24-02-2019, 04:02 PM
Relato transcrito na íntegra do Livro Senta a Pua, do Rui Moreira Lima (grifos meus entre []) , livro fantástico, e ao meu ver a melhor transcrição do cotidiano do 1º Grupo de Aviação de Caça na 2ª guerra;
MALANDRO RUÇO
Quando três negros americanos pararam em frente ao seu jipe, ele percebeu o que lhe esperava. Era comum , durante a 2ª Grande Guerra na Itália, soldados soldados americanos tomarem de seus camaradas aliados, em verdadeiros assaltos , jipes, caminhões ou qualquer outra viatura, usando-as durante o seu período de folga. Depois abandonavam os veículos e seguiam para a linha de frente [ ... para quem diz que o SÓ o BR é ladrão, taí a resposta]
Carlos Nogueira Teixeira, Cabo do 1º Grupo de Caça, mais conhecido como Malandro Ruço, vinha rodando seu jipe por uma pequena vila de Pisa, quando foi obrigado a dar carona para aqueles 3 crioulos mal encarados que vinham da frente de combate. Ao entrarem no jipe, um deles põs o cano da 45 na testa do Teixeira e ordenou que ele descesse: "Get off, young man and you live long."
Malandro Ruço parou a viatura e, com muita presença de espírito, começou a gesticular e a falar o que sabia de Inglês e Italiano "I have siginorinas and good vino. How about that?". Os crioulos acharam interessante a idéia e toparam que ele os levassem ao local ode beberiam o "vino" e encontrariam as "signorinas". Teixeira pegou no volante e saiu sem destino maquinando como sair desta enrascada sinistra.
De repente, aumentou a velocidade e freou bruscamente em uma curva, capotando o jipe próximo ao muro de um velho casarão. Rápido, sacou uma peixeira amolada e dominou um dos negros, tocando a lãmina levemente em sua garganta. [BR é foda! ... hu3hu3hu3]
- Daí em diante foi moleza, Comandante. Desarmei os "laurindos", amarrei o três e os levei ao posto da Military Police em Pisa. Lembro que o MP de serviço, baixou o pau neles, dando -lhes ainda um molho de 24 horas de xadrez. O chefe do MP de serviço perguntou como eu fiz para dominá-los e levar os larápios-soldados, se eu estava sem arma. Eu não ia dar a dica da peixeira fácil para os caras.
Conforme relata o Ruy Moreira Lima, este tipo de abordagem aconteceu outras duas vezes contra integrantes do 1º Grupo de Caça, um outro motorista caiu na armadilha de dar carona a um outro soldado vestido de uniforme americano, entregou o jipe ao assaltante e ainda levou uns 'pescotapas', é que ele não teve a mesma sagacidade do 'Malandro Ruço'. O outro foi o Moura Dias, um dos responsáveis pelo staff do grupo, quando ele viu soldados de uma divisão pára-quedista sediada em Florença cercando sua caminhonete, ele acelerou e arremeteu contra eles, ainda teve seu carro atingido por um tiro, ficando o projétil alojado no para-lamas da caminhonete.
MALANDRO RUÇO
Quando três negros americanos pararam em frente ao seu jipe, ele percebeu o que lhe esperava. Era comum , durante a 2ª Grande Guerra na Itália, soldados soldados americanos tomarem de seus camaradas aliados, em verdadeiros assaltos , jipes, caminhões ou qualquer outra viatura, usando-as durante o seu período de folga. Depois abandonavam os veículos e seguiam para a linha de frente [ ... para quem diz que o SÓ o BR é ladrão, taí a resposta]
Carlos Nogueira Teixeira, Cabo do 1º Grupo de Caça, mais conhecido como Malandro Ruço, vinha rodando seu jipe por uma pequena vila de Pisa, quando foi obrigado a dar carona para aqueles 3 crioulos mal encarados que vinham da frente de combate. Ao entrarem no jipe, um deles põs o cano da 45 na testa do Teixeira e ordenou que ele descesse: "Get off, young man and you live long."
Malandro Ruço parou a viatura e, com muita presença de espírito, começou a gesticular e a falar o que sabia de Inglês e Italiano "I have siginorinas and good vino. How about that?". Os crioulos acharam interessante a idéia e toparam que ele os levassem ao local ode beberiam o "vino" e encontrariam as "signorinas". Teixeira pegou no volante e saiu sem destino maquinando como sair desta enrascada sinistra.
De repente, aumentou a velocidade e freou bruscamente em uma curva, capotando o jipe próximo ao muro de um velho casarão. Rápido, sacou uma peixeira amolada e dominou um dos negros, tocando a lãmina levemente em sua garganta. [BR é foda! ... hu3hu3hu3]
- Daí em diante foi moleza, Comandante. Desarmei os "laurindos", amarrei o três e os levei ao posto da Military Police em Pisa. Lembro que o MP de serviço, baixou o pau neles, dando -lhes ainda um molho de 24 horas de xadrez. O chefe do MP de serviço perguntou como eu fiz para dominá-los e levar os larápios-soldados, se eu estava sem arma. Eu não ia dar a dica da peixeira fácil para os caras.
Conforme relata o Ruy Moreira Lima, este tipo de abordagem aconteceu outras duas vezes contra integrantes do 1º Grupo de Caça, um outro motorista caiu na armadilha de dar carona a um outro soldado vestido de uniforme americano, entregou o jipe ao assaltante e ainda levou uns 'pescotapas', é que ele não teve a mesma sagacidade do 'Malandro Ruço'. O outro foi o Moura Dias, um dos responsáveis pelo staff do grupo, quando ele viu soldados de uma divisão pára-quedista sediada em Florença cercando sua caminhonete, ele acelerou e arremeteu contra eles, ainda teve seu carro atingido por um tiro, ficando o projétil alojado no para-lamas da caminhonete.