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Gabriel Garcia Moreno, o Presidente Católico do Equador
#1
[Image: Gabriel_Garc%C3%ADa_Moreno.jpg]

Hoje, dia 6 de Agosto comemoramos o Martírio do Presidente Católico do Equador, Gabriel Garcia Moreno, assassinado com quatorze facadas e seis tiros, no dia 6 de Agosto de 1875.

García Moreno foi filho de Gabriel García y Gómez de Tama, um espanhol de Soria, descendente da casa dos Duques de Osuña, e oficial da Marinha Real da Espanha; sua mãe era de uma família nobre e proeminente de crioulos. Seu avô materno era o Conde de Moreno e Governador-Geral da Guatemala, antes de se mudar para Guayaquil, onde foi Governador Militar Perpétuo.

García Moreno estudou teologia e direito na Universidade de Quito. Pensando ter vocação para ser padre, recebeu as ordens menores e a tonsura; mas seus amigos mais próximos e seus próprios objetivos convenceram-no a uma vida leiga.

Graduado em 1844, começou sua carreira tanto como advogado e jornalista (oposto ao governo Liberal no poder).

Em 1849 fez uma viagem à Europa para ver os primeiros efeitos da Revolução de 1848. Fez outra viagem em 1854-56.

Voltou para casa em 1856, encontrando o governo do país tomado por Anticatolicismo; foi eleito senador e entrou na oposição. Embora fosse Monarquista (gostaria de ver um príncipe espanhol no trono), aceitou as circunstâncias e tornou-se presidente da República após uma guerra civil no ano seguinte ao seu retorno, tamanha era a reputação que adquirira como senador. Em 1861, foi confirmado o mandato por quatro anos. Infelizmente, seu sucessor foi deposto pelos liberais em 1867. Mas, dois anos depois, ele foi reeleito, e novamente em 1875. Durante seu cargo, a nação deu um salto, enquanto se tornava mais fervorosa e católica.

Pessoalmente piedoso (frequentava a Missa diariamente, também assistindo ao Santíssimo Sacramento; assim como comungava todos os Domingos). Ele acreditava que o principal papel do Estado era promover e apoiar o Catolicismo. Igreja e Estado eram unidos, mas pelos termos da nova concordata, o poder estatal de apontar bispos foi anulado. A constituição de 1869 fez do Catolicismo a religião oficial e requeria que tanto o candidato, como o eleitor fossem católicos. Ele foi o único líder no mundo a protestar contra a perda dos Estados Pontifícios, e dois anos depois obteve a consagração da legislatura ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo. Um de seus biógrafos escreveu que após a consagração pública, ele foi condenado à morte pela Maçonaria Alemã.


Resumo da de suas políticas

Ele recebeu o cargo de presidente em um país com cofres vazios e com uma enorme dívida. Para superar o problema, ele diminuiu gastos, acabou com o nepotismo e cargos desnecessários e atacou seriamente a corrupção. Como resultado, foi capaz de fazer mais avanços, ainda que com pouco dinheiro. Ele tanto melhorou as finanças como atraiu investimento estrangeiro. A escravidão foi abolida. O exército foi reequipado, e enviou oficiais para estudar na Prússia. Prostíbulos foram fechados e hospitais abertos nas principais cidades. Ferrovias e rodovias nacionais foram abertas, o telégrafo estendido e os sistemas de correios e distribuição de água criados. As cidades foram pavimentadas e a criminalidade enfrentada duramente. García Moreno ainda reformou as universidades, estabeleceu duas universidades politécnicas e agrícolas e uma Escola Militar, e aumentou o número de escolas de 200 para 500. O número de estudantes aumento de 8.000 para 32.000. Para contratar empregados para a enorme expansão do sistema de saúde e educação, religiosos estrangeiros foram chamados. Tudo foi feito enquanto expandia a democracia e garantia direitos iguais ante a lei a todo equatoriano.

Assassinato

Os liberais e os maçons odiavam García Moreno; quando ele foi eleito pela terceira vez em 1875, assinou sua sentença de morte.

Ele escreveu imediatamente ao Bem Aventurado Papa Pio IX pedindo sua bênção antes do dia da posse em 30 de agosto:

Citação:Eu desejo receber vossa benção antes daquele dia, para que tenha a força e a luz de que tanto preciso para que conseguir até o fim ser um fiel filho de Nosso Redentor, e um leal e obediente servo de Seu Infalível Vigário. Agora, quando as Lojas Maçônicas dos países vizinhos, instigadas pelos alemães, estão vomitando contra mim toda sorte de insultos atrozes e horríveis calúnias, agora quando as Lojas Maçônicas estão secretamente planejando meu assassinato, eu tenho mais do que nunca a necessidade da proteção divina para que possa viver e morrer em defesa de nossa Santa Religião e da amada Respública que uma vez mais sou chamado a governar.

A previsão de García Moreno estava correta; ele foi assassinado por conspiradores na saída da Catedral de Quito, sob facadas e tiros, sendo suas últimas palavras: "¡Dios no muere!" ("Deus não morre!"). Faustino Rayo, o líder dos assassinos, tinha atacado-o com seis ou sete golpes de facão, enquanto seus três comparsas atiravam com seus revólveres.

Em 5 de agosto, pouco antes de seu assassinato, um padre visitou García Moreno e alertou-o

Citação:"Alertaram-me de que tua morte foi decretada pelos Maçons; mas não me disseram quando. Ouvi dizer que os assassinos irão levar o plano deles a cabo logo. Pelo amor de Deus, tome as medidas necessárias!"


García Moreno respondeu que ele já houvera recebido avisos similares e que após calma reflexão concluíra que a única medida que podia tomar era preparar-se para aparecer ante Deus para seu julgamento.


"Parece que ele foi assassinado por membros de uma sociedade secreta," observou um analista contemporâneo.[9]
Gabriel Garcia Moreno recebeu a Extrema-Unção pouco antes de morrer e entre os pertences que portava estava a cópia da Imitação de Cristo. O Papa Pio IX, declarou que Gabriel Garcia Moreno "morreu vítima da Fé e da Caridade Cristã por seu amado país."
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#2
GABRIEL GARCÍA MORENO, O PRESIDENTE CENTRALIZADOR

Gabriel García Moreno acreditava na imperiosa necessidade de "governar a chicotadas este país de insensatos" [1].

O presidente-mártir tinha especial zelo pela unidade nacional, na época ameaçada pela autonomia desmedida das oligarquias regionais, acostumadas a mandar e desmandar nas províncias. Pode-se dizer que ele seguiu as lições de Fernando e Isabel, os Reis Católicos, que consolidaram a unidade da Espanha "tomando as rédeas de inúmeras cidades e reinos que, afligidos e destruídos por discórdias intestinas, extinguiam-se em várias divisões", nas palavras do Papa Alexandre VI [2].

Nesse sentido, umas primeiras providências de García Moreno consistiu em implementar a Reforma Postal, aprovada pelo Congresso em 18 de abril de 1864. Com esta decisão, foram abolidos os vários selos regionais, substituídos pelo selo nacional, emitido pelo Governo Federal. Assim, destravou-se a circulação de cartas por todo o país.

Idêntica orientação adotou o Presidente ao reformar o sistema educacional, centralizando sua gestão para entregá-lo às ordens religiosas, em 3 de novembro de 1871. A lei editada nesta data suprimiu os Conselhos Provinciais de Ensino, cujas funções foram assumidas por um corpo de inspetores designados pelo Governo Federal, que por sua vez atribuiu ao clero a missão de baixar instruções [3].

O Plano Viário foi concebido com os mesmos propósitos das ações acima: unificar o país, enfraquecer os regionalismos, fortalecer a ligação das províncias com o Governo Federal. Para tanto, García Moreno construiu a Ferrovia de Yaguachi, vinculando as Províncias de Guayas e Chimborazo. O traçado foi desenhado para conectar-se à Estrada García Moreno e assim permitir a circulação de pessoas e riquezas entre a Serra Central e a Serra do Norte.

E por fim, para quebrar a resistência das oligarquias locais, García Moreno trouxe para o seu lado as famílias que com elas rivalizavam nas províncias, porque havia percebido que "devia levar a cabo reformas práticas e ideológicas com o fim de vencer as forças centrífugas do regionalismo", segundo o historiador Peter Henderson [4]. No livro de Lautaro Segovia consta ainda o seguinte a respeito ao presidente-mártir:


Citação:"Uma das características sobressalentes da presidência de García Moreno foi o afã de consolidar o Estado Nacional. Este processo significou a superação de uma etapa inicial anárquica, com o estabelecimento de um entendimento entre os setores dominantes em luta.

Um dos traços visíveis do presidente nascido em Guaiaquil foi seu empenho em proteger o Estado Nacional da fragmentação existente entre os setores dominantes das três principais regiões do país – os Departamentos de Guaiaquil, Azuay e Quito. Com efeito, em 1869-1875, inspirado em uma ideologia centralista e teocrática e aplicando um aparato repressivo eficaz, García Moreno buscou disciplinar os caudilhos, a fim de assentar as bases essenciais para estruturar a unidade nacional (...). A política integracionista de García Moreno gerou a coesão econômica e administrativa do país. O duro líder tornou-se o unificador do Estado equatoriano e o agente que possibilitou a continuidade do seu edifício político"
[5].

NOTAS

[1] GÁLVEZ, Manuel. 'Vida de Don Gabriel García Moreno'. Buenos Aires: Ediciones Dictio, 1978, p. 36.
[2] Bula 'Si convenit', de 19 de dezembro de 1496.
[3] DONOSO, Julio Tobar. 'Garcia Moreno y la instrucción publica'. Quito: Ecuatoriana, 1940, p. 206.
[4] HENDERSON, Peter. 'García Moreno y la formación de un Estado conservador en los Andes'. Quito, CODEU, 2010, p. 61.
[5] SEGOVIA, Lautaro Ojeda. 'La descentralizacion en el Ecuador'. Quito: Abya-Yala, 2000, pp. 3-4.
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#3
Ae, agora sim!
Pulando linhas entre alguns parágrafos, a visão cansada do velho Matuto agradece!

Gargalhada

Li tudo, conforme prometido. Não conhecia a história deste presidente.
"Paulistarum Terra Matter..."
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#4
Voltou para casa em 1856, encontrando o governo do país tomado por Anticatolicismo; foi eleito senador e entrou na oposição. Embora fosse Monarquista (gostaria de ver um príncipe espanhol no trono), aceitou as circunstâncias e tornou-se presidente da República após uma guerra civil no ano seguinte ao seu retorno, tamanha era a reputação que adquirira como senador. Em 1861, foi confirmado o mandato por quatro anos. Infelizmente, seu sucessor foi deposto pelos liberais em 1867. Mas, dois anos depois, ele foi reeleito, e novamente em 1875. Durante seu cargo, a nação deu um salto, enquanto se tornava mais fervorosa e católica.

Assassinato



Os liberais e os maçons odiavam García Moreno; quando ele foi eleito pela terceira vez em 1875, assinou sua sentença de morte.


Ele escreveu imediatamente ao Bem Aventurado Papa Pio IX pedindo sua bênção antes do dia da posse em 30 de agosto:

A previsão de García Moreno estava correta; ele foi assassinado por conspiradores na saída da Catedral de Quito, sob facadas e tiros, sendo suas últimas palavras: [i]"¡Dios no muere!" ("Deus não morre!"). Faustino Rayo, o líder dos assassinos, tinha atacado-o com seis ou sete golpes de facão, enquanto seus três comparsas atiravam com seus revólveres.[/i]

Não fez a limpeza que deveria ter feito e se fodeu. Exclamation

O problema dos políticos cristãos é a falta de santidade/comunhão em alto nível, malicia o  eterno sem bolismo de poupar os inimigos políticos.  Shy Alguns pecados se fazem necessários no exercício do Poder e comunhão com D`us  é 6º, 7º ,8º sentido além de milagres. 

Vamos ver se o Trump será mais uma mocinha pacifista se assumir o Poder novamente...
Só Jesus salva, vá e não peques mais...
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