30-06-2024, 06:30 PM
Avaliação do Tópico:
Que livros estão lendo?
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02-07-2024, 09:46 AM
Estou lendo O Gene Egoísta novamente.
02-07-2024, 05:56 PM
Dois livros devidamente terminados
O Manacorda era um comunistão raiz do PCI, um bom conhecedor do Gramsci e dos seus aspectos, dá para entender bastante práticas do Gramscismo em torno de seus pensamentos sobre a educação. Wolfgang Smith é brabo demais! Especialmente na crítica a uma ideia de ciência moderna, tem lá seus flertes com as gnoses, mas vale bastante a leitura.
10-07-2024, 09:29 PM
Essa semana eu vou tentar (já estou tentando, na verdade) ler mais de um livro por vez, como eu fazia nos meus tempos áureos de leitor.
Vou deixar os que estou lendo e, assim que for terminando, venho dar meu parecer (se é que isso importa). São: Atos dos Apóstolos (NT) Comecei a ler a Bíblia pela quinta vez eu acho, dessa vez pretendo terminar (eu nunca passo do Novo Testamento). Atualmente estou lendo o Ato dos Apóstolos, espero terminar até o final dessa semana. Diferente das outras vezes, dessa vez eu não estabeleci meta de capítulos ou páginas. Às vezes leio umas três páginas, outras leio três capítulos, e assim vai. Ainda com dificuldade de meditar com sinceridade na Palavra, principalmente nas orações, mas é o que é. ================ O Salto do Gato (ou The leap of the cat [tá certo isso?]) Essa porra desse livro é para crianças, mas eu vou começar a ler pq tô tentando aprender inglês e encontrei algumas edições de livros infantis bilíngues ================ Um Café com Satoshi - Felipe Sant'Ana Esse cara é brabo no mundo das criptos, principalmente em BTC. Consegui o livro dele e, como estou estudando o assunto, vou ler com calma, já que parecer ser um livro bem fácil, interessante e tranquilo de ler. Bom, pelo menos nas 15 páginas que eu já li. ================ O Estranho Caso do Doutor Jekyll e do Senhor Hyde Eu vi algum comentário sobre esse livro em algum lugar, nem sei se foi aqui no fórum, mas fiquei interessado pelo nome e fui pesquisar. A sinopse me agradou mais ainda. Citação:Escrito em 1886 pelo escocês Robert Louis Stevenson, o clássico conta a história de Utterson, um advogado que acompanha os horrores acontecidos em Londres no final do século XIX por um misterioso homem que comete crimes e provoca a polícia metropolitana.
Mateus 21:22
12-07-2024, 04:31 PM
Estou lendo esse, acho que vi em um blog ou aqui nesse tópico mesmo como recomendação do @Héracles
Por enquanto achei interessante que é um livro que aborda a teoria, porém não deixa os conselhos práticos de lado. @Héracles, poderia dar a visão que você teve sobre esse livro? Se aplicou as técnicas e sentiu alguma diferença no dia a dia?
" Por mínimo que seja o que um homem possua, sempre descobre que pode contentar-se ainda com menos."
12-07-2024, 09:10 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 12-07-2024, 09:17 PM por Bastardo.)
Bom, esse ano já li alguns livros, o primeiro deles foi escrito por alguém proximo, em que fiz a total revisão do mesmo e não irei revelar, os demais segue abaixo;
2 - A Educação da Vontade - Jules Payot 3 - Manuel do CEO - Josh Kaufman (Esse li 150 Paginas de 400, logo retornarei) 4 - O Antigo Regime e a Revolução - René Remond 5 - Brasil a Ultima Cruzada - Brasil Paralelo 6 - Las primeras Eras de la Tierra - G. H. Pember (Terminando) 7 - Invasão Vertical dos Bárbaros - Mario Ferreira dos Santos (Começando) Nesse tempo também encontrei uns HQ's de Conan o Bárbaro, e achei impressionante a quantidade de Reais que tem em uma HQ, também é uma experiencia nova pois ninca tinha lido nenhum tipo de Quadrinhos, Hq's, Gibis e tudo isso, mas essas gostei bastante, li somente duas revistas na qual tem varias historias. Vale a pena a quem gosta. Alguns outros livros li mais para obter alguma informacão em especifico. Proximos livros que pretendo para finalizar essa primeira parte do ano será: Como ser um conservador - Roger Scrutom Como ouvir e entender Música - Aaron Copland Após isso irei para aréa das ciência naturais focarei em terminar meus livros de Astronomia. Passei, vi e, ao contrário deles, venci.
15-07-2024, 03:19 PM
(12-07-2024, 04:31 PM)Dark_Painter01 Escreveu: Héracles, poderia dar a visão que você teve sobre esse livro? Se aplicou as técnicas e sentiu alguma diferença no dia a dia? Pois bem, para mim esse livro teve uma importância ímpar. Na época eu estava tentando entender melhor toda essa "espiritualidade" oriental, lia muitas coisas relacionadas a esse tema e sem dúvidas essa obra foi a mais importante no sentido prático da coisa. Considero ele importante para qualquer um mesmo fora do prisma religioso. Os motivos que me lavam a declarar isso são, em primeiro lugar, que o autor explica de uma maneira bastante clara e objetiva a forma "maniaca compulsiva' que a nossa mente opera na modernidade... estímulos de toda a parte, um pensamento incessante que nunca termina desde o primeiro minuto que você acorda até a hora de dormir, pensamentos completamente desconexos, mutias vezes prejudiciais, que vão sugando a sua energia silenciosamente e agravando possíveis transtornos mentais, alimentando a ansiedade. Independente de sua crença, acho que todos devemos concordar que "dar um tempo" de pensar é algo que faz bem a sua saúde em geral. A proposta do livro é basicamente isso: aprender a parar de pensar a todo minuto. Indo mais além nisso, evidentemente a sua atenção será substancialmente melhorada. Atenção esse que talvez te falte para fazer coisas importantes, atenção essa que faz com que você suporte tarefas entendiantes, atenção essa que te faz ser uma pessoa menos impulsiva. Em segundo lugar, ele aborda as diversas técnicas de meditação, mas o que eu gostei é que é uma visão prática da coisa, sem a necessidade de ritos. Você simplesmente experimenta as técnicas e descobre alguma que lhe seja mais apropriada. Quanto a mim, a que surtiu mais afeito foi uma meditação sem objeto (que eu não me recordo o nome) onde, após algum tempo de prática, eu conseguia ficar mais de hora sentado na mesma posição sem se mover. A título de curiosidade, a meditação prestando atenção na respiração, que é a que todo mundo aprende no começo é uma meditação com objeto, a qual nunca me adaptei bem. Ao aprofundar na meditação, você irá perceber que os pensamentos surgem sem a sua vontade, eles são, literalmente, aleatórios, e seguem suas emoções do momento. A medida que a sua mente se acalma, esses pensamentos vão se espaçando cada vez mais até o silêncio absoluto, que é o que promove a cura propriamente dita. Você não percebe mais o tempo, nem o seu corpo separado do resto, não sente dor, enfim ... Mas a de se tomar cuidado de não cair de cabeça nessas filosofias orientais, que acabam deixando o sujeito meio passivo em demasia, e além do mias, são coisas para pessoas já bem estruturadas na vida - ou dito de outra forma, modinha de burgues de capital - . Como eu disse, mesmo se você for de outra religião, ou sem religião, aprender alguma técnica verdadeira de meditação (digo verdadeira porque a tal meditação guida que está na moda é pura belela) irá te ajudar no seu estresse, na sua ansiedade, na sua concentração em outras coisas e principalmente, você perceberá de onde e como seus pensamentos surgem. As imagens repetidas de alguma coisa revelam alguma coisa a qual você está muito apegado. Antigamente eu fazia todos os dias, hoje, depois de ter aprendido melhor como a minha mente funciona, faço em dias que me sinto muito aflito ou ansioso. Em resumo, esse continua sendo um dos livros mais importantes que eu já li. "Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram." (Xeones para o rei Xerxes)
18-07-2024, 06:50 AM
Estou lendo o livro de Provérbios novamente, a leitura desse livro e de eclesiastes anualmente resolveria a vida de muita gente aqui na terra, papo reto.
E por fim a ARTE da GUERRA- Sun Tzu
Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem.
Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. 1 Coríntios 11:8,9
19-07-2024, 03:08 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 19-07-2024, 03:10 PM por Héracles.)
Ontem eu terminei o seguinte livro:
Me pareceu um daqueles livros “escritos com sangue”... temos a impressão de sermos profundamente íntimos do narrador, que discorre em um prosa leve, rápida e principalmente, sincera até o ponto de nos causar um certo desconforto ou “vergonha alheia” como alguns podem preferir.
Basicamente, conta a história de um professor de filosofia, desiludido com a vida em todos os aspectos possíveis e imagináveis e que apesar disto, não se deixa cair em um estado de tristeza latente ou amargura profunda. É a história de um cara que simplesmente aceitou que a sua vida não teve nada de “grandioso”, nada de muito especial, que percebe que a sua existência ou não existência não será percebida por ninguém além da sua cachorra de estimação, e tendo essa certeza como plano de fundo, o sujeito decide acabar com a própria vida voluntariamente, antes que a sua condição física e mental se torne uma coisa vulgar, uma “imoralidade”, uma “agressão” ao conforto e ao teatro de felicidade constante emulado por todos a sua volta.
Como sempre, trazendo para o prisma realista, a história desse sujeito é a história de um casamento trágico, e a deterioração desse relacionamento com todas as suas nuances e detalhes são narrados extensivamente ao ponto de como eu disse, nos evocar um bocado de pena e indignação com tudo que houve. Com o passar dos anos de convivência ela começou a se ver muito superior aquele professorzinho de filosofia sem perspectivas, que aceitava de bom grado ser passivo em relação às decisões que deveriam ser tomadas pelo casal, e a partir disso podemos imaginar o que aconteceu a seguir.
Entretanto, mesmo depois de uma uma separação terrivelmente turbulenta, ele não consegue evitar de nutrir uma admiração meio que ressentida da sua ex mulher, e isso é algo que o machuca profundamente pois lhe é inevitável... sempre a descreve como linda e muito competente no que fez, muito superior a ele mesmo sendo isto um dos elementos centrais do seu ressentimento por ela.
Nas suas palavras, ela era uma pessoa "inculta" comparada a ele, havia lido poucos livros e sabia de questões complexas apenas o básico necessário para enganar os ouvintes, porém ela se dava muito melhor na vida social, tinha uma carreira prestigiada, pois sabia o que dizer e como dizer. Mesmo sem gostar dela de fato, ele ainda sentia uma atração sexual fortíssima pela ex esposa, e inclusive tem um episódio "constrangedor" para quem lê pela frieza da situação, entre ele e uma prostituta parecida com a mulher. Aliás, esse livro dá uma boa perspectiva de como é uma coisa humilhante para o homem precisar, necessitar ir atrás de prostitutas que nunca deixam de olhar com desprezo os miseráveis que procuram os seus serviços.
Uma coisa que me chamou a atenção foi uma sentença dela, relativo ao sexo, que não gostava de ser penetrada por trás (de 4 no caso) pois achava que essa posição era "humilhante" para as mulheres em geral devida a evidente submissão ao homem. Sim, ela se dizia feminista, porém meus nobres, temos um desfecho tragicômico com todo esse "empoderamento feminino".
Lá pro final, já a muito separado, a descrição do relacionamento com a sua nova “companheira” foi algo que me impactou um bocado pelo absurdo e ao mesmo tempo, naturalidade da coisa. Sem querer dar spoilers, me limito a dizer que é um relacionamento que vem se tornando o novo normal na nossa sociedade encaixotada, e se fossemos sempre sinceros um com os outros, notaríamos que talvez não seja algo aparentemente tão incomum.
Ele teve um filho com essa ex mulher, e o seu desprezo pelo filho obtuso e inteligência limitada até nos causa uma certa surpresa e espanto pela dureza das suas palavras utilizadas para descreve-lo... apesar disso, não tem dúvidas que ama o filho mesmo sendo profundamente decepcionado com tudo que ele faz e fará. Ele tem a certeza que o seu filho será, assim como ele, apenas mais um carinha comum sem nada de relevante. Inclusive considera que a educação que ele deu ao filho é um dos grandes motivos para o que ele acabou se tornando. Essa noção realista sobre os próprios filhos foi uma coisa que me agradou e talvez seja uma coisa que todo sujeito que for pai precise ler.
Ele também descreve o seu relacionamento com a mãe acometida por alzheimer, como essa doença é cruel... e da fascinação e ódio que nutria pelo pai. Paradoxos, muitos paradoxos e incongruências, justamente por isso essa obra é tão boa, é uma narrativa genuinamente humana!
Além disso, somos levados a refletir sobre como a histeria política e a religiosa são em muitos sentidos, algo bastante ridículo e cômico de se perceber, de como é difícil à convivência com pessoas que estão polarizadas em um dos, ou em ambos os aspectos, de como essa cegueira seguramente significa falta de uma inteligência mais refinada.
Um ponto que me pegou profundamente foi às observações sobre como ele sempre leu muito na vida, tinha um conhecimento e um nível cultural muito acima da média, mas nada disso lhe serviu de algo realmente significativo, apenas como embuste para uma pose de superioridade em alguns círculos. Corriqueiramente eu tenho esse tipo de reflexão, pois também leio bastante, muito mais que a média, e amiúde eu tenho essa mesma impressão: de que diabos adianta tudo isso? Ninguém liga para cultura ...
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram." (Xeones para o rei Xerxes)
19-07-2024, 10:06 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 19-07-2024, 10:08 PM por Matuto Paulista.)
(19-07-2024, 03:08 PM)Héracles Escreveu: Ultimamente, tenho refletido bastante no ponto que mencionou e destaquei de vermelho. Cultura, te abastece de repertório e um poder de percepção aprimorado... e isso é desejável. Mas perceber com clareza os desdobramentos das relações sociais, as vezes parece uma benção, e muitas vezes, uma maldição! Tudo tem estado tão previsível e monótono, inclusive, relacionamentos mais íntimos em ciclos mais restritos. As vezes parece que nada mais vai te surpreender, as pessoas só agem de maneira mecânica e apesar de saber que ninguém é obrigado a dar um significado para sua vida (não é esse o ponto), o complicado é que isso vem tornando as relações enfadonhas! Tenho lutado contra o desejo de me isolar em excesso, mas socialmente, nada mais parece satisfatório. Pode parecer contraditório com o que normalmente eu relato no fórum, mas na verdade não é. Quando estou distraído, realmente deixo "a vida me levar", mas quando paro para pensar, esse paradigmas me perseguem. Não sei se tem resposta pra isso. Vou tentar encontrar uma, se houver.
"Paulistarum Terra Matter..."
20-07-2024, 02:28 PM
O que foi visto não pode ser desvisto
O despertar não permite voltar a dormir, para que serve isso tudo? Para a próxima vida .
Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem.
Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. 1 Coríntios 11:8,9
20-07-2024, 04:00 PM
(20-07-2024, 02:28 PM)Luiz Escreveu: O que foi visto não pode ser desvisto "Sorte" de quem acredita nestas coisas.
"Paulistarum Terra Matter..."
20-07-2024, 08:16 PM
Eu parei de ler filosofia.
Depois fui pra livros catolicos. E no final entendi que virtude é pura besteira, importa é a técnica. E agora eu to lendo literatura comum mesmo, se me gosta mantenho o livro caso contrario passo. Tentei ler o cortiço mas nao consegui (por exemplo) porque achei muito chato o fato do cortiço ser um personagem por si só, oque torna a narrativa extremamente descritiva, coisa que acho um porre.
20-07-2024, 09:02 PM
(20-07-2024, 08:16 PM)Spextro Escreveu: E no final entendi que virtude é pura besteira, importa é a técnica. Se importaria de explicar o que quis dizer? Não é ironia, realmente não entendi.
"Paulistarum Terra Matter..."
21-07-2024, 12:18 PM
(20-07-2024, 09:02 PM)Matuto Paulista Escreveu:(20-07-2024, 08:16 PM)Spextro Escreveu: E no final entendi que virtude é pura besteira, importa é a técnica. A virtude é uma sombra vazia, pode ser usado tanto pela mal quanto pelo bem, por causas politicas, e ultimamente vem sendo usada como ferramenta de marketing. Existe a sinalização de virtude como ferramenta da esquerda, quando se defende causas raciais e de gênero em redes sociais. Como ferramenta catolica quando geram um pânico moral, e advertem que a cura pros grandes males (principalmente da classe média) é cuidar de suas famílias, frequentar missas, comprar terços e ler livros católicos. Pode ver aqui nesse forum o tanto de arrotadores de virtudes anônimo que aqui frequentam, adoram discutir a modernidade mas em nada praticam ou discutem verdadeiras melhorais. Uma confraria é uma excelente forma de se ter um objetivo comum e alcançar bons resultados. Portanto virtude como teoria em nada ajuda a sociedade nem o individuo. Por isso que o importante é a técnica, aprendi isso lendo santa tereza de avila. Em nada ela em momento algum citou ou mencionou virtude alguma, mas discorreu sobre tecnicas para se alcançar uma vida espiritual e plena. Eu não sei bem discorrer melhor sobre essa questão, tenho pra mim mais como uma visão interior, nem sei consigo bem expor em palavras, afinal não sou um pensador ou catedrático, mas tenho a impressão que discutimos demais virtudes e muito pouco solucões, nao falo no forum mas sim em toda sociedade.
21-07-2024, 10:02 PM
As pessoas não ligam para a leitura assim como não ligam para a fé, para um bom estado físico, um bom estado mental, economia, e por aí vai.
Ora, nem por isso é prudente deixar de orar (para quem acredita), treinar, cuidar da mente e tudo mais... Agora, uma coisa é certa (deixando a fé de lado ([o sentido de que devemos buscar a Cristo]): nada é tão avassalador quanto o conhecimento. O conhecimento é avassalador pois te dá liberdade, ao passo que, ao mesmo tempo, te deixa solitário. O conhecimento é avassalador pois te dá clareza, ao passo que, ao mesmo tempo, te deixa angustiado. E quando digo conhecimento, é a busca pela conhecimento em si, a busca pela verdade, e todas essas questões. O mundo lá fora - leia-se pessoas do nosso convívio - não liga se você sabe o que é Bitcoin, se você já leu Shakespeare e Dostoiévski ou se você aplica os ensinamentos de Nessahan Alita em sua vida. Na verdade, elas não fazem ideia do que são "essas coisas"/pessoas. Eu já não tento mais brigar contra esse sentimento como tentava há alguns anos. Aos poucos percebo que isso é inútil, pois a partir do momento que você começa a se libertar das matrixes, esses pensamentos tornam-se intrínsecos: "eu estava mais feliz sendo ignorante e enganado, agora que eu sei (tenho conhecimento), estou triste e deprimido". A escolha é individual. No mais, para encerrar meus centavos e voltar ao tema central do tópico, percebo que o camarada @Matuto Paulista está num momento da vida onde esses questionamentos estão mais aflorados. Talvez vivendo uma espécie de o Homem do Subsolo em vida real (pelo menos pelos comentários aqui no reduto). Se serve de alento, na medida em que você vai absorvendo tudo e o tempo passando, você vai conseguir discernir melhor as coisas e aprender a conviver com as futilidades mundanas. Não é necessário fazer parte delas, mas conviver com elas sim. =================== Bom, no meu último comentário, eu havia dito que estava lendo Ato dos Apóstolos, pois havia começado a ler a Bíblia pelo Novo Testamento. Eu não consergui terminar, pois comecei a ler Gênesis também. Ainda vou definir se continuo no NT ou se continuo no AT. Terminei de ler também O Pulo do Gato (The Leap of the Cat). Tem umas 10 frases só o livro Baixei alguns outros livros melhores em inglês para ir treinando e aprender. Não obstante, também terminei de ler o Café com Satoshi, do Felipe Sant'Ana. Esse sim, espetacular. Eu acredito que seja um livro incrível para quem está começando os estudos sobre Bitcoin. O Felipe Sant'Ana manja demais de BTC e criptomoedas. A linguagem do livro é extremamente simples e fluída. Apesar das quase 250 páginas, a leitura é tão fluída e dinâmica que em dois dias dá para finalizar. E deixo uma observação: ao longo dos capítulos, ele vai deixando vários livros e artigos como dicas de leitura. É uma material muito rico e importante de informações, pois são centenas de referências. Talvez eu faça algum comentário sobre ele nos tópicos sobre Bitcoins aqui no fórum.
Mateus 21:22
22-07-2024, 09:37 PM
Estou lendo o livro " Educando meninos" autor James Dodson, ótimo livro ao qual explica como educar filhos nos tempos atuais diante do progressismo. No livro tambem tem dados estatísticos sobre divórcios e os efeitos da ausência paterna na vida dos filhos ao longo da vida.
24-07-2024, 04:44 PM
Já faz um bom tempo que não resenho algum livro por aqui. Então hoje decidi sair da ociosidade e finalmente trazer uma contribuição ao tópico.
Recentemente, li "Os sofrimentos do jovem Wether" pela terceira vez. Ia viajar e precisava de um livro de bolso para passar as horas tediosas de viagem, então essa obra encaixou-se perfeitamente nesse propósito. E, claro, também combinou muito com o ambiente ao qual eu fui visitar. Eu já havia feito uma resenha desse livro anteriormente. No entanto, ela ficou demasiadamente extensa e superficial. Agora, após ter lido "O crepúsculo dos Ídolos", do Nietzsche, pude compreender certas nuances que outrora não havia percebido. Aliás, o bigodudo elogia veementemente o Goethe, o considera o maior alemão de todos. E definitivamente ele está certo. O tal livro é um romance epistolar, escrito em 1774, que conta a história de Wether, um jovem sentimental e impetuoso que se apaixona por Carlota, uma moça comprometida com Alberto. Não tendo seu amor correspondido, o protagonista se afunda em um vazio existencial e em angústia, e termina com um final trágico. Essa obra mistura verdade com mentira, já que o próprio Goethe se apaixonou por uma Carlota, que também era comprometida. O final do livro é inspirado em um amigo de Goethe, Karl Jerusalém, que também teve um fim trágico por conta de uma impetuosa paixão. Tudo o restante, os fatos imaginário, foram construídos poeticamente, e ai reside sua maior beleza. O fato é que Goethe colocou muito de si em Wether, não obstante, de forma exagerada e até caricaturesca. Obstinado, de uma sensibilidade singular e um amor incondicional à natureza, esse é Wether (e Goethe, é claro). Também no livro estão contidas diversas ideias do próprio Goethe, contadas pelo seu personagem. As principais seriam com certeza sua critica ao iluminismo e a valorização exacerbada da razão, a racionalização da arte, ao moralismo, e, talvez esteja contido ali uma critica ao próprio movimento que o livro pertence, o romantismo. Após essa terceira leitura, pude perceber porque Nietzsche estimava tanto Goethe. A valorização da sensibilidade, dos instintos, da natureza, bem como a sua critica aos moralistas, tudo isso é muito similar as ideias de Nietzsche. Não concordo com boa parte do conteúdo do livro, por achar assaz exagerado, contudo, a questão da sensibilidade me fez refletir. Eu passei por uma fase de muita repressão de meus próprio sentimentos, tudo isso em prol de me tornar mais forte, de não ser dominado por minhas emoções. E eu não percebia como eu estava me destruindo, afogando em angústia e indiferença. Após a leitura desses dois filósofos, pude finalmente compreender que deve haver um equilíbrio entre a razão e a sensibilidade, para que um não sabote o outro. Cada uma dessas faculdades tem sua serventia e importância, cada qual com sua função e utilidade tanto fisiológica, como existencial. Atualmente, busco me compreender melhor, e viver com mais leveza e espontaneidade, sem reprimir ou exagerar demais. A auto disciplina é um processo árduo, mas recompensador. O nosso problema central está em pensar que uma faculdade é melhor que a outra, eis ai nossa desgraça! Gostei muito da escrita de Goethe e pretendo comprar mais livros do mesmo, pois, realmente, Nietzsche foi preciso quando considerou esse homem um grande espírito.
A sorte favorece os audazes
24-07-2024, 05:59 PM
(21-07-2024, 12:18 PM)Spextro Escreveu:(20-07-2024, 09:02 PM)Matuto Paulista Escreveu: Se importaria de explicar o que quis dizer? Entendi, você abarcou muita coisa neste ponto de vista. Obrigado pela resposta.
"Paulistarum Terra Matter..."
24-07-2024, 06:03 PM
(30-06-2024, 06:30 PM)Vital Escreveu: Agora estou lendo este livro: Acabei de ler este livro. Este livreto reproduz uma palestra do Visconde de Santa Clara de Avedillo, José de Yanguas y Messía, distinto combatente católico do século XX. Seu conteúdo versa sobre a propriedade privada, geradora de direitos e deveres para quem a detém, conforme os ensinamentos da Igreja Católica. É importante tratar desse assunto, porque alguns fiéis deixam-se influenciar pelo liberalismo e ficam surpresos quando descobrem que o direito à propriedade não é absoluto – algo que a Santa Igreja ensina há séculos. Eu poderia citar várias encíclicas, mas desta vez prefiro comentar essa conferência, intitulada "Conceito cristão de propriedade". A conferência ocorreu no auditório da Real Academia de Jurisprudência e Legislação. Superada a parte introdutória, Yanguas Messía começou por lembrar aos presentes que Deus espalhou riquezas pela Terra para que elas servissem às necessidades da humanidade – a chamada destinação universal dos bens. É fato que as ideologias socializantes tiram proveito desta verdade para legitimar suas pautas, mas tais pretensões não resistem a um confronto com o Magistério da Igreja, que teve a sabedoria de condicionar os direitos dos particulares às exigências do bem comum, atribuindo ao Estado a missão de arbitrar conflitos e intervir na ordem econômica em defesa dos interesses nacionais. Por estar subordinado ao bem comum, o direito à propriedade não é absoluto, como imaginam os prosélitos do liberalismo. Acontece que nem sempre é fácil definir quando e como este direito deve sofrer restrições. Yanguas Messía classificou-as em três categorias: limites de caráter econômico, jurídico e moral.
Limites de caráter econômico são aqueles destinados a coibir práticas prejudiciais ao funcionamento do organismo nacional – especulação, usura, cartelização, etc. Ao detectá-las, "o Estado tem de igual modo não só o direito, mas o estrito dever de atacar a enfermidade social". Um exemplo remoto pode ser encontrado nos decretos papais que autorizavam qualquer cidadão romano a cultivar terras alheias sem permissão do proprietário se elas estivessem ociosas, desde que o governo assim consentisse. O autor observa que os primeiros éditos desse teor foram expedidos por Clemente IV no século XIII e Sisto IV no século XV – 1474, para falar com exatidão. Acrescento eu que outros papas renovaram a disposição acima, alterando detalhes sem mexer na essência: Clemente VII, em Motu proprio datado de 27 de fevereiro de 1524, São Pio V, na bula 'Statuta nobilis artis Agriculturae', de 18 de setembro de 1566, Pio VI, em Motu proprio de 25 de janeiro de 1783, e Pio VII, em Motu proprio de 4 de novembro de 1801.
Os limites de caráter jurídico são aqueles ditados pelas necessidades da sociedade e doutros indivíduos. Na primeira modalidade entram as nacionalizações, geralmente feitas no interesse da segurança nacional ou por conta de eventos excepcionais, como calamidade pública. Em todo caso, manda o direito natural que o proprietário seja indenizado pelo governo. A segunda modalidade contempla situações em que é lícito requisitar a propriedade alheia para salvaguardar a vida humana. A prestação de socorro aos náufragos seria uma delas, pois em tal circunstância um navio particular pode ser tomado, usado no resgate e depois devolvido, sem que se configure qualquer injustiça.
Por fim, os limites de caráter moral são os mais importantes. Sobre a necessidade de impô-los não paira dúvida nem controvérsia. Compete à autoridade pública zelar para que não se faça da propriedade qualquer uso imoral – como sucede na produção televisiva, na fabricação de trajes femininos, nas casas de jogatina. A necessidade de repressão será tanto menor quanto mais católica for a população, pois quem assimila os valores cristãos faz deles sua norma de ação.
Como vocês podem ver, não existe a menor compatibilidade entre a filosofia liberal e a moral católica, porque esta se orienta para finalidades muito mais elevadas – na Terra e no Céu. Ela está separada do liberalismo por um fosso tão grande quanto aquele que separa o código da Nobreza da lógica do mercador.
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