22-10-2017, 08:36 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 23-10-2017, 09:12 PM por Libertador.)
Por Eduardo Velasco, o original está aqui.
Tradução por Hai.
Uma longa experiência cirúrgica tem me demonstrado de forma conclusiva que há algo radical e fundamentalmente equivocado no estilo de vida civilizado, e acredito que, a menos que os hábitos dietéticos e salubres da raça branca sejam reorganizados, a decadência social e a deterioração da raça são inevitáveis.
(Sir William Arbuthnot Lane, 1856-1943, cirurgião escocês e um dos profissionais de saúde mais ilustres em seu tempo).
É bem sabido que os dentes são um bom indicativo de saúde em um indivíduo: durante os tempos de escravidão, a primeira coisa que se fazia antes de adquirir um escravo era verificar o estado de seus dentes, para ver se tratava dum indivíduo bem formado e alimentado corretamente desde a infância. Tradicionalmente, as unidades militares também concediam muita importância para a saúde dental, e atualmente, continuam a dar prioridade aos indivíduos com dentes saudáveis para serem astronautas, pilotos ou mergulhadores. Atualmente, a frequência de caries e defeitos dentais entre os países mais modernizados ronda em torno de 85-99%, se tratando talvez das infecções mais comuns. Além disso, existem outros problemas comuns, tais como a falta de espaço para os dentes do siso, devido ao subdesenvolvimento da mandíbula, que por sua vez, evidência uma falta de desenvolvimento do esqueleto. Isso unido a corpos dilapidados e saúde deplorável da imensa maioria da população “civilizada” atual, isso é mais que uma prova evidente de que mesmo na década de trinta, algo cheirava podre no estilo de vida moderno.
Um dos especialistas que percebeu nitidamente isso foi o Dr. Price (1870-1948), um dentista e nutricionista americano, que estava chocado com as taxas de deformação dental e mandibular que estavam alcançando em seu país, ao ponto de que era praticamente impossível encontrar alguém com dentes normais e bem ajustados.
Dr. Weston Price (1870-1948), chamado de “o Darwin da nutrição”, descende duma linhagem de qualidade. Era o nono de doze filhos, dentre os quais se encontrava um inventor, um médico, dois dentistas, um ministro metodista e um agricultor de sucesso. Seu sobrinho foi um famoso escritor e explorador do National Geographic. A família Price poderia traçar a sua origem duma linhagem de nobres célticos centrados numa população de Brecon, País de Gales (Grã-Bretanha), pelo menos desde o ano de 203 AEC.
Price, muito familiarizado com os benefícios da vida de campo, estava convencido de que esses defeitos dentais não eram genéticos, mas que deviam a uma série de hábitos antinaturais, especialmente alimentares, danosos para a saúde. Ele considerou que os dentes eram a primeira linha de frente para os “alertas de saúde” do corpo, que a péssima saúde dental das nações ocidentais era somente o começo, e que evidenciava um grave problema nutricional e salubre que ameaçava derrubar a raça branca. Sua busca aos dentes perfeitos o levou a realizar um estudo de dez anos, durante os quais ele viajou com sua esposa Florence para áreas isoladas de todo nosso planeta, com o objetivo de estudar milhares de pessoas de comunidade “primitivas” que não haviam sido tocadas pela civilização industrial – e talvez, tampouco pela agricultura.
Nativos da Ilha de Harris, das Ilhas Hébridas Exteriores, a noroeste da Escócia. Eles são irmãos, no entanto, o da esquerda usa a comida moderna e da direita segue com a dieta tradicional de seus antepassados. O primeiro tem dentes defeituosos e um rosto estreito devido a um desenvolvimento esquelético mal efetuado (que por sua vez, é resultado duma deficiência ou má assimilação de minerais). O segundo tem um rosto largo, dentes perfeitos e melhor constituição física.
Os grupos estudados por Prince incluíam vilarejos remotos dos vales suíços, comunidades de herança céltica das ilhas Hébridas exteriores, pescadores irlandeses de língua gaélica, indígenas de ambas Américas, esquimós, insulares melanésios e polinésios, diversas tribos africanas, aborígenes australianos, maoris neozelandeses, etc. Dentre esses povos, de composições raciais, dietas e origens extremamente diversas, o Dr. Prince encontrou uma proliferação de arcadas dentárias totalmente perfeitas e em sintonia com o plano da Natureza. Isso veio a confirmar suas suspeitas, de que, na maior parte dos casos, a decadência dentária se devia a deficiências nutricionais (tanto dos pais quanto do indivíduo durante sua fase de crescimento) não de defeitos geneticamente hereditários.
O quadro era semelhante em todas as etnias “primitivas” que o Dr. Price visitou: rostos largos, narinas desenvolvidas, arcadas dentárias afiadas e equipadas com perfeição milimétrica, taxas de cáries eram ínfimas. Em suma: boa saúde. Esses indivíduos são de origens e composições raciais diversificadas, mas todos tem algo em comum: eles aderem a dieta tradicional de seus respectivos antepassados e são considerados como “aldeões”, “atrasados”, “desculturados”, “pacatos”, “pouco desenvolvidos” e inclusive “subdesenvolvidos”, por parte do mundo moderno. No entanto, nenhum destes indivíduos necessita de creme dental, escovas de dente, antissépticos bucais, ortodontia, dentistas ou cirurgiões plásticos para ter dentes totalmente perfeitos.
Características da dieta tradicional
Price logo percebeu que a perfeição dos arcos dentários era somente a ponta do iceberg, e que a saúde dos indivíduos examinados ia além de seus dentes. Essas são algumas das ideias que ele descobriu sobre as dietas tradicionais em seu estudo
As análises revelaram que as dietas tradicionais continham altas quantidades de proteína e aminoácidos. Todas as dietas tinham ao menos uma fonte de proteína cru e inalterada, provindo de carne, frutos do mar, peixes, nozes, ovos de peixe (“caviar”) e sementes germinadas de alta qualidade. Hoje sabemos que a revolução carnívora foi o que fez-nos evoluir, desenvolvendo nosso cérebro e nos tornando humanos.
As dietas tradicionais continham, pelo menos, quatro vezes mais quantidade de vitaminas hidrossolúveis (que se dissolvem na água, como a B e C), de cálcio e doutros minerais, do que a dieta moderna.
Também continham, pelo menos, dez vezes mais (!) a quantidade de vitaminas lipossolúveis (que se dissolvem na gordura, como A e D) do que as dietas industriais modernas. Essas vitaminas também são absorvidas muito melhor graças à abundância de gorduras animais presente na dieta. As vitaminas lipossolúveis atuam como catalizadoras para a absorção de minerais, a produção de testosterona, melhor utilização de proteínas e construção de tecidos, mas seu efeito mais notável é o aumento na qualidade óssea e muscular.
Alta ingestão (e o consumo se eleva quanto mais baixa estiver à temperatura ambiente) de gorduras saturadas de origem animal. De acordo com a área, essas gorduras provinham de manteiga, peixes, mariscos, órgãos de animais ou óleo de foca, baleia ou de fígado de bacalhau. De acordo com a etnia e latitude (por regra geral, mais gordura quanto mais ao norte e mais frio é o local), a gordura constituía de 30 a 80% das calorias da dieta, do qual somente 4% vinha de azeite poli-insaturados de origem vegetal. O equilíbrio de calorias de gordura era primariamente entre ácidos graxos saturados e monoinsaturados. A gordura animal tinha diversos fatores lipossolúveis, incluindo as vitaminas citadas e um elemento chamado “Ativador X” (mencionado por Price), que agora é chamado de vitamina K2.
As dietas tradicionais continham quantidades similares e equilibradas ácidos graxos essências como ômega-6 e ômega-3. Isto confronta com as dietas modernas que tem muito mais ômega-6, do que ômega-3. (Atualmente, para obter ômega-3, além das vitaminas lipossolúveis, é recomendado tomar azeite de fígado de bacalhau).
Tinham alto conteúdo de enzimas e bactérias benéficas procedentes de vegetais, lacto-fermentados, frutas, bebidas, derivados lácteos, carnes e condimentos.
Os produtos de origem animal, especialmente da caça e da pesca de frutos do mar (conquilicultura) gozavam de grande prestígio. As carnes de órgãos (principalmente o fígado, coração, cérebro, testículos, medula e rins) tinham maior prestígio, seguido da gordura e carnes musculares.
Os métodos de armazenamento e conservação de alimentos apenas alteram o perfil nutritivo da comida. Enterro, dissecação, desidratação, congelamento (somente em climas frios), etc.
A maior parte dos alimentos se comiam crus, pouco cozinhados ou cozinhados de maneira extremamente lenta e prolongados, “a fogo baixo”, de modo que se conservasse todos os nutrientes intactos. Um dos métodos observados para cozinhar carne “a fogo lento” era fazer um fosso no chão, colocar pedras ardentes, cobrir de grama, colocar a carne em cima, mais grama por cima, cobrir tudo de terra e deixar entre metade de um dia e um dia inteiro.
Nenhum alimento estava refinado, desnaturalizado, adulterado ou desprovido de fibras. Isso contrasta com abominações modernas, como o açúcar refinado, xarope de milho com alto nível de frutose, farinha branca, comidas enlatadas, leite pasteurizado, homogeneizado ou desnatado, gorduras trans ou aditivos químicos.
Os grupos étnicos que praticavam a agricultura o faziam em solos com riqueza mineral natural, e não utilizavam pesticidas, tampouco fertilizantes químicos. Mesmo assim, eles também tinham muito cuidado para não esgotar a riqueza natural do solo, deixando-o repousar e não o superexplorando mediante uma agricultura demasiadamente intensiva.
Havia acesso a fontes de água mineral natural de alto valor para o organismo humano. Não existia contaminação e não era necessário tratar a água com aditivos tóxicos como o cloro ou flúor. Ao contrário da sociedade industrial, não se canalizava a água por tubos metálicos que carregam consigo metais tóxicos para a saúde humana.
As sementes, nozes, os grãos de cereais, as leguminosas e outros alimentos problemáticos eram posto de molho, germinados, fermentados ou levados para neutralizar certos antinutrientes naturais (como inibidores de enzimas, tanino e ácido fítico). Somente depois desta preparação que estavam aptos para o consumo humano.
Todas as etnias examinadas levavam a cabo atividades físicas intensas no cotidiano. Essas atividades podiam vir de desportos, trabalho de campo, construção de casas, jogos, danças folclóricas, concursos e competições, caça, viagens nômades ou colheita.
Todos os indivíduos passavam a maior parte do dia fora de casa, em contato com ar puro e luz do Sol, e isso influência positivamente em seus níveis de vitamina D3, que por sua vez afetam diretamente no fortalecimento esquelético, dentre outros fatores. Além disso, eles estavam pouco protegidos contra as intempéries de todo tipo.
Geralmente os doces, inclusive os naturais, eram comidos com pouca frequência, e quando o comiam era somente em ocasiões de rituais ou festividades especiais.
Todos os grupos observavam etapas periódicas de jejum total, durante o qual não ingeriam nada que não fosse água. Estes jejuns tinham um papel ritual relacionado com a purificação e ajudavam a purificar as correntes sanguíneas, limpar toxinas e renovar os tecidos do organismo.
Importância da dieta pré-conceitual e pré-natal. Todos os grupos étnicos davam grande atenção a alimentação dos casais jovens durante a “lua de mel”. Tanto para o esposo, como para a esposa, durante a etapa de concepção, eram reservados uma maior proporção de produtos de origem animal ricos em nutrientes (ovos, peixes, frutos do mar, carne animal, etc.), para aumentar a vitalidade, a libido, a qualidade do sêmen do homem e as reservas biológicas da mulher visando a gravidez (atualmente sabemos que as reservas de vitamina A no corpo da mulher se esgotam durante a gravidez e é necessário supri-las). Esses alimentos também eram considerados importantes para as mulheres durante o período de gestação e amamentação, e posteriormente, para a criança durante os anos de crescimento. Consideravam que esse processo resultava em crianças fortes, saudáveis e inteligentes.
Se fazia uso de ossos de animais, geralmente na forma de caldos de osso, ricos em gelatina que ajudavam o corpo a se desintoxicar e carregam consigo grande quantidade sais minerais de alta biodisponibilidade.
Todas as mães amamentavam elas mesmas seus filhos. O faziam durante um tempo mais prolongado que nas sociedades civilizadas e não tinham problemas com a produção de leite.
LIÇÕES DO ESTUDO DO DR. PRICE
Os resultados destas condições de vida tão ideais foram imediatos. No estudo, o Dr. Price chegou a algumas conclusões acerca da qualidade biológica destes povos “atrasados”, afim de melhorar a alimentação e constituição física dos povos “avançados”.
Constituição esquelética ideal.
Devido à melhor introdução e absorção de vitaminas (especialmente lipossolúveis) e minerais, assim como a elevada ingestão de gorduras, a densidade óssea se manifestava num esqueleto melhor mineralizado e sólido e num rosto mais largo. Um rosto mais largo, por conseguinte, traz uma mandíbula mais larga, com o qual os dentes não se atropelam e crescem de forma ordenada e reta, com bastante espaço para os dentes do siso. Além de formar arcadas dentárias perfeitas, os dentes são fortes, não têm cáries ou outros defeitos, devido à excelente mineralização. Fraturas ósseas também são pouco frequentes.
Período histórico
Média do índice pélvico
Média da estatura (homens)
Média da estatura (mulheres)
Paleolítico
30.000-9000 A.C
97,7
1,77
1,66
Mesolítico
9000-7000 A.C
86,3
1,72
1,59
Neolítico
7000-3000 A.C
75,6
1,69
1,55
Idade do Cobre
4500-2500 A.C
78,8
1,66
1,53
Idade do Bronze
2500-1800 A.C
85
1,66
1,52
Idade do Ferro
1650-200 A.C
80,6
1,66
1, 54
Período Clássico
650-300 A.C
83,5
1,70
1,56
Período Helenístico
300 A.C – 120 A.D
86,6
1,71
1,56
Período Romano
120-600
84,6
1,69
1,58
1400-1800
84
1,72
1,58
1800-1920
82,9
1,70
1,57
Norte-americano branco moderno
92,1
1,74
1,63
Os números foram extraídos desse livro e referem-se à região do Mediterrâneo Oriental, incluindo a Grécia e Turquia. É preciso deixar que claro que embora essa imagem deixe a impressão duma evolução ininterrupta, não reflete as invasões, mudanças de composição racial, diversidade étnica ou diferenças de classe social. Por exemplo, a nobreza sempre esteve melhor constituída do que os camponeses, devido a seu maior consumo de produtos animais. Os esqueletos de tumbas micênicas na Grécia (1500 A.C) mostra-nos que a aristocracia tinha uma melhor alimentação do que a plebe, e que tinham estaturas de 5 a 7 cm mais altas e dentes melhores formados e com menor índice de defeitos. Além disso, a aristocracia era de composição racial diferente de pessoas comuns. No entanto, as medidas são bastante indicativas e é interessante comprovar como a qualidade de vida, refletida na constituição esquelética, sofreu um colapso absoluto quando a agricultura foi adotada durante o neolítico, e renascendo posteriormente com o advento dos povos indo-europeus.
Índices pélvicos ideais, alta fertilidade.
Em geral, as mulheres engravidavam facilmente e devam a luz numa idade jovem e com pouco sofrimento. Isto é consistente com o registro fóssil dos caçadores-coletores do paleolítico, que mostra índices pélvicos (proporcional do canal pélvico, através do qual se dá à luz) ideias para o parto. Os problemas reprodutivos (esterilidade, infertilidade, libido baixa, impotência) tanto por homens como por mulheres, eram praticamente desconhecidos. Uma esquimó do Alasca que foi examinada pelo Dr. Price havia tido 26 filhos (!). Muitos de seus partos ocorreram durante a noite e somente ela bastava pra dar à luz sozinha. Ela sequer acordava seu marido, paria em silêncio e o presenteava com uma nova criança ao acordar. Todos os seus 26 filhos tinham dentes perfeitos.
Essa mulher esquimó tem uma sólida constituição fácil e bons dentes, apesar de que devido a um golpe, ela perdeu um dente e entortou outro. Ela teve 26 filhos, todos com dentes perfeitos. Os esquimós comiam quantidades recordes de gordura animal provindo de mamíferos aquáticos como foca, morsa e narval.
Harmonia corporal
Em todas as comunidades estudadas, praticamente não havia homens ou mulheres que tivessem a cintura mais larga que os quadris, apesar das imensas quantidades de gorduras saturadas provindo de animais (incluindo colesterol) em suas dietas. Isso contrasta cada vez mais com a sociedade “moderna”, que consome cada vez menos gordura saturada, mas que cada vez mais padece de casos de obesidade, devido ao consumo indiscriminado de amidos concentrados, açúcar refinado, farinha branca, adoçantes artificiais e outras substâncias indesejáveis desprovidas de enzimas e disparadoras de insulina.
Ausência de doenças degenerativas
Praticamente não havia casos de diabete, câncer, Alzheimer, obesidade, gota, reumatismo, hipertensão, artrite, esclerose, osteoporose, raquitismo, encurvamento da coluna, etc., e gozavam de maior imunidade a doenças infecciosas (como a tuberculose). Não se encontrava eles doenças cardíacas, infartos, alergias, asma, dores de cabeça, fadiga muscular, narcolepsia e muitas outras pragas que a sociedade “moderna” pressupõe como se fossem normais ou formasse parte da condição humana. Também era desconhecido males psicológicos ridículos do mundo moderno, como a neurose, histeria, esquizofrenia, anorexia, ansiedade, bulimia, transtornos bipolares ou depressão, invariavelmente, eles tinham uma atitude ótima, segura e confiante perante a vida. As principais causas de morte eram acidentes e infecções. Isso apenas contrasta com a catastrófica taxa de doenças psicofísicas das sociedades “avançadas”, sociedades que somente perduram graças a toda uma indústria farmacêutica voltada a prolongar artificialmente a quantidade de vida humana a custo de reduzir sua qualidade.
Continuidade da tradição ancestral.
Afim de proteger e perpetuar sua herança genética, essas sociedades foram condicionadas a educar a suas novas gerações na sabedoria de seus antepassados e costumes tradicionais. Novamente, contrasta com as sociedades “avançadas” que tem desarraigado o indivíduo de seu marco ancestral, retirando sua tradição e em seguida inflando toda uma bagagem de comportamentos artificias e pré-fabricados que danificam o código genético.
O modus operandi do mundo moderno é danoso para a espécie
Sob um ponto de vista estritamente salubre, evolutivo e da qualidade humana, aderindo exclusivamente à harmonia da saúde física e psicológica, tal como faria um médico examinando seu paciente, o contato com a civilização moderna foi desastroso para todos os grupos estudados. Price observou que quando um casal “primitivo” passava a aderir o estilo de vida “civilizado”, eles concebiam filhos com uma configurações esquelética , fácil e dental inferior: rostos estreitos e, por conseguinte, dentes emaranhados e\ou mal colocados devido a mandíbula demasiadamente pequena, problemas com os dentes do siso, narinas pouco desenvolvidas (incluindo casos de complicações respiratórias que bloqueiam as vias nasais e obrigam a respirar exclusivamente pela boca), defeitos de nascimento, comportamentos erráticos de doenças mentais e uma suscetibilidade aumentada das doenças infecciosas e crônicas. Significativamente, quando estes casais retornaram a seus costumes ancestrais, os defeitos das crianças deixaram de se agravar, e os filhos nascidos posteriormente gozavam duma constituição física e mental perfeita. Este foi um fator que desmentiu a possibilidade de que a perfeição dentária fosse um fator exclusivamente genético ou resultante da seleção natural.
Hoje os homens modernos se orgulham de seu estilo de vida, como se tivessem algum grande mérito pressionar um botão e fazer ligações, como se cada um deles tivesse inventado pessoalmente as máquinas industriais ou tecnológicas. O que não passa na cabeça do “workaholic” é o que Ortega y Gasset disse, que o modus vivendi atual está concebido quase que para deliberadamente corroer a qualidade biológica do ser humano e deixá-lo enfermo – para não mencionar o desgaste dos recursos naturais do nosso planeta. Essa situação não é sustentável, e não somente entrará em crise e colapso, mas parece que é desejável que assim seja.
A escória genética moderna é resultado do advento da civilização
Os estratos sociais inferiores, os criminosos e grande parte da população carcerária do mundo civilizado, tem características faciais que demonstram deficiências nutricionais de seus pais, especialmente da mãe durante a gravidez e período de gestação, além duma má alimentação durante a infância e adolescência. Este tipo de característica vem aumentando, porque, sob condições civilizadas, a escória biológica é mais promiscua e tem uma maior taxa de natalidade que a elite. Para além disso, atualmente, a “solidariedade” mal entendida da civilização ocidental tende a proteger os legados genéticos defeituosos, enquanto desperdiça genética valiosa. Nas sociedades tradicionais, com rigorosa seleção natural, a escória genética se mantém ínfima.
Sensatez ou extinçãoSe o homem moderno pretende sobreviver a longo prazo, deve operar uma reeducação alimentar, emular os hábitos do mundo natural e adotar a sabedoria nutricional do homem “primitivo”. Do contrário, o homem moderno irá enfrentar taxas de esterilidade em aumento constante e a extinção por inépcia evolutiva. O homem moderno enfrenta a possibilidade de que o instinto humano volte a superfície e passe do subconsciente ao consciente, saltando todos os obstáculos, cortando todos os laços, se manifestando de maneira mais primitiva e reivindicando direitos que os pertencem legitimamente.
O preço de trair os antepassados e dar as costas para a Natureza. Todos esses indivíduos pertencem a grupos étnicos tradicionais que seguem a dieta trazida pela sociedade industrializada. Alguns trabalham em plantações geridas por ocidentais, outros são pessoas “privilegiadas” que tiveram acesso a uma educação “civilizada”, embora, infelizmente também tiveram acesso a comida “civilizada”. Os resultados são sempre os mesmos: degradação dentária em diversos graus (segundo maior ou menor grau de produtos processados em sua alimentação), estaturas mais baixas, rostos e mandíbulas mais estreitos, narinas menos desenvolvidas, (incluso, chegando a obstrução permanente das vias nasais, até o ponto de poder respirar somente pela boca), um aspecto mais fraco e doente do que seus compatriotas “selvagens”. Quando pensamos que o homem ocidental tem vivido durante séculos sob esse tipo de alimentação, compreendemos o imenso dano perpetrado.
Página da Fundação Weston A. Price, em inglês.
Tradução por Hai.
Uma longa experiência cirúrgica tem me demonstrado de forma conclusiva que há algo radical e fundamentalmente equivocado no estilo de vida civilizado, e acredito que, a menos que os hábitos dietéticos e salubres da raça branca sejam reorganizados, a decadência social e a deterioração da raça são inevitáveis.
(Sir William Arbuthnot Lane, 1856-1943, cirurgião escocês e um dos profissionais de saúde mais ilustres em seu tempo).
É bem sabido que os dentes são um bom indicativo de saúde em um indivíduo: durante os tempos de escravidão, a primeira coisa que se fazia antes de adquirir um escravo era verificar o estado de seus dentes, para ver se tratava dum indivíduo bem formado e alimentado corretamente desde a infância. Tradicionalmente, as unidades militares também concediam muita importância para a saúde dental, e atualmente, continuam a dar prioridade aos indivíduos com dentes saudáveis para serem astronautas, pilotos ou mergulhadores. Atualmente, a frequência de caries e defeitos dentais entre os países mais modernizados ronda em torno de 85-99%, se tratando talvez das infecções mais comuns. Além disso, existem outros problemas comuns, tais como a falta de espaço para os dentes do siso, devido ao subdesenvolvimento da mandíbula, que por sua vez, evidência uma falta de desenvolvimento do esqueleto. Isso unido a corpos dilapidados e saúde deplorável da imensa maioria da população “civilizada” atual, isso é mais que uma prova evidente de que mesmo na década de trinta, algo cheirava podre no estilo de vida moderno.
Um dos especialistas que percebeu nitidamente isso foi o Dr. Price (1870-1948), um dentista e nutricionista americano, que estava chocado com as taxas de deformação dental e mandibular que estavam alcançando em seu país, ao ponto de que era praticamente impossível encontrar alguém com dentes normais e bem ajustados.
Dr. Weston Price (1870-1948), chamado de “o Darwin da nutrição”, descende duma linhagem de qualidade. Era o nono de doze filhos, dentre os quais se encontrava um inventor, um médico, dois dentistas, um ministro metodista e um agricultor de sucesso. Seu sobrinho foi um famoso escritor e explorador do National Geographic. A família Price poderia traçar a sua origem duma linhagem de nobres célticos centrados numa população de Brecon, País de Gales (Grã-Bretanha), pelo menos desde o ano de 203 AEC.
Price, muito familiarizado com os benefícios da vida de campo, estava convencido de que esses defeitos dentais não eram genéticos, mas que deviam a uma série de hábitos antinaturais, especialmente alimentares, danosos para a saúde. Ele considerou que os dentes eram a primeira linha de frente para os “alertas de saúde” do corpo, que a péssima saúde dental das nações ocidentais era somente o começo, e que evidenciava um grave problema nutricional e salubre que ameaçava derrubar a raça branca. Sua busca aos dentes perfeitos o levou a realizar um estudo de dez anos, durante os quais ele viajou com sua esposa Florence para áreas isoladas de todo nosso planeta, com o objetivo de estudar milhares de pessoas de comunidade “primitivas” que não haviam sido tocadas pela civilização industrial – e talvez, tampouco pela agricultura.
Nativos da Ilha de Harris, das Ilhas Hébridas Exteriores, a noroeste da Escócia. Eles são irmãos, no entanto, o da esquerda usa a comida moderna e da direita segue com a dieta tradicional de seus antepassados. O primeiro tem dentes defeituosos e um rosto estreito devido a um desenvolvimento esquelético mal efetuado (que por sua vez, é resultado duma deficiência ou má assimilação de minerais). O segundo tem um rosto largo, dentes perfeitos e melhor constituição física.
Os grupos estudados por Prince incluíam vilarejos remotos dos vales suíços, comunidades de herança céltica das ilhas Hébridas exteriores, pescadores irlandeses de língua gaélica, indígenas de ambas Américas, esquimós, insulares melanésios e polinésios, diversas tribos africanas, aborígenes australianos, maoris neozelandeses, etc. Dentre esses povos, de composições raciais, dietas e origens extremamente diversas, o Dr. Prince encontrou uma proliferação de arcadas dentárias totalmente perfeitas e em sintonia com o plano da Natureza. Isso veio a confirmar suas suspeitas, de que, na maior parte dos casos, a decadência dentária se devia a deficiências nutricionais (tanto dos pais quanto do indivíduo durante sua fase de crescimento) não de defeitos geneticamente hereditários.
Spoiler Revelar
O quadro era semelhante em todas as etnias “primitivas” que o Dr. Price visitou: rostos largos, narinas desenvolvidas, arcadas dentárias afiadas e equipadas com perfeição milimétrica, taxas de cáries eram ínfimas. Em suma: boa saúde. Esses indivíduos são de origens e composições raciais diversificadas, mas todos tem algo em comum: eles aderem a dieta tradicional de seus respectivos antepassados e são considerados como “aldeões”, “atrasados”, “desculturados”, “pacatos”, “pouco desenvolvidos” e inclusive “subdesenvolvidos”, por parte do mundo moderno. No entanto, nenhum destes indivíduos necessita de creme dental, escovas de dente, antissépticos bucais, ortodontia, dentistas ou cirurgiões plásticos para ter dentes totalmente perfeitos.
Características da dieta tradicional
Price logo percebeu que a perfeição dos arcos dentários era somente a ponta do iceberg, e que a saúde dos indivíduos examinados ia além de seus dentes. Essas são algumas das ideias que ele descobriu sobre as dietas tradicionais em seu estudo
As análises revelaram que as dietas tradicionais continham altas quantidades de proteína e aminoácidos. Todas as dietas tinham ao menos uma fonte de proteína cru e inalterada, provindo de carne, frutos do mar, peixes, nozes, ovos de peixe (“caviar”) e sementes germinadas de alta qualidade. Hoje sabemos que a revolução carnívora foi o que fez-nos evoluir, desenvolvendo nosso cérebro e nos tornando humanos.
As dietas tradicionais continham, pelo menos, quatro vezes mais quantidade de vitaminas hidrossolúveis (que se dissolvem na água, como a B e C), de cálcio e doutros minerais, do que a dieta moderna.
Também continham, pelo menos, dez vezes mais (!) a quantidade de vitaminas lipossolúveis (que se dissolvem na gordura, como A e D) do que as dietas industriais modernas. Essas vitaminas também são absorvidas muito melhor graças à abundância de gorduras animais presente na dieta. As vitaminas lipossolúveis atuam como catalizadoras para a absorção de minerais, a produção de testosterona, melhor utilização de proteínas e construção de tecidos, mas seu efeito mais notável é o aumento na qualidade óssea e muscular.
Alta ingestão (e o consumo se eleva quanto mais baixa estiver à temperatura ambiente) de gorduras saturadas de origem animal. De acordo com a área, essas gorduras provinham de manteiga, peixes, mariscos, órgãos de animais ou óleo de foca, baleia ou de fígado de bacalhau. De acordo com a etnia e latitude (por regra geral, mais gordura quanto mais ao norte e mais frio é o local), a gordura constituía de 30 a 80% das calorias da dieta, do qual somente 4% vinha de azeite poli-insaturados de origem vegetal. O equilíbrio de calorias de gordura era primariamente entre ácidos graxos saturados e monoinsaturados. A gordura animal tinha diversos fatores lipossolúveis, incluindo as vitaminas citadas e um elemento chamado “Ativador X” (mencionado por Price), que agora é chamado de vitamina K2.
As dietas tradicionais continham quantidades similares e equilibradas ácidos graxos essências como ômega-6 e ômega-3. Isto confronta com as dietas modernas que tem muito mais ômega-6, do que ômega-3. (Atualmente, para obter ômega-3, além das vitaminas lipossolúveis, é recomendado tomar azeite de fígado de bacalhau).
Tinham alto conteúdo de enzimas e bactérias benéficas procedentes de vegetais, lacto-fermentados, frutas, bebidas, derivados lácteos, carnes e condimentos.
Os produtos de origem animal, especialmente da caça e da pesca de frutos do mar (conquilicultura) gozavam de grande prestígio. As carnes de órgãos (principalmente o fígado, coração, cérebro, testículos, medula e rins) tinham maior prestígio, seguido da gordura e carnes musculares.
Os métodos de armazenamento e conservação de alimentos apenas alteram o perfil nutritivo da comida. Enterro, dissecação, desidratação, congelamento (somente em climas frios), etc.
A maior parte dos alimentos se comiam crus, pouco cozinhados ou cozinhados de maneira extremamente lenta e prolongados, “a fogo baixo”, de modo que se conservasse todos os nutrientes intactos. Um dos métodos observados para cozinhar carne “a fogo lento” era fazer um fosso no chão, colocar pedras ardentes, cobrir de grama, colocar a carne em cima, mais grama por cima, cobrir tudo de terra e deixar entre metade de um dia e um dia inteiro.
Nenhum alimento estava refinado, desnaturalizado, adulterado ou desprovido de fibras. Isso contrasta com abominações modernas, como o açúcar refinado, xarope de milho com alto nível de frutose, farinha branca, comidas enlatadas, leite pasteurizado, homogeneizado ou desnatado, gorduras trans ou aditivos químicos.
Os grupos étnicos que praticavam a agricultura o faziam em solos com riqueza mineral natural, e não utilizavam pesticidas, tampouco fertilizantes químicos. Mesmo assim, eles também tinham muito cuidado para não esgotar a riqueza natural do solo, deixando-o repousar e não o superexplorando mediante uma agricultura demasiadamente intensiva.
Havia acesso a fontes de água mineral natural de alto valor para o organismo humano. Não existia contaminação e não era necessário tratar a água com aditivos tóxicos como o cloro ou flúor. Ao contrário da sociedade industrial, não se canalizava a água por tubos metálicos que carregam consigo metais tóxicos para a saúde humana.
As sementes, nozes, os grãos de cereais, as leguminosas e outros alimentos problemáticos eram posto de molho, germinados, fermentados ou levados para neutralizar certos antinutrientes naturais (como inibidores de enzimas, tanino e ácido fítico). Somente depois desta preparação que estavam aptos para o consumo humano.
Todas as etnias examinadas levavam a cabo atividades físicas intensas no cotidiano. Essas atividades podiam vir de desportos, trabalho de campo, construção de casas, jogos, danças folclóricas, concursos e competições, caça, viagens nômades ou colheita.
Todos os indivíduos passavam a maior parte do dia fora de casa, em contato com ar puro e luz do Sol, e isso influência positivamente em seus níveis de vitamina D3, que por sua vez afetam diretamente no fortalecimento esquelético, dentre outros fatores. Além disso, eles estavam pouco protegidos contra as intempéries de todo tipo.
Geralmente os doces, inclusive os naturais, eram comidos com pouca frequência, e quando o comiam era somente em ocasiões de rituais ou festividades especiais.
Todos os grupos observavam etapas periódicas de jejum total, durante o qual não ingeriam nada que não fosse água. Estes jejuns tinham um papel ritual relacionado com a purificação e ajudavam a purificar as correntes sanguíneas, limpar toxinas e renovar os tecidos do organismo.
Importância da dieta pré-conceitual e pré-natal. Todos os grupos étnicos davam grande atenção a alimentação dos casais jovens durante a “lua de mel”. Tanto para o esposo, como para a esposa, durante a etapa de concepção, eram reservados uma maior proporção de produtos de origem animal ricos em nutrientes (ovos, peixes, frutos do mar, carne animal, etc.), para aumentar a vitalidade, a libido, a qualidade do sêmen do homem e as reservas biológicas da mulher visando a gravidez (atualmente sabemos que as reservas de vitamina A no corpo da mulher se esgotam durante a gravidez e é necessário supri-las). Esses alimentos também eram considerados importantes para as mulheres durante o período de gestação e amamentação, e posteriormente, para a criança durante os anos de crescimento. Consideravam que esse processo resultava em crianças fortes, saudáveis e inteligentes.
Se fazia uso de ossos de animais, geralmente na forma de caldos de osso, ricos em gelatina que ajudavam o corpo a se desintoxicar e carregam consigo grande quantidade sais minerais de alta biodisponibilidade.
Todas as mães amamentavam elas mesmas seus filhos. O faziam durante um tempo mais prolongado que nas sociedades civilizadas e não tinham problemas com a produção de leite.
LIÇÕES DO ESTUDO DO DR. PRICE
Os resultados destas condições de vida tão ideais foram imediatos. No estudo, o Dr. Price chegou a algumas conclusões acerca da qualidade biológica destes povos “atrasados”, afim de melhorar a alimentação e constituição física dos povos “avançados”.
Constituição esquelética ideal.
Devido à melhor introdução e absorção de vitaminas (especialmente lipossolúveis) e minerais, assim como a elevada ingestão de gorduras, a densidade óssea se manifestava num esqueleto melhor mineralizado e sólido e num rosto mais largo. Um rosto mais largo, por conseguinte, traz uma mandíbula mais larga, com o qual os dentes não se atropelam e crescem de forma ordenada e reta, com bastante espaço para os dentes do siso. Além de formar arcadas dentárias perfeitas, os dentes são fortes, não têm cáries ou outros defeitos, devido à excelente mineralização. Fraturas ósseas também são pouco frequentes.
Período histórico
Média do índice pélvico
Média da estatura (homens)
Média da estatura (mulheres)
Paleolítico
30.000-9000 A.C
97,7
1,77
1,66
Mesolítico
9000-7000 A.C
86,3
1,72
1,59
Neolítico
7000-3000 A.C
75,6
1,69
1,55
Idade do Cobre
4500-2500 A.C
78,8
1,66
1,53
Idade do Bronze
2500-1800 A.C
85
1,66
1,52
Idade do Ferro
1650-200 A.C
80,6
1,66
1, 54
Período Clássico
650-300 A.C
83,5
1,70
1,56
Período Helenístico
300 A.C – 120 A.D
86,6
1,71
1,56
Período Romano
120-600
84,6
1,69
1,58
1400-1800
84
1,72
1,58
1800-1920
82,9
1,70
1,57
Norte-americano branco moderno
92,1
1,74
1,63
Os números foram extraídos desse livro e referem-se à região do Mediterrâneo Oriental, incluindo a Grécia e Turquia. É preciso deixar que claro que embora essa imagem deixe a impressão duma evolução ininterrupta, não reflete as invasões, mudanças de composição racial, diversidade étnica ou diferenças de classe social. Por exemplo, a nobreza sempre esteve melhor constituída do que os camponeses, devido a seu maior consumo de produtos animais. Os esqueletos de tumbas micênicas na Grécia (1500 A.C) mostra-nos que a aristocracia tinha uma melhor alimentação do que a plebe, e que tinham estaturas de 5 a 7 cm mais altas e dentes melhores formados e com menor índice de defeitos. Além disso, a aristocracia era de composição racial diferente de pessoas comuns. No entanto, as medidas são bastante indicativas e é interessante comprovar como a qualidade de vida, refletida na constituição esquelética, sofreu um colapso absoluto quando a agricultura foi adotada durante o neolítico, e renascendo posteriormente com o advento dos povos indo-europeus.
Índices pélvicos ideais, alta fertilidade.
Em geral, as mulheres engravidavam facilmente e devam a luz numa idade jovem e com pouco sofrimento. Isto é consistente com o registro fóssil dos caçadores-coletores do paleolítico, que mostra índices pélvicos (proporcional do canal pélvico, através do qual se dá à luz) ideias para o parto. Os problemas reprodutivos (esterilidade, infertilidade, libido baixa, impotência) tanto por homens como por mulheres, eram praticamente desconhecidos. Uma esquimó do Alasca que foi examinada pelo Dr. Price havia tido 26 filhos (!). Muitos de seus partos ocorreram durante a noite e somente ela bastava pra dar à luz sozinha. Ela sequer acordava seu marido, paria em silêncio e o presenteava com uma nova criança ao acordar. Todos os seus 26 filhos tinham dentes perfeitos.
Essa mulher esquimó tem uma sólida constituição fácil e bons dentes, apesar de que devido a um golpe, ela perdeu um dente e entortou outro. Ela teve 26 filhos, todos com dentes perfeitos. Os esquimós comiam quantidades recordes de gordura animal provindo de mamíferos aquáticos como foca, morsa e narval.
Harmonia corporal
Em todas as comunidades estudadas, praticamente não havia homens ou mulheres que tivessem a cintura mais larga que os quadris, apesar das imensas quantidades de gorduras saturadas provindo de animais (incluindo colesterol) em suas dietas. Isso contrasta cada vez mais com a sociedade “moderna”, que consome cada vez menos gordura saturada, mas que cada vez mais padece de casos de obesidade, devido ao consumo indiscriminado de amidos concentrados, açúcar refinado, farinha branca, adoçantes artificiais e outras substâncias indesejáveis desprovidas de enzimas e disparadoras de insulina.
Ausência de doenças degenerativas
Praticamente não havia casos de diabete, câncer, Alzheimer, obesidade, gota, reumatismo, hipertensão, artrite, esclerose, osteoporose, raquitismo, encurvamento da coluna, etc., e gozavam de maior imunidade a doenças infecciosas (como a tuberculose). Não se encontrava eles doenças cardíacas, infartos, alergias, asma, dores de cabeça, fadiga muscular, narcolepsia e muitas outras pragas que a sociedade “moderna” pressupõe como se fossem normais ou formasse parte da condição humana. Também era desconhecido males psicológicos ridículos do mundo moderno, como a neurose, histeria, esquizofrenia, anorexia, ansiedade, bulimia, transtornos bipolares ou depressão, invariavelmente, eles tinham uma atitude ótima, segura e confiante perante a vida. As principais causas de morte eram acidentes e infecções. Isso apenas contrasta com a catastrófica taxa de doenças psicofísicas das sociedades “avançadas”, sociedades que somente perduram graças a toda uma indústria farmacêutica voltada a prolongar artificialmente a quantidade de vida humana a custo de reduzir sua qualidade.
Continuidade da tradição ancestral.
Afim de proteger e perpetuar sua herança genética, essas sociedades foram condicionadas a educar a suas novas gerações na sabedoria de seus antepassados e costumes tradicionais. Novamente, contrasta com as sociedades “avançadas” que tem desarraigado o indivíduo de seu marco ancestral, retirando sua tradição e em seguida inflando toda uma bagagem de comportamentos artificias e pré-fabricados que danificam o código genético.
O modus operandi do mundo moderno é danoso para a espécie
Sob um ponto de vista estritamente salubre, evolutivo e da qualidade humana, aderindo exclusivamente à harmonia da saúde física e psicológica, tal como faria um médico examinando seu paciente, o contato com a civilização moderna foi desastroso para todos os grupos estudados. Price observou que quando um casal “primitivo” passava a aderir o estilo de vida “civilizado”, eles concebiam filhos com uma configurações esquelética , fácil e dental inferior: rostos estreitos e, por conseguinte, dentes emaranhados e\ou mal colocados devido a mandíbula demasiadamente pequena, problemas com os dentes do siso, narinas pouco desenvolvidas (incluindo casos de complicações respiratórias que bloqueiam as vias nasais e obrigam a respirar exclusivamente pela boca), defeitos de nascimento, comportamentos erráticos de doenças mentais e uma suscetibilidade aumentada das doenças infecciosas e crônicas. Significativamente, quando estes casais retornaram a seus costumes ancestrais, os defeitos das crianças deixaram de se agravar, e os filhos nascidos posteriormente gozavam duma constituição física e mental perfeita. Este foi um fator que desmentiu a possibilidade de que a perfeição dentária fosse um fator exclusivamente genético ou resultante da seleção natural.
Hoje os homens modernos se orgulham de seu estilo de vida, como se tivessem algum grande mérito pressionar um botão e fazer ligações, como se cada um deles tivesse inventado pessoalmente as máquinas industriais ou tecnológicas. O que não passa na cabeça do “workaholic” é o que Ortega y Gasset disse, que o modus vivendi atual está concebido quase que para deliberadamente corroer a qualidade biológica do ser humano e deixá-lo enfermo – para não mencionar o desgaste dos recursos naturais do nosso planeta. Essa situação não é sustentável, e não somente entrará em crise e colapso, mas parece que é desejável que assim seja.
A escória genética moderna é resultado do advento da civilização
Os estratos sociais inferiores, os criminosos e grande parte da população carcerária do mundo civilizado, tem características faciais que demonstram deficiências nutricionais de seus pais, especialmente da mãe durante a gravidez e período de gestação, além duma má alimentação durante a infância e adolescência. Este tipo de característica vem aumentando, porque, sob condições civilizadas, a escória biológica é mais promiscua e tem uma maior taxa de natalidade que a elite. Para além disso, atualmente, a “solidariedade” mal entendida da civilização ocidental tende a proteger os legados genéticos defeituosos, enquanto desperdiça genética valiosa. Nas sociedades tradicionais, com rigorosa seleção natural, a escória genética se mantém ínfima.
Sensatez ou extinçãoSe o homem moderno pretende sobreviver a longo prazo, deve operar uma reeducação alimentar, emular os hábitos do mundo natural e adotar a sabedoria nutricional do homem “primitivo”. Do contrário, o homem moderno irá enfrentar taxas de esterilidade em aumento constante e a extinção por inépcia evolutiva. O homem moderno enfrenta a possibilidade de que o instinto humano volte a superfície e passe do subconsciente ao consciente, saltando todos os obstáculos, cortando todos os laços, se manifestando de maneira mais primitiva e reivindicando direitos que os pertencem legitimamente.
Spoiler Revelar
O preço de trair os antepassados e dar as costas para a Natureza. Todos esses indivíduos pertencem a grupos étnicos tradicionais que seguem a dieta trazida pela sociedade industrializada. Alguns trabalham em plantações geridas por ocidentais, outros são pessoas “privilegiadas” que tiveram acesso a uma educação “civilizada”, embora, infelizmente também tiveram acesso a comida “civilizada”. Os resultados são sempre os mesmos: degradação dentária em diversos graus (segundo maior ou menor grau de produtos processados em sua alimentação), estaturas mais baixas, rostos e mandíbulas mais estreitos, narinas menos desenvolvidas, (incluso, chegando a obstrução permanente das vias nasais, até o ponto de poder respirar somente pela boca), um aspecto mais fraco e doente do que seus compatriotas “selvagens”. Quando pensamos que o homem ocidental tem vivido durante séculos sob esse tipo de alimentação, compreendemos o imenso dano perpetrado.
Página da Fundação Weston A. Price, em inglês.
- Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.