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Por que as pessoas não querem a monogamia?
#1
Por que as pessoas não querem a monogamia?
(Postado por The Truth na Quinta-feira, 7 de maio de 2011)

[Image: uqkMQY26_t.jpg]

A monogamia é um desafio dos dias de hoje. Eu vou expor uma tese polêmica. Atualmente, as pessoas só querem ser monogâmicas por duas razões: 

1. Somente a perfeição do outro justifica a monogamia. 

2. A mulher e o homem aceitam melhor a monogamia quando sofrem de crise de escassez e possuem poucas opções! 

A liberdade sexual criou muitas ilusões para o homem e para a mulher. Tanto o homem e a mulher querem aproveitar a liberdade sexual para lucrarem o máximo possível com relacionamentos fortuitos, mas com objetivos um pouco diferentes! A mulher é mais exibicionista e usa os relacionamentos como meio de publicidade da própria felicidade. Já os homens usam os relacionamentos como fonte de sexo regular. Mas tanto o homem quanto a mulher não querem ter compromisso sério por muito tempo. O homem quer fazer sexo com uma mulher até se cansar dela e a mulher quer usar o namorado como um troféu até quando isso for conveniente! 

Na sociedade secular, as pessoas estão muito angustiadas com a finitude e vivem como se estivessem lutando contra um cronômetro regressivo e por isso há uma profunda ansiedade de fazer tudo o máximo possível no menor período de tempo possível! Os homens com valores seculares não querem a monogamia, pois o prazer sexual está acima de qualquer relacionamento. Mais importante do ter um relacionamento é transar com uma mulher gostosa. Assim, freqüentemente os homens seculares traem as esposas, pois eles acham que estão justificados pela ética secular do carpe diem! 

No caso das mulheres, acontece a mesma coisa, mas com a peculiaridade de que o sexo não é tão importante para elas. Na verdade as mulheres usam os relacionamentos como meio de auto-afirmação. Mas como elas nunca ficam satisfeitas somente com um homem, então elas vivem buscando o homem ideal. A mulher não é promíscua por causa do prazer sexual, mas sim por causa do prazer fetichista de transar com “troféus”. A experiência de dominar um "troféu", mesmo que seja por alguns instantes, tem valor para a mulher! 

Na sociedade secular não há motivação para a monogamia, pois a filosofia de carpe diem justifica tudo: poligamia, poliamor, relacionamento aberto, traição. A busca do prazer na luta contra a finitude justifica tudo! Então, na sociedade secular o que há é luta de egoísmo contra egoísmo! Isso significa que essa sociedade é uma ilusão para a maioria das pessoas! A razão disso é que aqueles que possuem mais poder sempre terão mais vantagens nessa sociedade! 

A mulher secular é incapaz de aceitar restrição sexual. A finitude justifica tudo. Para a mulher secular, a finitude justifica fazer sexo casual, emendar namoros, fazer suruba, ter vários relacionamentos ao mesmo tempo, trair e aceitar traição, praticar suingue. As práticas aberrantes promovidas pelo secularismo estão mais do que justificadas
para as mulheres seculares. Por que elas vão renunciar tudo isso? Não existe vida além da morte para elas. Logo, o corpo tem que ser explorado o máximo possível. Esse é o pensamento da mulher secular. Só que a mulher sai mais destruída desse liberalismo, porque o homem ainda consegue afirmar o sexo como valor máximo, enquanto o sexo é sempre meio de auto-afirmação e realização social para a mulher. 

O sexo é o fim da vida do homem na sociedade secular. Na ausência do céu, o sexo é o máximo da terra. Portanto, a monogamia na sociedade secular é um sintoma do fracasso do homem, pois ele é monogâmico contra a vontade dele, já que ele não possui muitas opções. A mulher nessa sociedade só deseja a monogamia quando sente que esbarrou num limite! A monogamia na sociedade secular é motivada sempre pela restrição ou pela limitação, mas nunca é motivada por valores sólidos. Se a mulher continuar muito gostosa e atraente, ela não desejará a monogamia. Se o homem continuar rico e bonito, ele não desejará a monogamia. O egoísmo bem sucedido, o narcisismo “psicopático” e a facilidade sexual sempre vencem o desejo da monogamia na sociedade secular. 

Vou fornecer agora dois exemplos hipotéticos para facilitar a explicação. O homem bonito e rico não tem motivação para ser monogâmico na sociedade secular e mesmo que ele se case, ele jamais será fiel! A razão disso é simples: ele possui oferta de sexo abundante e ele não renunciará essa oferta de sexo por nada, pois a afirmação do prazer dele é mais importante do que qualquer relacionamento em si! 

Outro exemplo é a mulher nova e gostosa. Ela não irá desejar se preservar, pois sabe que não faltarão homens bonitos, fortes e ricos querendo transar com ela! A filosofia do carpe diem justifica para ela o máximo de relacionamentos exibicionistas nesse período. Ela entende que lutar contra finitude e ter prazer consiste em se relacionar com os homens mais interessantes do contexto social dela. Se ela não fizer isso, ela sente que está se reprimindo! A felicidade da mulher secular consiste na instrumentalização da sexualidade para o aumento da auto-afirmação exibicionista! 

Notem que a filosofia de não se reprimir, aproveitar a vida, lutar contra finitude e afirmar o prazer a todo custo é a base da aversão contra a monogamia. A monogamia limita de alguma forma a vida das pessoas nas sociedades seculares. Na verdade o ideal secular é o egoísmo realizado. As mulheres não são menos egoístas do que os homens. Pelo o contrário, elas reclamam que os homens machistas do passado eram egoístas e elas desejam esse egoísmo também. E o que é esse egoísmo? Esse egoísmo é a instrumentalização insensível dos relacionamentos. Quando a mulher tem uma vida sexual excessivamente farta e ainda sim exige do homem a plena e absoluta aceitação do seu passado, ela quer ser tão egoísta quanto o cafajeste, que espera ser amado apesar da sua promiscuidade. As mulheres querem imitar o egoísmo dos cafajestes, egoísmo insensível que revela fortes traços de psicopatia e narcisismo sociopático. 

As pessoas hoje em dia só querem ser monogâmicas quando isso é conveniente. Portanto, a monogamia do homem e da mulher é um ideal egoísta e narcisista. A mulher quer ser monogâmica apenas num momento caprichoso da vida, quando um relacionamento monogâmico torna-se mais interessante do que a solteirice. 

Na luta entre o egoísmo do homem e o egoísmo da mulher, prevalece o egoísmo de quem tem mais poder! Esse tipo de sociedade hierarquiza a felicidade. Logo os mais poderosos, serão aqueles que conseguirão afirmar o próprio egoísmo de maneira mais eficiente! Eles terão mais facilidade sexual, serão mais exibicionistas e afirmarão a felicidade deles às custas dos excluídos e desprezados. Se a felicidade consiste nesse modelo secular, que consiste em afirmar o egoísmo e o prazer independente do rebaixamento dos outros, logo a felicidade é mais acessível àqueles que possuem mais poder! Trata-se de um ambiente extremamente tóxico e agressivo. Somente os menos humanos, os mais egoístas e narcisistas sobreviverão à sociedade do futuro. 

Na sociedade secular, os homens mais poderosos terão muito mais chances de felicidade do que os outros homens. As mulheres mais gostosas terão mais chances de felicidade do que as outras! Em ambos os casos, o poder maior é a o critério de inclusão na sociedade secular! 

Por isso, a sociedade secular reprime mais do que a sociedade conservadora. A razão disso é simples: o carpe diem, a afirmação do egoísmo e do prazer contra a finitude é uma filosofia lucrativa para poucos. Poucos poderão viver dessa maneira e sair no lucro! A maioria irá se frustrar com esses ideais, pois a maioria não tem poder para realizar esses ideais!


Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.
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