Avaliação do Tópico:
  • 0 Voto(s) - 0 em Média
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
Casual Friday: até nisso homem se fode
#1
Na autarquia onde trabalho, mudou o gerente e este pra dar uma "motivada" no pessoal resolveu instituir o Casual Friday desde maio. Pra quem não sabe, na sexta feira o funcionário não precisa vir trabalhar de social e pode vir com uma vestimenta mais informal. 
As únicas regras eram: "não usar roupas com dizeres que incitem ódio ou preconceito". Meio óbvio mas tranquilo.

Todo mundo adorou, principalmente a mulherada. No começo a galera tava com vergonha ainda, mas passado junho, virou um verdadeiro circo: camisa de time , broche de partido político, boné pra trás e óculos escuros, shortinho cravado no rego, miniblusa com decote etc, enfim tudo inadequado.

Eu não trabalho de social, sempre uso camisa pólo, calça jeans básica e um sapato ou bota. Normal pra passar batido, essa é a intenção. Até nessa palhaçada de casual friday mantive o mesmo jeito.

Só que eu gosto de hard rock e tenho várias camisetas das bandas que curto. As uso mais em casa e quando vou ocasionalmente pra algum show. Pois bem, sexta feira ia ter uma apresentação de uma banda cover que acompanho e resolvi ir com a maldita camiseta pro trabalho pois de lá iria direto pro rock bar assim. A porra da camiseta não tem nada de mais, é preta e tem o desenho da estampa do disco, no caso uma cruz com quatro caveiras.

Foi só chegar, que ficaram brincando comigo, do tipo "aí Billy finalmente tá a vontade, deixou de ser Caxias", porém a ala da mulherada de baixo nível e os evangélicos ficaram me olhando torto.

Pro meu azar, esse gestor também é evangélico, deve de alguma neopentecostal. Na hora do almoço ele me chamou de canto e quis me dar uma comida de rabo, dizendo que a minha camiseta incomodava alguns colegas de trabalho e era uma afronta à crença deles. Não acreditei na hora, mas só respondi no que se referia ao pudor e as mulheres que ali estavam mostrando peito e bunda, parecendo verdadeiras putas ou o sem noção do marombado que voltava a trabalhar fedido de suor vestindo trajes de academia?
Ele desconversou dizendo que meu caso era grave pois fazia alusão à satanismo. Eu zoei ele dizendo que então o capeta tinha bom gosto musical mas ele ficou mais bravo ainda. Eu falei que o problema dele não era falta do que fazer e saí fora.

Ele ainda tá bicudo comigo mas que se dane, não pode me mandar embora mesmo. Mas o que me enerva é essa hipocrisia do cacete. Metade do pessoal lá não faz nada, enrola o dia inteiro e vai vestido como quer. Eu que trabalho certinho e não incomodo ninguém sou obrigado a levar bronca, sacanagem kkkk.
"Escola? E o aprendizado com os próprios erros? A experiência te faz professor de si próprio".
Responda-o
#2
Se mantenham abaixo do radar, sempre.
Basta que o almejado ideal aconteça todos os dias para que a sonhada perfeição desapareça. 
Responda-o
#3
É tanta hipocrisia no mundo corporativo (deve ser maior ainda no setor público) que não aguentei e saí do trabalho, além de outras prioridades.
Minha chefia tinha inveja de mim, acreditem. Não se conformava de porquê não aprender inglês com professores, enqto eu tinha aprendido sozinho.
Talvez eu jamais podia ter falado que aprendi sozinho, que sou autodidata, isso chama atenção.
Essa pessoa fez questão de não me promover em nenhuma das oportunidades que eu tive, ela promoveu um cara que não sabia nada de inglês nem tinha feito pós-graduação.
Já vi diretor não saber falar inglês, já vi promoções suspeitas, perseguições, demissões injustas... o mundo corporativo é uma selva, o sujeito tem que ter pegada pra subir na escada social.
Responda-o
#4
(01-08-2019, 08:06 AM)Stumm Escreveu: É tanta hipocrisia no mundo corporativo (deve ser maior ainda no setor público) que não aguentei e saí do trabalho, além de outras prioridades.
Minha chefia tinha inveja de mim, acreditem. Não se conformava de porquê não aprender inglês com professores, enqto eu tinha aprendido sozinho.
Talvez eu jamais podia ter falado que aprendi sozinho, que sou autodidata, isso chama atenção.
Essa pessoa fez questão de não me promover em nenhuma das oportunidades que eu tive, ela promoveu um cara que não sabia nada de inglês nem tinha feito pós-graduação.
Já vi diretor não saber falar inglês, já vi promoções suspeitas, perseguições, demissões injustas... o mundo corporativo é uma selva, o sujeito tem que ter pegada pra subir na escada social.

Qualquer indício de autônomia é levado como afronta pessoal. Eles sabem que são beneficiados pelo corporativismo e pelos entraves burocráticos, que usam como desculpa para qualquer coisa. Não te promovi esse ano, porque bateu a cota de não sei o que lá, etc...

Esse tipo de comportamento é incentivado e recompensado o tempo todo, infelizmente. Se colocarem uma pessoa capaz e inteligente em um cargo maior, sabem que eventualmente perderão o trono.

No mundo corporativo prego que se destaca é martelado. Se você for bom demais no seu trabalho vai ser punido por causa disso. O cara que faz o certo é sempre chamado de "Caxias", porque legal mesmo é ser o engraçadão lambe bola do patrão, malandrão que mais dá migué do que trabalha. Esse sobe até um certo ponto, porque é o idiota conveniente, que não se vira contra seu mestre(deve para sempre, pois sabe que não possui capacidade para o cargo).

Querem seguidores cegos, se pensar já não serve.
Responda-o
#5
Há situações que não se pode dar brechas, pois o brasileiro não sabe distinguir a liberdade ganha com a oportunidade de extravasar.

Por experiência própria, motivação com equipe de trabalho não se faz através de como seu colaborador poderá se vestir e sim por outros razões. Particularmente, acredito que o "Casual Friday" é uma bobagem enorme, pois sempre existirá algum imbecil (...ou mais!) que passará dos limites e dependendo da área de atuação profissional, isso pode causar uma imagem negativa com clientes.

Contudo, uma vez que a pessoa pode se portar de modo mais informal em determinado dia, interpreto sendo menos pior um colaborador usando uma camiseta da banda preferida dele, do que uma camiseta de futebol, boné e até chinelo (...PQP!).
"Fiat justitia, et pereat mundus..."
Responda-o
#6
Essas modinhas são ridículas.

O tal "líder" aí cavou a própria cova porque quando precisar corrigir alguém sempre vai atrair alguma antipatia. Um baita banana que desconhece os limites do no-sense dos moradores da Brazuela.
Em tudo dai graças.

Responda-o
#7
Casual Friday é apenas um jeito bonito do gerente dizer que quer ver a coleguinha com minissaia e short atolado no rabo e decote...no colégio tinha disso também (era uniforme toda semana, menos na quarta)...

Diz para ele criar o "no pants day" ai no seu trabalho também...acho hilário aquela porra e a galera realmente adotando sem entender que é apenas para ver mina de calcinha...o mesmo pro lingerie day no insta/face/whats da vida...

Essa sua camisa nem é tão ruim, coloca a do Slipknot ou a do Disturbed que dai a galera vai pirar ai:
https://www.google.com/search?q=disturbe...hpFhi5ROAM:

https://www.google.com/search?q=slipknot...80&bih=884


Mas rock é assim mesmo, pouca gente entende ou curte e sempre vai ter preconceito...o resto a galera tolera...
Responda-o
#8
O mundo corporativo nada mais é do que reflexo da sociedade como um todo.

Não adianta reclamarmos pelo mesmo motivo que é inutil falar sobre o comportamento das mulheres (por exemplo).

As coisas são como são, quando você foi com a camisa de Rock fora dos padrões assumiu o risco, arrumar intriga com seu superior por causa disso foi falta de tato.
E veja, não estou dizendo que você necessariamente agiu errado. Ele foi incoerente... e acredito que faz vista grossa para o vestido curto das piranhas de propósito.

Mas já sabemos como as coisas são.
Temos que escolher quais batalhas, devemos batalhar. Acho que você gastou munição a toa.

Aqui no trabalho também temos isso na sexta, vou de camisa, calça jeans e sapado. Então não tem erro.
"Paulistarum Terra Matter..."
Responda-o
#9
(01-08-2019, 10:35 AM)Indomável Escreveu:
(01-08-2019, 08:06 AM)Stumm Escreveu: É tanta hipocrisia no mundo corporativo (deve ser maior ainda no setor público) que não aguentei e saí do trabalho, além de outras prioridades.
Minha chefia tinha inveja de mim, acreditem. Não se conformava de porquê não aprender inglês com professores, enqto eu tinha aprendido sozinho.
Talvez eu jamais podia ter falado que aprendi sozinho, que sou autodidata, isso chama atenção.
Essa pessoa fez questão de não me promover em nenhuma das oportunidades que eu tive, ela promoveu um cara que não sabia nada de inglês nem tinha feito pós-graduação.
Já vi diretor não saber falar inglês, já vi promoções suspeitas, perseguições, demissões injustas... o mundo corporativo é uma selva, o sujeito tem que ter pegada pra subir na escada social.

Qualquer indício de autônomia é levado como afronta pessoal. Eles sabem que são beneficiados pelo corporativismo e pelos entraves burocráticos, que usam como desculpa para qualquer coisa. Não te promovi esse ano, porque bateu a cota de não sei o que lá, etc...

Esse tipo de comportamento é incentivado e recompensado o tempo todo, infelizmente. Se colocarem uma pessoa capaz e inteligente em um cargo maior, sabem que eventualmente perderão o trono.

No mundo corporativo prego que se destaca é martelado. Se você for bom demais no seu trabalho vai ser punido por causa disso. O cara que faz o certo é sempre chamado de "Caxias", porque legal mesmo é ser o engraçadão lambe bola do patrão, malandrão que mais dá migué do que trabalha. Esse sobe até um certo ponto, porque é o idiota conveniente, que não se vira contra seu mestre(deve para sempre, pois sabe que não possui capacidade para o cargo).

Querem seguidores cegos, se pensar já não serve.

Cara, só vejo verdades nisso que você falou
Responda-o
#10
Concordo com o @"Bandeirante Paulista" sobre queimar cartucho à toa.

O ideal é sempre voar abaixo do radar. Evitar chamar a atenção de qualquer forma. Você nunca irá chamar a atenção se estiver usando uma camisa polo ou uma camisa básica, jeans e sapato.

Esse assunto é tão polêmico que já foi retratado até em seriado de humor. Ao que parece, a falta de noção não é problema apenas do brasileiro, é um problema universal.



"Homem Marmito"® is trademark of Marmito Man Corporation ™
Responda-o
#11
Bem, vestir uma camiseta do Guns and Roses acho que não tem nada de mais, até por que o mais imbecil sabe associar camiseta preta com desenhos a banda de rock.
Agora o problema é que acho esse Casual Friday inútil por dois motivos: primeiro que ninguém nunca foi obrigado a vestir social e segundo que minha divisão é de projetos, não lida com cliente ou comercial - ficamos o dia inteiro atrás do computador, isolados, dando apoio ao pessoal de obra.
Fora alguns "modelos" que já passaram por lá, que só por Deus mesmo: tem o bombado que volta suado da academia depois do almoço, o funkeiro que vem trabalhar de bermuda e óculos escuros, o futebolista que aparece com traje completo do time incluindo a chuteira e a ala das vadias que acham que la é balada. O maior absurdo foi uma estagiária que iria pro Nordeste curtir um "carnaval fora de época" segundo ela que estava vestindo um abadá praticamente como vestido, estava sem sutiã - dava pra ver as peitolas dela - e usava um shortinho tão curto que dava pra ver as nádegas do rabo dela.
"Escola? E o aprendizado com os próprios erros? A experiência te faz professor de si próprio".
Responda-o
#12
(01-08-2019, 03:10 PM)Bilidequedi Escreveu: Bem, vestir uma camiseta do Guns and Roses acho que não tem nada de mais, até por que o mais imbecil sabe associar camiseta preta com desenhos a banda de rock.
Agora o problema é que acho esse Casual Friday inútil por dois motivos: primeiro que ninguém nunca foi obrigado a vestir social e segundo que minha divisão é de projetos, não lida com cliente ou comercial - ficamos o dia inteiro atrás do computador, isolados, dando apoio ao pessoal de obra.
Fora alguns "modelos" que já passaram por lá, que só por Deus mesmo: tem o bombado que volta suado da academia depois do almoço, o funkeiro que vem trabalhar de bermuda e óculos escuros, o futebolista que aparece com traje completo do time incluindo a chuteira e a ala das vadias que acham que la é balada. O maior absurdo foi uma estagiária que iria pro Nordeste curtir um "carnaval fora de época" segundo ela que estava vestindo um abadá praticamente como vestido, estava sem sutiã - dava pra ver as peitolas dela - e usava um shortinho de que fica acima da bunda da sujeita.

Tá vendo? E você ai reclamando!

Agora sim! Vendo o lado bom das coisas!

Gargalhada Gargalhada Gargalhada
"Paulistarum Terra Matter..."
Responda-o
#13
Parece um bom ambiente de trabalho, gostei.

No mais vida que segue.

Satanismo é religião, na próxima fala pro seu chefe que vai entrar com processinho por perseguição religiosa no local de trabalho.
"Há um amplo fosso de aleatoriedade e incerteza entre a criação de um grande romance – ou joia, ou cookies com pedaços de chocolate – e a presença de grandes pilhas desse romance – ou joia, ou sacos de biscoitos – nas vitrines de milhares de lojas. É por isso que as pessoas bem-sucedidas em todas as áreas quase sempre fazem parte de um certo conjunto – o conjunto das pessoas que não desistem." O andar do bêbado.
Responda-o
#14
Temos que ser inteligentes... um erro muito grande da maioria (principalmente entre os mais jovens) é de se sentir especial

"ainnn eu saio do padrão e sou diferenciado"

Até pode ser, mas em um pais com 12 milhões de desempregados, a visão do patrão é SEMPRE que ninguém é indispensável (salvo raríssimas exceções).
Mesmo que seu trabalho tenha qualidade, talvez ninguém perceba isso... e mesmo se o patrão estiver errado, isso não vai importar muito se quem estiver no olho da rua for você.

Sua cadeira será prontamente ocupada por outro profissional, mesmo que inferior.

Então todo bom senso é pouco, somos números e normalmente os gestores de hoje são ególatras e manginas ao extremo!
Profissionalismo passa longe do critério e tudo isso piora se o próprio líder for medíocre! Nivelar por baixo é tática consagrada para que ele próprio se proteja de pessoas inovadoras.

Ocupar espaço em locais assim, demanda inteligência e estratégia... são oportunidades que surgem e poucos enxergam, dai sim, nesta hora é importante aparecer e se destacar da multidão.
Mas sempre pelos motivos certos, então meu conselho é sempre discrição: cabelo normal, barba normal e roupa padrão.

EDIT: Coloquem na cabeça de vocês, a vileira rabuda muitas vezes está 2 passos a sua frente! Não adianta reclamar! O cara puxa saco, mesma coisa... então como REAListas temos a obrigação de levar em conta essas nuances e agir com estratégia! Não deixe o externo te afetar!
"Paulistarum Terra Matter..."
Responda-o
#15
(01-08-2019, 03:20 PM)Bean Escreveu: Parece um bom ambiente de trabalho, gostei.

No mais vida que segue.

Satanismo é religião, na próxima fala pro seu chefe que vai entrar com processinho por perseguição religiosa no local de trabalho.

Chucruteiro tem razão, ouçam o homem.

O mundo é uma matrix meu caro, aproveite as poucas coisas boas que ele tem (como trabalhar observando ~discretamente~ umas safadas semi nuas). Se for se irritar com tudo que há de injustiça, vai ficar maluco.
Um homem com escolhas é um homem livre.
Responda-o
#16
A casual friday faz tão mal para a empresa quanto o 'dia do lixo' faz mal para quem leva alimentação e treinamento a sério. Em resumo, é mais uma viadagem criada no mundo corporativo.

Responda-o
#17
Como tópico de desabafo sobre a hipocrisia geral (rabo de fora é permitido mas camiseta de rock não) - ok
No mais é seguir esse EXCELENTE conselho que deram: se manter ABAIXO do radar.
Responda-o
#18
Se manter abaixo do radar é regra de ouro se usada do jeito certo.

Se você não tivesse desobedecido a própria regra de se manter Low Profile ainda estaria sendo bem visto por todos no trabalho, inclusive, os evangélicos e o seu chefe.

Você apenas se queimou por besteira e talvez alguns sempre vão ter um pé atrás com você agora. Que te sirva como lição e aprendizado.
“A maior necessidade do mundo é a de homens — homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo de seu coração, sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Educação, Pág 57.
Responda-o
#19
(02-08-2019, 10:18 PM)Libertador Escreveu: Se manter abaixo do radar é regra de ouro se usada do jeito certo.

Se você não tivesse desobedecido a própria regra de se manter Low Profile ainda estaria sendo bem visto por todos no trabalho, inclusive, os evangélicos e o seu chefe.

Você apenas se queimou por besteira e talvez alguns sempre vão ter um pé atrás com você agora. Que te sirva como lição e aprendizado.

Pode ser, mas acho que sou respeitado simplesmente por que trabalho de forma correta e por incrível que pareça em funcionalismo público isso é um diferencial. Quanto ao respeito desse tipo de gente, pouco me importa, são pessoas que não me agregam nada, inclusive meu chefe. Eu respeito alguém pela capacidade técnica e profissionalismo e não por aparência. Se pudesse evitaria contato por completo com gente assim, mas como sou um mero peão, os tolero com a política da boa vizinhança.
"Escola? E o aprendizado com os próprios erros? A experiência te faz professor de si próprio".
Responda-o
#20
seja cinza:

http://www.guiadosobrevivente.com.br/gra...directive/
Responda-o


Pular fórum:


Usuários visualizando este tópico: 1 Visitante(s)