Avaliação do Tópico:
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Que livros estão lendo?
Passei a ler Os Arquetipos do Inconsciente coletivo e desde então tenho visto a vida por outros olhos
Louvado seja o SENHOR, minha rocha; ele treina minhas mãos para a guerra e dá a meus dedos habilidade para a batalha. Ele é meu aliado infalível e minha fortaleza, minha torre segura e meu libertador. Ele é meu escudo, em quem me refugio; faz as nações se sujeitarem a mim. Salmos 144:1-2

強さと名誉と尊厳
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Os números não mentem
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Relendo o grande clássico, A arte da prudência do mestre Balthasar Gracian

Em paralelo relendo o clássico épico de fantasia e sci fi "A torre negra", no momento lendo o segundo livro "A escolha dos três", recomendo, uma excelente história idealizada e produzida pelo lendário Stephen King
Oitavo anjo do apocalipse
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Terminei de ler o Do que eu falo quando falo de corrida, do Haruki Murakami. Achei o livro muito bom. É uma autobiografia de um escritor famoso japonês sobre seu estilo de vida como escritor e como conciliou isso com as maratonas que participa. É muito engraçado ver ele descrevendo o sofrimento dele nas maratonas longas quando o corpo começa a entrar em colapso e a pedir desesperadamente para ele parar.

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Li também A sábia ingenuidade do Dr. João Pinto Grande, de Yuri Vieira. Livro escrito por um brasileiro e muito elogiado pelo Rodrigo Gurgel. Olavo de Carvalho e Benedito Barbosa.
Achei interessante ler os contos de um escritor de direita conservador contemporâneo. Aborda de forma bem humorada temas que estão incomodando todo mundo mas ninguém fala. Para mim, de longe o melhor conto do livro é o da "Menina Branca" que conta de forma bem elaborada sobre o valor da vida animal ter superado o valor da vida humana na cabeça dos esquerdistas e das consequências trágicas que isso trouxe ao personagem principal. Ele também aborda no livro sobre Bitcoin ser o futuro do dinheiro, sobre o feminismo ter destruído a mulher, sobre porte de arma e outros temas.

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Terminei de ler a Bíblia em Ação de Sergio Cariello, é a história bíblica em formato de quadrinhos. Também foi escrita por um brasileiro. Ele trabalhou como desenhista da DC comics e da Marvel, então, como vocês podem imaginar, os personagens e enredos são desenhados como se fossem super-heróis, musculosos, viris e bem detalhados. Achei bem interessante ler esse livro em quadrinhos depois de recentemente ter lido a bíblia inteira e terminado há 3 meses atrás porque consegui fazer um bom paralelo e saber se estava sendo fiel ou se esqueceu algo importante. E fiquei impressionado porque ele conseguiu a façanha de condensar livros inteiros da bíblia em poucas tiras sem perder o contexto original da história ou omitir algo importante. E organizou todos os livros bíblicos em ordem cronológica. Para quem nunca leu a Bíblia e quer por curiosidade saber o que ela ensina de forma mais rápida e divertida vale a pena a leitura do Bíblia em Ação. 

Acabei comprando mais 3 exemplares e dei de presente para uns primos pequenos que gostam de quadrinhos para ver se estimulo as crianças a conhecerem as histórias bíblicas.
“A maior necessidade do mundo é a de homens — homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo de seu coração, sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Educação, Pág 57.
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Ultimamente estou lendo pelo kindle livros que baixei, mas deu vontade de ler um livro físico, como livro tá caro tô pensando bem em algum para comprar. Estou pensando no livro "os miseráveis" ou "o conde de monte Cristo", não sei qual escolher ou se escolho algum outro, alguma sugestão entre esses dois ou um outro?
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(30-08-2022, 10:21 AM)Myers Escreveu: Ultimamente estou lendo pelo kindle livros que baixei, mas deu vontade de ler um livro físico, como livro tá caro tô pensando bem em algum para comprar. Estou pensando no livro "os miseráveis" ou "o conde de monte Cristo", não sei qual escolher ou se escolho algum outro, alguma sugestão entre esses dois ou um outro?

Tenho os dois, e digo que ambos são bons. Mas se fosse pra escolher um, iria de Os Miseráveis... Não vou falar muito, mas a história do Jean Valjean é interessante.
Spoiler Revelar
"Quando um homem quebra seus grilhões e correntes; jura jamais servir a outro senhor, é aí que ele se torna verdadeiramente livre." (Spartacus)

“O amor-próprio não é um pecado tão grande quanto a auto-negligência.”  (Henry V.)

"...Fui grandemente encorajado, segundo a boa mão do SENHOR, meu Deus..." (Esdras 7:28)
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(30-08-2022, 10:42 AM)Shaft Escreveu:
(30-08-2022, 10:21 AM)Myers Escreveu: Ultimamente estou lendo pelo kindle livros que baixei, mas deu vontade de ler um livro físico, como livro tá caro tô pensando bem em algum para comprar. Estou pensando no livro "os miseráveis" ou "o conde de monte Cristo", não sei qual escolher ou se escolho algum outro, alguma sugestão entre esses dois ou um outro?

Tenho os dois, e digo que ambos são bons. Mas se fosse pra escolher um, iria de Os Miseráveis... Não vou falar muito, mas a história do Jean Valjean é interessante.

Valeu mano, acho que vou ler ele mesmo. O conde de monte Cristo eu li o começo uma vez, os miseráveis já não sei nada sobre.
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(19-06-2022, 06:43 PM)Dark_Painter01 Escreveu: Atualmente estou lendo a 'gramática metódica da língua portuguesa', cujo autor é 'Napoleão Mendes de Almeida'.

Estou me interessando pela área de linguística atualmente, e esse livro é um prato cheio pra quem quer dominar a própria língua. Na minha opinião, as pessoas deveriam dar mais atenção a própria língua, mal dominam sua língua materna e já saem querendo aprender uma segunda ou terceira lingua, muitas vezes por exigências do mercado de trabalho, outras por um simples fetiche de erudição. No final das contas, acabam não dominando nenhum dos dois.

Com o pouco estudo que tenho sobre a área ainda, noto como a língua é um dos bens mais importantes de um povo ou cultura, não simplesmente uma forma de comunicação, mas que se comunica até com a própria existência e espiritualidade.

Perfeito.
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I

Depois de um tempo, vou postar sobre 2 livros que me chamaram a atenção recentemente. Porém eu gostaria de fazer 2 observações importantes antes de falar sobre os livros em si. 

II

A primeira observação que é direcionada aos mais jovens, e consiste em alegar que esse tópico é sem dúvida uma das minas de ouro do fórum, conforme já falei em outras oportunidades. Muitos dos dilemas e dos problemas que enfrentamos rotineiramente estão respondidos aqui, para quem tiver a perspicácia de observar com cuidado. 

Outra é uma consideração pessoal que o tempo e a vivência me ensinaram. Hoje em dia, minhas leituras são mais espaçadas, feitas ao ar livre, mais demoradas e eu confio que de melhor qualidade. Abandonei o hábito de ler - ou seja, consumir idéias de outros - nas melhores horas do meu cérebro e passei a refletir e a escrever ... passei a criar. E quando digo criar, não me refiro a "ser produtivo" - como está na moda - algo que se tornou vazio, pejorativo, sinônimo de uma atividade inútil maquiada de virtude. Aos homens que buscam de fato o conhecimento, o tempo nos ensina a priorizar a qualidade e não a quantidade... por isso eu deixo de lado toda leitura prolixa, ou a leitura de coisas que vão me agregar pouco ou quase nada e que são feitas unicamente para massagear o meu próprio ego e exaltar uma ideia de intelectualidade pela prática da leitura obsessiva. Eu leio quando minha alma sente sede. Esse hoby - se assim posso chamar - não deixou de ser menos importante, na verdade é ainda mais importante que nunca... por isso priorizo as coisas boas. Toda leitura cansativa ou a feita num estado de ânimo do tipo "estou fazendo algo", numa espécie de "produtividade dos campeões" eu tendo a evitar.

Com essa prática de focar em coisas profundas e de grande extensão para minha constituição, eu percebo como a grande maioria das coisas publicadas não passa de tagarelice, da falsidade, de embuste. Qualquer coisa que não pareça original deve ser deixado de lado, ou seja, quem não escreve com sangue não merece ser lido. Dito isso, vamos aos livros: 

III

Spoiler Revelar
[Image: 9788544001219_RED.jpg]


Dostoiévski dispensa apresentações. O simples fato de ser um relato autobiográfico do tempo em que ele passou encarcerado numa prisão Siberiana já é motivo suficiente para ser lido. Uma das considerações que me chamaram mais a atenção, que podemos fazer um paralelo com a real é a percepção do fato de que nenhum criminoso, por mais cruel e sanguinário que tenha sido, se arrepende do seu crime. Todos tem a consciência limpa quanto ao ato cometido, inclusive fazem menções e recordações da cena numa espécie de terceira pessoa que só tinha como único caminho óbvio, cometer a transgressão. O arrependimento que alguns sentem não é do crime mas da descoberta do crime. Isso sim é um martírio para quem se encontra privado da liberdade, a descoberta, o julgamento público.

A reflexão que temos é a seguinte: todo ato de crueldade e violência cometido contra outra pessoa é uma espécie de instinto de sobrevivência. A valoração de certas almas é completamente distinta do que encontraremos na maioria das pessoas que vivem em uma sociedade organizada balizada por regras de conduta. A sobrevivência destes depende do sofrimento alheio - que é bom lembrar, apresenta-se em muito níveis - e até da subtração da vida de algum ser vivo. Muitos consideram sem nenhum sinal de remorso que o crime foi na verdade um favor feito a vítima, o ato cometido é uma representação da força do agressor que pode ter um efeito inebriante sobre a sua presa - dito de outra forma, algumas pessoas precisam ser vítimas como uma espécie de justificação da própria existência. Fica claro, ao decorrer a narrativa como essas considerações são apresentadas factivelmente.

O autor faz profundas digressões sobre como o espírito humano é profundo e insondável, paradoxalmente como é similar e parecido entre si. Como as aparências podem e vão enganar. Puxando para a realidade, fica a observação que cada pessoa com a qual você interage é um universo único cheio de falhas, que vive balizado pelo instinto de sobrevivência próprio, crueldades e mesmo atos de benevolência não dizem respeito ao objeto em si, mas a própria consciência do individuo que os faz. 

IV

A minha segunda observação diz respeito  ao trabalho forçado. Quem vê de fora, pensa que a grande pena dos condenados a prisão na Sibéria é o labor desumanamente penoso e bruto, mas não é exatamente isso. Existe sim esse trabalho forçado, mas ao que é descrito não é tão duro assim, pelo menos não tanto quanto à de qualquer mujique da época que com certeza trabalhava muito mais arduamente que os presidiários. A grande pena, a grande tortura, que poderia destruir até o melhor dentre eles era o trabalho forçado INÚTIL. Isso era precisamente a grande horror dos condenados, que dada essa situação o suicídio era algo a ser considerado seriamente.

O trabalho inútil é capaz de destruir por completo a alma de qualquer homem, o destruindo de dentro para fora da maneira mais torturante possível. O autor nos relata coisas como ficar o dia todo cavando um buraco, para no final do dia tampá-lo de novo, pintar paredes para depois lixá-las e deixá-las como no início, carregar pedras de um monte para outro, etc... todo homem submetido a esse tipo de tortura psicológica virá a sucumbir. Os presos faziam vários tipos de trabalho, e os que tinham uma finalidade real eram até disputados por eles, mesmo sendo muito mais penosos que esses sem objetividade, afinal, davam algum sentido de utilidade para a pessoa.

Acho que não é preciso muito esforço para fazer um paralelo com a nossa contemporaneidade. Quanta gente se encontra nessa situação de desamparo, trabalhando mesmo que em um emprego bem remunerado, mas que ao final das contas não se vê utilidade prática. Quantos jovens - e velhos - não chegam aqui se sentindo desprezíveis e inúteis. Talvez a resposta seja essa falta de objetividade. O único destino possível de uma pessoa nessa condição é a angustia e a auto flagelação. Provavelmente as observações feitas pelo autor sobre esse trabalho sem finalidade é em si mesmo uma crítica ao avanço da sociedade comercial pautada exclusivamente em transações financeiras. Em todo caso, o que se pode dizer é que se o homem não ver sentido no trabalho que estiver fazendo ele irá sim se autodestruir, começando por um regresso psicológico que procura amparo a qualquer custo em coisas e pessoas até ao estágio anterior a própria vida em si. 

V

Para não cometer o erro de ser demasiado cansativo, em outra ocasião mais oportuna comentarei sobre o outro livro que eu ACHO que pode ser de valia ao conhecimento realista como um todo.
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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Atualmente não estou lendo nada, mas recentemente li um livro ainda melhor que os do Dostoievsky, do também russo Mikhail Bulgakov: Anotações de um Jovem Médico e Outras Narrativas. Meu irmão me deu esse livro de presente há alguns meses, e ele fala da experiência do autor sendo médico num vilarejo pequeno e isolado da Rússia do começo do século passado. As dificuldades com falta de experiência, equipamento, frio, pacientes e aldeões ignorantes e por aí vai. Traz perspectiva a nós de quanto somos bebês chorões, com tudo na mão e mesmo assim reclamando de tudo. Também o conto "Morfina" considerei excelente, trazendo uma epifania de como a minha própria mente viciada funciona (mal). O adicto (seja em drogas, pornografia, jogos, internet etc.) nunca percebe enquanto se afunda cada vez mais no vício, enquanto sua mente cria racionalizações para indulgir na fraqueza.

Este misto de autobiografia e ficção é um dos 10 melhores livros que li na vida, já adicionei o romance "Coração de Cachorro" do mesmo autor à minha lista para ler, e recomendo fortemente sua leitura.
  • Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
Leia: Nuvem de Giz
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Estou lendo "Scaling Up" e "Os 5 desafios das equipes".
O tema de empreendedorismo tomou conta da minha leitura.
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Veja o mundo por outras perspectivas, tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo saber. Mude,
porque a direção é mais
importante que a
velocidade.

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Finalizei hoje: O Velho e o Mar -  Ernest Hemingway.

Muito interessante o livro, fácil leitura é possível ler em algumas horas. Embora o próprio Hemingway disse que não há nenhuma alusão, é possível fazer diversas referências conforme a vida de cada um.

“ Mas o homem não foi feito para a derrota – disse em voz alta. – Um homem pode ser destruído, mas nunca derrotado.”
O Velho e o Mar -  Ernest Hemingway.
Faça o que puder, onde estiver com o que tiver.
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O mundo como vontade e Representação
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Acabei de terminar a Educação Vontade, simplesmente fantástico.

Começando a ler A Bússola da Alimentação. Até agora me parece um conteúdo com sólida base científica e sem os fanatismos alimentares que costumamos ver por aí.
"É preferível arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfo e glória, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os pobres de espirito, que não gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta, que não conhece vitória nem derrota."
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Terminei recentemente de ler A Guerra do Fim do Mundo, do prêmio Nobel de Literatura peruano [Image: 512C9PAoq6L._SX316_BO1,204,203,200_.jpg]Mario Vargas Llosa. O livro trata de uma romantização da Guerra de Canudos, ocorrida entre 1.896 e 1.897 no interior da Bahia. O arraial de Canudos foi uma comunidade centrada no líder religioso-espiritual Antônio Conselheiro Uma das coisas que chama a atenção é que a narrativa é mostrada sob diversos pontos de vista diferentes, dos monarquistas derrotados poucos anos antes, dos republicanos e dos moradores de Canudos. Cada uma das, por assim dizer, demonstram seus próprios preconceitos e pontos de vista sobre os demais (os republicanos chamavam os canudenses de traidores, e estes chamavam aqueles de ateus, maçons etc.). Para o leitor atento isto é uma lembrança de como nossos próprios pontos de vista podem estar enviesados e nos convida a refletir sobre isso. Além disso, os próprios personagens passam por diversas transformações em seus modos de ver o mundo através das 600 páginas de narrativa. Por exemplo, um dos personagens principais do livro,
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conhecido apenas como "Jornalista míope" inicialmente cobrindo a guerra sob a proteção do exército, acaba ficando um tempo em Canudos, e não só questiona suas crenças prévias, como descobre uma mulher pela primeira vez em sua vida. Em termos da Real, ele seria um homem no total deserto sexual durante toda sua vida, acreditando ter descoberto a felicidade pela primeira vez. O anão de circo que acompanhava o casal formado pelo Jornalista e por uma mulher viúva, porém, permanece invisível, e achei este trecho da história bem interessante. Há algo de fantasioso nessa parte da história, mas não deixou de ser interessante para mim.

Também a pequena história do 
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sargento Frutuoso Medrado, que assediou a mulher do soldado Coríntio até que ela cedesse (até que o ato libidinoso se tornasse corriqueiro) é bem interessante e realista. O sargento fica se perguntando se o soldado sabe ou não do que está acontecendo pelas suas costas, e logo descobre a resposta. Espetado por uma lança dos jagunços de Canudos, e entre a vida e a morte, ele é descoberto pelo soldado, que então lhe revela pelo seu ato se sabia ou não das traições. 

Existem outras cenas que revelam a natureza humana de maneira nua e crua, mas vou citar só essas duas. O autor também consegue utilizar diversas palavras difíceis sem tornar a leitura maçante, construindo sua narrativa com uma riqueza de detalhes sem perder o ritmo da história, e ainda deixando uma boa dose de expectativa no leitor. Em resumo, uma obra prima, recomendo fortemente.
  • Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
Leia: Nuvem de Giz
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(02-09-2022, 11:55 AM)Héracles Escreveu:
I

Depois de um tempo, vou postar sobre 2 livros que me chamaram a atenção recentemente. Porém eu gostaria de fazer 2 observações importantes antes de falar sobre os livros em si. 

II

A primeira observação que é direcionada aos mais jovens, e consiste em alegar que esse tópico é sem dúvida uma das minas de ouro do fórum, conforme já falei em outras oportunidades. Muitos dos dilemas e dos problemas que enfrentamos rotineiramente estão respondidos aqui, para quem tiver a perspicácia de observar com cuidado. 

Outra é uma consideração pessoal que o tempo e a vivência me ensinaram. Hoje em dia, minhas leituras são mais espaçadas, feitas ao ar livre, mais demoradas e eu confio que de melhor qualidade. Abandonei o hábito de ler - ou seja, consumir idéias de outros - nas melhores horas do meu cérebro e passei a refletir e a escrever ... passei a criar. E quando digo criar, não me refiro a "ser produtivo" - como está na moda - algo que se tornou vazio, pejorativo, sinônimo de uma atividade inútil maquiada de virtude. Aos homens que buscam de fato o conhecimento, o tempo nos ensina a priorizar a qualidade e não a quantidade... por isso eu deixo de lado toda leitura prolixa, ou a leitura de coisas que vão me agregar pouco ou quase nada e que são feitas unicamente para massagear o meu próprio ego e exaltar uma ideia de intelectualidade pela prática da leitura obsessiva. Eu leio quando minha alma sente sede. Esse hoby - se assim posso chamar - não deixou de ser menos importante, na verdade é ainda mais importante que nunca... por isso priorizo as coisas boas. Toda leitura cansativa ou a feita num estado de ânimo do tipo "estou fazendo algo", numa espécie de "produtividade dos campeões" eu tendo a evitar.

Com essa prática de focar em coisas profundas e de grande extensão para minha constituição, eu percebo como a grande maioria das coisas publicadas não passa de tagarelice, da falsidade, de embuste. Qualquer coisa que não pareça original deve ser deixado de lado, ou seja, quem não escreve com sangue não merece ser lido. Dito isso, vamos aos livros: 

III

Spoiler Revelar
[Image: 9788544001219_RED.jpg]


Dostoiévski dispensa apresentações. O simples fato de ser um relato autobiográfico do tempo em que ele passou encarcerado numa prisão Siberiana já é motivo suficiente para ser lido. Uma das considerações que me chamaram mais a atenção, que podemos fazer um paralelo com a real é a percepção do fato de que nenhum criminoso, por mais cruel e sanguinário que tenha sido, se arrepende do seu crime. Todos tem a consciência limpa quanto ao ato cometido, inclusive fazem menções e recordações da cena numa espécie de terceira pessoa que só tinha como único caminho óbvio, cometer a transgressão. O arrependimento que alguns sentem não é do crime mas da descoberta do crime. Isso sim é um martírio para quem se encontra privado da liberdade, a descoberta, o julgamento público.

A reflexão que temos é a seguinte: todo ato de crueldade e violência cometido contra outra pessoa é uma espécie de instinto de sobrevivência. A valoração de certas almas é completamente distinta do que encontraremos na maioria das pessoas que vivem em uma sociedade organizada balizada por regras de conduta. A sobrevivência destes depende do sofrimento alheio - que é bom lembrar, apresenta-se em muito níveis - e até da subtração da vida de algum ser vivo. Muitos consideram sem nenhum sinal de remorso que o crime foi na verdade um favor feito a vítima, o ato cometido é uma representação da força do agressor que pode ter um efeito inebriante sobre a sua presa - dito de outra forma, algumas pessoas precisam ser vítimas como uma espécie de justificação da própria existência. Fica claro, ao decorrer a narrativa como essas considerações são apresentadas factivelmente.

O autor faz profundas digressões sobre como o espírito humano é profundo e insondável, paradoxalmente como é similar e parecido entre si. Como as aparências podem e vão enganar. Puxando para a realidade, fica a observação que cada pessoa com a qual você interage é um universo único cheio de falhas, que vive balizado pelo instinto de sobrevivência próprio, crueldades e mesmo atos de benevolência não dizem respeito ao objeto em si, mas a própria consciência do individuo que os faz. 

IV

A minha segunda observação diz respeito  ao trabalho forçado. Quem vê de fora, pensa que a grande pena dos condenados a prisão na Sibéria é o labor desumanamente penoso e bruto, mas não é exatamente isso. Existe sim esse trabalho forçado, mas ao que é descrito não é tão duro assim, pelo menos não tanto quanto à de qualquer mujique da época que com certeza trabalhava muito mais arduamente que os presidiários. A grande pena, a grande tortura, que poderia destruir até o melhor dentre eles era o trabalho forçado INÚTIL. Isso era precisamente a grande horror dos condenados, que dada essa situação o suicídio era algo a ser considerado seriamente.

O trabalho inútil é capaz de destruir por completo a alma de qualquer homem, o destruindo de dentro para fora da maneira mais torturante possível. O autor nos relata coisas como ficar o dia todo cavando um buraco, para no final do dia tampá-lo de novo, pintar paredes para depois lixá-las e deixá-las como no início, carregar pedras de um monte para outro, etc... todo homem submetido a esse tipo de tortura psicológica virá a sucumbir. Os presos faziam vários tipos de trabalho, e os que tinham uma finalidade real eram até disputados por eles, mesmo sendo muito mais penosos que esses sem objetividade, afinal, davam algum sentido de utilidade para a pessoa.

Acho que não é preciso muito esforço para fazer um paralelo com a nossa contemporaneidade. Quanta gente se encontra nessa situação de desamparo, trabalhando mesmo que em um emprego bem remunerado, mas que ao final das contas não se vê utilidade prática. Quantos jovens - e velhos - não chegam aqui se sentindo desprezíveis e inúteis. Talvez a resposta seja essa falta de objetividade. O único destino possível de uma pessoa nessa condição é a angustia e a auto flagelação. Provavelmente as observações feitas pelo autor sobre esse trabalho sem finalidade é em si mesmo uma crítica ao avanço da sociedade comercial pautada exclusivamente em transações financeiras. Em todo caso, o que se pode dizer é que se o homem não ver sentido no trabalho que estiver fazendo ele irá sim se autodestruir, começando por um regresso psicológico que procura amparo a qualquer custo em coisas e pessoas até ao estágio anterior a própria vida em si. 

V

Para não cometer o erro de ser demasiado cansativo, em outra ocasião mais oportuna comentarei sobre o outro livro que eu ACHO que pode ser de valia ao conhecimento realista como um todo.

De tudo o que eu li até hoje, Dostoievski é o que tem de melhor na literatura de prosa. Ele escreve de forma descompassada, trôpega, como se a mente estivesse muito além da expressao, quase sem técnica literária. O que ele escreve vem direto dos GUTS, daquilo que ele viu e experimentou. A biografia dele tambem eh obrigatoria, comeu o pao que o diabo amassou e nao entregou os pontos, pelo contrario, viveu a vocacao de escritor como poucos. É a ferramenta sendo forjada na bigorna, um artista como descrito pelo Pressfield na Guerra da Arte.

O mais proximo dele é o Hemingway, dos que eu ja li. 

Mas no br a gente acha o maximo Jose de Alencar, Aluisio de Azevedo e Mario de Andrade....
"Mas o homem é a tal ponto afeiçoado ao seu sistema e à dedução abstrata que está pronto a deturpar intencionalmente a verdade, a descrer de seus próprios olhos e ouvidos apenas para justificar sua lógica."


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O mito do empreendedor

pra quem empreende, ou quer empreender, esse livro é essencial. Até pra quem tem sócio, que mostra que os perfis diferentes sao necessarios, e entender os estagios de uma empresa, e desenvolver sistemas para que ela funcione com ou sem voce

se eu tivesse lido esse livro a uns cinco anos atras, hoje minha empresa completamente diferente
Quanto mais você estuda você mesmo, quanto mais você entende quem você é, mais confiante se tornará em sua capacidade de fazer seja lá o que você está fazendo
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Vou começar agora:
[Image: D_NQ_NP_724050-MLB42670256390_072020-O.jpg]

https://colegiobal.com.br/ebook/Mindset.pdf
  • Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
Leia: Nuvem de Giz
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[Image: jocko.jpg]

Terminei de ler o livro Discipline equals freedom - Field Manual do Jocko Willink. Esse aí eu li em inglês porque quando comprei ainda não tinha a versão em português.

É um livro que recomendo aqui para os realistas do fórum. Tem muita coisa útil para nos ensinar.

O título do livro já evidencia bem a mensagem dele. A pessoa verdadeiramente livre é aquela disciplinada e não a que é escrava dos seus vícios e desejos flutuantes. Porque o disciplinado faz o que quer, aquilo que precisa ser feito, sempre pensa no longo prazo no que seja melhor para si. Já o indisciplinado, fica adiando as coisas importantes e fazendo o que é fácil e o que dá prazer no curto prazo, o que no fundo ele não quer, e o que acaba gerando grandes prejuízos no longo prazo. As vezes o indisciplinado até começa a fazer o que é para o seu bem e que no ele fundo quer, mas como as coisas ficam flutuando de acordo com seu humor e motivação, quando passa a empolgação ele desiste. Por isso várias vezes começam e desistem.

Ele diz para não se basear em motivação e em sentimentos flutuantes e sim em disciplina porque com ela você faz o que precisa ser feito estando disposto ou desanimado, feliz ou triste. E ensina como desenvolver a disciplina (de forma simples e direta como: se quer levantar cedo, coloque o despertador no horário que quer levantar e quando ele tocar levante, é só isso, não existe segredo, nem truque, nem fórmula mirabolante).

Ele explica que não existe caminho fácil, não existe truque, não existe atalho, que isso tudo é uma mentira. As pessoas passam a vida toda buscando por esses atalhos para não terem que pagar o preço que precisa ser pago, sendo que o melhor caminho é sempre o caminho longo e difícil. É o caminho do trabalho duro. É caminho que foca nos fundamentos. É o caminho do suor, do sangue, das cicatrizes e da disciplina. 

Eu fiz um tópico sobre isso, não foi inspirado nesse livro (até porque só o li agora), mas a mensagem é muito parecida, o tópico se chama: Não pegue atalhos, eles demoram demais.

E ele defende que a disciplina é a base de todas as boas qualidades. Por isso vale a pena investir tempo para desenvolver a disciplina. Ela não é um dom que uns nasceram com ela e outros sem como ocorre com alguns talentos ou características físicas como altura. Todo mundo pode se tornar mais disciplinado se realmente quiser.

Outro ponto muito interessante que ele explica é sobre assumir a responsabilidade por tudo que ocorre no seu mundo. Ser o exato oposto daquelas pessoas que estão sempre se esquivando, sempre colocando a culpa nos outros, sempre justificando os seus fracassos. Ele defende a auto-responsabilidade extrema, ou seja, não inventar desculpas, não ficar arrumado culpados. Assumir os seus erros. Reavaliar como poderia ter agido melhor em cada situação em que falhou e que acertou. Fazer tudo que está ao seu alcance para fazer o seu melhor. E deixar que os fracos reclamem que o mundo não é justo, culpando seus pais, chefes e governo.

[Image: 22222jocjo.jpg]
“A maior necessidade do mundo é a de homens — homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo de seu coração, sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Educação, Pág 57.
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(19-09-2022, 10:44 AM)Libertador Escreveu: [Image: jocko.jpg]

Terminei de ler o livro Discipline equals freedom - Field Manual do Jocko Willink. Esse aí eu li em inglês porque quando comprei ainda não tinha a versão em português.

É um livro que recomendo aqui para os realistas do fórum. Tem muita coisa útil para nos ensinar.

O título do livro já evidencia bem a mensagem dele. A pessoa verdadeiramente livre é aquela disciplinada e não a que é escrava dos seus vícios e desejos flutuantes. Porque o disciplinado faz o que quer, aquilo que precisa ser feito, sempre pensa no longo prazo no que seja melhor para si. Já o indisciplinado, fica adiando as coisas importantes e fazendo o que é fácil e o que dá prazer no curto prazo, o que no fundo ele não quer, e o que acaba gerando grandes prejuízos no longo prazo. As vezes o indisciplinado até começa a fazer o que é para o seu bem e que no ele fundo quer, mas como as coisas ficam flutuando de acordo com seu humor e motivação, quando passa a empolgação ele desiste. Por isso várias vezes começam e desistem.

Ele diz para não se basear em motivação e em sentimentos flutuantes e sim em disciplina porque com ela você faz o que precisa ser feito estando disposto ou desanimado, feliz ou triste. E ensina como desenvolver a disciplina (de forma simples e direta como: se quer levantar cedo, coloque o despertador no horário que quer levantar e quando ele tocar levante, é só isso, não existe segredo, nem truque, nem fórmula mirabolante).

Ele explica que não existe caminho fácil, não existe truque, não existe atalho, que isso tudo é uma mentira. As pessoas passam a vida toda buscando por esses atalhos para não terem que pagar o preço que precisa ser pago, sendo que o melhor caminho é sempre o caminho longo e difícil. É o caminho do trabalho duro. É caminho que foca nos fundamentos. É o caminho do suor, do sangue, das cicatrizes e da disciplina. 

Eu fiz um tópico sobre isso, não foi inspirado nesse livro (até porque só o li agora), mas a mensagem é muito parecida, o tópico se chama: Não pegue atalhos, eles demoram demais.

E ele defende que a disciplina é a base de todas as boas qualidades. Por isso vale a pena investir tempo para desenvolver a disciplina. Ela não é um dom que uns nasceram com ela e outros sem como ocorre com alguns talentos ou características físicas como altura. Todo mundo pode se tornar mais disciplinado se realmente quiser.

Outro ponto muito interessante que ele explica é sobre assumir a responsabilidade por tudo que ocorre no seu mundo. Ser o exato oposto daquelas pessoas que estão sempre se esquivando, sempre colocando a culpa nos outros, sempre justificando os seus fracassos. Ele defende a auto-responsabilidade extrema, ou seja, não inventar desculpas, não ficar arrumado culpados. Assumir os seus erros. Reavaliar como poderia ter agido melhor em cada situação em que falhou e que acertou. Fazer tudo que está ao seu alcance para fazer o seu melhor. E deixar que os fracos reclamem que o mundo não é justo, culpando seus pais, chefes e governo.

[Image: 22222jocjo.jpg]

Esse é um livro que esta em minha lista. Espero que a tradução seja boa tanto como o original

Assisti já varios videos dele, até um mantra que adotei que ele mesmo fala

DISCIPLINA = LIBERDADE

Demorei pra entender, mas isso faz muito sentido

Geralmente quando se trata de disciplina, as pessoas acham que é somente para esporte, dieta e tals. Mas nao, vai muito alem disso

Se tem disciplina com seu dinheiro, tem a liberdade de fazer o que quiser. Se tem disciplina com seu trabalho, consequentemente sera mais produtivo e ganhara mais. Se tem disciplina em manter sua casa limpa, consequentemente o seu bem estar sera outro, e se sentira bem melhor do que ter a casa toda bagunçada, Entre varias outras coisas que a disciplina envolve

Realmente, manter a disciplina em todos os aspectos de sua vida é libertador
Quanto mais você estuda você mesmo, quanto mais você entende quem você é, mais confiante se tornará em sua capacidade de fazer seja lá o que você está fazendo
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