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[REFLEXÃO] Materialismo: Onde o desenvolvimento morre
#5
Esquecer as munhé e focar no desenvolvimento pessoal foi algo muito martelado na Real porque a maioria dos homens chegava ao fórum destroçado por um relacionamento fodido. Eram raríssimos os homens que chegavam para buscar algo diferente disso. E até hoje assim é.

Tanto que o maior bordão da época era: "E o desenvolvimento, como anda?".

O motivo é o óbvio, todo ser humano precisa buscar o auto sustento, e para as munhé sempre foi mais fácil, quando não um (ou vários) homens, o papai estado segura as pontas, ou ainda, nos raríssimos casos, ela própria. Por outro lado, para o homem menos abastado, o jogo é no modo hard e é necessário cuidar dos três famosos pilares: intelectual, saúde e espiritual.

Quem vive no mundo real sabe o quanto é difícil manter tudo isso em dia para poder sair da merda e ter uma vida minimamente digna. Para quem vive isso no dia a dia, 24 horas são como se fossem minutos, e ainda terá que competir com outros homens que saíram com algumas vantagens no sorteio da aleatoriedade da vida.

Quem veio da rua vai entender o que estou falando. Para o homem que está correndo atrás da sua própria vida NÃO SOBRA TEMPO PRA VIVER CONTOS DE FADAS. Muito menos para prover caprichos de outra pessoa cheia de exigências estúpidas embasadas na internet.

Os que se perdem nesta confusão de mentiras acabam em um único saco: o dos fodidos financeiramente, escravos do próprio sentimento. São os corpos úteis, que vieram ao mundo apenas para prover, perambular e serem sugados. Os mesmos novos usuários do fórum. Eles não querem conhecimento, eles querem saber onde erraram.

Quando o erro óbvio foi ter abdicado da própria vida pra viver uma mentira inculcada desde criança.

E não confundam com vitimismo, isso é a VIDA REAL, e simplesmente é, queiram vocês ou não.

Quando eu fui enrabado pela vida e meu relacionamento acabou eu tive a oportunidade de enxergar este erro. Não seria honesto de minha parte falar sobre algo que não vivi, parafraseando Taleb.

E a notícia boa é que em alguns anos é possível recuperar o tempo perdido. Mas meu foco ia além, ao encontro do assunto proposto no tópico. Eu achei que quando obtivesse uma vida minimamente digna e com boas condições financeiras eu teria chegado no ápice da vida e viraria o jogo.

E é óbvio, o óbvio que eu não poderia enxergar naquela época, que eu daria com a cara no muro. E não tenho vergonha alguma de admitir isso.

Quando o objetivo fim é o desenvolvimento material, SE VOCÊ NÃO FOR UM RETARDADO, vai perceber que o carro de 30k e o carro de 100k vão te levar nos mesmos lugares, a moto de 20k e a de 100k farão as mesmas viagens e que em um bom imóvel ou um imóvel faraônico você vive do mesmo jeito, e assim por diante.

A partir do ponto de conforto, quanto mais gourmetizada fica a vida, exponencialmente mais cara ela ficará, e proporcionalmente mais difícil de manter será. Tudo pelo fato de "representar", massacrado por Schoppenhauer na sua tríade "Ser, Ter e Representar". Não é a toa que existe o assunto LOW PROFILE por aqui.

Quando falo em bater com a cara no muro refiro-me a perder o propósito, porque não vale a pena continuar martelando neste mesmo prego. E, mais uma vez, por um motivo óbvio: agora você é notado pelo que Representa. As munhé continuam querendo o que você pode prover, e agora é sua "obrigação" visto o que você tem. Seus "amigos" são uns fodidos, a maioria casado e com filhos, mendigando que você pague uma cerveja, isso quando não te pedem dinheiro emprestado. E para os demais aleatórios é sabotagem, haterismo e, na melhor das hipóteses, "você teve sorte".

Desenvolvimento pessoal para quem parte do nada é uma caminhada totalmente solitária. Cabe a a cada um decidir o que quer para si. Se eu tivesse decidido prover o que minha ex munhé exigia talvez estivesse fodido, mas com uma família. Era só não se debater e deixar a navalha me cortar.

Por muitas vezes eu sofri chegando em casa sozinho e ver ela vazia, por puro instinto masculino. Quando percebi que o que eu tinha adotado como propósito não era nada eu me ajoelhei e entreguei minha vida para Deus. Para que guiasse da forma que achasse melhor, porque, sinceramente, pra mim hoje tanto faz estar vivo ou morto.

Desde então tenho feito algumas boas ações, sejam financeiras, intelectuais ou até mesmo braçais, conforme Deus me apresenta. Com este objetivo de servir, proposto no tópico e muito bem explanado pelo confrade Héracles no seu blog pessoal.

Viver em sociedade tem sido um grande fardo para mim e me entreguei ao álcool. E mesmo alcoolizado diariamente eu consigo obter um desempenho intelectual melhor do que os bonobos. O que comprova a atrofia cerebral geral e a estupidez da horda.

Com todo respeito ao amigo e confrade Awaken, do ponto de vista evolutivo o ato de servir, em tempos modernos, é uma aberração. O mais fraco e menos provido deveria padecer, e não ser beneficiado pelo sangue do guerreiro. Os sangue e o DNA guerreiro deveria ser beneficiado e ser passado adiante, e não ser usado como alavanca de procriação de genes fracos e ruins.

A organização social atual vai CONTRA AS REGRAS DA NATUREZA.

Talvez isto fizesse sentido aos antepassados. Tempos em que "heróis" eram beneficiados por seus riscos e feitos, e não usados como plataforma para gente fraca.

Que Deus possa me conceder o perdão, mas eu pondero meus auxílios e destino apenas para quem NÃO TER CAPACIDADE PRÓPRIA de sair da situação em que está, seja por força física, intelectual ou financeira, mas JAMAIS para quem se inseriu na situação em que se encontra pelas próprias decisões. A colheita é obrigatória.

Por fim, pela minha experiência pessoal eu diria que o Desenvolvimento Pessoal jamais deve ser observado como um objetivo fim à vida masculina, mas NUNCA DEVE SER NEGLIGENCIADO. Em rasas palavras, ruim com ele, pior sem ele.

E agradeço a você, que leu até aqui. Sinceramente eu gostaria de apresentar a solução, porém continuo aprendendo. Parafraseando Schoppenhauer mais uma vez, necessitaria mais de mil vidas de Matusalém para compreender o mundo. E não estou falando do Gângster. Bença vô.

Talvez a receita seja apreciar o processo, o andamento. Não valorizar o produto final, mas sim a caminhada. Mas isso eu não posso afirmar agora. Do pó viemos, ao pó retornaremos. E, possivelmente, retornaremos, independente da forma. Quanto a mim, prefiro ficar ao pó, ou retornar como um vegetal ou algo mais útil para o universo.

Até a próxima pissual, e lembrem-se: o amor supera tudo! 
Basta que o almejado ideal aconteça todos os dias para que a sonhada perfeição desapareça. 
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RE: Materialismo: Onde o desenvolvimento morre - de Merdingo - 19-10-2021, 08:43 PM

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