções e até mesmo, se trata-se de pessoas honestas. Se ignorar esses avisos, poderá se tornar alvo de pessoas que tentarão se aproveitar de você, que vão exigir interações constantes sendo absolutamente inconvenientes, tomaram como OFENSA quando não o fizer, te difamarão e você será transformado em um alvo no bostil. 
Vão forçar alguma intimidade para entrar no seu lar, espalhando as energias negativas de merdilheiro ou até coisa pior, terão atitudes desrespeitosas tentando cruzar os limites do bom senso para testar sua tolerância, caso você seja permissivo, terá que suportar níveis cada vez maiores de desrespeito até que seja envolvido em algum problema merda que poderia ser evitado.

Seja o mais raso possível, se precisar andar na rua, esteja sempre de passagem e se for forçado a ter alguma interação indesejável, seja educado mas não muito simpático e demonstre pressa 
Saiba também, quem serão as exceções a isso, para não se tornar um lunático.

Saia do pais se possível, se não for possível, programa-se e vá para os rincões de civilização no BR onde a bestialização do povo ainda não seja generalizada ou pelo menos, esteja em níveis minimamente aceitáveis.
"Paulistarum Terra Matter..."
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#2
(23-06-2024, 03:37 PM)Matuto Paulista Escreveu: Não confunda admitir ser subestimado com admitir falta de respeito.

Dependendo da situação e da pessoa, até uma ocasional falta de respeito dá pra passar batido. 

Vou dar um exemplo bem esdrúxulo a título de entendimento: chega uma gordona balofa e começa a te desrespeitar. Se ela não te agredir fisicamente ou algo do tipo, vale a pena entrar em uma com um excremento desse?

Às vezes sair dando risada ainda te deixa por cima.

Briguinhas de ego do cotidiano... mas se eu te falar que não é gostoso ganhar tô mentindo.
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#3
(23-06-2024, 04:10 PM)Indio Eremita Escreveu:
(23-06-2024, 03:37 PM)Matuto Paulista Escreveu: Não confunda admitir ser subestimado com admitir falta de respeito.

Dependendo da situação e da pessoa, até uma ocasional falta de respeito dá pra passar batido. 

Vou dar um exemplo bem esdrúxulo a título de entendimento: chega uma gordona balofa e começa a te desrespeitar. Se ela não te agredir fisicamente ou algo do tipo, vale a pena entrar em uma com um excremento desse?

Às vezes sair dando risada ainda te deixa por cima.

Briguinhas de ego do cotidiano... mas se eu te falar que não é gostoso ganhar tô mentindo.

Concordo, essa conversa pode ter várias nuances, essa minha ressalva foi até no sentido de dar clareza que tenho isso em vista.

Eventualmente, até mesmo uma falta de respeito deve ser combatida de forma estratégica (sendo que "deixar pra lá", pode ser uma opção válida, como no exemplo que mencionou).

Só fiquei com receio que alguém interpretasse isso como um pretexto pra deixar que alguém faça o que quiser, o que obviamente não está certo também.
"Paulistarum Terra Matter..."
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#4
O objetivo do post também, foi dar mais uma orientação do sentido de que devemos seguir em frente, independente se gostam de você ou não.

Isso é onde a maioria tropeça.
Necessidade de ser aceito, é humano e desejável, o problema é que esse desejo se mal direcionado, pode levar a caminhos ruins (inclusive, como no teu relato @Indio Eremita).

Venho chegando a conclusão que precisamos ser guiados por fortes desejos de realização (construtivos), essa talvez é a única saída para que deixemos essa infância emocional de lado.

Alguém alimentado por um forte sonho de sair da favela (por exemplo), vai ter que estruturar a parte financeira, profissional, pessoal, enfim... tomar e SUSTENTAR diversas medidas no sentido de realizar este desejo!
Acho que este ímpeto, é o que desvia a pessoa do mal caminho e todas as porcarias que se vê na periferia, por exemplo: dependência química, crime, falta de estudos e etc.

O exemplo que dei acima, foi para ilustrar, mas podemos expandir para diversos outras situações.
E em um pais como o BR, normalmente é SEMPRE a melhor opção passar despercebido. O que te mantém motivado (motivação = "motivo para ação"), longe das encrencas mundanas e desvios de foco desnecessários, é um desejo forte (seja material ou transcendental) de alterar alguma situação ou conquistar alguma coisa.
"Paulistarum Terra Matter..."
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#5
Lições muito importantes, Matuto. A questão das aparências vale para todos, temos que tomar cuidado para não subestimar pessoas que pareçam ser simples e assim evitar surpresas desagradáveis.

Reforço a necessidade de se ter bom senso e não agir feito um paranoico com qualquer pessoa que tente se aproximar.
Matrix religiosa é um câncer !!
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#6
Citação:Lições muito importantes, Matuto. A questão das aparências vale para todos, temos que tomar cuidar para não subestimar pessoas que pareçam ser simples e assim evitar surpresas desagradáveis.

Endosso seu comentário, Ministro.
Eu mesmo, como todo ser humano, realizo pré-julgamentos equivocados (ou não) sobre as pessoas, mas procuro sempre adicionar o filtro da racionalidade da seguinte maneira:

- O pré-conceito, é uma mecanismo humano e nos possibilitou chegar até aqui. Existe todo um aparato consciente/inconsciente, que nos fornece informações rápidas e importantes do que PARECE confiável e do que NÃO PARECE. Independente do caso, guardo essas informações e vou esperando os fatos para constatar se o levantamento prévio se sustenta ou não.

- Dito isso, também levo em conta que posso me equivocar, mesmo que em um primeiro momento o pré-julgamento possa fazer todo sentido. Mas tendo a ser conservador, se algo me parece perigoso, tomo a medida mais segura a respeito.

Citação:Reforço a necessidade de se ter bom senso e não agir feito um paranoico com qualquer pessoa que tente se aproximar.

É sempre importante reforçar isso, confrade. Acaba sendo sempre um meio termo difícil de comunicar de forma prática escrevendo (ou até mesmo falando). Mas, não sejam bitolados.
"Paulistarum Terra Matter..."
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#7
(23-06-2024, 06:39 PM)Matuto Paulista Escreveu: O exemplo que dei acima, foi para ilustrar, mas podemos expandir para diversos outras situações.
E em um pais como o BR, normalmente é SEMPRE a melhor opção passar despercebido. O que tem mantém motivado (motivado = "motivo para ação"), e longe das encrencas mundanas e desvios de foco desnecessários, é um desejo forte (seja material ou transcendental) de alterar alguma situação ou conquistar alguma coisa.

Concordo plenamente. Aqui só tem maluco. Qualquer um que você ache que é um NPC pode estar envolvido com uma facção criminosa ou algo do tipo (ou ser varado da cabeça mesmo, querer te dar uma facada ou te agredir do nada).

Povo do sangue quente.

Acho que também é herança da americanização que ocorreu aqui. Lá nos EUA também só tem treze.
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