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[REFLEXÃO] Elon Musk e a Sétima Lei do Poder
#1
A 7° lei do poder, do livro As 48 Leis do Poder (R. Greene & J. Elffers) e o Elon Musk:

"Faça os outros trabalharem por você, mas fique sempre com o crédito: use a sabedoria, o conhecimento e o esforço físico dos outros para se autopromover."

Nos últimos anos e especialmente nos últimos dias, vi muitas postagens na mídia e nas redes sociais exaltando as tecnologias e feitos do Elon Musk: satélites de internet como a Starlink, comprador do Twitter, impressionantes foguetes que pousam na vertical, possíveis futuros ônibus aeroespaciais e, nos últimos dias, carros elétricos automáticos e robôs. Todos sabem que o principal (e talvez único) financiador de tudo isso é ele mesmo.

Mas uma coisa vem me chamando a atenção: sobre todos esses projetos, todo mundo fala especificamente dele, do Elon Musk. O playboy leva todo e qualquer mérito pelos desenvolvimentos tecnológicos financiados por ele, tratado como figura única dos projetos. Parece que ele é quem criou tudo ou que fez tudo sozinho, que foi ele quem criou o projeto, engenhou, digiriu ou que foi o cabeça de tudo.

Duvido muito que ele tenha contruibuido com qualquer coisa no quesitio tecnológico, científico e provavelmente nem na idealização. Aposto que ele nem sequer sabe fazer cálculos "básicos" de engenharia, cálculo diferencial e integral. Quiçá nem mesmo a fórmula de Bhaskara ou regra de três.

Mas com certeza as pessoas que compoem as suas equipes - cientistas, engenheiros, técnicos e cia. - são pessoas muito competentes e que se dedicaram muitos anos aos estudos e se empenham diuturnamente aos projetos. Provavelmente pessoas de grande referência nas suas áreas de atuação. Porém de forma alguma se ouve falar das principais pessoas que fazem a coisa funcionar, que são os que planejam, aplicam, testam e aperfeiçoam os meios tecnológicos e serviços. Quem faz o negócio funcionar é uma equipe de pessoas muito competentes que se dedicam de corpo e alma, e não um playboy de vitrine.

Esse caso é apenas um, de um dos homens mais ricos e famosos do mundo (talvez o civil não-governante mais famoso do mundo), todavia isso acontece muito aqui no Brasil mesmo. Talvez na sua própria cidade e talvez até na empresa em que você trabalha. O que pude extrair de tudo isso: não importa o quão bom e dedicado você e a sua equipe sejam, outras pessoas em posições vantajosas, se puderem, vão tirar proveito e se apossar de um mérito que não é delas e ficar com o crédito por isso, sem citar o seu nome.

Com toda essa questão acerca do Elon Musk, uma coisa me vem a mente: 7° lei do poder, que diz: "faça os outros trabalhar por você, mas fique com o crédito pelo trabalho delas"

O livro das 48 Leis do Poder me fez refletir muito. É um livro que me pareceu muito negativo logo que o conheci, discorco de muitas coisas, mas é inegável que me fez ter uma melhor compreensão de como funciona o mundo real e como boa parte das pessoas são aproveitadoras e inescrupulosas. As 48 Leis do Poder praticamente resumem a mentalidade de muitos empresários e magnatas no Brasil (infelizmente), pois muita coisa que li ali me fizeram relembrar muita coisa que vi no dia a dia, como enganações, exploração, calotes, golpes, ganância e vaidade extrema etc.
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#2
Isso aí é a metonímia social.
Não interessa quem pegou na pá ou na enxada, sempre o líder/representante/CEO vai levar o crédito.
Esporte, política, empresas dá no mesmo.
Posições de liderança têm seus ônus e seus bônus.
 "Passei a minha vida inteira tentando não ser descuidado. Mulheres e crianças podem ser descuidadas, homens não".
 - Vito Corleone.
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#3
A vida é assim: via de regra, a pessoa na posição de líder/dono leva o crédito. Porém, quando surgem problemas, mesmo que a culpa não seja diretamente dela, esta é quem arca com as consequências diante do público.

Neste livro, temos muitos exemplos de que nem sempre o lugar mais interessante é sob os holofotes. Às vezes, por mais que nosso ego deseje a 'glória', estar nos bastidores pode ser mais vantajoso na balança entre ônus e bônus.
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