16-01-2024, 04:17 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 16-01-2024, 04:22 PM por candango.)
Em que pese ter lido grande parte do livro no ano passado, findei o primeiro livro do ano, O vermelho e o Negro, de Sthandal.
A narrativa se passa no período pós primeira queda napoleónica, onde o personagem principal, Julien Sorel, ávido fã de Napoleão, busca de várias maneiras ascender de sua classe social mais humilde até à grande sociedade francesa da época, buscando poder e reconhecimento através de sua inteligência e interações sociais.
A narrativa psicológica é o forte do livro, de modo que o autor várias vezes relata os mais profundos sentimentos e pensamentos dos personagens.
Ao longo do livro é notável como as divisões sociais e a imagem pessoal eram importantes na época, onde em todas as atitudes tomadas pelos personagens levavam em consideração o reflexos destas no meio social em que vivem. A honra, o materialismo, e as pressões sociais são fortemente retratadas na obra, bem como imperativos sociais emanados tanto da igreja, que tinha bastante força na época, como da própria elite francesa.
Mais uma vez rechaço a importância de ler os clássicos, pois é possível enxergar que estas divisões de classes e a dificuldade de ascensão estão presentes até os dias atuais, levando a crer que a sociedade pouco mudou de 1800 para os dias de hoje, o preconceito com classes mais baixas, a busca por poder a qualquer custo e a dificuldade de elevar seu status social ainda existe fortemente, é claro, talvez de uma maneira mais mascarada, mas ainda existe.
Outro ponto bastante interessante da obra para nós realistas se encontra no fato de que Julien, que passava por uma severa desilusão amorosa, conhece um rei que o ensina a fugir das paixões, ser indiferente e não cair em joguinhos da amada, de modo que apicando os conhecimentos, Julien consegue dar a volta por cima. É impossível não reconhecer o paralelo entre esta narrativa em específico e as obras de N.A.
A narrativa se passa no período pós primeira queda napoleónica, onde o personagem principal, Julien Sorel, ávido fã de Napoleão, busca de várias maneiras ascender de sua classe social mais humilde até à grande sociedade francesa da época, buscando poder e reconhecimento através de sua inteligência e interações sociais.
A narrativa psicológica é o forte do livro, de modo que o autor várias vezes relata os mais profundos sentimentos e pensamentos dos personagens.
Ao longo do livro é notável como as divisões sociais e a imagem pessoal eram importantes na época, onde em todas as atitudes tomadas pelos personagens levavam em consideração o reflexos destas no meio social em que vivem. A honra, o materialismo, e as pressões sociais são fortemente retratadas na obra, bem como imperativos sociais emanados tanto da igreja, que tinha bastante força na época, como da própria elite francesa.
Mais uma vez rechaço a importância de ler os clássicos, pois é possível enxergar que estas divisões de classes e a dificuldade de ascensão estão presentes até os dias atuais, levando a crer que a sociedade pouco mudou de 1800 para os dias de hoje, o preconceito com classes mais baixas, a busca por poder a qualquer custo e a dificuldade de elevar seu status social ainda existe fortemente, é claro, talvez de uma maneira mais mascarada, mas ainda existe.
Outro ponto bastante interessante da obra para nós realistas se encontra no fato de que Julien, que passava por uma severa desilusão amorosa, conhece um rei que o ensina a fugir das paixões, ser indiferente e não cair em joguinhos da amada, de modo que apicando os conhecimentos, Julien consegue dar a volta por cima. É impossível não reconhecer o paralelo entre esta narrativa em específico e as obras de N.A.
Apreciador de cervejas, viagens e mulheres.