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Nutrição e Degeneração Física
#1
Por Eduardo Velasco, o original está aqui.

Tradução por Hai.

Uma longa experiência cirúrgica tem me demonstrado de forma conclusiva que há algo radical e fundamentalmente equivocado no estilo de vida civilizado, e acredito que, a menos que os hábitos dietéticos e salubres da raça branca sejam reorganizados, a decadência social e a deterioração da raça são inevitáveis.

(Sir William Arbuthnot Lane, 1856-1943, cirurgião escocês e um dos profissionais de saúde mais ilustres em seu tempo).

É bem sabido que os dentes são um bom indicativo de saúde em um indivíduo: durante os tempos de escravidão, a primeira coisa que se fazia antes de adquirir um escravo era verificar o estado de seus dentes, para ver se tratava dum indivíduo bem formado e alimentado corretamente desde a infância. Tradicionalmente, as unidades militares também concediam muita importância para a saúde dental, e atualmente, continuam a dar prioridade aos indivíduos com dentes saudáveis para serem astronautas, pilotos ou mergulhadores. Atualmente, a frequência de caries e defeitos dentais entre os países mais modernizados ronda em torno de 85-99%, se tratando talvez das infecções mais comuns. Além disso, existem outros problemas comuns, tais como a falta de espaço para os dentes do siso, devido ao subdesenvolvimento da mandíbula, que por sua vez, evidência uma falta de desenvolvimento do esqueleto. Isso unido a corpos dilapidados e saúde deplorável da imensa maioria da população “civilizada” atual, isso é mais que uma prova evidente de que mesmo na década de trinta, algo cheirava podre no estilo de vida moderno.

Um dos especialistas que percebeu nitidamente isso foi o Dr. Price (1870-1948), um dentista e nutricionista americano, que estava chocado com as taxas de deformação dental e mandibular que estavam alcançando em seu país, ao ponto de que era praticamente impossível encontrar alguém com dentes normais e bem ajustados.

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Dr. Weston Price (1870-1948), chamado de “o Darwin da nutrição”, descende duma linhagem de qualidade. Era o nono de doze filhos, dentre os quais se encontrava um inventor, um médico, dois dentistas, um ministro metodista e um agricultor de sucesso. Seu sobrinho foi um famoso escritor e explorador do National Geographic. A família Price poderia traçar a sua origem duma linhagem de nobres célticos centrados numa população de Brecon, País de Gales (Grã-Bretanha), pelo menos desde o ano de 203 AEC.

Price, muito familiarizado com os benefícios da vida de campo, estava convencido de que esses defeitos dentais não eram genéticos, mas que deviam a uma série de hábitos antinaturais, especialmente alimentares, danosos para a saúde. Ele considerou que os dentes eram a primeira linha de frente para os “alertas de saúde” do corpo, que a péssima saúde dental das nações ocidentais era somente o começo, e que evidenciava um grave problema nutricional e salubre que ameaçava derrubar a raça branca. Sua busca aos dentes perfeitos o levou a realizar um estudo de dez anos, durante os quais ele viajou com sua esposa Florence para áreas isoladas de todo nosso planeta, com o objetivo de estudar milhares de pessoas de comunidade “primitivas” que não haviam sido tocadas pela civilização industrial – e talvez, tampouco pela agricultura.

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Nativos da Ilha de Harris, das Ilhas Hébridas Exteriores, a noroeste da Escócia. Eles são irmãos, no entanto, o da esquerda usa a comida moderna e da direita segue com a dieta tradicional de seus antepassados. O primeiro tem dentes defeituosos e um rosto estreito devido a um desenvolvimento esquelético mal efetuado (que por sua vez, é resultado duma deficiência ou má assimilação de minerais). O segundo tem um rosto largo, dentes perfeitos e melhor constituição física.

Os grupos estudados por Prince incluíam vilarejos remotos dos vales suíços, comunidades de herança céltica das ilhas Hébridas exteriores, pescadores irlandeses de língua gaélica, indígenas de ambas Américas, esquimós, insulares melanésios e polinésios, diversas tribos africanas, aborígenes australianos, maoris neozelandeses, etc. Dentre esses povos, de composições raciais, dietas e origens extremamente diversas, o Dr. Prince encontrou uma proliferação de arcadas dentárias totalmente perfeitas e em sintonia com o plano da Natureza. Isso veio a confirmar suas suspeitas, de que, na maior parte dos casos, a decadência dentária se devia a deficiências nutricionais (tanto dos pais quanto do indivíduo durante sua fase de crescimento) não de defeitos geneticamente hereditários.


Spoiler Revelar

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O quadro era semelhante em todas as etnias “primitivas” que o Dr. Price visitou: rostos largos, narinas desenvolvidas, arcadas dentárias afiadas e equipadas com perfeição milimétrica, taxas de cáries eram ínfimas. Em suma: boa saúde. Esses indivíduos são de origens e composições raciais diversificadas, mas todos tem algo em comum: eles aderem a dieta tradicional de seus respectivos antepassados e são considerados como “aldeões”, “atrasados”, “desculturados”, “pacatos”, “pouco desenvolvidos” e inclusive “subdesenvolvidos”, por parte do mundo moderno. No entanto, nenhum destes indivíduos necessita de creme dental, escovas de dente, antissépticos bucais, ortodontia, dentistas ou cirurgiões plásticos para ter dentes totalmente perfeitos.

Características da dieta tradicional

Price logo percebeu que a perfeição dos arcos dentários era somente a ponta do iceberg, e que a saúde dos indivíduos examinados ia além de seus dentes. Essas são algumas das ideias que ele descobriu sobre as dietas tradicionais em seu estudo

As análises revelaram que as dietas tradicionais continham altas quantidades de proteína e aminoácidos. Todas as dietas tinham ao menos uma fonte de proteína cru e inalterada, provindo de carne, frutos do mar, peixes, nozes, ovos de peixe (“caviar”) e sementes germinadas de alta qualidade. Hoje sabemos que a revolução carnívora foi o que fez-nos evoluir, desenvolvendo nosso cérebro e nos tornando humanos.

As dietas tradicionais continham, pelo menos, quatro vezes mais quantidade de vitaminas hidrossolúveis (que se dissolvem na água, como a B e C), de cálcio e doutros minerais, do que a dieta moderna.

Também continham, pelo menos, dez vezes mais (!) a quantidade de vitaminas lipossolúveis (que se dissolvem na gordura, como A e D) do que as dietas industriais modernas. Essas vitaminas também são absorvidas muito melhor graças à abundância de gorduras animais presente na dieta. As vitaminas lipossolúveis atuam como catalizadoras para a absorção de minerais, a produção de testosterona, melhor utilização de proteínas e construção de tecidos, mas seu efeito mais notável é o aumento na qualidade óssea e muscular.

Alta ingestão (e o consumo se eleva quanto mais baixa estiver à temperatura ambiente) de gorduras saturadas de origem animal. De acordo com a área, essas gorduras provinham de manteiga, peixes, mariscos, órgãos de animais ou óleo de foca, baleia ou de fígado de bacalhau. De acordo com a etnia e latitude (por regra geral, mais gordura quanto mais ao norte e mais frio é o local), a gordura constituía de 30 a 80% das calorias da dieta, do qual somente 4% vinha de azeite poli-insaturados de origem vegetal. O equilíbrio de calorias de gordura era primariamente entre ácidos graxos saturados e monoinsaturados. A gordura animal tinha diversos fatores lipossolúveis, incluindo as vitaminas citadas e um elemento chamado “Ativador X” (mencionado por Price), que agora é chamado de vitamina K2.

As dietas tradicionais continham quantidades similares e equilibradas ácidos graxos essências como ômega-6 e ômega-3. Isto confronta com as dietas modernas que tem muito mais ômega-6, do que ômega-3. (Atualmente, para obter ômega-3, além das vitaminas lipossolúveis, é recomendado tomar azeite de fígado de bacalhau).
Tinham alto conteúdo de enzimas e bactérias benéficas procedentes de vegetais, lacto-fermentados, frutas, bebidas, derivados lácteos, carnes e condimentos.

Os produtos de origem animal, especialmente da caça e da pesca de frutos do mar (conquilicultura) gozavam de grande prestígio. As carnes de órgãos (principalmente o fígado, coração, cérebro, testículos, medula e rins) tinham maior prestígio, seguido da gordura e carnes musculares.

Os métodos de armazenamento e conservação de alimentos apenas alteram o perfil nutritivo da comida. Enterro, dissecação, desidratação, congelamento (somente em climas frios), etc.

A maior parte dos alimentos se comiam crus, pouco cozinhados ou cozinhados de maneira extremamente lenta e prolongados, “a fogo baixo”, de modo que se conservasse todos os nutrientes intactos. Um dos métodos observados para cozinhar carne “a fogo lento” era fazer um fosso no chão, colocar pedras ardentes, cobrir de grama, colocar a carne em cima, mais grama por cima, cobrir tudo de terra e deixar entre metade de um dia e um dia inteiro.

Nenhum alimento estava refinado, desnaturalizado, adulterado ou desprovido de fibras. Isso contrasta com abominações modernas, como o açúcar refinado, xarope de milho com alto nível de frutose, farinha branca, comidas enlatadas, leite pasteurizado, homogeneizado ou desnatado, gorduras trans ou aditivos químicos.

Os grupos étnicos que praticavam a agricultura o faziam em solos com riqueza mineral natural, e não utilizavam pesticidas, tampouco fertilizantes químicos. Mesmo assim, eles também tinham muito cuidado para não esgotar a riqueza natural do solo, deixando-o repousar e não o superexplorando mediante uma agricultura demasiadamente intensiva.

Havia acesso a fontes de água mineral natural de alto valor para o organismo humano. Não existia contaminação e não era necessário tratar a água com aditivos tóxicos como o cloro ou flúor. Ao contrário da sociedade industrial, não se canalizava a água por tubos metálicos que carregam consigo metais tóxicos para a saúde humana.

As sementes, nozes, os grãos de cereais, as leguminosas e outros alimentos problemáticos eram posto de molho, germinados, fermentados ou levados para neutralizar certos antinutrientes naturais (como inibidores de enzimas, tanino e ácido fítico). Somente depois desta preparação que estavam aptos para o consumo humano.

Todas as etnias examinadas levavam a cabo atividades físicas intensas no cotidiano. Essas atividades podiam vir de desportos, trabalho de campo, construção de casas, jogos, danças folclóricas, concursos e competições, caça, viagens nômades ou colheita.

Todos os indivíduos passavam a maior parte do dia fora de casa, em contato com ar puro e luz do Sol, e isso influência positivamente em seus níveis de vitamina D3, que por sua vez afetam diretamente no fortalecimento esquelético, dentre outros fatores. Além disso, eles estavam pouco protegidos contra as intempéries de todo tipo.
Geralmente os doces, inclusive os naturais, eram comidos com pouca frequência, e quando o comiam era somente em ocasiões de rituais ou festividades especiais.

Todos os grupos observavam etapas periódicas de jejum total, durante o qual não ingeriam nada que não fosse água. Estes jejuns tinham um papel ritual relacionado com a purificação e ajudavam a purificar as correntes sanguíneas, limpar toxinas e renovar os tecidos do organismo.

Importância da dieta pré-conceitual e pré-natal. Todos os grupos étnicos davam grande atenção a alimentação dos casais jovens durante a “lua de mel”. Tanto para o esposo, como para a esposa, durante a etapa de concepção, eram reservados uma maior proporção de produtos de origem animal ricos em nutrientes (ovos, peixes, frutos do mar, carne animal, etc.), para aumentar a vitalidade, a libido, a qualidade do sêmen do homem e as reservas biológicas da mulher visando a gravidez (atualmente sabemos que as reservas de vitamina A no corpo da mulher se esgotam durante a gravidez e é necessário supri-las). Esses alimentos também eram considerados importantes para as mulheres durante o período de gestação e amamentação, e posteriormente, para a criança durante os anos de crescimento. Consideravam que esse processo resultava em crianças fortes, saudáveis e inteligentes.

Se fazia uso de ossos de animais, geralmente na forma de caldos de osso, ricos em gelatina que ajudavam o corpo a se desintoxicar e carregam consigo grande quantidade sais minerais de alta biodisponibilidade.

Todas as mães amamentavam elas mesmas seus filhos. O faziam durante um tempo mais prolongado que nas sociedades civilizadas e não tinham problemas com a produção de leite.

LIÇÕES DO ESTUDO DO DR. PRICE

Os resultados destas condições de vida tão ideais foram imediatos. No estudo, o Dr. Price chegou a algumas conclusões acerca da qualidade biológica destes povos “atrasados”, afim de melhorar a alimentação e constituição física dos povos “avançados”.

Constituição esquelética ideal.

Devido à melhor introdução e absorção de vitaminas (especialmente lipossolúveis) e minerais, assim como a elevada ingestão de gorduras, a densidade óssea se manifestava num esqueleto melhor mineralizado e sólido e num rosto mais largo. Um rosto mais largo, por conseguinte, traz uma mandíbula mais larga, com o qual os dentes não se atropelam e crescem de forma ordenada e reta, com bastante espaço para os dentes do siso. Além de formar arcadas dentárias perfeitas, os dentes são fortes, não têm cáries ou outros defeitos, devido à excelente mineralização. Fraturas ósseas também são pouco frequentes.

Período histórico
Média do índice pélvico
Média da estatura (homens)
Média da estatura (mulheres)

Paleolítico
30.000-9000 A.C
97,7
1,77
1,66

Mesolítico
9000-7000 A.C
86,3
1,72
1,59

Neolítico
7000-3000 A.C
75,6
1,69
1,55

Idade do Cobre
4500-2500 A.C
78,8
1,66
1,53

Idade do Bronze
2500-1800 A.C
85
1,66
1,52

Idade do Ferro
1650-200 A.C
80,6
1,66
1, 54

Período Clássico
650-300 A.C
83,5
1,70
1,56

Período Helenístico

300 A.C – 120 A.D
86,6
1,71
1,56

Período Romano

120-600
84,6
1,69
1,58

1400-1800
84
1,72
1,58

1800-1920
82,9
1,70
1,57

Norte-americano branco moderno
92,1
1,74
1,63

Os números foram extraídos desse livro e referem-se à região do Mediterrâneo Oriental, incluindo a Grécia e Turquia. É preciso deixar que claro que embora essa imagem deixe a impressão duma evolução ininterrupta, não reflete as invasões, mudanças de composição racial, diversidade étnica ou diferenças de classe social. Por exemplo, a nobreza sempre esteve melhor constituída do que os camponeses, devido a seu maior consumo de produtos animais. Os esqueletos de tumbas micênicas na Grécia (1500 A.C) mostra-nos que a aristocracia tinha uma melhor alimentação do que a plebe, e que tinham estaturas de 5 a 7 cm mais altas e dentes melhores formados e com menor índice de defeitos. Além disso, a aristocracia era de composição racial diferente de pessoas comuns. No entanto, as medidas são bastante indicativas e é interessante comprovar como a qualidade de vida, refletida na constituição esquelética, sofreu um colapso absoluto quando a agricultura foi adotada durante o neolítico, e renascendo posteriormente com o advento dos povos indo-europeus.

Índices pélvicos ideais, alta fertilidade.

Em geral, as mulheres engravidavam facilmente e devam a luz numa idade jovem e com pouco sofrimento. Isto é consistente com o registro fóssil dos caçadores-coletores do paleolítico, que mostra índices pélvicos (proporcional do canal pélvico, através do qual se dá à luz) ideias para o parto. Os problemas reprodutivos (esterilidade, infertilidade, libido baixa, impotência) tanto por homens como por mulheres, eram praticamente desconhecidos. Uma esquimó do Alasca que foi examinada pelo Dr. Price havia tido 26 filhos (!). Muitos de seus partos ocorreram durante a noite e somente ela bastava pra dar à luz sozinha. Ela sequer acordava seu marido, paria em silêncio e o presenteava com uma nova criança ao acordar. Todos os seus 26 filhos tinham dentes perfeitos.

[Image: dentes2.jpg?w=640]
Essa mulher esquimó tem uma sólida constituição fácil e bons dentes, apesar de que devido a um golpe, ela perdeu um dente e entortou outro. Ela teve 26 filhos, todos com dentes perfeitos. Os esquimós comiam quantidades recordes de gordura animal provindo de mamíferos aquáticos como foca, morsa e narval.

Harmonia corporal

Em todas as comunidades estudadas, praticamente não havia homens ou mulheres que tivessem a cintura mais larga que os quadris, apesar das imensas quantidades de gorduras saturadas provindo de animais (incluindo colesterol) em suas dietas. Isso contrasta cada vez mais com a sociedade “moderna”, que consome cada vez menos gordura saturada, mas que cada vez mais padece de casos de obesidade, devido ao consumo indiscriminado de amidos concentrados, açúcar refinado, farinha branca, adoçantes artificiais e outras substâncias indesejáveis desprovidas de enzimas e disparadoras de insulina.

Ausência de doenças degenerativas

Praticamente não havia casos de diabete, câncer, Alzheimer, obesidade, gota, reumatismo, hipertensão, artrite, esclerose, osteoporose, raquitismo, encurvamento da coluna, etc., e gozavam de maior imunidade a doenças infecciosas (como a tuberculose).  Não se encontrava eles doenças cardíacas, infartos, alergias, asma, dores de cabeça, fadiga muscular, narcolepsia e muitas outras pragas que a sociedade “moderna” pressupõe como se fossem normais ou formasse parte da condição humana. Também era desconhecido males psicológicos ridículos do mundo moderno, como a neurose, histeria, esquizofrenia, anorexia, ansiedade, bulimia, transtornos bipolares ou depressão, invariavelmente, eles tinham uma atitude ótima, segura e confiante perante a vida. As principais causas de morte eram acidentes e infecções. Isso apenas contrasta com a catastrófica taxa de doenças psicofísicas das sociedades “avançadas”, sociedades que somente perduram graças a toda uma indústria farmacêutica voltada a prolongar artificialmente a quantidade de vida humana a custo de reduzir sua qualidade.

Continuidade da tradição ancestral.

Afim de proteger e perpetuar sua herança genética, essas sociedades foram condicionadas a educar a suas novas gerações na sabedoria de seus antepassados e costumes tradicionais. Novamente, contrasta com as sociedades “avançadas” que tem desarraigado o indivíduo de seu marco ancestral, retirando sua tradição e em seguida inflando toda uma bagagem de comportamentos artificias e pré-fabricados que danificam o código genético.

O modus operandi do mundo moderno é danoso para a espécie

Sob um ponto de vista estritamente salubre, evolutivo e da qualidade humana, aderindo exclusivamente à harmonia da saúde física e psicológica, tal como faria um médico examinando seu paciente, o contato com a civilização moderna foi desastroso para todos os grupos estudados. Price observou que quando um casal “primitivo” passava a aderir o estilo de vida “civilizado”, eles concebiam filhos com uma configurações esquelética , fácil e dental inferior: rostos estreitos e, por conseguinte, dentes emaranhados e\ou mal colocados devido a mandíbula demasiadamente pequena, problemas com os dentes do siso, narinas pouco desenvolvidas (incluindo casos de complicações respiratórias que bloqueiam as vias nasais e obrigam a respirar exclusivamente pela boca), defeitos de nascimento, comportamentos erráticos de doenças mentais e uma suscetibilidade aumentada das doenças infecciosas e crônicas. Significativamente, quando estes casais retornaram a seus costumes ancestrais, os defeitos das crianças deixaram de se agravar, e os filhos nascidos posteriormente gozavam duma constituição física e mental perfeita. Este foi um fator que desmentiu a possibilidade de que a perfeição dentária fosse um fator exclusivamente genético ou resultante da seleção natural.

[Image: hm.jpg?w=300&h=166]

Hoje os homens modernos se orgulham de seu estilo de vida, como se tivessem algum grande mérito pressionar um botão e fazer ligações, como se cada um deles tivesse inventado pessoalmente as máquinas industriais ou tecnológicas. O que não passa na cabeça do “workaholic” é o que Ortega y Gasset disse, que o modus vivendi atual está concebido quase que para deliberadamente corroer a qualidade biológica do ser humano e deixá-lo enfermo – para não mencionar o desgaste dos recursos naturais do nosso planeta. Essa situação não é sustentável, e não somente entrará em crise e colapso, mas parece que é desejável que assim seja.

A escória genética moderna é resultado do advento da civilização

Os estratos sociais inferiores, os criminosos e grande parte da população carcerária do mundo civilizado, tem características faciais que demonstram deficiências nutricionais de seus pais, especialmente da mãe durante a gravidez e período de gestação, além duma má alimentação durante a infância e adolescência. Este tipo de característica vem aumentando, porque, sob condições civilizadas, a escória biológica é mais promiscua e tem uma maior taxa de natalidade que a elite. Para além disso, atualmente, a “solidariedade” mal entendida da civilização ocidental tende a proteger os legados genéticos defeituosos, enquanto desperdiça genética valiosa. Nas sociedades tradicionais, com rigorosa seleção natural, a escória genética se mantém ínfima.

Sensatez ou extinçãoSe o homem moderno pretende sobreviver a longo prazo, deve operar uma reeducação alimentar, emular os hábitos do mundo natural e adotar a sabedoria nutricional do homem “primitivo”. Do contrário, o homem moderno irá enfrentar taxas de esterilidade em aumento constante e a extinção por inépcia evolutiva. O homem moderno enfrenta a possibilidade de que o instinto humano volte a superfície e passe do subconsciente ao consciente, saltando todos os obstáculos, cortando todos os laços, se manifestando de maneira mais primitiva e reivindicando direitos que os pertencem legitimamente.

Spoiler Revelar
[Image: dentespodres.jpg?w=354&h=428]

O preço de trair os antepassados e dar as costas para a Natureza. Todos esses indivíduos pertencem a grupos étnicos tradicionais que seguem a dieta trazida pela sociedade industrializada. Alguns trabalham em plantações geridas por ocidentais, outros são pessoas “privilegiadas” que tiveram acesso a uma educação “civilizada”, embora, infelizmente também tiveram acesso a comida “civilizada”. Os resultados são sempre os mesmos: degradação dentária em diversos graus (segundo maior ou menor grau de produtos processados em sua alimentação), estaturas mais baixas, rostos e mandíbulas mais estreitos, narinas menos desenvolvidas, (incluso, chegando a obstrução permanente das vias nasais, até o ponto de poder respirar somente pela boca), um aspecto mais fraco e doente do que seus compatriotas “selvagens”. Quando pensamos que o homem ocidental tem vivido durante séculos sob esse tipo de alimentação, compreendemos o imenso dano perpetrado.

Página da Fundação Weston A. Price, em inglês.
  • Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
Leia: Nuvem de Giz
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#2
Já havia lido esse texto no Blog Legio Victrix. Os textos de Eduardo Velasco são excelentes.
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#3
Li o tópico todo e realmente é impressionante. Não sabia que influenciava até na arcaria dentária. A dieta tem um poder de mudar a vida das pessoas que muita gente subestima. Lembro de um tópico que o Hércules trouxe em que fala o seguinte:

Hércules Escreveu:A dieta desempenha um papel importante no gene expresso. Nós somos o que comemos e talvez o que nossa avó comeu. Discute-se se as modificações epigenéticas são transgeracionais. Dieta é o que faz a diferença entre a abelha-rainha em uma colmeia e os trabalhadores. Eles são geneticamente idênticos, mas a rainha come geleia real. Há muitos exemplos disso em estudos humanos e animais.

Aqui o link: https://legadorealista.net/forum/showthr...5#pid31165

E como foi dito, nós seres humanos temos as nossas próprias versões de geleia real. Cabe a nós pesquisar o assunto e mudar os nossos hábitos alimentares para potencializar a nossa vida. O tópico evidencia bastante isso.

Tenho começado a estudar o assunto de nutrição com o objetivo de mudar completamente a minha dieta e estilo de vida e posso concluir que atualmente o nosso maior perigo não está na carência, mas na abundância. Somos tentados ao excesso.

E pelo que tenho visto e o Temujin mostrou no tópico, a faculdade intelectual, força física e longevidade dependem de leis imutáveis. Nesta questão não existe o acaso. O homem é o arquiteto do seu próprio destino. Muitas doenças que alegam serem "genéticas" são resultados de más escolhas alimentares. "O homem cava a própria sepultura com os dentes". Morrendo desnecessariamente antes do tempo.

Já tem gente me julgando como estreito e fanático quando comento algumas mudanças alimentares simples que venho fazendo na minha dieta. Como cortar totalmente o café e o refrigerante. Mas tópicos assim me fazem ver que estou no caminho certo.

O autor mencionou por cima, mas hábitos físicos corretos, como alimentação e exercícios adequados tem demonstrado promover, inclusive, a superioridade mental, ou seja, melhorando o raciocínio cognitivo das pessoas. Ao passo que um apetite desregrado torna os homens escravos, obscurecendo-lhes o intelecto e estupidificando-lhes a sensibilidade moral.

E me parece (ainda estou estudando o assunto) que o melhor regime para nossa prosperidade física e intelectual é observar um regime alimentar simples.

É por motivos como estes que quero me afastar dos grandes centros e me tornar mais independente da sociedade "moderna", plantar a minha própria comida, ter a minha própria fonte de água, ter um estilo de vida mais saudável e simples em relação ao homem "moderno" e "civilizado".

Meu pai já deu este passo, há alguns anos atrás comprou uma chácara afastada alguns quilômetros da cidade, plantou mais de uma centena de arvores frutíferas, cria muitas galinhas caipiras, tem uma horta grande, e não usa substâncias químicas nos seus produtos e nem alimentos transgênicos para alimentar os seus animais. E sempre que posso eu estou lá ajudando ele e aprendendo mais sobre o assunto. Se eu não comprar o meu próprio espaço de terra, vou acabar ficando por lá ajudando ele no espaço dele. Mas de qualquer forma, vou me afastar do estilo de vida das grandes cidades.

Fora o fato de que são nos grandes centros que se concentram todo tipo de poluição moral da sociedade, como crimes, drogas, esquerdismo, gayzismo, feminismo, imoralidades em geral. Não quero criar meus filhos perto de tantas más influências. Está se tornando cada vez mais inviável a convivência em grandes centros. Mas isso já é assunto pra outro tópico. Acabei me estendendo mais do que deveria no tópico. Big Grin
“A maior necessidade do mundo é a de homens — homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo de seu coração, sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Educação, Pág 57.
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#4
Eu já tinha lido esse artigo, excelente diga-se de passagem.

Eu acho que o cerne da questão é exatamente isso:

(23-10-2017, 09:11 PM)Libertador Escreveu: atualmente o nosso maior perigo não está na carência, mas na abundância. Somos tentados ao excesso.

Como eu disse num outro artigo, parece que o grande mal da sociedade moderna são os estímulos leves no organismo, aparentemente inofensivos, mas infinitamente constante e repetitivos. Esse tipo de situação que gera os desequilíbrios e problemas no organismo nas mais diversas áreas, desde alimentar a psicológica. Até na questão da promiscuidade nós vemos que o padrão é o mesmo, centenas de relacionamentos superficiais, que vão minando nossa mente e espírito, como vc demonstrou no seu artigo, @lib. 

É o caso da degeneração física e dieta, alimentação constante, com coisas de baixo valor nutricional e alta palatabilidade, que estimula o sistema de recompensa do cérebro, vão minando nossa saúde ao mesmo tempo que vai nos viciando nesse hábito ruim, mas lucrativo par alguém, pois o corpo tem que lidar com as mais diversas toxinas a acidificação do sistema, mantendo o intestino funcionando indefinidamente, gerando síndrome metabólica e toda a gama de doenças modernas, que fomos convencidos a acreditar que muitas são unicamente resultado da nossa herança genética (o que é uma meia verdade).  

Alguém disse uma vez por aí que "o grande desafio do homem de hj é voltar ao básico". É exatamente isso.
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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#5
(23-10-2017, 09:11 PM)Libertador Escreveu: Li o tópico todo e realmente é impressionante. Não sabia que influenciava até na arcaria dentária. A dieta tem um poder de mudar a vida das pessoas que muita gente subestima. Lembro de um tópico que o Hércules trouxe em que fala o seguinte:

Hércules Escreveu:A dieta desempenha um papel importante no gene expresso. Nós somos o que comemos e talvez o que nossa avó comeu. Discute-se se as modificações epigenéticas são transgeracionais. 

Já estudei sobre o assunto no contexto da resistência à insulina e epidemia de obesidade, e as evidências apontam que as mudanças no perfil pancreático das mulheres grávidas se transmitem aos seus filhos. 

(24-10-2017, 08:06 AM)Héracles Escreveu: Eu já tinha lido esse artigo, excelente diga-se de passagem.

Eu acho que o cerne da questão é exatamente isso:

(23-10-2017, 09:11 PM)Libertador Escreveu: atualmente o nosso maior perigo não está na carência, mas na abundância. Somos tentados ao excesso.

Como eu disse num outro artigo, parece que o grande mal da sociedade moderna são os estímulos leves no organismo, aparentemente inofensivos, mas infinitamente constante e repetitivos. Esse tipo de situação que gera os desequilíbrios e problemas no organismo nas mais diversas áreas, desde alimentar a psicológica. Até na questão da promiscuidade nós vemos que o padrão é o mesmo, centenas de relacionamentos superficiais, que vão minando nossa mente e espírito, como vc demonstrou no seu artigo, @lib. 
Excelente ponto, recomendo também o livro Paleo Solution (Wolf) que explica em um capítulo dedicado sobre o hormônio Cortisol e a desgraça que sua elevação crônica devido a pequenos estresses causa. A descarga crônica de dopamina nas redes sociais tem o mesmo efeito, e nesse caso recomendo o livro The Shallows (Carr). Vou estudar mais sobre a promiscuidade para percolar todas essas informações e reconsiderar minhas ideias.
  • Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
Leia: Nuvem de Giz
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#6
Tópico que me passou batido.

Muito bom. A dieta não faz somente o corpo, mas também a mente. Não me espanta a degradação da saúde mental das sociedades modernas ao longo do tempo.

Um texto de obrigatória leitura e uma motivação a mais pra quem está precisando mudar hábitos alimentares. @Carl Johnson.
Spoiler Revelar
"Use o sistema contra o sistema, parasite o parasita"
Responda-o
#7
nossa "geléia real" seria uma dieta paleolítica + alimentos com k2 tipo fermentados, com todas as reservas do caso e tirando a soja claro?

Acho que a saúde no ser humano é uma coisa que não dá para perceber a olho nu. Mas a doença dá, os gordões barrigudos por exemplo. No quesito da aparência, a dieta + treino é fundamental. A não ser que vc seja aqueles prisioneiros filhos da puta que ganham músculos comendo pão com manteiga; aí é só vc treinar e pronto. Ou então aqueles remadores da antiguidade que faziam um esforço absurdo e provavelmente eram mal alimentados. Fato é que o homem ser esforço não é naturalmente musculoso; ao contrário do gorila que tem uma massa muscular do caralho.
David Goggins. A lei da semeadura não falha. A única coisa que a vida exige de nós é coragem. Somos prisioneiros dos nossos instintos e emoções e jamais seremos homens livres. A natureza se prepara para algo ainda pior.
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#8
o jeito é tentar ter uma vida mais natural e menos artificial, sair das cidades e morar mais perto do campo, comer coisas mais naturais e menos industrializadas, fazer mais exercicios e etc

o dificil é abrir mão de tanta coisa boa e confortavel que tem nas cidades
"A paixão é como o álcool. Entorpece a consciência, elimina a lucidez, impede o julgamento crítico e provoca alucinações, fazendo com que o ser amado seja visto como divino." Como lidar com Mulheres - Nessahan Alita
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#9
Artigo impressionante.
De uns meses pra cá eu tenho melhorado a minha alimentação além de fazer exercícios físicos todos os dias, principalmente depois que eu descobri que os carboidratos em excesso, e não as gorduras, são os verdadeiros vilões. Passei a maior parte da vida acreditando nisso e enchendo o prato de arroz, tomando refrigerante, comendo açucar refinado, alimentos com farinha branca, tudo isso resultou hoje em eu ter 120 kg e obesidade grau 1.
Mas esse gordo aqui criou vergonha na cara.
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#10
Por falar em fermentados, alguém já utilizou ou utiliza Kefir? Se sim, esse bagulho funciona mesmo?
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#11
Eu usei, por pouco tempo, deu preguiça de cuidar. Mas tem o chucrute, que é a mesma ideia. Funciona sim, para mais detalhes leia o livro a Brain Maker (tem tradução em português, mas não lembro o título), do David Perlmutter.
  • Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
Leia: Nuvem de Giz
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#12
(29-05-2018, 05:18 PM)Lasker Escreveu: Eu usei, por pouco tempo, deu preguiça de cuidar. Mas tem o chucrute, que é a mesma ideia. Funciona sim, para mais detalhes leia o livro a Brain Maker (tem tradução em português, mas não lembro o título), do David Perlmutter.

Valeu pelo feedback e indicação.
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#13
Em tempo, o livro que recomendei (Brain Maker), em português foi intitulado Amigos da Mente. Tenho ele em espanhol (é tranquilo de ler), com o título Alimenta tu Cerebro.
  • Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
Leia: Nuvem de Giz
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#14
(26-08-2019, 11:43 AM)Temujin Escreveu: Em tempo, o livro que recomendei (Brain Maker), em português foi intitulado Amigos da Mente. Tenho ele em espanhol (é tranquilo de ler), com o título Alimenta tu Cerebro.

 Estou há muito procurando a versão em espanhol, você tem o PDF, ou pode me dizer onde encontro?
 

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#15
Tenho o livro físico.
  • Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
Leia: Nuvem de Giz
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#16
Se não me engano o @Héracles disse que é OK comer uma pequena quantidade de carboidratos se você faz exercícios intensos, o famoso "merecer os carboidratos" mas eu não lembro em que tópico ele falou isso, e se é pra comer antes ou depois  Yaoming de treinar. 

Eu gosto de comer antes, ai como bastante, para depois, ingerir mais proteína.

Para dormir, eu gosto de comer só proteína e gordura pura, nada de carboidratos. Ovos são ótimos nesse caso.

Em relação a tópico, eu sempre vejo uma contradição no ramo dos fisiculturistas, todos os caras que fazem vídeos relacionados a dieta falam que comer carboidratos mudou a vida deles pra melhor e bla bla bla.

Um bom exemplo disso é o gabriel arones que vive postando essa foto dizendo que antes ele não comia carboidratos e passava mal: 

[Image: images?q=tbn%3AANd9GcT9a-2pm6kKgy3HOJkKf...w&usqp=CAU]

Mas tem também o canal do Tiozão, que fala que foi justamente o oposto, a dieta sem carboidratos que melhorou a qualidade de vida dele, e o cara tem um shape muito parecido com o da foto direita acima com 50 anos na testa.

Tem também a questão do estresse... vizinhos barulhentos, dependendo da função, precisar ficar acordado em horários fora do padrão, as vezes você simplesmente é obrigado a viver um estilo de vida antinatural, isso que eu ainda moro no interior. Fico imaginando como deve ser pro cidadão médio de metrópole...
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#17
(22-09-2020, 06:38 PM)Reale Escreveu: é OK comer uma pequena quantidade de carboidratos se você faz exercícios intensos

Se o exercício for verdadeiramente puxado - seja endurance ou força - você VAI precisar comer carboidratos se quiser ter boa performance e não sair todo fodido. A questão é que o que a grande maioria das pessoas usam essa premissa como justificativa para comer de mais, mesmo fazendo treinos muito abaixo do potencial real. Ao meu ver, esse é o problema. Isso nos leva ao outro ponto...


(22-09-2020, 06:38 PM)Reale Escreveu: eu sempre vejo uma contradição no ramo dos fisiculturistas

Contradição essa facilmente compreensível e que eu já falei em DIVERSOS outros textos. A questão é que cada individuo terá uma quantidade ótima ou IDEAL de carbos a serem ingeridos por semana. Para alguns, essa quantidade vai ser muito pequena, para outros muito grande... isso vai depender de uma série de fatores e de herança genética. Por isso é razoável considerar que ambos os casos que você citou podem ser verdadeiros. E POR ISSO TAMBÉM você não pode simplesmente COPIAR o que alguém está lhe sugerindo e esperar ter os mesmos resultados. Você precisa aplicar e fazer os ajustes necessários para sua individualidade biológica.

Blz, mas como saber se eu sou das pessoas que funciona melhor com baixo ou alto carboidrato?

Vamos observar o que a teoria que o Dr. Pasquali nos apresenta, onde, resumindo, você vai ficar pelo menos 8 semanas comendo no máximo 30g de carboidrato ao logo do dia (24 horas no caso), por 5-6 dias na semana. Gorduras (boas, é lógico) obrigatoriamente altas enquanto os carbos forem baixos, se não tu não aguenta o repuxo. Muitas pessoas erram nesse ponto, querem deixar as gorduras baixas também e acabem se fodendo inteiras... E 1-2 dias você pode fazer um refeed de carbo, reduzindo as gorduras (é interessante treinar alguma coisa para tudo ser mais evidente). IMPORTANTE: Nas primeiras 2 semanas (14 dias) você não faz nenhum refeed...segue com os 30g de carbo apenas.

Segundo a teoria do Doutor, isso vai girar a chave do seu metabolismo, e vai deixar explicito o quanto você realmente precisa de carboidratos, uma vez que este macro é disparado o que mais ingerimos, então não temos como ter uma noção exata de quanto é necessário de fato. É provável que você se sinta muito mal ao longo que o tempo passa, cansaço excessivo, tonturas, náuseas, dores dos mais variados tipos, diarreias, inflamações etc... como se estivesse muito doente (aconteceu comigo), mas continue firme... é um processo necessário para reprogramar toda a merda feita até aqui. Vá até o fim do programado, pq existem pessoas que lá no final do processo começam a reviver mesmo com baixo carbo, e não precisam fazer os ajustes que vou falar a seguir... repetindo, cada organismo é um universo diferente e único.

Depois desse período, se você estiver se sentindo muito mal, um verdadeiro saco de merda, significa que o seu organismo não funciona muito bem sem carbos, precisa reajustar a quantidade para chegar a um nível ideal. O doutor sugere duas formas, ou um outro refeed no meio da semana, ou um aumento de 20-50g de carbos diários. Isso você vai decidir com base na sua realidade e em como ficaria melhor para VOCÊ. Se ainda estiver se sentindo uma fracassado, aumente os carbos gradualmente e de forma controlada, até chegar a uma quantidade ideal.

Se não sentiu dificuldade nenhuma com apenas 30g carbo dia e os refeeds (e sim, tem muita gente que funciona bem assim), significa que você é dos organismos que opera bem sem carbos, e aumentá-los só te trás problemas.

Resumindo seria isso, para mais informações leia: Dieta Metabólica - Mauro di Pasquali  
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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#18
Muito bom você falar sobre isso, @Héracles, porque é onde muita gente erra.

Esse é um erro que eu cometi por muito tempo e tive resultados muito ruins. Tratava o carbo como um vilão, consumia muita proteína (ainda consumo), muita gordura (boa, claro) e baixíssimo carbo, mas meu organismo é um dos que precisam de alto carbo, a quantidade de carbo que eu ingiro é realmente muito grande em comparação com uma pessoa comum. Quando ajustei isso, meus resultados chegaram, e ainda mantenho alta proteína (3g/kg). Mesmo em cutting mantenho uma quantidade alta de carbos em relação a média.

Por isso a nutrição é tão contraditória, porque o que funciona pra mim nem sempre vai funcionar para os outros.
Spoiler Revelar
"Use o sistema contra o sistema, parasite o parasita"
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#19
O principal problema são os carboidratos refinados. Carboidratos não refinados a base de amido e sem antinutrientes como tubérculos , raízes e arroz branco nem de longe vai te matar (ainda mais se como disseram acima, sua dieta tiver muita proteína gordura e micronutrientes). Eu ainda prefiro a dieta cetogênica, durante o período que a fiz foi onde a minha saúde e resultados na academia mais melhoraram, o problema foi só o preço da coisa mesmo.

Em minha visão os carboidratos "bons" devem ser utilizados mais para aumentar a sua capacidade de ingerir calorias e crescer muito enquanto faz um volume muito grande de exercício. Eu sinceramente nunca precisei, mas também não era hormonizado e fazia 1 hora de exercício por dia, ficando entre 70-74kg de peso com taxa baixa de gordura corporal.

Aliás, o processo que o @Héracles citou de passar mal com baixo carbo é chamado de "gripe cetogênica".
  • Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
Leia: Nuvem de Giz
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#20
Valeu pela recomendação @Héracles, e caralho, mesmo em cutting em como mais de 70g de carbo por dia, as vezes bem mais Gargalhada, mas nas vezes que tentei comer menos fiquei meio mau e com o intestino preso, mas nunca fiquei vários dias, vou tentar fazer isso ai que você falou.
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