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As mulheres e a sociedade tecnologica
#1
As mulheres e a sociedade tecnológica 
Postado por The Truth na Quarta-feira, 11 de maio de 2011.

[Image: W5kSlt7z_t.png]

Muitas conquistas femininas são apenas o “arrastão” da situação histórica. Isso significa que essas conquistas iriam acontecer de qualquer maneira, pois elas seriam conseqüências inevitáveis dos fatores ambientes favoráveis. Ou seja, o feminismo é um filhote do secularismo, do cientificismo e do capitalismo. As feministas gostam de falar das culturas matriarcais antigas e agrícolas, mas elas sabem que a posição da mulher na sociedade moderna é uma conquista totalmente dependente dos fatores citados. 

A educação feminista é uma conseqüência do avanço da sociedade capitalista, secular e tecnológica. Não há como impedir isso. Por outro lado, o feminismo enquanto discurso da igualdade, é escravo do mundo do capital. Aquele comunismo utópico, que idealiza igualdade material radical entre os homens, jamais seria compatível com o feminismo, pois ele teria que limitar uma série de coisas que iriam interferir nos valores da sociedade e no conforto da mulher no mundo tecnológico. A tecnologia num mundo comunista radical iria experimentar um gigantesco ostracismo. 

O mundo da igualdade feminista é paradoxalmente um mundo impossível no âmbito do comunismo literal e isso torna o marxismo das feministas uma grande piada. Ainda que o marxismo realize a idéia de secularizar totalmente o mundo, o mundo secularizado alimentará cada vez mais o capitalismo. Em outras palavras, o secularismo jamais acabará com a desigualdade material no mundo, mas apenas afirmará os privilégios das minorias emergentes dentro do sistema capitalista. O marxismo cultural quer as minorias dentro do sistema e não pretende mudar o sistema. 

O feminismo e outros movimentos derivados do marxismo cultural usam o pressuposto falso da igualdade material para avançar, mas o sucesso desses movimentos dependem justamente do avançado do capitalismo e das suas estruturas sustentadoras, como a tecnologia, por exemplo. A tecnologia cria o cenário fundamental para a intervenção estatal. Ou seja, a tecnologia justifica o trabalho das pessoas fora da competição e do mérito, justamente porque o lucro e a tecnologia absorvem o peso do trabalho “morto”. No keynesianismo dos marxistas culturais, uma pessoa pode ganhar muito dinheiro para não fazer nada, pois a parte “faltante” do seu trabalho é compensada pela tecnologia, uma vez que esta diminui ou substitui o trabalho de outra pessoa. 

A mulher que é feminista não pode defender jamais o fim do capitalismo, pois o fim do capitalismo é o fim do feminismo. Se o mercado acabar, a burocracia trava a ciência,a tecnologia entra em falência(pois o lucro é a motivação da sua renovação) e o mundo de consumo e conforto feminino acaba. Sem o mundo de consumo e exposição através da tecnologia, o cenário motivacional da chantagem utilitarista feminina perde força. A tecnologia sustenta o egocentrismo e a arrogância da mulher atual. Num mundo sem conforto, a mulher é praticamente obrigada a mudar a sua estratégia! 

As conquistas feministas dependem justamente do avanço da sociedade capitalista e tecnológica. Por essa razão, não existe nada mais esquisito do que elogio feminista das sociedades matriarcais e agrícolas. Qual feminista em sã consciência gostaria de trocar o seu conforto pelo desconforto do mundo feminista agrícola? Ou seja, o patriarcado tecnológico é mais confortável para a mulher do que qualquer sociedade feminista agrícola e as feministas sabem disso. Então, elas defendem uma coisa que na prática elas jamais escolheriam. 

Chegamos numa situação altamente paradoxal, na qual qualquer solução parece ser inconveniente! Reverter o secularismo seria o mesmo que desacelerar, ou regredir os avanços da sociedade capitalista e tecnológica. Teríamos que reverter o excesso de tecnologia para um nível menos tecnológico, capaz de evitar influências excessivamente secularizadoras na sociedade. Richard Rorty disse que o maior inimigo do secularismo é a pobreza. Mas isso é falso. O maior inimigo do secularismo é a restrição de tecnologia. O que a mulher iria fazer com o seu feminismo numa sociedade agrícola? Os direitos iguais das mulheres modernas significam a apropriação dos recursos e benefícios da sociedade tecnológica. No mundo tecnológico, não podemos impedir a mulher de ter acesso à tecnologia, porém não podemos aceitar sem crítica, a apropriação feminina da tecnologia como meio de rebaixamento do homem. 

A solução para o problema do feminismo na sociedade tecnológica é bastante impopular e inconveniente, como vemos agora. Para todas as pessoas, restringir a tecnologia seria algo absurdo e sem sentido. Essa solução não é viável. Quando os homens criaram a sociedade capitalista e tecnológica, elas jogaram fora o poder que tinham sobre as mulheres. As mulheres perderam o senso do valor do homem porque a sociedade tecnológica as deixou mimadas e acomodadas. Por que elas vão precisar dos homens se as máquinas fazem tudo por elas? O homem possui cada vez menos valor, pois a sobrevivência, o conforto e a segurança da mulher não dependem mais dos homens. Ou melhor, até dependem num certo nível, mas as mulheres estão tão anestesiadas pela tecnologia que jamais reconhecerão qualquer mérito masculino. 

O mundo tecnológico possui um preço maior para o homem heterossexual do que para qualquer outro grupo. As mulheres estão anestesiadas pela tecnologia e perderam a capacidade de valorizar os homens. Isso só tende a piorar. Os homens terão cada vez menos valor para as mulheres. E quanto mais eles criam tecnologia, mais as mulheres se apropriam dessa tecnologia para desvalorizar ainda mais os homens. Elas não usam mais o assédio masculino como meio exclusivo de barganha. Agora, elas usam todo o conforto e a facilidade do mundo tecnológico como meio de barganha. Elas exigem mais conforto do que possuem. Desse modo, o homem perde cada vez mais poder perante a mulher. 

A exigência da mulher moderna não leva em conta somente outras opções sexuais, mas também tem como critério o padrão de vida da mulher, uma vez que este não pode ser menor do que aquilo que o homem tem a oferecer. Obs:. O objetivo do post não é defender a proibição da tecnologia, mas apenas demonstrar que a tecnologia tornou a mulher insensível perante o esforço e o sofrimento masculino.


Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.
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