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Resenha do conto ''Antes que cases'', de Machado de Asis
#1
Olá amigos de forum, hoje vou discorrer sobre um conto do grande Machado.
 Machado de Asis se é sabido, foi o maior de todos os escritores brasileiros, fico pasmo de como esse homem era criativo, pois a quantidade de obras que ele produziu é muito grande (um dia lerei todas!). Cada historia tem uma finalidade diferente, algumas tem um refinado humor, outras possuem uma sutil ironia, e em sua maioria, ele desenvolve uma critica ou ensaio sobre uma questão filosófica.
 No conto em questão, temos como protagonista um jovem sonhador, que almeja uma idealização de mulher ''perfeita'' na sua mente. Em um dos acasos da vida, ele encontra uma bela moça, na qual ele se apaixona,e, durante meses passa a adimira-la a distancia (pratica muito comum antigamente). Enfim, o homem compra uma casa ao lado da morada da mulher, e eles começam a conversar e transmitem juras de amor um para o outro. Porém, ao se casarem, a fantasia cai por terra, e a mulher se mostra uma pessoa vaidosa, que gosta de viver nas festas e comprar do bom e do melhor, o que não é compatível com as idealizações do moço.
 A historia tem uma pitada de humor marchadiano, e faz referencia a famosa historia do Romeu e Julieta, porém, sem muito romantismo, mas a realidade nua e crua. Com esse singelo conto, Machado nós lembra que devemos sermos pés no chão, e tomar cuidado com as idealizações romanticas, pois o sentimento turva a razão, assim fazendo o homem cometer loucuras por um amor fútil. Machado como sempre nós trazendo uma visão realista e sóbria da sociedade.
A sorte favorece os audazes
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#2
Gostei da iniciativa, mas para começar formate melhor esse texto. Não dá a menor vontade de ler as coisas bagunçadas e comprimidas como está.

Além disso, que tal trazer alguma reflexão APROFUNDADA sobre o texto ou uma análise COMPLETA? Você literalmente escreveu uma frase opinativa "achado como sempre nós trazendo uma visão realista e sóbria da sociedade." Esse resumo ficou com cara de copi pasta pronto da internet, com cara de relaxo e preguiça.

Tome os textos do @Héracles , @Libertador ou @Wild como referência e compare com o seu. Note o esmero, o esforço empenhado e melhore pra próxima. Não caia na tentação que aflige a sociedade, esse fenômeno twitter de escrever tudo em 140 caracteres ou menos. Use seu intelecto, articule suas ideias.

E para não falar que fugi do tema do tópico: sim, Machado vivia em um contexto totalmente diferente da distopia atual. Uma sociedade com papéis definidos, sem relativismos. Ele não era nenhum realista, apenas um cidadão comum que vivia em uma sociedade menos doente e sem o câncer progressista.
Um homem com escolhas é um homem livre.
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#3
(13-04-2023, 02:52 PM)Gorlami Escreveu: Gostei da iniciativa, mas para começar formate melhor esse texto. Não dá a menor vontade de ler as coisas bagunçadas e comprimidas como está.

Além disso, que tal trazer alguma reflexão APROFUNDADA sobre o texto ou uma análise COMPLETA? Você literalmente escreveu uma frase opinativa "achado como sempre nós trazendo uma visão realista e sóbria da sociedade." Esse resumo ficou com cara de copi pasta pronto da internet, com cara de relaxo e preguiça.

Tome os textos do @Héracles , @Libertador ou @Wild como referência e compare com o seu. Note o esmero, o esforço empenhado e melhore pra próxima. Não caia na tentação que aflige a sociedade, esse fenômeno twitter de escrever tudo em 140 caracteres ou menos. Use seu intelecto, articule suas ideias.

E para não falar que fugi do tema do tópico: sim, Machado vivia em um contexto totalmente diferente da distopia atual. Uma sociedade com papéis definidos, sem relativismos. Ele não era nenhum realista, apenas um cidadão comum que vivia em uma sociedade menos doente e sem o câncer progressista.

Obrigado pelas dicas, vou buscar melhorar, ainda não tenho muita experiencia na escrita, mas estou fazendo esses textos para treinar.
A sorte favorece os audazes
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#4
Concordo com o @Gorlami e vou deixar minha contribuição. 

Alguns pontos interessantes do conto é que o Machado de Assis expõe que os homens são ensinados a acreditar, desde aquela época e ainda hoje, que o casamento é o caminho para a felicidade e a realização. Ou seja, tratam a felicidade como um fator externo, mas o problema é que a felicidade é um estado interno, e que não pode ser encontrada em coisas externas como o casamento ou o amor. O que é um baita erro. E tudo na sociedade (filmes, músicas, séries, amigos) tentam nos empurrar que a felicidade genuína está em um fator externo, principalmente no famoso mito do amor romântico. Aí o personagem principal do conto se casa por pura pressão social e acaba infeliz e submisso.

Machado também mostra no conto que muitas vezes, os homens são levados a acreditar que precisam prover financeiramente suas esposas, mesmo que isso signifique se sacrificar em outras áreas da vida. Mas a personagem feminina do conto não valoriza o dinheiro do marido e o despreza por ser submisso. Além disso, ela é descrita como uma mulher egoísta e manipuladora, que usa o casamento para garantir sua própria segurança financeira e social. Ou seja, usava o homem para seu próprio benefício o que o destruía emocionalmente. O que convenhamos que é bastante comum.

Então até dá para tirar algumas lições realistas do conto:

1. A importância da escolha da parceira: No conto, o protagonista se arrepende de ter se casado com uma mulher que não compartilha de seus ideais e que o faz sentir frustrado e infeliz.

A escolha da parceira é um dos aspectos mais importantes na vida de um homem, pois a escolha errada vai levar a problemas emocionais, financeiros e sociais. Um homem deve, no mínimo, escolher uma mulher que tenha valores compatíveis com os dele e que seja capaz de apoiá-lo em seus objetivos e metas.

O problema é que a maioria das mulheres modernas é influenciada pelo feminismo e pela cultura do hedonismo, o que as torna menos propensas a ter valores tradicionais de família e relacionamentos. E a maioria das mulheres modernas busca sua realização pessoal em detrimento do relacionamento. Por isso, o homem precisa estar ciente dessas tendências e escolher uma parceira que esteja disposta a se comprometer com ele.

Os homens também precisam observar cuidadosamente o comportamento de uma mulher antes de se envolverem em um relacionamento sério, observando sua atitude em relação à família, amizades, trabalho e religião. Como eu disse, a escolha de uma parceira não pode ser baseada apenas em atração física ou conveniência ou pressão social como no conto.

Um homem precisa ser seletivo em sua escolha e não se contentar com uma mulher que não atenda aos seus padrões. Escolher uma mulher incompatível vai levar a conflitos e desgaste emocional, e a escolha cuidadosa de uma parceira é fundamental para um relacionamento mais saudável e duradouro. Mesmo assim, a escolha cuidadosa não é garantia de nada hoje em dia, mas já é um bom começo.

2. A importância do autoconhecimento: No conto, o protagonista se casa por pressão social e sem realmente conhecer a si mesmo e suas próprias necessidades e desejos o que gera muito problema pra ele.

O autoconhecimento é essencial para que o homem possa lidar de maneira adequada com as mulheres. Muitos homens têm uma visão equivocada de si mesmos e acabam se comportando de maneira inadequada nos relacionamentos. Precisam desenvolver sua própria identidade e não se deixar influenciar pelas expectativas da sociedade ou das mulheres. Precisam também aprender a valorizar a si mesmos e acreditar em seu próprio valor, em vez de buscar aprovação e validação delas. Isso pode ajudar o homem a estabelecer limites saudáveis nos relacionamentos e evitar comportamentos inadequados, como o excesso de ciúmes, a insegurança e a submissão.

Além disso, o autoconhecimento é importante para que o homem possa identificar suas próprias necessidades emocionais e evitar buscar suprir essas necessidades nas mulheres. Isso também vai ajudar a estabelecer um relacionamento mais equilibrado e saudável.

3. A necessidade de se impor limites: No conto, a esposa do protagonista o manipula constantemente e o faz sentir-se impotente.

As mulheres são naturalmente inclinadas a testar os limites dos homens, e é importante que os homens sejam capazes de identificar esses testes e estabelecer limites claros e firmes para proteger sua dignidade e integridade.

E embora possa parecer inicialmente difícil ou desconfortável impor limites, isso é fundamental para construir um relacionamento saudável e duradouro. Ao estabelecer limites claros, os homens demonstram autoconfiança e autoestima, o que é altamente atraente para as mulheres. Além disso, as mulheres respeitam homens que são capazes de se impor e manter limites, e isso leva a um relacionamento mais harmonioso e respeitoso para ambos os parceiros.

4. A importância de manter a independência: No conto, o protagonista se sente preso ao casamento infeliz e não consegue se livrar dele.

A independência é um aspecto crucial para os homens, especialmente quando se trata de relacionamentos com mulheres. A dependência emocional leva à submissão e à perda de controle sobre a própria vida, e os homens se tornam infelizes e insatisfeitos em seus relacionamentos por causa disso.

Manter a independência significa ter objetivos próprios, hobbies e amigos, e não deixar que a parceira domine completamente a vida do homem. As mulheres tentam controlar seus parceiros e limitar sua independência, seja por ciúme ou por insegurança, e os homens devem resistir a essa pressão e manter sua individualidade.

E a independência é um fator importante na manutenção da autoestima e da autoconfiança masculinas. Os homens que cedem ao controle de suas parceiras acabam se sentindo emasculados e desvalorizados, e isso leva a problemas emocionais cada vez mais graves.

Aí no conto está um exemplo curto de como a escolha errada de uma parceira, de impor limites e manter a independência em um relacionamento destroem a vida dos homens.
“A maior necessidade do mundo é a de homens — homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo de seu coração, sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Ellen White, Educação, Pág 57.
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#5
Sinceramente esse post do @Libertador foi o melhor post do ano.

De todos enumerados o mais importante na minha concepção é o autoconhecimento, é essencial o homem ter essa característica extremamente desenvolvida, isso facilita não só os relacionamentos com mulheres mas com amigos, família, colegas de trabalho e etc. 

- Você saberá escolher a parceira, pois sabe qual tipo de mulher te agrada.

- Impor limites, pois sabe exatamente erros que não tolera.

- Manter independência, pois sabe como se virar estando solteiro ou namorando, portanto tanto faz.

O ponto é que se um homem adentrar numa relação sem a habilidade do autoconhecimento, a tendência é ele se auto desconhecer cada vez mais conforme os anos se passam. Mulheres são ardilosas e extremamente perceptivas, elas conseguem reconhecer se um homem é tímido, cafajeste, autoconfiante, carente, extrovertido e etc. em questão de segundos, é impressionante. O homem que não tem o autoconhecimento é fraco de personalidade, quando a mulher percebe isso, ela molda ele conforme os seus gostos pessoais, até chegar no nível em que o cara estará numa coleira dando a patinha quando ela pede. 

Portanto, considero obrigatório ter essa habilidade bem desenvolvida antes de entrar em qualquer relação, ou você tem personalidade e dita as regras do seu tabuleiro ou você joga o jogo dos outros, sendo apenas um mero peão atravessando tabuleiros alheios.

Como desenvolver o autoconhecimento? Experiência de vida e dando prioridade a si mesmo sempre.
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#6
Tópico super promissor, marcando pra acompanhar.

Parabéns ao @Wesley de Mileto pela oportunidade da discussão. Com o tempo vais fazer textos que dão de 10 a 0 nos atuais. Todo esforço resultará em melhora.

Aos confras a máxima de sempre. Força e honra,
Citação:“Fortuna Perdida? Nada se perdeu... Coragem perdida?
Muito se perdeu... Honra perdida? Tudo se perdeu...”

(Provérbio Irlandês)
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#7
(14-04-2023, 03:03 PM)Libertador Escreveu: Concordo com o @Gorlami e vou deixar minha contribuição. 

Alguns pontos interessantes do conto é que o Machado de Assis expõe que os homens são ensinados a acreditar, desde aquela época e ainda hoje, que o casamento é o caminho para a felicidade e a realização. Ou seja, tratam a felicidade como um fator externo, mas o problema é que a felicidade é um estado interno, e que não pode ser encontrada em coisas externas como o casamento ou o amor. O que é um baita erro. E tudo na sociedade (filmes, músicas, séries, amigos) tentam nos empurrar que a felicidade genuína está em um fator externo, principalmente no famoso mito do amor romântico. Aí o personagem principal do conto se casa por pura pressão social e acaba infeliz e submisso.

Machado também mostra no conto que muitas vezes, os homens são levados a acreditar que precisam prover financeiramente suas esposas, mesmo que isso signifique se sacrificar em outras áreas da vida. Mas a personagem feminina do conto não valoriza o dinheiro do marido e o despreza por ser submisso. Além disso, ela é descrita como uma mulher egoísta e manipuladora, que usa o casamento para garantir sua própria segurança financeira e social. Ou seja, usava o homem para seu próprio benefício o que o destruía emocionalmente. O que convenhamos que é bastante comum.

Então até dá para tirar algumas lições realistas do conto:

1. A importância da escolha da parceira: No conto, o protagonista se arrepende de ter se casado com uma mulher que não compartilha de seus ideais e que o faz sentir frustrado e infeliz.

A escolha da parceira é um dos aspectos mais importantes na vida de um homem, pois a escolha errada vai levar a problemas emocionais, financeiros e sociais. Um homem deve, no mínimo, escolher uma mulher que tenha valores compatíveis com os dele e que seja capaz de apoiá-lo em seus objetivos e metas.

O problema é que a maioria das mulheres modernas é influenciada pelo feminismo e pela cultura do hedonismo, o que as torna menos propensas a ter valores tradicionais de família e relacionamentos. E a maioria das mulheres modernas busca sua realização pessoal em detrimento do relacionamento. Por isso, o homem precisa estar ciente dessas tendências e escolher uma parceira que esteja disposta a se comprometer com ele.

Os homens também precisam observar cuidadosamente o comportamento de uma mulher antes de se envolverem em um relacionamento sério, observando sua atitude em relação à família, amizades, trabalho e religião. Como eu disse, a escolha de uma parceira não pode ser baseada apenas em atração física ou conveniência ou pressão social como no conto.

Um homem precisa ser seletivo em sua escolha e não se contentar com uma mulher que não atenda aos seus padrões. Escolher uma mulher incompatível vai levar a conflitos e desgaste emocional, e a escolha cuidadosa de uma parceira é fundamental para um relacionamento mais saudável e duradouro. Mesmo assim, a escolha cuidadosa não é garantia de nada hoje em dia, mas já é um bom começo.

2. A importância do autoconhecimento: No conto, o protagonista se casa por pressão social e sem realmente conhecer a si mesmo e suas próprias necessidades e desejos o que gera muito problema pra ele.

O autoconhecimento é essencial para que o homem possa lidar de maneira adequada com as mulheres. Muitos homens têm uma visão equivocada de si mesmos e acabam se comportando de maneira inadequada nos relacionamentos. Precisam desenvolver sua própria identidade e não se deixar influenciar pelas expectativas da sociedade ou das mulheres. Precisam também aprender a valorizar a si mesmos e acreditar em seu próprio valor, em vez de buscar aprovação e validação delas. Isso pode ajudar o homem a estabelecer limites saudáveis nos relacionamentos e evitar comportamentos inadequados, como o excesso de ciúmes, a insegurança e a submissão.

Além disso, o autoconhecimento é importante para que o homem possa identificar suas próprias necessidades emocionais e evitar buscar suprir essas necessidades nas mulheres. Isso também vai ajudar a estabelecer um relacionamento mais equilibrado e saudável.

3. A necessidade de se impor limites: No conto, a esposa do protagonista o manipula constantemente e o faz sentir-se impotente.

As mulheres são naturalmente inclinadas a testar os limites dos homens, e é importante que os homens sejam capazes de identificar esses testes e estabelecer limites claros e firmes para proteger sua dignidade e integridade.

E embora possa parecer inicialmente difícil ou desconfortável impor limites, isso é fundamental para construir um relacionamento saudável e duradouro. Ao estabelecer limites claros, os homens demonstram autoconfiança e autoestima, o que é altamente atraente para as mulheres. Além disso, as mulheres respeitam homens que são capazes de se impor e manter limites, e isso leva a um relacionamento mais harmonioso e respeitoso para ambos os parceiros.

4. A importância de manter a independência: No conto, o protagonista se sente preso ao casamento infeliz e não consegue se livrar dele.

A independência é um aspecto crucial para os homens, especialmente quando se trata de relacionamentos com mulheres. A dependência emocional leva à submissão e à perda de controle sobre a própria vida, e os homens se tornam infelizes e insatisfeitos em seus relacionamentos por causa disso.

Manter a independência significa ter objetivos próprios, hobbies e amigos, e não deixar que a parceira domine completamente a vida do homem. As mulheres tentam controlar seus parceiros e limitar sua independência, seja por ciúme ou por insegurança, e os homens devem resistir a essa pressão e manter sua individualidade.

E a independência é um fator importante na manutenção da autoestima e da autoconfiança masculinas. Os homens que cedem ao controle de suas parceiras acabam se sentindo emasculados e desvalorizados, e isso leva a problemas emocionais cada vez mais graves.

Aí no conto está um exemplo curto de como a escolha errada de uma parceira, de impor limites e manter a independência em um relacionamento destroem a vida dos homens.


Como impor limites ? Você poderia citar um exemplo
Angel
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#8
(11-05-2023, 06:28 PM)Wild Escreveu: Tópico super promissor, marcando pra acompanhar.

Parabéns ao @Wesley de Mileto pela oportunidade da discussão. Com o tempo vais fazer textos que dão de 10 a 0 nos atuais. Todo esforço resultará em melhora.

Aos confras a máxima de sempre. Força e honra,

Obrigado pelo incentivo, virão textos melhores por ai, estou estudando bastante!
A sorte favorece os audazes
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#9
Confesso que não me lembro de ler nenhum livro completo de Machado de Assis, mas a resenha e as reflexões dos confra me deu um novo ânimo.

Apesar de acreditar que a leitura de Assis é um pouco difícil por conta da forma de escrita de antigamente, vou tentar ler o conto inteiro e tentar trazer alguma consideração.
Apreciador de cervejas, viagens e mulheres.
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#10
(18-07-2023, 10:33 PM)candango Escreveu: Confesso que não me lembro de ler nenhum livro completo de Machado de Assis, mas a resenha e as reflexões dos confra me deu um novo ânimo.

Apesar de acreditar que a leitura de Assis é um pouco difícil por conta da forma de escrita de antigamente, vou tentar ler o conto inteiro e tentar trazer alguma consideração.

Mais do que isso, acho que a imensa maioria tem reservas quanto ao Machado (e outros escritores) principalmente porque geralmente o primeiro contato com esse tipo de literatura é de uma forma OBRIGATÓRIA durante a escola.

Aí o bobolescente médio, que por si só já é um ser preguiçoso, fica obrigado a ler "Memórias Póstumas" ou "Dom Casmurro" de forma compulsória e acaba criando asco pela literatura.


Outro ponto crítico nisso é o analfabetismo funcional que aflige nossa sociedade. Os textos por si só já são densos, imagina pro jovem de 14/15 anos que tem um vocabulário pífio e que não consegue interpretar uma tirinha da Mafalda, Garfield, Calvin e Hobbes ou do Haggar.
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#11
(19-07-2023, 10:51 AM)Josey Wales Escreveu:
(18-07-2023, 10:33 PM)candango Escreveu: Confesso que não me lembro de ler nenhum livro completo de Machado de Assis, mas a resenha e as reflexões dos confra me deu um novo ânimo.

Apesar de acreditar que a leitura de Assis é um pouco difícil por conta da forma de escrita de antigamente, vou tentar ler o conto inteiro e tentar trazer alguma consideração.

Mais do que isso, acho que a imensa maioria tem reservas quanto ao Machado (e outros escritores) principalmente porque geralmente o primeiro contato com esse tipo de literatura é de uma forma OBRIGATÓRIA durante a escola.

Aí o bobolescente médio, que por si só já é um ser preguiçoso, fica obrigado a ler "Memórias Póstumas" ou "Dom Casmurro" de forma compulsória e acaba criando asco pela literatura.


Outro ponto crítico nisso é o analfabetismo funcional que aflige nossa sociedade. Os textos por si só já são densos, imagina pro jovem de 14/15 anos que tem um vocabulário pífio e que não consegue interpretar uma tirinha da Mafalda, Garfield, Calvin e Hobbes ou do Haggar.

É isso mesmo. Nas provas caem pequenas tirinhas dessas com umas 2 ou 3 frases apenas e muitos tem dificuldade de interpretar qual o sentido dessas tirinhas, errando a questão na prova. imagina entender um livro com reflexões profundas.
"A paixão é como o álcool. Entorpece a consciência, elimina a lucidez, impede o julgamento crítico e provoca alucinações, fazendo com que o ser amado seja visto como divino." Como lidar com Mulheres - Nessahan Alita
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#12
(19-07-2023, 10:51 AM)Josey Wales Escreveu: Mais do que isso, acho que a imensa maioria tem reservas quanto ao Machado (e outros escritores) principalmente porque geralmente o primeiro contato com esse tipo de literatura é de uma forma OBRIGATÓRIA durante a escola.

Aí o bobolescente médio, que por si só já é um ser preguiçoso, fica obrigado a ler "Memórias Póstumas" ou "Dom Casmurro" de forma compulsória e acaba criando asco pela literatura.


Outro ponto crítico nisso é o analfabetismo funcional que aflige nossa sociedade. Os textos por si só já são densos, imagina pro jovem de 14/15 anos que tem um vocabulário pífio e que não consegue interpretar uma tirinha da Mafalda, Garfield, Calvin e Hobbes ou do Haggar.

Confra, concordo plenamente com o exposto.

No ensino médio mesmo eu não li absolutamente nenhum desses livros.

Quero leituras mais complexas justamente para me desafiar, desafiar meu cérebro e me acostumar com leituras difíceis, nunca vou evoluir e ter um vocabulário melhor se fujo de livros difíceis e grandes.
Apreciador de cervejas, viagens e mulheres.
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#13
(19-07-2023, 05:46 PM)candango Escreveu:
(19-07-2023, 10:51 AM)Josey Wales Escreveu: Mais do que isso, acho que a imensa maioria tem reservas quanto ao Machado (e outros escritores) principalmente porque geralmente o primeiro contato com esse tipo de literatura é de uma forma OBRIGATÓRIA durante a escola.

Aí o bobolescente médio, que por si só já é um ser preguiçoso, fica obrigado a ler "Memórias Póstumas" ou "Dom Casmurro" de forma compulsória e acaba criando asco pela literatura.


Outro ponto crítico nisso é o analfabetismo funcional que aflige nossa sociedade. Os textos por si só já são densos, imagina pro jovem de 14/15 anos que tem um vocabulário pífio e que não consegue interpretar uma tirinha da Mafalda, Garfield, Calvin e Hobbes ou do Haggar.

Confra, concordo plenamente com o exposto.

No ensino médio mesmo eu não li absolutamente nenhum desses livros.

Quero leituras mais complexas justamente para me desafiar, desafiar meu cérebro e me acostumar com leituras difíceis, nunca vou evoluir e ter um vocabulário melhor se fujo de livros difíceis e grandes.
Rapaz, eu não li ainda, mas te recomendo ler Dostoiesvisk, ele tem umas obras bem profundas
A sorte favorece os audazes
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#14
(20-07-2023, 11:14 AM)Wesley de Mileto Escreveu: Rapaz, eu não li ainda, mas te recomendo ler Dostoiesvisk, ele tem umas obras bem profundas

Já me interessei por alguns dele, principalmente crime e castigo.

Li recentemente A morte de Ivan Ilitich, foi minha primeira experiência com literatura russa, até que curti mas confesso que tive dificuldade de assimilar e ler tantos nomes russos. Acredito que com Dostoiesvisk eu possa ter o mesmo problema.
Apreciador de cervejas, viagens e mulheres.
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#15
A literatura de ficção é a que abre as portas da percepção e nos incentiva um nível maior de reflexão perante a vida ou para o entendimento de fenômenos.

E sobre um nível de linguagem mais "alto" é tudo questão de treino: Vocês não treinam para pegar 50 de cada lado no sopino? Na literatura é a mesma coisa, tudo é questão de hábito.

O problema é que foi criada uma errada noção de linguagem culta vs linguagem popular, com isto foi se criando um asco da noção de alta cultura, como se existisse, uma educação bancária a serviço dos privilégios burgueses, nas palavras do nosso querido e estimado Paulo Freire.

Bons dicionários podem ajudar.

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#16
Excelente tópico Machado era bem a frente do seu tempo. Observava e escrevia suas estórias como nenhum outro. 
Vai treinando a escrita, e foca bastante em fazer anotações, um diário ao lado da cama ajuda, escreva sobre seu dia, faça rascunhos nunca pare nem se acomode a tendência é evoluir. Um forte abraço.

Spoiler Revelar
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Olá amigos de forum, hoje vou discorrer sobre um conto do grande Machado.
 Machado de Asis se é sabido, foi o maior de todos os escritores brasileiros, fico pasmo de como esse homem era criativo, pois a quantidade de obras que ele produziu é muito grande (um dia lerei todas!). Cada historia tem uma finalidade diferente, algumas tem um refinado humor, outras possuem uma sutil ironia, e em sua maioria, ele desenvolve uma critica ou ensaio sobre uma questão filosófica.
 No conto em questão, temos como protagonista um jovem sonhador, que almeja uma idealização de mulher ''perfeita'' na sua mente. Em um dos acasos da vida, ele encontra uma bela moça, na qual ele se apaixona,e, durante meses passa a adimira-la a distancia (pratica muito comum antigamente). Enfim, o homem compra uma casa ao lado da morada da mulher, e eles começam a conversar e transmitem juras de amor um para o outro. Porém, ao se casarem, a fantasia cai por terra, e a mulher se mostra uma pessoa vaidosa, que gosta de viver nas festas e comprar do bom e do melhor, o que não é compatível com as idealizações do moço.
 A historia tem uma pitada de humor marchadiano, e faz referencia a famosa historia do Romeu e Julieta, porém, sem muito romantismo, mas a realidade nua e crua. Com esse singelo conto, Machado nós lembra que devemos sermos pés no chão, e tomar cuidado com as idealizações romanticas, pois o sentimento turva a razão, assim fazendo o homem cometer loucuras por um amor fútil. Machado como sempre nós trazendo uma visão realista e sóbria da sociedade.

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A vida passa como um conto ligeiro. 
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