15-11-2016, 12:19 PM
Antes de tudo, se queremos falar de felicidade, importa-nos ter em mente que o bem de toda coisa consiste em realizar as operações que lhes são próprias. Ora, perceber a luz não é o bem dos olhos? De fato, a percepção da luz não só é o bem dos olhos, como também está ordenada ao bem de todo corpo. Do mesmo modo, o conhecimento da verdade é bom não só para a inteligência humana, mas para o homem como um todo.
Consideremos também que sendo a vida feliz uma busca, conhecer o fim a que tendem as ações humanas — que são aquelas que procedem duma vontade deliberada — não é um supérfluo, mas uma necessidade imperiosa. Desta forma, percebe-se que a felicidade tem seu fundamento na cooperação entre a inteligência e a vontade; quer dizer, devemos não só conhecer o que é verdadeiramente bom, mas também querê-lo retamente. Com efeito, será impossível para o homem atingir o seu verdadeiro fim se não reconhecer nele, mas noutras coisas, o termo a que tendem as suas ações, ou então se não quiser os meios de alcançá-lo.
Consideradas estas pouquíssimas palavras, pode-se dizer muito resumidamente que a felicidade consiste na posse do que é, a um só tempo, bom e querido; noutras palavras, o homem é feliz quando tem o que quer e, também, quando isto que ele quer é bom em si mesmo.
No entanto, parece que o homem está sempre em busca de algo, significando que as coisas deste mundo são insuficientes para a sua felicidade permanente. De fato, os bens sensíveis são limitados, transitórios e corruptíveis; eles são por si só incapazes de saciar plenamente o apetite do homem. Do contrário, ele nada mais buscaria, pois a sua felicidade já seria plena e não haveria mais o que buscar.
Em vista de tudo quanto foi dito, é razoável pensar que a felicidade permanente do homem só pode estar num bem infinito, inalterável e que transcende ao mundo sensível. É ao conhecimento verdadeiro deste bem que está ordenada a nossa inteligência, e é a ele que ordenamos todas as nossas ações deliberadas; é em função deste bem absoluto que queremos os bens relativos; e é a este bem supremo que chamamos de Deus. Conhecê-lo verdadeiramente e a ele se ordenar é questão da mais alta relevância, como bem escreveu S. Agostinho: "Fizeste-nos, Senhor, para Ti e inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em Ti".
Consideremos também que sendo a vida feliz uma busca, conhecer o fim a que tendem as ações humanas — que são aquelas que procedem duma vontade deliberada — não é um supérfluo, mas uma necessidade imperiosa. Desta forma, percebe-se que a felicidade tem seu fundamento na cooperação entre a inteligência e a vontade; quer dizer, devemos não só conhecer o que é verdadeiramente bom, mas também querê-lo retamente. Com efeito, será impossível para o homem atingir o seu verdadeiro fim se não reconhecer nele, mas noutras coisas, o termo a que tendem as suas ações, ou então se não quiser os meios de alcançá-lo.
Consideradas estas pouquíssimas palavras, pode-se dizer muito resumidamente que a felicidade consiste na posse do que é, a um só tempo, bom e querido; noutras palavras, o homem é feliz quando tem o que quer e, também, quando isto que ele quer é bom em si mesmo.
No entanto, parece que o homem está sempre em busca de algo, significando que as coisas deste mundo são insuficientes para a sua felicidade permanente. De fato, os bens sensíveis são limitados, transitórios e corruptíveis; eles são por si só incapazes de saciar plenamente o apetite do homem. Do contrário, ele nada mais buscaria, pois a sua felicidade já seria plena e não haveria mais o que buscar.
Em vista de tudo quanto foi dito, é razoável pensar que a felicidade permanente do homem só pode estar num bem infinito, inalterável e que transcende ao mundo sensível. É ao conhecimento verdadeiro deste bem que está ordenada a nossa inteligência, e é a ele que ordenamos todas as nossas ações deliberadas; é em função deste bem absoluto que queremos os bens relativos; e é a este bem supremo que chamamos de Deus. Conhecê-lo verdadeiramente e a ele se ordenar é questão da mais alta relevância, como bem escreveu S. Agostinho: "Fizeste-nos, Senhor, para Ti e inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em Ti".