Avaliação do Tópico:
  • 2 Voto(s) - 5 em Média
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
A relevância dos Ritos de Passagem
#1
Saudações, meus nobres.

Acabei de ler um excelente tópico chamado Rituais de iniciação, a chave de resgate do homem que foi postado pelo @Guardião e, após à leitura do mesmo, entendi que seria importante compartilhar minha experiência. E é claro, além do link para o texto que me levou a escrever isto aqui agora, irei citar às referências dos materiais que contribuíram para meu entendimento. Prossigamos então. 

Recentemente, li um trabalho de pós-graduação em Antropologia de um palestrante e ex Capitão do BOPE-RJ chamado Paulo Storani, que fala sobre o processo de formação de combatentes de Operações Especiais da Polícia Militar, visando prepará-los de forma contundente para atuar na guerra urbana aqui no RJ. O texto é abordado sob à perspectiva da antropologia, com referências de outros títulos acerca do tema e trás muitos detalhes sobre símbolos, práticas, nomenclaturas, história da instituição, atribuições. 

Sobre a leitura, inicialmente, meu objetivo era entender melhor às fases de um curso de Operações Especiais. Mas conforme fui progredindo com o conteúdo, não pude deixar de notar algumas semelhanças, guardadas às devidas proporções é claro, com minha passagem pelo Exército Brasileiro, haja vista que não servi em uma unidade operacional. E estas semelhanças se dão através de práticas, procedimentos, adoção de padrões pré-estabelecidos, frases e palavras peculiares. 

Ainda sobre estes pontos, posso citar por exemplo, um ritual de inspeção matinal em campo. Quem foi militar sabe, que todos os dias, a mochila deveria ser desequipada, os kits devem estar organizados, armamento limpo, barba feita, coturno engraxado, cinto ajustado e etc. Outra característica peculiar é a repetição até a incorporação de valores típicos da vida militar. Hierarquia e disciplina, permanente estado de prontidão, rusticidade, comprometimento com às missões e o culto aos símbolos nacionais.

Quero citar ainda o entendimento que adquiri sobre princípios e valores de uma instituição. Exemplifico aqui o motivo pelo qual me levou a ser voluntário para servir. Me recordo que, ao chegar ao quartel, enquanto conscrito, não pude deixar de ficar impressionado ao ver a tropa em forma, atenta e disciplinada diante da instruções de um oficial. Neste fato entra a Hierarquia e Disciplina. Hierarquia para respeitar o militar mais antigo e disciplina para entender e cumprir o que deve ser feito. Após presenciar este fato, não tive dúvidas de que iria me adaptar bem à rotina da instituição. 

E agora, antes de encerrar o texto, quero compartilhar com vocês um escrito que está em meu certificado que recebi do Exército por ter prestado um bom serviço militar:

"Em homenagem ao mérito, declaramos que o SD xxxxxx, durante a prestação do Serviço Militar, manteve excelente atividade e modelar comportamento como confirmam às suas alterações e a observação do modo como desempenhou os encargos que lhe foram atribuídos, fazendo justa a esta prova de distinção dos seus superiores hierárquicos"

Concluindo, os ritos de passagem são importantes, pois elas podem produzir um novo indivíduo e este consequentemente pode vir a contribuir com a sociedade de alguma forma. Tenho certeza que existem outras organizações que até não tenham necessariamente o objetivo de formar novos indivíduos, mas que sem dúvida deixam um legado para aqueles que passam por elas por conta de seus valores, até porque vale lembrar, isto é algo que esta escasso atualmente. Aos confrades que tenham vivenciado algo semelhante e marcante até hoje, seria enriquecedor ler outros relatos, opiniões, críticas e sugestões.

Referências:
Vá e Vença! Decifrando a Tropa de Elite - Paulo Storani
"VITÓRIA SOBRE A MORTE: A GLÓRIA PROMETIDA" - O ''rito de passagem na construção da identidade dos Operações Especiais do BOPE - Paulo Storani, pós-graduação em Antrologia, UFF.
Responda-o
#2
Belo texto mas o problema dos Militares não é a tropa, são os oficiais ocultistas revolucionários de merda.



Por que a porra de um alta patente enche a boca para declarar: O BRASIL é a moça mais bonita do baile, é a mulher que todos querem e coisas do tipo.

Vejam a mentalidade de efeminado, nada viril. Eufemismo de prostituição e submissão, cadê a  dignidade patriótica e honra inerente a constituição e identidade de macho, oras vão se fuder bando de putas esotéricas Joinha , e o pior é que acham que tem sabedoria de cafetões... Gargalhada malandros para caraio...

O fim do Brasil está chegando por causa de dementes que assistem a nação ser saqueada e tomada por toda a sorte de criminosos durante décadas, além é claro da violação constante, permanente e diária da segurança nacional, nem as amebas são tão passíveis.

Não dá para delegar a segurança nacional para sujeitos que sequer conseguiram ter o mínimo para defender o espaço aéreo por exemplo, é um negócio de louco...

Do jeito que tão indo as coisas em breve irei assistir o povo destruindo as casas de governadores e prefeitos...
Só Jesus salva, vá e não peques mais...
Responda-o
#3
Bom tópico.

Fiz parte da Ordem Demolay, entrei aos 14 anos. Jamais esqueço os rituais, os cargos que tive, a cerimônia de iniciação, o recebimento da coroa da maioridade [21 anos]. Tudo é marcante. Tudo gira em torno de simbologias. Como é uma ordem criada pela maçônica, eu não posso dar muitos detalhes; se bem que hoje em dia está tudo escancarado aí na internet...




Eu não vou mentir que tenho vontade de fazer um treinamento pesado desses de forças especiais, algo do tipo CORE-RJ, COT, CIOSAC. Ouvir aqueles malucos gritando pra você: " A dor do treinamento é temporária, a honra de a ter superado é eterna. Tudo passa, combatente." Realmente deve-se sair de lá outros homens.
Responda-o
#4
Já fui escoteiro, demolay e militar, e garanto que os ditos rituais são extremamente marcantes e importantes na vida do homen.
Responda-o
#5
GargalhadaGargalhada sim Minerim, nas reuniões era usado capa. mas é só algo simbólico, tem nada de mais não. igual maçonaria, a galera pensa que tu chega lá e faz mil coisas fodas e secretas quando na verdade é só troca de ideia e coisas inúteis que não servem pra nada na vida prática.
Responda-o
#6
(07-01-2021, 08:02 AM)donborjone Escreveu: ...igual maçonaria, a galera pensa que tu chega lá e faz mil coisas fodas e secretas quando na verdade é só troca de ideia e coisas inúteis que não servem pra nada na vida prática.

Se tem uma coisa que foi boa nessa pandemia é que as malditas reuniões da loja foram canceladas. 
Ainda por cima fingi que meu zap foi perdido uns tempos atrás por clonagem e saí fora do grupo de zap da loja, não participando das reuniões virtuais...
Responda-o
#7
Uma das coisas que a vida moderna retirou dos homens foi precisamente esse o "rito de passagem". Rito esse que sempre foi e ainda é fundamental para o amadurecimento psicológico do jovem. O homem precisa dessas provações para finalmente se entender como homem. Ter o reconhecimento de outros homens é importante para o nosso espirito, e sem um rito do passagem organizado por esses homens mais experientes, isso se perdeu e ninguém mais entende nada e qualquer atitude pode ser entendida como atitude de homem - até cortar fora o pinto e se fantasiar de mulher, pois como dizem hoje em dia nas instituições de "ensino", tem que ser muito macho para fazer isso - . Atualmente, como já não existe essa cisão, esse marco bem definido a partir do qual o menino deixa de ser menino e passa a estar incluso no mundo masculino, acabou que a sociedade como um todo está perdida, ou como geralmente lemos, decadente. As virtudes são manifestações práticas da verdadeira masculinidade, mas sem masculinidade, não há virtudes e sem virtudes, a sociedade humana regrida pois não há mais o desenvolvimento do espírito, a caridade real e o sacrificio deixam de existir, e assim regredimos até o caos total onde uma nova era precisará nascer, uma nova história precisará ser escrita, e sempre será escrita com sangue, por mais que os "especialistas" e burocratas digam  que a pacificação é o caminho. Agora mesmo os homens estão agindo como eternas crianças, são demasiados afeminados e se preocupam com futilidades estúpidas. E o pior disso tudo é que ter comportamentos desse viés são entendidos como ideal.  

Indiscutivelmente os meninos precisam de um rito de passagem, precisam ser arrancados do seio feminino e do ambiente confortável familiar e postos a prova fisicamente, mentalmente e psicologicamente. Alguns especialistas - que não são esquizofrênicos marxistas - dizem que a parir dos 7 anos a criança do sexo masculino deveria começar a ter um contato mais próximo ao pai, pois é a partir desse ponto que o menino começa a desenvolver seu ímpeto aventureiro, que ele começa a ter a ânsia para se arriscar, para fazer, para liderar, para literalmente sair dos braços da mãe e começar a conhecer o mundo. O pai - e não a mãe como é o normal hoje - deve ser o braço forte que segura a mão do menino nessa descoberta do mundo, que ensina na prática o que são virtudes, o que é coragem, o que é e o pq do sacrifício próprio em prol do bem de outras pessoas... enfim, o pai deve levar o filho rumo abandonar o universo feminino - universo esse que é a base da sua compaixão no futuro, por isso esse período de maior tempo com a mãe é tão fundamental quanto - . Só que os pais de hoje em dia, são na sua maioria mais moças que as mulheres, e geralmente entendem que o papel do pai é simplesmente pagar contas. Deixam toda a responsabilidade de criação mental e psicológica para a mãe geralmente por preguiça e falta de colhões.

Por tudo isso, não é de hoje que eu venho repetindo aqui no fórum que você, juvena bunda mole que eventualmente está lendo isso e nunca teve a oportunidade de ter um rito de passagem, precisa se por a prova deliberadamente em coisas que te assustam, te põe medo, para que assim finalmente você tenha o seu rito de passagem. Eu sei que aqui é comum lermos que não precisamos errar em certas coisas, podemos aprender com o erro dos outros... bem, por uma perspectiva isso pode até fazer sentido, mas geralmente não é assim que as coisas funcionam, principalmente para nós homens. Você precisa ir lá e errar por conta, aprender, SENTIR como são suas reações a quais são as suas impressões e principalmente, aprender a agir sob pressão. Só ler sobre a masculinidade não te torna masculino, apenas a provação fará isso. Nesse contexto, a real faz mais ou menos papel de pai - adotivo -, te trazendo a esse caminho, lhe dando conselhos valiosos e principalmente, estando do seu lado quando fracassar te motivando a não desistir, mas quem deve trilhar o caminho do guerreiro sem medo e de cabeça erguida é você.
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

Responda-o
#8
Ao que parece, o camarada @"Goldfinger" está se referindo ao período do serviço militar obrigatório, é isso?
Eu também servi o exército, não faz muito tempo, e concordo com absolutamente tudo o que você disse.

Eu não era voluntário para servir, assim como a maioria dos outros sujeitos. Um mês depois já havíamos mudados de opinião Gargalhada

Foi uma das melhores - se não tiver sido a melhor - experiências da minha vida, compreendo claramente o significado da expressão ritual de passagem justamente por essa fase da minha vida.

Afirmo categoricamente que ali foi um divisor de águas em minha vida. Disciplina, respeito, hierarquia, fibra e camaradagem. E olha que o serviço militar obrigatório é só uma pequena amostra do que é o exército.
Nesses locais você aprende e entende os reais valores de um homem.

Se alguém fizesse merda, todos pagavam.
Se alguém ficava para trás nas corridas, por exemplo, todos esperavam. Não teve, em uma ano, uma atividade sequer que alguém tenha ficado para trás.

Ali o camarada aprende a ser viril e a não ter frescuras.

Isso que você disse acerca do seu certificado me deixou reflexivo aqui.

No meu também havia esses dizeres e lembro que na época fiquei muito feliz, honrado e orgulhoso de mim mesmo por ter recebido tal diploma.
Hoje, esse certificado encontra-se em um local que, falando a verdade, nem sei onde está. E eu só me dei conta dele lendo seu tópico.

Engraçado como nos esquecemos, por várias vezes, de nossas conquistas e raízes. Muito por conta do estresse do dia a dia, de frustrações pessoais e profissionais, por aí vai.

Parabéns pelo seu tópico e deixo meu agradecimento por ter-me feito lembrar de um momento crucial da minha vida. Nunca fui tão disciplinado, focado e objetivo na minha vida quanto fui nessa época. Mas lendo seu relato, agora sei que tenho total condições de entrar novamente no eixo e conquistar minhas metas e objetivos. Obrigado!

edit***: caso eu tenha a oportunidade, votarei nesse seu tópico para o melhor do ano.
Mateus 21:22
Responda-o
#9
Isso aí sobre exército ta parecendo conto de fadas.

Amigos meus, que serviram na juventude, já me contaram diversas histórias das merdas que fazem.

Fazer um crente tomar sangue de galinha só por ser crente, usam drogas dentro do quartel, se te pegarem desprevenido a noite te enrolam no colchão e a galera desce o sarrafo...

Fora a politicagem de quem lustra as bolas dos tenentes e capitães....
Responda-o
#10
(07-01-2021, 09:31 AM)Héracles Escreveu: Uma das coisas que a vida moderna retirou dos homens foi precisamente esse o "rito de passagem". Rito esse que sempre foi e ainda é fundamental para o amadurecimento psicológico do jovem. O homem precisa dessas provações para finalmente se entender como homem. Ter o reconhecimento de outros homens é importante para o nosso espirito, e sem um rito do passagem organizado por esses homens mais experientes, isso se perdeu e ninguém mais entende nada e qualquer atitude pode ser entendida como atitude de homem - até cortar fora o pinto e se fantasiar de mulher, pois como dizem hoje em dia nas instituições de "ensino", tem que ser muito macho para fazer isso - . Atualmente, como já não existe essa cisão, esse marco bem definido a partir do qual o menino deixa de ser menino e passa a estar incluso no mundo masculino, acabou que a sociedade como um todo está perdida, ou como geralmente lemos, decadente. As virtudes são manifestações práticas da verdadeira masculinidade, mas sem masculinidade, não há virtudes e sem virtudes, a sociedade humana regrida pois não há mais o desenvolvimento do espírito, a caridade real e o sacrificio deixam de existir, e assim regredimos até o caos total onde uma nova era precisará nascer, uma nova história precisará ser escrita, e sempre será escrita com sangue, por mais que os "especialistas" e burocratas digam  que a pacificação é o caminho. Agora mesmo os homens estão agindo como eternas crianças, são demasiados afeminados e se preocupam com futilidades estúpidas. E o pior disso tudo é que ter comportamentos desse viés são entendidos como ideal.  

Indiscutivelmente os meninos precisam de um rito de passagem, precisam ser arrancados do seio feminino e do ambiente confortável familiar e postos a prova fisicamente, mentalmente e psicologicamente. Alguns especialistas - que não são esquizofrênicos marxistas - dizem que a parir dos 7 anos a criança do sexo masculino deveria começar a ter um contato mais próximo ao pai, pois é a partir desse ponto que o menino começa a desenvolver seu ímpeto aventureiro, que ele começa a ter a ânsia para se arriscar, para fazer, para liderar, para literalmente sair dos braços da mãe e começar a conhecer o mundo. O pai - e não a mãe como é o normal hoje - deve ser o braço forte que segura a mão do menino nessa descoberta do mundo, que ensina na prática o que são virtudes, o que é coragem, o que é e o pq do sacrifício próprio em prol do bem de outras pessoas... enfim, o pai deve levar o filho rumo abandonar o universo feminino - universo esse que é a base da sua compaixão no futuro, por isso esse período de maior tempo com a mãe é tão fundamental quanto - . Só que os pais de hoje em dia, são na sua maioria mais moças que as mulheres, e geralmente entendem que o papel do pai é simplesmente pagar contas. Deixam toda a responsabilidade de criação mental e psicológica para a mãe geralmente por preguiça e falta de colhões.

Por tudo isso, não é de hoje que eu venho repetindo aqui no fórum que você, juvena bunda mole que eventualmente está lendo isso e nunca teve a oportunidade de ter um rito de passagem, precisa se por a prova deliberadamente em coisas que te assustam, te põe medo, para que assim finalmente você tenha o seu rito de passagem. Eu sei que aqui é comum lermos que não precisamos errar em certas coisas, podemos aprender com o erro dos outros... bem, por uma perspectiva isso pode até fazer sentido, mas geralmente não é assim que as coisas funcionam, principalmente para nós homens. Você precisa ir lá e errar por conta, aprender, SENTIR como são suas reações a quais são as suas impressões e principalmente, aprender a agir sob pressão. Só ler sobre a masculinidade não te torna masculino, apenas a provação fará isso. Nesse contexto, a real faz mais ou menos papel de pai - adotivo -, te trazendo a esse caminho, lhe dando conselhos valiosos e principalmente, estando do seu lado quando fracassar te motivando a não desistir, mas quem deve trilhar o caminho do guerreiro sem medo e de cabeça erguida é você.

Precisamente.

Não gosto do modo como às coisas estão sendo conduzidas hoje. Muitos homens estão decadentes de postura e isso é o que mais me incomoda. Ninguém quer tomar a responsabilidade para si, todos querem o caminho mais fácil, fazer parte de equipes sem contribuir, entre muitas outras coisas.

Nossa sociedade está ficando decadente. Me preocupa também, por exemplo, como colegas de trabalho que são ditos ''pais de família'', se eximem de suas responsabilidades em coisas SIMPLES no dia a dia. É não cumprir com aquilo que deve ser feito pelo indivíduo e deixar a responsabilidade para o outro, não é necessário entender à coletividade, eu posso deixar isso aqui porque outro vai fazer pra mim e etc... Eu fico me questionando: que exemplo esse cara vai dar pros filhos? 

A que podemos atribuir isso? Repito, escassez de bons princípios e valores. Resumindo, a falta de boas referências masculinas. Então, eis o porque de esses processos de iniciação serem também muito importantes por justamente, como você bem disse, "ser organizado por esses homens mais experientes". 
Responda-o
#11
(07-01-2021, 11:58 AM)hjr_10 Escreveu: Afirmo categoricamente que ali foi um divisor de águas em minha vida. Disciplina, respeito, hierarquia, fibra e camaradagem. E olha que o serviço militar obrigatório é só uma pequena amostra do que é o exército.
Nesses locais você aprende e entende os reais valores de um homem.

Se alguém fizesse merda, todos pagavam.
Se alguém ficava para trás nas corridas, por exemplo, todos esperavam. Não teve, em uma ano, uma atividade sequer que alguém tenha ficado para trás.

Ali o camarada aprende a ser viril e a não ter frescuras.

Parabéns pelo seu tópico e deixo meu agradecimento por ter-me feito lembrar de um momento crucial da minha vida. Nunca fui tão disciplinado, focado e objetivo na minha vida quanto fui nessa época. Mas lendo seu relato, agora sei que tenho total condições de entrar novamente no eixo e conquistar minhas metas e objetivos. Obrigado!

edit***: caso eu tenha a oportunidade, votarei nesse seu tópico para o melhor do ano.

Nobre @hjr_10, esse é o espírito!

Às Forças Armadas tem sim a capacidade de melhorar a conduta dos indivíduos. Logicamente, não são todos que irão compreender o valor que o processo teve em nossas vidas, mas sem dúvidas é valoroso.

Você citou também uma clássica consequência: "se alguém fizesse merda, todos pagam''. Vai de encontro com algumas coisas que ando percebendo no mundo corporativo atualmente. Ninguém quer se acusar, temos poucos homens que querem fazer valer suas atribuições e responsabilidades. Quando algo errado acontece, todo mundo pula fora. Logo me vem à mente como isso se procede na caserna: o pelotão inteiro vai pagar e o omisso vai ser ferrar do mesmo jeito. Ficava irritado inicialmente por ter que pagar por causa dos outros, mas quando lembrava que era um omisso, nem esquentava mais.

Eu acho que na mente desses apagados, ser homem é ter um monte de filhos pra se gabar depois, sustentar esperma alheio, se orgulhar de cair bêbado, fumar bagulhos, dedinhos pro alto, ser indisciplinado e outras sandices que já conhecemos. Arrego!!!

Por fim, fico satisfeito de saber que meu tópico pode contribuir de alguma forma, nobre camarada. Deixo aqui meus votos de sucesso para que você consiga atingir suas metas. Desde já, agradeço também pelo voto de confiança no tópico. 
Responda-o
#12
(06-01-2021, 09:11 PM)Slavic Escreveu: Bom tópico.

Fiz parte da Ordem Demolay, entrei aos 14 anos. Jamais esqueço os rituais, os cargos que tive, a cerimônia de iniciação, o recebimento da coroa da maioridade [21 anos]. Tudo é marcante. Tudo gira em torno de simbologias. Como é uma ordem criada pela maçônica, eu não posso dar muitos detalhes; se bem que hoje em dia está tudo escancarado aí na internet...




Eu não vou mentir que tenho vontade de fazer um treinamento pesado desses de forças especiais, algo do tipo CORE-RJ, COT, CIOSAC. Ouvir aqueles malucos gritando pra você: " A dor do treinamento é temporária, a honra de a ter superado é eterna. Tudo passa, combatente." Realmente deve-se sair de lá outros homens.

Eu confesso que não conheço com profundidade a cultura Maçônica. Mas ainda sim, do pouco que li e pude dialogar sobre o assunto, percebi que não era aquilo que sempre ouvi. Entendi também que daí é que surgem os mitos.


A Maçonaria preza a fraternidade, o crescimento intelectual, financeiro e a boa conduta do homem. Reforço ainda com o fato de já ter conversado com um maçom sobre o assunto e o mesmo ter sido solicito e me explicar um pouco mais sobre a organização, sem entrar em detalhes comprometedores, é claro. Na época eu já conhecia a Real, então pude compreender fazendo uso de um melhor senso crítico, haja vista o fato de que intelecto, finanças e conduta inteligente também serem um dos pilares da Real.  

Agora, no que concerne aos treinamentos de tropas especializadas, tem meu apoio. O desconforto é a constante que deve nos acompanhar para que venhamos a nos tornar cada vez mais calejados. Organizações com bons valores podem sim fazer a diferença em nossas vidas.
Responda-o
#13
(07-01-2021, 02:53 PM)corpsegrinder Escreveu: Isso aí sobre exército ta parecendo conto de fadas.

Amigos meus, que serviram na juventude, já me contaram diversas histórias das merdas que fazem.

Fazer um crente tomar sangue de galinha só por ser crente, usam drogas dentro do quartel, se te pegarem desprevenido a noite te enrolam no colchão e a galera desce o sarrafo...

Fora a politicagem de quem lustra as bolas dos tenentes e capitães....

Posso confirmar o que você disse sobre merdas que seus amigos lhe disseram. Elas infelizmente acontecem.

No ano que servi, tivemos 3 soldados que foram expulsos por envolvimento com tráfico de drogas, sendo um inclusive, flagrado com entorpecentes em seu armário. Reforço ainda que também vi alguns oficiais omissos, acomodados e arrogantes. Politicagem? Em qualquer instituição podemos encontrar esses tipos de conflitos de interesses. 

Em se tratando do Exército ou qualquer outra organização, mesmo que com bons princípios e valores, muitas vezes não são necessariamente os ferrenhos respeitadores daquilo que e instituído que vão conduzir às diretrizes do coletivo. 

Este é lado obscuro. Enfim, nem tudo é perfeito. 
Responda-o
#14
Citação:Por tudo isso, não é de hoje que eu venho repetindo aqui no fórum que você, juvena bunda mole que eventualmente está lendo isso e nunca teve a oportunidade de ter um rito de passagem, precisa se por a prova deliberadamente em coisas que te assustam, te põe medo, para que assim finalmente você tenha o seu rito de passagem. Eu sei que aqui é comum lermos que não precisamos errar em certas coisas, podemos aprender com o erro dos outros... bem, por uma perspectiva isso pode até fazer sentido, mas geralmente não é assim que as coisas funcionam, principalmente para nós homens. Você precisa ir lá e errar por conta, aprender, SENTIR como são suas reações a quais são as suas impressões e principalmente, aprender a agir sob pressão. Só ler sobre a masculinidade não te torna masculino, apenas a provação fará isso. Nesse contexto, a real faz mais ou menos papel de pai - adotivo -, te trazendo a esse caminho, lhe dando conselhos valiosos e principalmente, estando do seu lado quando fracassar te motivando a não desistir, mas quem deve trilhar o caminho do guerreiro sem medo e de cabeça erguida é você.
Esse trecho do Héracles fechou o tópico.
E posso comprovar isso na prática, pois muitas das experiências que eu tive foram porque eu literalmente me coloquei à prova. 
Tive medo ? Óbvio que eu tive, imagina você se por em situações extremamente desconfortáveis onde sua mentalidade rotineira não está preparada para tal evento. 
E nessas horas, scripts pré montados caem por terra, seu planejamento vai pro saco, é só você e seu instinto, sua capacidade de tomar decisões e o quão resiliente você é que vão ditar os rumos da situação. E assim é a experiência, se a primeira vez é um fracasso, a segunda já não é tão ruim e assim vai indo.
Quebremos essas correntes do mundo moderno em buscar somente o mais fácil e prazeroso antes de buscarmos o mais difícil porém mais recompensador.
Louvado seja o SENHOR, minha rocha; ele treina minhas mãos para a guerra e dá a meus dedos habilidade para a batalha. Ele é meu aliado infalível e minha fortaleza, minha torre segura e meu libertador. Ele é meu escudo, em quem me refugio; faz as nações se sujeitarem a mim. Salmos 144:1-2

強さと名誉と尊厳
Responda-o
#15
Spoiler Revelar
(07-01-2021, 09:31 AM)Héracles Escreveu: Uma das coisas que a vida moderna retirou dos homens foi precisamente esse o "rito de passagem". Rito esse que sempre foi e ainda é fundamental para o amadurecimento psicológico do jovem. O homem precisa dessas provações para finalmente se entender como homem. Ter o reconhecimento de outros homens é importante para o nosso espirito, e sem um rito do passagem organizado por esses homens mais experientes, isso se perdeu e ninguém mais entende nada e qualquer atitude pode ser entendida como atitude de homem - até cortar fora o pinto e se fantasiar de mulher, pois como dizem hoje em dia nas instituições de "ensino", tem que ser muito macho para fazer isso - . Atualmente, como já não existe essa cisão, esse marco bem definido a partir do qual o menino deixa de ser menino e passa a estar incluso no mundo masculino, acabou que a sociedade como um todo está perdida, ou como geralmente lemos, decadente. As virtudes são manifestações práticas da verdadeira masculinidade, mas sem masculinidade, não há virtudes e sem virtudes, a sociedade humana regrida pois não há mais o desenvolvimento do espírito, a caridade real e o sacrificio deixam de existir, e assim regredimos até o caos total onde uma nova era precisará nascer, uma nova história precisará ser escrita, e sempre será escrita com sangue, por mais que os "especialistas" e burocratas digam  que a pacificação é o caminho. Agora mesmo os homens estão agindo como eternas crianças, são demasiados afeminados e se preocupam com futilidades estúpidas. E o pior disso tudo é que ter comportamentos desse viés são entendidos como ideal.  

Indiscutivelmente os meninos precisam de um rito de passagem, precisam ser arrancados do seio feminino e do ambiente confortável familiar e postos a prova fisicamente, mentalmente e psicologicamente. Alguns especialistas - que não são esquizofrênicos marxistas - dizem que a parir dos 7 anos a criança do sexo masculino deveria começar a ter um contato mais próximo ao pai, pois é a partir desse ponto que o menino começa a desenvolver seu ímpeto aventureiro, que ele começa a ter a ânsia para se arriscar, para fazer, para liderar, para literalmente sair dos braços da mãe e começar a conhecer o mundo. O pai - e não a mãe como é o normal hoje - deve ser o braço forte que segura a mão do menino nessa descoberta do mundo, que ensina na prática o que são virtudes, o que é coragem, o que é e o pq do sacrifício próprio em prol do bem de outras pessoas... enfim, o pai deve levar o filho rumo abandonar o universo feminino - universo esse que é a base da sua compaixão no futuro, por isso esse período de maior tempo com a mãe é tão fundamental quanto - . Só que os pais de hoje em dia, são na sua maioria mais moças que as mulheres, e geralmente entendem que o papel do pai é simplesmente pagar contas. Deixam toda a responsabilidade de criação mental e psicológica para a mãe geralmente por preguiça e falta de colhões.

Por tudo isso, não é de hoje que eu venho repetindo aqui no fórum que você, juvena bunda mole que eventualmente está lendo isso e nunca teve a oportunidade de ter um rito de passagem, precisa se por a prova deliberadamente em coisas que te assustam, te põe medo, para que assim finalmente você tenha o seu rito de passagem. Eu sei que aqui é comum lermos que não precisamos errar em certas coisas, podemos aprender com o erro dos outros... bem, por uma perspectiva isso pode até fazer sentido, mas geralmente não é assim que as coisas funcionam, principalmente para nós homens. Você precisa ir lá e errar por conta, aprender, SENTIR como são suas reações a quais são as suas impressões e principalmente, aprender a agir sob pressão. Só ler sobre a masculinidade não te torna masculino, apenas a provação fará isso. Nesse contexto, a real faz mais ou menos papel de pai - adotivo -, te trazendo a esse caminho, lhe dando conselhos valiosos e principalmente, estando do seu lado quando fracassar te motivando a não desistir, mas quem deve trilhar o caminho do guerreiro sem medo e de cabeça erguida é você.

Bravo, @Héracles

Complemento abaixo:

Para que um feto humano defina-se com o sexo feminino apenas é preciso que NADA aconteça, já para a definição do sexo masculino é preciso que algo diferente ocorra, uma ruptura da linha natural das coisas.

O funcionamento mental dos meninos é muito diferente das meninas, e por consequência seu desenvolvimento, e da mesma forma que um feto, o menino precisa que algo não linear aconteça, já as meninas passam da fase infantil para a fase adulta rapidamente e de forma bastante natural e linear, todo o processo se torna perceptível e de fácil entendimento para elas após a primeira menstruação.

Já o menino precisa de algo a mais, de uma força abrupta, não linear, com picos e declínios, provação física e mental, e é função do pai ou de uma figura masculina próxima ajudá-lo a passar por isso, o rito de passagem pode ser muita coisa, varia muito, mas o que importa é o resultado final. Os ritos se perderam com a destruição da tradição e a vinda de tempos modernos. Eu diria que muitos pais de hoje são como meninos não graduados, sem saber como proceder, sem impor sua autoridade ímpar, acreditando que sua função é apenas tornar a vida das mulheres mais fácil e encher a cara no fim de semana, não poderiam estar mais perdidos e enganados.

Eu tive meu rito de passagem na adolescência, foi por meio de muita provação física e mental e após passar no "teste", que eu nem sabia que poderia ser um, fui aceito e o respeito que veio depois disso dava pra "pegar com a mão". Tudo isso reforçou o meu moral e minha masculinidade, só quem já passou por isso sabe como é.

Então eu deixo o recado pra quem tem filho homem, traga-o para perto de ti nessa fase e faça o que tem que ser feito, tire-o de perto da mãe, faça coisas de homem com ele, saia de casa e leve-o contigo, repasse seus ensinamentos masculinos, imerse-o no seu mundo, o mundo real, onde a mamãe não pode mais ajudar.

Esto Vir
Spoiler Revelar
"Use o sistema contra o sistema, parasite o parasita"
Responda-o
#16
Vou tentar complementar alguma coisa:

O grande diferencial das virtudes é que elas são forjadas no fogo, no sangue e no machado, o grande problema dos filósofos principalmente os anti-metafísicos e os da linha do materialismo histórico é a redução do homem a categoria de um ser-agente, vazio de essência que pode ser totalmente independente de princípios, tradições e valores.

E como os confrades falaram anteriormente, com o homem a dinâmica deve funcionar diferente a partir dos 11 - 12 anos é hora dos pais tomarem as rédeas no sentido de um protagonismo na criação.

Responda-o
#17
(08-01-2021, 04:12 PM)Trglodita Escreveu: Já o menino precisa de algo a mais, de uma força abrupta, não linear, com picos e declínios, provação física e mental, e é função do pai ou de uma figura masculina próxima ajudá-lo a passar por isso, o rito de passagem pode ser muita coisa, varia muito, mas o que importa é o resultado final. Os ritos se perderam com a destruição da tradição e a vinda de tempos modernos. Eu diria que muitos pais de hoje são como meninos não graduados, sem saber como proceder, sem impor sua autoridade ímpar, acreditando que sua função é apenas tornar a vida das mulheres mais fácil e encher a cara no fim de semana, não poderiam estar mais perdidos e enganados.

Baita contribuição com seu texto, mas destaco aqui essa passagem que, ao meu ver, é excelente.

Principalmente essa parte final sobre os pais julgarem ser necessário apenas prover é importante ser destacada. No início do tópico, citei um questionamento que venho tendo após ver algumas atitudes de colegas de trabalho: que exemplo ele quer dar para os filhos? Eis então um padrão que se estabeleceu. Apenas trabalhar, pagar às contas, fazer o mínimo possível, cumprir horário e depois ir beber e fazer churrasco (nada contra, pois gosto de fazer isso também). Tornou-se um padrão. Muitos pais hoje em dia não dão ênfase processo de formação de seus filhos. 

E esta é, infelizmente, a forma como meu pai pensa, por exemplo. Homem inteligente, com ótima capacidade de comunicação, com uma forte referência masculina (meu avô), mas com o mesmo padrão de pensamento do exemplo citado por mim no primeiro parágrafo. Hoje tenho a certeza de que isso me atrapalhou na fase da adolescência. Meu pai não é uma pessoa ruim, pelo contrário. Tem um coração enorme, mas em relação ao processo de formação enquanto homem diante das adversidades, responsabilidades e fortalecimento contínuo de virtudes, nesse sentido, deixou a desejar. Apenas uma análise fria. 

Por isso considero que os processos de iniciação sejam tão importantes. Ainda mais nos tempos sombrios que estamos vivendo, principalmente em termos de formação masculina. Ainda mais com o aumento exponencial de mso'ls + homens do ''sextou''. Os ritos de passagem podem ajudar a suprir essa necessidade e a Real também tem um papel fundamental!
Responda-o
#18
(08-01-2021, 04:58 PM)Fernando_R1 Escreveu: Vou tentar complementar alguma coisa:

O grande diferencial das virtudes é que elas são forjadas no fogo, no sangue e no machado, o grande problema dos filósofos principalmente os anti-metafísicos e os da linha do materialismo histórico é a redução do homem a categoria de um ser-agente, vazio de essência que pode ser totalmente independente de princípios, tradições e valores.

E como os confrades falaram anteriormente, com o homem a dinâmica deve funcionar diferente a partir dos 11 - 12 anos é hora dos pais tomarem as rédeas no sentido de um protagonismo na criação.

Efetivamente.

E é visível também que justamente nessa faixa etária é que surge a necessidade de aceitação em grupos e, a posteriori, o sentimento de pertencimento. Reforço aqui o que você disse, os pais devem assumir esse protagonismo.
Responda-o


Pular fórum:


Usuários visualizando este tópico: 1 Visitante(s)