12-07-2016, 06:29 PM
(12-07-2016, 05:41 PM)Aragons Escreveu: Quando alguma coisa boa é vivenciada, o cérebro libera substâncias que causam uma sensação boa. É como uma droga, os momentos felizes ocorrem quando algo favorável acontece e nosso cérebro está liberando essas substâncias. A propósito, é assim que jogos de RPG viciam as pessoas.
A bioquímica cerebral é influenciada pela atividade física, mas também é pelo simples pensamento, pessoas pessimistas serão tristes, mas se um pessimista mudar sua maneira de ver o mundo a bioquímica cerebral também mudará. A bioquímica cerebral causa emoção, mas os pensamentos também influenciam na química cerebral, se vc pensar só coisas positivas o dia inteiro vai ficar mais feliz.
A felicidade plena é um conceito obscuro e sem nenhum fundamento científico. Imagine o cérebro ficar 24h por dia sujeito a substâncias tóxicas e o teor só aumentar com o passar do tempo, é totalmente surreal.
A pessoa deve correr atrás de seus objetivos, e não ficar correndo atrás de conceitos abstratos e obscuros.
Se uma bala perdida te pegar e você ficar cagado numa cama pra sempre paciência ué. O sujeito nesse estado deve reavaliar os seus objetivos e sonhos de acordo com a sua nova realidade. É necessário ser flexível. Lao Tsé falava que as pessoas devem ser como a água, a água assume qualquer forma.
Quem fica muito feliz quando acontece alguma coisa boa irá ficar muito infeliz quando acontecer alguma coisa ruim. Quem é um robô e quase não sente felicidade/infelicidade não irá passar por esses ciclos porém terá pouco incentivo ao desenvolvimento. Não é a toa que Nietzsche botou Zaratustra numa caverna, os chineses botaram Lao Tsé na caverna também.
Se você está recebendo um salário mínimo, use esse dinheiro para o seu desenvolvimento pessoal. Dinheiro é como sementes, mesmo com poucas delas é possível plantar uma floresta inteira no longo prazo. Se sua mãe morrer você vai ter de superar isso. As pessoas possuem medo de se adaptarem, são como o óleo.
Eu não achei esse trecho pessimista, mas sim os considero um péssimo argumento. Você tentou refutar a 'felicidade plena' citando eventos tristes e estatísticas baseadas no seu achismo e no 'vamos supor'. Pra começo de conversa, como foi dito, nem existe a felicidade plena, é um conceito sem sentido nenhum.
Não falei de felicidade plena, falei apenas de felicidade, satisfação, prazer; definir felicidade é desnecessário e inútil, todo mundo define felicidade de um jeito, mas todo mundo sabe que é algo bom. Então quando falei felicidade, quis dizer momentos bons.
A pessoa deve sonhar, mas deve correr atrás do sonho. Se demorar a vida inteira e o sujeito morrer sem cumpri-lo a vida do mesmo foi jogada fora? Ele morreu buscando alguma coisa, a morte foi um acidente no meio do percurso. A vida dele valeu a pena.
Só valerá a pena se ele sonhou, mas também viveu, se sonhou apenas, logo desperdiçou a vida. Se correu atrás do sonho, mas não viveu com a família, com seus livros, com aquilo que ele gosta, se não sentiu a vida, se só viveu uma vida mental, ignorando a matéria, objetos, pessoas e natureza ao seu redor, então desperdiçou a vida.
É como se no quintal da casa da pessoa houvesse um pé de manga, o cara lutou a vida inteira para comer abacaxi, mas nem se deu conta que era só esticar a mão e comer uma manga ali do seu lado, morreu sem comer manga, é como se fosse um cego que desperdiçou alegrias por estar obcecado.
