31-03-2024, 04:56 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 31-03-2024, 05:10 PM por Texugo Real.)
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Hoje eu vou falar de um livro bem controverso, "Sexo e Caráter" (1903), do Otto Weininger. Se as feministas dos anos 2005~2010 viam extremismo em Nessahan Alita, na Real, na Redpill etc, é porque elas não conheceram o Otto Weininger (que se matou aos 23 anos, na mesma época da publicação desse livro).
O livro é uma análise das diferenças de gênero, dos princípios masculino e feminino, críticas ao sufrágio e movimentos pela emancipação da mulher e outros assuntos. Esse livro causou rebuliço na época e um monte de gente pagou pau pra ele também, pois várias pessoas diziam que ele parece ter resolvido um problema debatido a séculos, a "questão feminina" (the woman question).
Eu acredito que alguns MGTOW tenham lido ele, mas não mencionam, ou então chegam a conclusões parecidas com as do autor sem ter lido. Pelo menos alguns MGTOW gringos já devem ter lido alguma coisa desse autor. Ele fala literalmente que a vocação da mulher é só prostituição e maternidade, e a do homem é, além da paternidade, outras realizações (construção, descoberta, invenções, criações de leis e códigos morais etc). Diz que a mulher é só sexo e reprodução, enquanto o homem é mais coisa além do sexo e reprodução. Outro motivo pra eu achar que ele já foi lido por alguns MGTOW é porque ele falava de telegonia também, já naquela época.
O autor lembra que poucas mulheres possuem aptidão para ciências, artes, governo etc. e que geralmente elas são mais masculinizadas, ou até mesmo lésbicas e bissexuais. E também, a mulher realmente emancipada e que tem mais iniciativa e força própria costuma ser mais "masculina". Poucas mulheres são verdadeiramente emancipadas, pois para a emancipação elas devem se livrar de sua personalidade feminina.
O cara também fala que a mulher não tem alma humana, e portanto tem mais inclinação pra gostar de animais e cuidado com plantas, já que se assemelha mais a esses seres pela falta de alma (sim, eu li isso). A mulher também é um ser amoral e sem escrúpulos, enquanto o homem pode ser um criminoso ou tarado que mesmo assim tem mais "moral" do que a mulher, pois os crimes que ele comete é porque ele teve iniciativa de cometer, e não por ter sido influenciado por outros. Segundo Weininger, essa falta de moralidade da mulher pode ser um dos motivos pra elas gostarem de delinquentes.
O livro também tem faz algumas críticas ao judaísmo, dizendo que essa religião é afemininada, e que por isso enfraquece e corrompe as pessoas. Também faz algumas declarações um tanto controversas sobre os negros, dizendo que eles são selvagens e incivilizados, e que a abolição da escravidão pode ter sido um erro, já que eles não conseguem administrar a si mesmos.
Eu achei o livro meio extremista, nem quero pagar de "feministo" aqui, mas é estranho ler um livro que o cara diz que a mulher não tem alma, e que a abolição da escravatura pode ter sido um engano. Apesar de todas essas esquisitices, eu confesso que eu não conseguia parar de ler. É um documento interessante e serve pra quem tem interesse na área de sociais e um aprofundamento nos assuntos da Real, e também assuntos relacionados ao desenvolvimento da personalidade.