Avaliação do Tópico:
  • 2 Voto(s) - 5 em Média
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
Que livros estão lendo?
É inegável que todo homem precisa de uma filosofia.
Mas quem tem todas as filosofias fica maluco.

Escolha quatro filósofos no máximo e leia.
Depois :cerva
Responda-o
Rui Barbosa - A Questão Social e Política no Brasil.
 "Passei a minha vida inteira tentando não ser descuidado. Mulheres e crianças podem ser descuidadas, homens não".
 - Vito Corleone.
Responda-o
[Image: 1456166535.jpg]
Terminei recentemente essa obra que já foi ostensivamente citada por aqui. De fato, merece todo o seu prestígio. Me interessei por ler esse livro devido uma indicação em um dos livros do Camus sistematizando melhor o que é o "absurdo", quem são os autores e personagens absurdos no universo literário, e Franz K. e Josef K.  são alguns exemplos. 

A narrativa possui muitas camadas, muitas "possíveis interpretações" que acabaram causando uma confusão quanto ao sentido ou objetivo que o autor quis repassar ao leitor. Inclusive os capítulos foram todos escritos de forma separada em diversos períodos da vida de Franz K. contendo alguns erros cronológicos que na minha opinião pessoal, foram propositais.  A sensação de desconforto e de estar imerso em uma completa alucinação é evidente desde as primeiras páginas, a sensação de não ter um porto seguro em nenhum lugar. Perde-se a noção da passagem do tempo, assim de o quanto de tudo aquilo é realidade. 

"Alguém certamente havia caluniado Josef K. pois uma manhã ele foi detido sem ter feito mal algum."

Frase célebre que abre essa história já da o tom de tudo que estará por vir. Uma ameça poderosa e sombria está sempre a espreita, mas ninguém sabe ao certo de onde vem, como vem, quando virá, quem irá representá-la, o que irá causar ... ninguém sabe ao certo como julga e com base no que se é julgado e nem qual punição será aplicada. A única certeza é uma quase certeza que haverá alguma punição. Percebo aí uma sutil referência a realidade burocrática de todos os estados de direito (especialmente o nosso) que em uma metagaláxia jurídica de normas e interpretações diversas cerceiam todos os aspectos individuais das pessoas, e que sempre se é culpado por alguma coisa. Ao mesmo tempo, essa vigilância jurídica não dá nenhuma sensação de segurança a ninguém, muito pelo contrário aliás ... por ser pouco objetiva, sabe-se que tudo depende da interpretação de alguém que tem o direito de falar pela lei, e pode e será influenciado por seus próprios interesses.

Ao mesmo tempo, notamos que isso pode se traduzir também, na nossa própria vigilância interna e na vida em sociedade... constantemente nos sentimos culpados por alguma coisa que não temos clareza nenhuma. Parece-nos que algo observa, julga e condena com base em nada especifico. Em um trecho, K. pensa que precisará prescrutar milimetricamente toda sua vida pregressa para poder encontrar uma possível conduta criminosa para iniciar a sua primeira petição a um tribunal "etéreo" e isso é enfadonho e um trabalho hercúleo.  No inicio ele não se sente um culpado de forma alguma, mas tanto todos falarem que ele pode ser, que talvez ele seja, que mesmo que não seja culpado ele terá que prestar contas ... esse sentimento muda dentro de si. O que era algo irrelevante começa a tomar conta de toda dimensão da sua vida. Sua vida se torna solucionar o processo ao qual está submetido. Todos fazem parte do tribunal como se descobre ao longa da trajetória, mas ao mesmo tempo, ninguém faz parte do tribunal.

Está clara a ligação não apensas literal mas figurativa dos tribunais aos quais estamos submetidos. E também existe a menção muito perspicaz de que na verdade o conteúdo do que se está sendo julgado pouco importa, o que de fato importa para sair livre é saber cortejar, manter relação adulatórias e "cordiais" com quem tem o poder de emitir o julgamento... toda essa complexidade judiciária ainda está submetida ao "humano, demasiado humano" de todos.
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

Responda-o
Comecei + esperto que o Diabo do Napoleon Hill, não estava lendo livros de autoajuda , só biblia mesmo .
Mas vi um documentário sobre música e filmes e deu vontade, espero não ser mais do mesmo.
Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem.
Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem.

1 Coríntios 11:8,9
Responda-o


Possíveis Tópicos Relacionados...
Tópico Autor Respostas Visualizações Última Postagem
  Marcações de livros do acervo da real e outros livros Myers 3 1,553 13-09-2022, 10:33 AM
Última Postagem: Myers

Pular fórum:


Usuários visualizando este tópico: 2 Visitante(s)