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O mérito político do feminismo
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O mérito político do feminismo
Postado por The Truth na Quarta-feira, 12 de outubro de 2011.

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Embora o título pareça um elogio, ele não é. Esse post falará de uma das estratégias mais eficazes do feminismo. 

A grande estratégia do feminismo é agir nos bastidores. O feminismo não mostra a cara e esse é o grande mérito desse movimento. Isso é interessante porque o movimento ganha peso sem expor sua lógica mais profunda. Ou melhor, há até lampejos explícitos de ideologia feminista aqui ou ali, porém esse fenômeno é totalmente expresso pelos ditames do politicamente correto. 

As jornalistas falam de feminismo o tempo inteiro nos grandes jornais e portais da internet. E elas são espertas, pois elas nunca citam explicitamente o feminismo. Elas falam dos interesses humanísticos e gerais do feminismo, mas não explicam que isso é feminismo. Isso é um modo eficaz de expressão ideológica. De modo geral, o controle da mente passa pela exibição utópica de ideais humanistas.

Porém as políticas utópicas sempre serão usadas em nome de outras políticas menos utópicas e menos humanistas. O feminismo só aparece explicitamente na mídia justamente quando expõe o lado mais utópico da igualdade. Assim, o ideal humanista estaria expresso na seguinte frase: “Nós apenas queremos a igualdade de direitos!” Desse modo, todas as políticas feministas permanecem anônimas. A pessoa comum só tem acesso aos dados do politicamente correto. 

A internet realmente democratizou a informação de tal forma, que você pode ter acesso a dados que jamais teria através da televisão ou jornais. Hoje, qualquer pessoa pode superar a censura imposta pelo politicamente correto. Porém, quantas pessoas possuem motivação para ir além do dado midiático? Poucas certamente. Esse é o mérito do feminismo, pois ele dificulta de todas as formas o acesso à informação. 

As feministas não querem que as pessoas, principalmente os homens saibam o que é feminismo. Nisso, estou deixando claro que a versão politicamente correta do feminismo não é a expressão real do feminismo. Trata-se de uma versão distorcida, abstrata, versão feita com o objetivo de silenciar as motivações críticas das pessoas. Se não existir outra versão, além da versão politicamente correta, qual será o impulso crítico das pessoas? Por que elas vão questionar? 

As ideologias humanistas possuem grande força social. Então, o feminismo surge como uma ideologia humanista, preocupada não somente com a condição das mulheres, mas também com a saúde das relações de gênero. Tal ideologia parece atrativa aos homens. Criticar o feminismo seria quase um gesto de insensibilidade e uma falta de consideração com a dor das mulheres. Esse é o nível de abstração que a maioria dos homens tem contato. Os dados brutos sobre o feminismo permanecem escondidos e os dados abstratos, distorcidos sob a égide da utopia politicamente correta, permanecem escondidos. Em outras palavras, trata-se de uma propaganda ideológica que oculta os seus verdadeiros interesses políticos. 

O feminismo é uma educação subliminar, uma educação que age através de influências politicamente corretas. Os objetivos públicos e conhecidos são sempre humanistas e saudáveis. Porém, o maior mérito do feminismo é justamente apresentar um humanismo sem partidarismo. O humanismo feminista aparece deslocado de interesses políticos. O humanismo feminista surge como a representação de interesses humanistas gerais. 

O feminismo não precisa mostrar a cara, então sua força política não é ameaçada. Então, as pessoas possuem a ilusão de que tal movimento não existe. Mas esse é o verdadeiro interesse do feminismo. Ele quer permanecer anônimo. Se ele aparecer, suas vinculações políticas serão claras. Então, as pessoas começarão a questionar seus verdadeiros interesses. 

Quem manipula a verdade, manipula as pessoas. O povo só conhece a verdade politicamente correta. A manutenção desse status social de verdade depende da ocultação eterna dos poderes políticos que a produzem. Se o feminismo real não aparecer, sua verdade jamais será questionada ou criticada. Então, o feminismo continuará se expressando através das formas politicamente corretas e jamais será questionado. O povo ficará satisfeito com o nível de informação fornecido pelo politicamente correto e não irá atrás de questionamentos mais profundos. 

A função da crítica não é impedir a crítica feminista, ou reprimir o movimento feminista, mas sim expor o elo oculto entre o humanismo politicamente correto midiático e os interesses políticos reais e verdadeiros do movimento feminista. O feminismo quer que os homens pensem eternamente que tal movimento não existe. Na pior das hipóteses, o movimento é apenas um álibi de homens frustrados com a sua sexualidade, que criticam o feminismo sem conhecer os verdadeiros objetivos humanistas do mesmo. 

Talvez, a descoberta abrupta do underground dos humanismos midiáticos seja forte demais para alguns homens. Então muitos deles se perdem num extremismo desnecessário. É importante uma pedagogia para orientar o caminho da verdade. Sem essa pedagogia, muitos homens tentarão buscar a verdade por meios desastrados, sem a menor preocupação crítica. 

Então, temos aqui 2 funções básicas de uma crítica: 

1. Expor as conexões entre os humanismos midiáticos politicamente corretos e interesses políticos de grupos que atuam no underground da mídia e do Estado. 

2. Fornecer uma pedagogia adequada para evitar quer uma pessoa fique perdida no meio de um emaranhado de críticas e ideologias. 

É possível que essas duas coisas sejam quase impossíveis nos dias atuais. Na maioria das vezes, a verdade aparece isolada de explicações consistentes. Então, as pessoas culpam o feminismo por isso ou por aquilo, mas não sabem quais são as ligações entre uma coisa e outra. Nesse sentido, a crítica politicamente correta reassume o controle da situação e taxa como loucura ou paranoia, a crítica verdadeira sem embasamento. 

Essa estratégia feminista de esconde-esconde é tão eficaz, que funciona dentro do próprio movimento feminista. Ou seja, as feministas leigas e novatas permanecem iludidas e alienadas pela versão politicamente correta do feminismo. Então, elas reproduzem a versão politicamente correta, mas já possuem a consciência plena da existência de um movimento ideológico que luta pela “igualdade”.

O nível de consciência política das mulheres que ingressaram no feminismo hoje é o mesmo de qualquer mulher que assiste televisão e lê blogs e portais de noticiais. Muitas mulheres permanecerão anos e décadas com esse mesmo nível de consciência. O triunfo publicitário do feminismo está garantido pelos seus agentes midiáticos.


Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.
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