03-06-2023, 12:06 PM
Li agora o livro o deserto dos tártaros, vou deixar um Resumo do próprio livro, colocar algumas marcações e falar um pouco sobre a obra. (Se alguém souber colocar a capa do livro no tópico pelo celular, me ensina.)
Sobre: O deserto dos tártaros é a obra-prima de Dino Buzzati. Publicado originalmente em 1940, o livro marcou a consagração do autor entre os grandes nomes da literatura italiana e foi eleito pela crítica especializada um dos melhores livros do século XX. A obra narra a história do jovem tenente Giovanni Drogo, que recebe com alegria uma missão no forte Bastiani — para ele, a primeira etapa de uma carreira gloriosa. Embora não pretendesse ficar por muito tempo, o oficial de repente se dá conta de que os anos se passaram enquanto, quase sem perceber, ele e seus companheiros alimentavam a expectativa de uma invasão estrangeira que nunca acontece. A espera pelo inimigo transforma-se na espera por uma razão de viver, na renúncia da juventude e na mistura de fantasia e realidade.
Marcações: "Até então ele passara pela despreocupada idade da primeira juventude, uma estrada que na meninice parece infinita, onde os anos escoam lentos e com passo leve, tanto que ninguém nota a sua passagem."
"Mas a uma certa altura, quase instintivamente, vira-se para trás e vê-se que uma porta foi trancada às nossas costas, fechando o caminho de volta. Então sente-se que alguma coisa mudou, o sol não parece mais imóvel, deslocar-se rápido, infelizmente, não dá tempo de olhá-lo, pois já se precipita nos confins do horizonte, percebe-se que as nuvens não estão mais estagnadas nos golfos azuis do céu, fogem, amontoando-se umas sobre as outras, tamanha é sua afoiteza; compreende-se que o tempo passa e que a estrada, um dia, deverá inevitavelmente acabar."
"Do deserto do norte devia chegar a sorte, a aventura, a hora milagrosa, que, pelo menos uma vez, cabe a cada um. Para essa vaga eventualidade, que parecia tornar-se cada vez mais incerta com o tempo, os homens consumiam ali a melhor parte das suas vidas."
"Mas já havia nele o torpor dos hábitos, a vaidade militar, o amor doméstico pelos muros cotidianos. Quatro meses haviam bastado para amalgamá-lo ao monótono ritmo do serviço."
Comentário: O livro fala muito a respeito do tempo, que o tempo passa depressa que nem percebemos, e no fim todos nós vivemos um deserto dos tártaros em nossas vidas, sempre á espera de uma aventura ou de uma conquista que muitas vezes nem vem. Por exemplo: "conquistei carro tal, mas o legal seria ter aquele outro mais moderno, conquistei uma casa, mas queria aquela um pouco maior.". Quase nunca estamos satisfeitos com o atual momento e esperamos que o futuro seja melhor, mais promissor o que as vezes pode não ser e pode ser até pior. No caso do drogo ele sempre esperava uma possível batalha, em entrar em ação e defender o forte de inimigos estrangeiros, sempre em alerta para qualquer coisa que eles observassem fora do muro. O que nunca acontecia e tinha que lidar com a vida monótona atrás dos muros.
Faz ter a reflexão também sobre quem prefere viver a vida sozinho, o drogo até o final acaba ficando sozinho e tendo que lidar com o fim da sua vida só, é uma ótima leitura e faz ter boas reflexões á respeito da vida e do que estamos fazendo com ela.
Sobre: O deserto dos tártaros é a obra-prima de Dino Buzzati. Publicado originalmente em 1940, o livro marcou a consagração do autor entre os grandes nomes da literatura italiana e foi eleito pela crítica especializada um dos melhores livros do século XX. A obra narra a história do jovem tenente Giovanni Drogo, que recebe com alegria uma missão no forte Bastiani — para ele, a primeira etapa de uma carreira gloriosa. Embora não pretendesse ficar por muito tempo, o oficial de repente se dá conta de que os anos se passaram enquanto, quase sem perceber, ele e seus companheiros alimentavam a expectativa de uma invasão estrangeira que nunca acontece. A espera pelo inimigo transforma-se na espera por uma razão de viver, na renúncia da juventude e na mistura de fantasia e realidade.
Marcações: "Até então ele passara pela despreocupada idade da primeira juventude, uma estrada que na meninice parece infinita, onde os anos escoam lentos e com passo leve, tanto que ninguém nota a sua passagem."
"Mas a uma certa altura, quase instintivamente, vira-se para trás e vê-se que uma porta foi trancada às nossas costas, fechando o caminho de volta. Então sente-se que alguma coisa mudou, o sol não parece mais imóvel, deslocar-se rápido, infelizmente, não dá tempo de olhá-lo, pois já se precipita nos confins do horizonte, percebe-se que as nuvens não estão mais estagnadas nos golfos azuis do céu, fogem, amontoando-se umas sobre as outras, tamanha é sua afoiteza; compreende-se que o tempo passa e que a estrada, um dia, deverá inevitavelmente acabar."
"Do deserto do norte devia chegar a sorte, a aventura, a hora milagrosa, que, pelo menos uma vez, cabe a cada um. Para essa vaga eventualidade, que parecia tornar-se cada vez mais incerta com o tempo, os homens consumiam ali a melhor parte das suas vidas."
"Mas já havia nele o torpor dos hábitos, a vaidade militar, o amor doméstico pelos muros cotidianos. Quatro meses haviam bastado para amalgamá-lo ao monótono ritmo do serviço."
Comentário: O livro fala muito a respeito do tempo, que o tempo passa depressa que nem percebemos, e no fim todos nós vivemos um deserto dos tártaros em nossas vidas, sempre á espera de uma aventura ou de uma conquista que muitas vezes nem vem. Por exemplo: "conquistei carro tal, mas o legal seria ter aquele outro mais moderno, conquistei uma casa, mas queria aquela um pouco maior.". Quase nunca estamos satisfeitos com o atual momento e esperamos que o futuro seja melhor, mais promissor o que as vezes pode não ser e pode ser até pior. No caso do drogo ele sempre esperava uma possível batalha, em entrar em ação e defender o forte de inimigos estrangeiros, sempre em alerta para qualquer coisa que eles observassem fora do muro. O que nunca acontecia e tinha que lidar com a vida monótona atrás dos muros.
Faz ter a reflexão também sobre quem prefere viver a vida sozinho, o drogo até o final acaba ficando sozinho e tendo que lidar com o fim da sua vida só, é uma ótima leitura e faz ter boas reflexões á respeito da vida e do que estamos fazendo com ela.