09-07-2020, 01:06 AM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 09-07-2020, 01:17 AM por Bilidequidi.)
Eu sou suspeito pra falar, afinal meus dois empregos são no Estado, técnico e professor, mas concordo com os princípios do texto.
Trabalhei oito anos no mercado, sendo um como aprendiz, dois como estagiário e cinco como celetista, portanto para mim são destoantes as diferenças entre essas duas realidades.
O problema é que muitos funcionários públicos, para não dizer que são esquizofrênicos, realmente acreditam que o funcionalismo é igual à iniciativa privada, oferecendo os mesmos benefícios, remunerações, folgas e demais regalias. Especialmente aos servidores que tiveram o concurso como primeiro e único emprego. Eles vivem numa bolha, simples assim.
O outro entrave é a questão do custo de vida. Como já disseram ai em cima, o cargo público paga muito melhor que seu correspondente no privado, principalmente as estatais que tem reajuste salarial todo ano. Resumo: mesmo que o servidor não receba qualquer aumento ou promoção, só o dissídio garantido anualmente, a longo prazo, lhe confere em 10, 15 anos um salário duas, três vezes maior que o seu equivalente no mercado de trabalho.
Confesso que no começo eu ficava indignado com os colegas que ganhavam o dobro que eu e produziam um terço do que eu fazia. Mas o tempo passa e você aprende a dançar conforme a música. Não adianta, você não vai mudar nada, então o jeito foi parar de reclamar como um idiota e agir discretamente.
Eu seria hipócrita de reclamar da minha situação financeira, pois a maioria dos meus colegas engenheiros estão desempregados, inclusive alguns são tecnicamente superiores a mim devido à vasta experiência: uns se virando como motoristas de aplicativo, outros tentando empreender com o dinheiro da rescisão, alguns se fodendo com o divórcio e alienação parental, uns poucos voltaram frustrados a morar com os pais, e só dois posso considerar que tiveram sucesso na profissão, ganhando mais de vinte mil por mês, com carro sedã premium à disposição pela empresa etc.
Mas fazer o quê?
Eu que não sou louco de largar meu emprego atual pra passar necessidade. No final, é sempre a mesma merda da corrida dos ratos, pagar os boletos e tentar dormir com tranquilidade.
Trabalhei oito anos no mercado, sendo um como aprendiz, dois como estagiário e cinco como celetista, portanto para mim são destoantes as diferenças entre essas duas realidades.
O problema é que muitos funcionários públicos, para não dizer que são esquizofrênicos, realmente acreditam que o funcionalismo é igual à iniciativa privada, oferecendo os mesmos benefícios, remunerações, folgas e demais regalias. Especialmente aos servidores que tiveram o concurso como primeiro e único emprego. Eles vivem numa bolha, simples assim.
O outro entrave é a questão do custo de vida. Como já disseram ai em cima, o cargo público paga muito melhor que seu correspondente no privado, principalmente as estatais que tem reajuste salarial todo ano. Resumo: mesmo que o servidor não receba qualquer aumento ou promoção, só o dissídio garantido anualmente, a longo prazo, lhe confere em 10, 15 anos um salário duas, três vezes maior que o seu equivalente no mercado de trabalho.
Confesso que no começo eu ficava indignado com os colegas que ganhavam o dobro que eu e produziam um terço do que eu fazia. Mas o tempo passa e você aprende a dançar conforme a música. Não adianta, você não vai mudar nada, então o jeito foi parar de reclamar como um idiota e agir discretamente.
Eu seria hipócrita de reclamar da minha situação financeira, pois a maioria dos meus colegas engenheiros estão desempregados, inclusive alguns são tecnicamente superiores a mim devido à vasta experiência: uns se virando como motoristas de aplicativo, outros tentando empreender com o dinheiro da rescisão, alguns se fodendo com o divórcio e alienação parental, uns poucos voltaram frustrados a morar com os pais, e só dois posso considerar que tiveram sucesso na profissão, ganhando mais de vinte mil por mês, com carro sedã premium à disposição pela empresa etc.
Mas fazer o quê?
Eu que não sou louco de largar meu emprego atual pra passar necessidade. No final, é sempre a mesma merda da corrida dos ratos, pagar os boletos e tentar dormir com tranquilidade.
"Escola? E o aprendizado com os próprios erros? A experiência te faz professor de si próprio".