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Que livros estão lendo?
Li recentemente o livro A Arte de Viver do Epitecto.

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A mensagem do livro é transmitida em uma linguagem simples e direta. Sem rodeios. Estilo o livro A Arte da Guerra. O que eu achei bem produtivo. O pessoal tem mania de ficar enfeitando demais a mensagem que quer transmitir, falando de forma rebuscada e literária demais. Dando voltas e complicando o simples em vez de ir direto ao ponto. Se a mensagem é realmente boa, não precisa de todo esse enfeite. E essa simplicidade sem rodeios desse livro eu acho muito melhor.

Esse autor aí foi mestre de Marco Aurélio, que foi imperador romano, que absorveu muitas de suas lições e foi inclusive autor do livro Meditações que falamos nesse tópico AQUI

Em alguns lugares dizem que ele é um dos mais brilhantes mestres que já existiram e que produziu uma das mais brilhantes obras de sabedoria que a civilização já possuiu. Porém, na minha opinião, não se iguala nem de perto com o que Salomão produziu 1000 anos antes de forma mais profunda e completa nos livros de Provérbios e Eclesiastes da Bíblia. As lacunas que Epitecto não conseguiu completar Salomão já tinha completado em sua época.

Basicamente o livro do Epitecto focou em 3 temas, ensinando de forma prática como alcançá-los: 
1. Dominar os desejos.
2. Desempenhar bem as obrigações.
3. Aprender a pensar com clareza.

Uma das lições interessantes do livro é aprender a focar no que realmente podemos controlar. 


Citação:Algumas coisas estão sob nosso controle e outras não. Então foque naquilo que está sob o seu controle e aceite que o que pertence aos outros é problema deles, e não seu. Treine para não se preocupar com qualquer coisa fora do seu controle.

Sob nosso controle:
>Nossas opiniões, aspirações, desejos. Coisas que nos causam repulsa ou desagradam. Estão sobre nossa influência direta. Coisas internas.

Não estão sob nosso controle:
>O corpo que temos, se nascemos ricos ou pobres, se enriquecemos de repente, como somos vistos pelos outros e nossa posição na sociedade. Coisas externas.


E a outra lição interessante é a de aceitar as coisas como elas são e não como gostaríamos que fossem. 

Citação:Não são as coisas que nos perturbam, mas a forma como interpretamos seu significado. Podemos escolher como reagiremos a essas circunstâncias externas.
Não exija nem espere que os acontecimentos ocorram de acordo com suas expectativas. Aceite-os quando eles realmente ocorrerem.
As pessoas e as coisas não são como desejamos que sejam nem o que parecem ser. São aquilo que são.
Não tente fazer as suas próprias regras. Aceite as regras da natureza e se adapte a elas. (Comer de forma saudável, dormir bem, estude no horário que rende mais, coisas assim)
A vida e a natureza são governadas por leis que não podemos mudar.

É tolice desejar que um empregado, parente ou amigo não tenha defeitos. Isso é desejar controlar algo que foge do seu controle. No nosso controle está não sermos desapontados por nossos desejos e expectativas se lidarmos com eles de acordo com os fatos.

Li também o livro Vidas Secas de Graciliano Ramos

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O livro relata a história de uma família pequena extremamente pobre, simples e burra, que não sabiam nem falar direito (algumas vezes se comunicam por grunhidos ou onomatopeias). Tentando fugir da seca do nordeste para sobreviver. Aparentemente não dá para imaginar sair alguma coisa que preste de um enredo assim. Mas, eu fiquei surpreso com o livro porque o achei muito bom. 

O autor descreve o cenário com as plantas e animais da região, as roupas típicas e objetos que usavam e pelos nomes que as chamam lá, os personagens falam com sotaque carregado e com vários vícios de linguagem comuns e característicos de lá. Até as reflexões e comparações são baseadas em coisas comuns daquele ambiente. E o narrador também é bem seco e áspero nas descrições e narrações, o que é legal porque todo o ambiente do cenário em volta é bem árido, o que torna esse tipo de narração bem conveniente.

E tem muitas situações que pessoas sem estudo passam que foram bem retratadas no livro. O personagem em dado momento é injustamente preso e nem consegue desenvolver um argumento ou raciocínio básico para se defender, sendo que bastava explicar um pouco a situação que ele poderia ser solto, mas não consegue e fica ali somatizando aquela raiva interna dando murros na parede e grunhindo para descontar a frustração. Se atrapalha nos próprios pensamentos e não consegue desenvolver uma linha de raciocínio que saia do básico. Tem um respeito e temor exagerado de qualquer figura de autoridade. Coisas do tipo. Então, achei tudo isso muito bem construído. 


Citação:Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se aguentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes, utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclamações, onomatopeias. Na verdade falava pouco. Admira as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas.

Achei os dois livros muito bons.
“A maior necessidade do mundo é a de homens — homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo de seu coração, sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Ellen White, Educação, Pág 57.
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(24-03-2024, 05:05 PM)Libertador Escreveu: Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia...

O livro eu não li, não sei como é o estilo da escrita e etc, porém a história me remeteu a Cormac MacCarthy e suas histórias brutais passadas no velho oeste Norte Americano. Personagens embrutecidos e de poucas palavras, uma natureza inóspita, muita dificuldade para simplesmente se manter vivo. Esses contrastes e perspectivas com a nossa vida moderna são interessantes de se ter, especialmente pelo fato de termos tudo muito a mão, de estarmos muito "conectados".
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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O problema dos três corpos


[Image: 81JEoeOD4L._SL1500_.jpg?quality=90&strip=info&w=1024]


Ganhei este livro semana passada e por coincidência, no dia seguinte, saiu o seriado na NETFLIX referente a ele.

Iniciei a leitura, trata-se de ficção cientifica e aventura.
Confesso que quando recebi, subestimei um pouco, mas estou me surpreendendo! 

Depois eu volto com mais detalhes.
"Paulistarum Terra Matter..."
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@Bandeirante Paulista já ouvi falarem muito bem dessa série. Depois dê um salve aí para nós para vermos se o livro é bom mesmo.

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Esse ano estou bem fraco nas leituras, não havia lido praticamente nada.
Estou pretendendo voltar ao ritmo de pelo menos um a cada 15-20 dias. Pelo menos um por mês.

Para tanto, terminei de ler o Bitcoin Red Pill, do Renato Amoedo e Alan Schramm.

Como eu sou um analfabeto funcional nesses assuntos, deu até dor de cabeça esse livro Gargalhada

Fui totalmente convencido e já estou estudando mais sobre o assunto para poder, finalmente, comprar meus bitcoins (leia-se frações de bitcoin Gargalhada)

====
Para voltar à pegada da leitura, escolhi um da esgotosfera para pegar ritmo. Daqueles que bem suburbanos mesmo.
Estou lendo O Eterno Marido, do Fiódor Dostoiévski.

Trata-se do reencontro do eterno marido (agora viúvo) com o ex-amante de sua donzela puritana (estavam querendo fazer uma votação de maior mangina do ano, quem vencer pode ler esse livro com sorriso no rosto GargalhadaGargalhada).
Aparentemente, muita desgraceira ainda será revelada, o que é ótimo, diga-se de passagem.

O que me fez começar a ler (devo ter lido uns 20%) e já gostar é que o Dostói já mostra o quanto o personagem principal é desprezível/desprezado. Muitos livros da literatura russa são assim. 
Quase sempre são homens cultos, de sucesso, mas que por variados motivos acabam se prostrando ao esquecimento, desprezo, ócio, melancolia.
Veltchanínov, o eterno marido, é uma espécie de Ivan Ilitch, digamos assim.

====
Em paralelo, também estou lendo O Vinho Novo é Melhor, de Robert Thom.
Vou deixar a sinopse: "Esta é a história inspirativa de um homem que via o invisível, acreditava no incrível e recebia o impossível. A trajetória de Robert Thom prova que milagres acontecem ainda hoje.


O vinho novo é melhor apresenta o relato emocionante de como um marinheiro sul-africano e alcoólatra descobriu o cristianismo e foi transformado em um verdadeiro homem de fé, como os da Igreja Primitiva."
Mateus 21:22
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Estou lendo essa obra-prima no momento. Com certeza um dos melhores livros que já li sobre negócios. Que homem foi Rockefeller, um dos maiores
empreendedores que já existiu. Da infância pobre no interior, começando como auxiliar administrativo, ao homem mais rico do mundo.  

Não só isso, foi um dos poucos magnatas daquele período que prezava pela temperança (Não fumava, não bebia, não comia putas) Enfim, vale muito a pena.
Tudo oque te resta é o desenvolvimento pessoal.

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(26-03-2024, 09:45 PM)hjr_10 Escreveu: Esse ano estou bem fraco nas leituras, não havia lido praticamente nada.
Não sabe disso, mas li muitos livros por indicações suas neste post e é confortante saber que não sou o único que anda lendo pouco kkkkkk.

Esse ano venho lendo mais livros acadêmicos, o que me exige mais tempo pra digerir e refletir sobre as ideias.

Já na literatura estou travado em um clássico francês que não tem me agradado tanto, mas pretendo finalizar essa semana e mandar as considerações aqui no fórum.
Apreciador de cervejas, viagens e mulheres.
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Venho de 3 anos estudando com muito afinco para concursos. A jornada é muito árdua, mas rendeu bons resultados. Estou aguardando a convocação em um e esperando os resultados de outra fase para um importante concurso em SP.

Recentemente tirei férias para se "reencontrar", embora não o devesse (ainda). Tentar descansar a cabeça. O cansaço mental dos concursos é péssimo: você se sente como se fosse um zumbi. Acorda cedo para estudar e dorme tarde já se preparando para o outro dia. E assim vai, estudando até nos domingos. Pouquíssimo lazer. Mas sem sofrimento, não há vitória (e isso serve para quase qualquer coisa na vida). 

E só agora consegui voltar a ler alguma coisa. No mundo dos concursos você tem que ter uma dedicação e disciplina ímpar.

Nessas férias peguei um livro que li na adolescência e na época de ateísmo eu me sentia fascinado: "Eram os Deuses Astronautas" de Erich von Daniken. Claro que alguns questionamentos continuam interessantes (a edição original é de 1968) como o fato de todas as culturas do mundo - ou quase todas - terem suas versões do dilúvio bíblico e de outros 'mitos'. O autor quer acreditar (e defende) que várias obras da Antiguidade foram construídas "por" ou "com" auxílio de extraterrestres. Para ele, e explico de forma bem resumida, todas as obras 'sensacionais' dos antigos da América, África e Ásia não poderiam ser construídas sem o conhecimento de ETs. Muita balela, é claro. Não é porque nós - supostamente modernos - não conhecemos como algumas estruturas antigas foram construídas (as técnicas se perdem, devemos lembrar) que só poderiam ter sido feitas por dedos alienígenas. E claro que há muito etnocentrismo também e menosprezo por povos e culturas que o autor consideram 'primitivos'. É interessante ler novamente esse livro, agora como historiador de formação. Mas enfim, esse foi um dos livros que me fizeram ser um apaixonado pelo estudo da ufologia (que não é ciência, muito longe disso).

Agora comecei a ler os dois volumes do arcebispo norte-americano Fulton Sheen "Vida de Cristo" que há bastante tempo separei. 

Spoiler Revelar
[Image: 5594991.jpg]
Homens não são reféns das mulheres, mas reféns da própria libido.

Homem cafajeste merece mulher rodada. Ambos se completam.

Casamento nos moldes modernos é uma roleta russa, mas com todas as balas carregadas.
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