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[RELATO] Não tenha medo de viver a sua vida!
#1
Atualmente, tenho 28 anos, fui criado sem figura paterna e acho que isso me levou a ter algumas dificuldades ao longo da vida, o que também me fez conhecer a Real bem cedo. Diria que, com 15-16 anos, já tinha me deparado com o antigo fórum PUA Base.

No início, foi maravilhoso ver que existiam pessoas se colocando à disposição para ensinar técnicas que me ajudariam a conseguir o que sempre tive muita dificuldade: pegar mulher. E, de fato, depois de entender alguns conceitos, pude sentir que tinha dado uma ligeira melhorada, muito embora diversas técnicas eu só viria a entender de verdade bem mais tarde (algumas talvez ainda nem tenha conseguido aplicar verdadeiramente). Eu sei o que você está pensando nesse momento: PUA é só um pedacinho do iceberg da Real. E, de fato, comecei a me afastar desse mundo justamente por perceber que, não só o estilo garanhão não colava muito com a minha personalidade, mas também porque havia algo mais profundo que a comunidade deixava de lado.

Os anos foram passando, comecei uma vida adulta boa para quem veio de baixo. Desde cedo, tive uma carreira e a oportunidade de estudar, mas também tomei algumas decisões erradas no processo. Em termos amorosos, saí de um completo acéfalo quase incel que era na adolescência, para um matrixiano/mangina de baixa capacidade. Nunca namorei de verdade, apenas fiquei com algumas poucas garotas que sempre conseguia via apps de namoro (modéstia à parte, acredito que desenvolvi bem meu jogo online). Talvez tenha ficado, ao todo, com umas 12-15 mulheres na vida, e acho que isso se deve em parte por ter uma natureza emocionada que me boicota, mas também por ter deliberadamente passado longos períodos sem nem tentar conhecer ninguém. Por exemplo, de 2019 pra cá, não fiquei com ninguém porque queria tentar resolver minha vida financeira primeiro, tentativa essa que infelizmente fracassou.

Ao longo desses últimos anos de quase celibato voluntário, fui chegando à conclusão de algumas coisas. A primeira é que a vida a dois me parece ser mais fácil que a de solteiro no médio-longo prazo, pelo menos quando há uma dinâmica de parceria no casal. Digo isso não só em aspectos financeiros e comportamentais, como: aluguel fica mais barato, um dá suporte ao outro em momentos de doença ou instabilidade; mas também no planejamento de vida. Hoje, me parece óbvio, por exemplo, o porquê da existência da instituição família e a vantagem emocional e psicológica que a criação de um núcleo familiar saudável pode nos dar ao longo das fases da vida adulta. A segunda é que talvez não valha a pena viver longos períodos de abdicação de determinados interesses em prol de algo que supostamente lhe dará uma recompensa no futuro. Hoje, me vejo tendo dedicado praticamente 10 anos da minha juventude a uma carreira e à ideia de juntar o máximo de dinheiro possível, e sinto que isso tudo me gerou muito pouco se comparado ao que sacrifiquei.

Após tudo isso, sinto que estou vivendo uma espécie de recomeço. Do ponto de vista financeiro, estou lutando para não acabar sujando meu nome devido a algumas decisões de vida erradas que tomei (leia-se tentar imigrar para outro país sem ter base psicológica para tal). Do ponto de vista profissional, me vejo acuado, sem saber o que fazer; minha carreira de sempre parece não fazer mais sentido, então tenho cogitado outra carreira e até mesmo concurso público para ao menos ter um período de estabilidade na minha vida. E, na vida amorosa, tenho tentado voltar à ativa, inclusive vou dedicar o próximo parágrafo a ela.

Retomando o que disse, minha visão de relacionamento mudou um pouco ao longo dos anos. Saí do menino que acreditava em filmes de romance, passei por um período como protótipo de mangina, celibatário voluntário e hoje vejo relacionamento mais como uma forma de compartilhar a vida com alguém de confiança, além de construir uma família para deixar o meu legado material e imaterial. Tenho tentado conhecer novas garotas e até estava saindo com uma, mas acho que ferrei com tudo e talvez tenha que recomeçar do zero novamente. Meu primeiro post aqui foi inspirado em nossa relação, e acho que não estava preparado para lidar com alguém que realmente estava gostando de mim e estava disposta a construir um relacionamento saudável. O que tínhamos era bom, leve e, ao mesmo tempo, servia como um espaço seguro para os dois. Contudo, acabei entrando na paranoia da comparação, como se ela não fosse o bastante para alguém como eu, como se, primeiro, eu estivesse em posição de exigir muita coisa, e segundo, como se beleza física para impressionar os outros fosse realmente algo relevante para a minha visão de relacionamento. Eu propositalmente fiz a moça começar a duvidar de seu sentimento por mim e fui frio quando, no fundo, queria ser amoroso. Tudo isso porque supostamente ela era muito boa em vários aspectos, mas feia demais para mim e, portanto, fazê-la terminar comigo seria o arco da redenção onde não a magoaria e me sentiria livre.

Pois bem, não me sinto mais livre do que ontem pela manhã ou de quando era mais jovem. Na verdade, me sinto um escravo das aparências e do meu comportamento sabotador. Talvez eu tente conversar com ela ou não. Talvez eu encontre uma saída para sair dessas dívidas e dar um rumo na minha vida, ou não. De qualquer forma, acredito que o mais importante é ter consciência de quem eu sou, das minhas limitações, do que almejo para a minha vida e de que não posso, mais uma vez, cair na armadilha de não viver para supostamente conquistar algo lá na frente.
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Não tenha medo de viver a sua vida! - de unsolved-virus - 24-07-2024, 08:18 AM

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