16-01-2018, 12:38 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 29-11-2019, 10:56 AM por Libertador.)
O vazio reflexivo é quando o indivíduo questiona a essência de tudo que o rodeia, fazendo-o perceber que nada tem realmente uma razão para ser como é, tanto na sociedade quanto em nossas vidas, que a existência é fundamentalmente repleta de incerteza, isso conduz à angústia e à ansiedade.
Muitos passam tanto tempo refletindo sobre isso que acabam achando que estão com depressão, quando na verdade é apenas um surto de lucidez que pode lhe garantir uma existência mais autentica sem as ilusões da mentalidade humana e que ao mesmo tempo lhe permite se maravilhar com a complexidade do mundo real e agir nele.
As citações abaixo eu retirei de um comentário de um vídeo no youtube, que discorre sobre o assunto e que pode nos ajudar a entender esse período e encontrar a solução começando pelo contraponto da lucidez, a "embriaguez":
Essa "embriaguez" (em oposição a lucidez) mostra como algumas pessoas se definem pela profissão ou pelo meio onde vivem de maneira subjetiva, nos remetendo a frase do clube da luta: Você não é seu emprego, você não é seu carro e você não é seu dinheiro... E o motivo de conseguirmos questionar a nossa existência é a prova de que não somos nada e ao mesmo tempo conscientes para discorrer sobre o assunto o que nos leva a segunda parte:
Questionamos o por que de trabalharmos em tal emprego, fazermos esta faculdade ou termos estes amigos etc...
O maior problema desse despertar, pelo menos no meu caso, foi remoer o passado frequentemente o que gerou muita angustia mas que também levou ao entendimento das situações.
Alguns nesse caso se desconectam totalmente de tudo que há no mundo, o que pra mim é ignorância já que não temos tanto conhecimento e percebemos o mundo a partir de nossos sentidos que não nos mostram a verdadeira realidade. Lembrando que o fato de não sermos nada permite que questionemos nosso mundo e alcancemos nossa essência.
Passado esse período de angustia vem o questionamento do que fazer perante esta consciência, isso é pessoal de cada um. Uma coisa que eu acho extremamente importante é fixar um objetivo, uma grande meta na vida e focar nela, pessoas que estão atrás de seu sonho são mais corajosas, independentes, não se abalam com as coisas ruins da vida como arrependimentos e ultrapassam limites, agindo em meio a complexidade do mundo real.
Muitos passam tanto tempo refletindo sobre isso que acabam achando que estão com depressão, quando na verdade é apenas um surto de lucidez que pode lhe garantir uma existência mais autentica sem as ilusões da mentalidade humana e que ao mesmo tempo lhe permite se maravilhar com a complexidade do mundo real e agir nele.
As citações abaixo eu retirei de um comentário de um vídeo no youtube, que discorre sobre o assunto e que pode nos ajudar a entender esse período e encontrar a solução começando pelo contraponto da lucidez, a "embriaguez":
Citação:Acredito que o primeiro passo é ficar alerta para uma advertência que Sartre nos faz em "Náusea".
Sartre descreve um garçom, em uma cafeteria de Paris, que lhe chama a atenção por seus movimentos "um pouco solícitos demais", afirma que ele "sorri um pouco demais", "responde aos fregueses com demasiada atenção", seu comportamento é uma forma exagerada de tudo aquilo que se espera de um bom garçom.
Sartre o diagnostica, esse garçom, inadvertidamente, compreende a si mesmo como, fundamental e primariamente um garçom, e não como um ser humano livre. Ele aceita o papel atribuído a ele pela sociedade, e a sua realidade social/humana/cultura como a essência de seu ser, porque é incapaz de lidar com o fato de que "a existência precede a essência", dirá Sartre: antes de ser qualquer coisa, somos nada, totalmente livres para deliberar sobre a própria existência".
Essa "embriaguez" (em oposição a lucidez) mostra como algumas pessoas se definem pela profissão ou pelo meio onde vivem de maneira subjetiva, nos remetendo a frase do clube da luta: Você não é seu emprego, você não é seu carro e você não é seu dinheiro... E o motivo de conseguirmos questionar a nossa existência é a prova de que não somos nada e ao mesmo tempo conscientes para discorrer sobre o assunto o que nos leva a segunda parte:
Citação:Esse é o grande surto de lucidez, que nos faz questionar o porquê de as coisas serem como são, afinal, tudo poderia ser tão diferente: o resultado é angústia, como denominou Kierkegaard em "O Conceito de Angústia": somos seres livres e inexperientes, tateando no escuro, despidos do conhecimento necessário para tomar qualquer tipo de decisão de forma inteligente:
"A vida só pode ser entendida de trás para frente, mas deve ser vivida no sentido contrário."
O trabalho da filosofia é justamente fornecer as ferramentas para que façamos esse recuo, e possamos refletir como quem olha de cima, porquê fazemos o que fazemos.
Questionamos o por que de trabalharmos em tal emprego, fazermos esta faculdade ou termos estes amigos etc...
Citação:As percepções sobre o mundo que o pensamento contemporâneo traz sempre nos conduzem nessa direção, esse é o lugar comum de qualquer um que se dê ao trabalho de pensar com alguma seriedade.
Schopenhauer, Sartre, Kierkegaard, Camus, Heidegger e tatos outros filósofos entendem com absurda perspicácia os sentimentos que temos, e é sempre destes pensadores que se retira o maravilhoso conteúdo de vídeos como esse. Ler suas obras, ou ao menos ler sobre elas, engrandece enormemente a existência, sendo a melhor forma de canalizar a angústia que deriva desse despertar.
O maior problema desse despertar, pelo menos no meu caso, foi remoer o passado frequentemente o que gerou muita angustia mas que também levou ao entendimento das situações.
Alguns nesse caso se desconectam totalmente de tudo que há no mundo, o que pra mim é ignorância já que não temos tanto conhecimento e percebemos o mundo a partir de nossos sentidos que não nos mostram a verdadeira realidade. Lembrando que o fato de não sermos nada permite que questionemos nosso mundo e alcancemos nossa essência.
Citação:Até lá, lembre-se que além dessa consciência lhe garantir uma existência mais autêntica e verdadeira, despida das ilusões que a sociedade impõe ao rebanho, ela lhe permite se maravilhar com a complexidade do mundo real. A partir do momento que reconhecemos nossa ignorância, e o quão pouco sabemos a respeito do mundo e nosso lugar nele, nossa mera existência se torna um fato estonteante. Em "Como Vejo o Mundo", Einstein diz:
"Não consigo, nem quero conceber um indivíduo que sobreviva sua morte física. [...] Eu me satisfaço com o mistério da eternidade da vida, e com o vislumbre da maravilhosa estrutura do mundo real, junto com o esforço diligente de compreender uma parte, por menor que seja, da razão que se manifesta na natureza."
Passado esse período de angustia vem o questionamento do que fazer perante esta consciência, isso é pessoal de cada um. Uma coisa que eu acho extremamente importante é fixar um objetivo, uma grande meta na vida e focar nela, pessoas que estão atrás de seu sonho são mais corajosas, independentes, não se abalam com as coisas ruins da vida como arrependimentos e ultrapassam limites, agindo em meio a complexidade do mundo real.
"O mundo continuará, pois, a mergulhar nesse vazio, nessa barbárie, e esses sonhadores maravilhosos, jamais vão acordar dos seus sonhos."
- Esther Vilar, em O Homem Domado