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[REFLEXÃO] Penso, logo existo
#1
Sabemos compreender e praticar este ensinamento?

Esta frase surgiu do auto-questionamento que René Descartes (grande filósofo francês) se impôs. No século XVII, seus ensinamentos e ideias eram irrefutáveis. Um dia ele se perguntou se verdadeiramente sabia tudo aquilo que julgavam que ele conhecesse, parou, ponderou e concluiu que a sua própria contestação era a prova de que não existe verdade absoluta. O segredo do verdadeiro conhecimento está no fato de que ele sempre deve passar por reciclagens. Sócrates de Atenas (o maior filósofo da história) há 22 séculos já havia afirmado: “Só sei que nada sei” A própria definição de conhecimento está condicionada ao meio em que vivemos.

Será que sabemos compreender e praticar este ensinamento? Não é raro encontrarmos diversos tipos de profissionais que agem de acordo com ideias antigas. Não quer dizer que, necessariamente, estejam errados, apenas que poderiam trabalhar de forma mais eficaz e menos desgastante. Recentemente precisei reformular o site de uma empresa. Para isto era preciso ter uma série de códigos e senhas de segurança para modificar as páginas eletrônicas. Assim sendo, enviei um e-mail para nosso provedor e solicitei estes dados. Recebi a resposta deles alegando que o pedido deveria ser feito via declaração à mão, assinada e digitalizada, pois este serviria como documento e era mais “seguro”. Perguntei, expliquei, questionei, e fui informado que era política da empresa. Concluindo, um dos maiores provedores do Brasil afirmava que e-mail não é documento e que também não é seguro. E que apesar de toda a tecnologia da informática, o velho documento manuscrito era melhor...

Outro exemplo: Em muitas palestras e cursos sobre qualidade do atendimento, ouvimos: “Um cliente bem atendido, conta para 3 (três) pessoas, um cliente mal atendido, conta para 10 (dez) pessoas”.

Certo? Errado! Um cliente mal atendido, conta para 100, 1.000, 1.000.000 de pessoas, afinal estamos na era da Internet. Esta primeira premissa era verdadeira, realmente foi constatado que as proporções eram estas, só que isto ocorreu no início da década de 80, há quase 40 anos...

E nós? Será que estamos acompanhando as mudanças que o mundo nos impõe? Quantas vezes não teimamos em defender nossas idéias do tempo da faculdade, em muitos momentos tentamos repetir velhas formulas de ação para nossa empresa e ficamos frustrados por não darem mais certo. Até o início dos anos 2.000, o mercado varejista era liderado por 3 grandes potências comerciais, “Lojas G. Aronson”, “Lojas Mappim” e “Casas Bahia”. Estas redes dominaram o mercado paulista de lojas de departamento por mais de 50 anos. Com o advento da globalização muitos especialistas afirmavam que estas empresas deveriam mudar sua política de vendas e de preços, uma vez que os consumidores apresentavam uma mudança de perfil. “G. Aronson” e “Mappim” respondiam que era desta forma que haviam construído seu império e era da mesma maneira que iriam mantê-los. Suas estratégias, que haviam funcionado durante décadas, sucumbiram em pouco tempo, levando-os à falência. A transformação foi tão avassaladora, que as gerações atuais não conhecem estes nomes da história do varejo nacional.

Em contrapartida, as “Casas Bahia” conseguiram se reinventar e ajustar às novas características do mercado consumidor e à entrada de diferentes concorrentes. Fez aquisições, parcerias, facilitou o crediário e investiu na qualidade do atendimento.

A maior parte de nós é composta de executivos e líderes empresariais, portanto devemos ter muito cuidado com nossas verdades imutáveis. Não é, nem deve ser, vergonhoso reaprendermos nossa forma de avaliar e administrar nossas empresas, clubes, famílias e nossa própria vida.

Mesmo que estejamos em posições de destaque, com muita responsabilidade e cobrança por prazos, temos o direito (e dever) de pensar mais detalhadamente. O que o mercado exige não são apenas ações rápidas, mas de efeito paliativo. Pelo contrário, são atitudes inovadoras e adequadas à situação, que definem a diferença entre o fracasso e o sucesso. Não devemos esquecer que praticamente todos os descobrimentos e evoluções da vida humana foram consequência de pessoas que “pensaram e repensaram” de forma diferente.

É como um jogo de xadrez, podemos saber centenas de jogadas, mas cada jogo tem suas características particulares. Às vezes temos toda nossa sequência de jogadas memorizadas, mas de repente nosso oponente faz algo inesperado. Então, temos que reavaliar tudo e traçar novas estratégias e ações...

O mundo está em constante transformação e as informações crescem em proporções geométricas. Vamos permitir que novas ideias refresquem nossa mente, vamos aliviar a carga de velhos hábitos e dogmas, em muitos momentos a solução é mais simples do que parece!

Fonte: https://administradores.com.br/artigos/p...o-existo-1

-x-

Um Abraço Fraterno!
"Fiat justitia, et pereat mundus..."
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#2
Texto muito interessante. E quando a gente para pra refletir vemos como o significado é profundo para os tempos atuais.

O mundo hoje está mudando em uma velocidade nunca antes vista. E de formas cada vez mais drásticas. E precisamos urgentemente como indivíduos parar pra refletir sobre como estamos vivendo nossa vida passageira aqui neste planeta e pra observar como o mundo ao nosso redor está mudando e como devemos agir para se adaptar a essa mudança.

Mudanças radicais na aposentadoria, governo se tornando liberal, concursos perdendo estabilidade e benefícios, startups surgindo e em poucos anos falindo gigantes centenários do mercado, globalização, guerra comercial, alimentos cheios de agrotóxicos e transgênicos, leis e justiça cada vez mais misandricas, e os homens querendo casar com uma exceção e fazer uma faculdade pra arrumar um emprego estável que pague bem, como se ainda vivêssemos como era a 50 anos atrás. Porque se recusam a aceitar que o mundo está mudando. E mudando rapidamente.

Vão “falir” como a Mappin e G. Aronson.
“A maior necessidade do mundo é a de homens — homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo de seu coração, sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Ellen White, Educação, Pág 57.
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