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O conceito de fetiche
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O conceito de fetiche
Postado por The Truth na Sexta-feira, 17 de junho de 2011.

[Image: txUWBSsK_t.png]


Acho que há muita confusão sobre esse termo aqui. O blog usa a ideia de fetiche num sentido diferente do sentido tradicional. Geralmente a ideia de fetiche é a expressão do prazer sexual através de formas inusitadas de comportamento. O fetiche geralmente está associado ao bizarro. Aqui, fetiche não tem nada de bizarro. Fetiche é uma característica que restringe o valor sexual do homem. O fetiche é o filtro do desejo feminino. Ou seja, a mulher fetichista não ama, ou sente prazer sexual fora desse filtro.

Muitos vão dizer que isso não é fetiche, mas simplesmente um “gosto”, ou um estilo. Não, não é. Gostos e estilos não são necessariamente restritivos. O fetiche é claramente uma restrição. A mulher que ama por razões fetichistas está restringindo o valor do homem. Os fetiches das mulheres podem ser muitos amplos. Isso parece ser uma contradição, mas trata-se de uma restrição que opera através de inúmeros filtros. Alguns filtros são mais importantes do outros. Isso significa que o cumprimento de algumas exigências fetichistas minimiza o descumprimento de outras exigências fetichistas.

A pegada é um exemplo de filtro do desejo feminino. Quando a mulher diz que o homem tem que ter pegada, ela está dizendo que não consegue sentir desejo sexual pelo homem fora dessa exigência. Tal exigência é claramente “fetichista”! Todas as exigências femininas que agem como filtros são exigências fetichistas. O fetiche exclui e desvaloriza os homens que estão fora das exigências do fetiche.

Outro exemplo de fetiche é a mulher que só valoriza o homem que tem carro. Esse tipo de exigência é claramente fetichista também. A mulher está dizendo que o homem sem carro não produz estímulos suficientes nela. Muitas mulheres possuem vários “fetiches” e nesse sentido, alguns são mais importantes do que outros. O fetiche não é uma exigência localizada e isolada, mas compreende também inúmeras exigências femininas restritivas.

A questão do sexo também pode ser explicada por esse conceito. O sexo que a mulher valoriza aqui não é o sexo bizarro. O que está sendo valorizado é o cenário sexual como um todo. Isso significa que o que a mulher valoriza no sexo não é o homem em si, mas a situação e todos os estímulos que a mesma produz. A mulher não quer o sexo cru, ela quer o sexo numa situação de mordomia e conforto. O fetiche é exatamente a ideia de que o sexo só interessante num cenário restritivo e especial.

Mas o fetiche não envolve o cenário somente, mas envolve também os períodos de um relacionamento. No início do relacionamento, o sexo pode ter um apelo interessante para a mulher, porque ela está disputando o homem, ou tem medo de perdê-lo. Ou seja, o contexto emocional nesse caso é responsável pela restrição sexual. Sem o apelo emocional e o apelo da angústia, talvez a mulher não sinta nenhuma necessidade de fazer o sexo ou levar o relacionamento adiante. O filtro nesse caso é contexto emocional, o drama amoroso do relacionamento.

Quando eu digo que a mulher não ama fora dos fetiches, ou não suporta o sexo fora dos fetiches, isso significa que tanto o amor, quanto o sexo só possuem valor para a mulher em condições especiais e restritivas. Situações normais, comuns, banais não produzem na mulher estímulos suficientes. O amor e o sexo só teriam valor para a mulher mediante estímulos suficientes. Mas os estímulos são suficientes quando eles estão de acordo com as exigências fetichistas femininas, que são exigências restritivas.

Agora podemos utilizar os alfas e os betas como exemplos. Por que os alfas são fetiches? Os alfas produzem estímulos suficientes nas mulheres. Esses estímulos atravessam o filtro das exigências fetichistas das mulheres. Já os betas são rejeitados pelo filtro dos fetiches femininos. Eles não produzem estímulos suficientes.

Quanto mais os homens produzem estímulos fetichistas nas mulheres, mais crédito eles possuem com elas. Quanto menos os homens produzem esses estímulos, mais eles precisam compensar essas limitações com mais estímulos até atingirem um nível de estimulação suficiente para as mulheres.

O fetiche é um bilhete para o “amor” feminino. O homem que satisfaz as exigências femininas fetichistas femininas consegue ser “amado”. É claro que o amor feminino nesse caso é um amor artificial. A mulher tolera o sexo com o homem enquanto o elemento fetichista estiver presente. O fetiche é também uma permissão para o sexo. Sem fetiche, o sexo perde o valor para a mulher e o homem perde o direito de transar com ela.

Os alfas realizam os fetiches femininos e por isso eles são “amados”. Os betas não conseguem cumprir muitas metas fetichistas e por isso são ignorados. As mulheres também possuem uma Matrix e essa Matrix é o mundo fetichista. Elas não conseguem amar fora desse mundo de estímulos artificiais. A mulher vive num paraíso emocional fantasioso. Ela não vive de realidade.

Se o mundo fetichista acabar, o sexo e o amor tornam-se imediatamente insuportáveis para a mulher. Na verdade, tudo o que elas valorizam no âmbito da sexualidade passa por intensas restrições e filtragens. As mulheres são insatisfeitas porque elas convivem o tempo inteiro com o risco iminente da perda das ilusões fetichistas. A Matrix feminina vive sob o risco de colapso o tempo inteiro. As mulheres querem manter um ciclo ininterrupto de experiências fetichistas até a morte.


Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.
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