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[RELATO] Meu relato
#1
Primeiramente, posso dizer que sou uma pessoa privilegiada em relação a possuir estrutura familiar (pai e mãe) e tive uma educação tradicional (fez coisa errada apanha). Sou filho único pois minha mãe teve problemas de saúde após minha gravidez impedindo que ela tivesse outro filho.
 
Meus pais se conheceram na igreja. Na época, minha mãe tinha 19 anos e meu pai 26, e então decidiram namorar e depois de 10 meses se casaram. Como estavam com pouco dinheiro pra viverem em uma casa própria meus pais reformaram uma casa que tinha no terreno dos meus avós maternos e, desde então, vivemos lá até hoje. Bem, neste ponto vocês devem estar pensando que além de ser filho único e ser criado pelos avós então deve ser um "fdp mimado até a enésima potência", mas não senhores, graças a Deus não tive esse tipo de educação mimada que assistimos aos montes e por ai. Quando criança, meus avós me levavam para a igreja (somos católicos, mas não vou entrar neste mérito em cumprimento às novas regras do fórum) para que eu os acompanhasse nas reuniões da Legião de Maria (ordem católica que surgiu na Irlanda). Além disso, meus avós sempre falavam para que eu estudasse e ser alguém na vida pois eles não seriam eternos para me sustentar, frase esta que meus pais me falavam também e por isso sou o que sou graças a eles.
 
Devido a esta boa educação ao longo do tempo, nunca tive problemas na escola. Meus professores sempre me elogiavam quando tinha reunião de pais, ou seja, graças a Deus não dei esse tipo de desgosto para meus pais. Mas, como todo bom garoto e ordeiro na escola sofre bullying dos valentões, eu não fugi da regra. Me lembro do ensino fundamental em que essa escória me zoava devido meu cabelo e minha estrutura física (gordinho e baixinho, parecia o Zacarias dos Trapalhões) e das meninas nem preciso descrever o roteiro de como era (piadinhas pra cima de mim e calcinhas molhadas pros marginais da escola). Devido a isso, não tive nenhum contato com as meninas, e para ajudar, era muito tímido.
 
No entanto, só fui ter o meu primeiro beijo aos 17 anos com uma menina que estudou comigo no último ano do colégio, e também, foi a minha primeira namorada. Isto aconteceu porque os nossos amigos de sala na época nos deram uma "forcinha", pois, como havia dito, eu era muito tímido e inseguro. Com esta menina namorei por 3 anos e meio, mas neste tempo o que eu aguentei de inferninhos emocionais e chantagens não está escrito. Diferente de mim, a família dela era desestruturada, em que os pais dela viviam sob o mesmo teto mas não dormiam juntos. O irmão dela era, e ainda é, um rebelde sem causa, se declarando "marxista-leninista", ou seja, os senhores já tem a devida noção do caos que reinava naquela família. Tudo que acontecia em nosso relacionamento parecia que a culpa era minha. Eu queria estabilidade e paz, mas ela só brigava devido a questão da “rotina”. Para ajudar, ela foi estudar psicologia e ai conheceu outras escorias esquerdistas que bagunçou a cabeça dela de vez. Por causa dessa menina tive que fazer terapia por um mês achando que o problema era eu, mas no final das contas o problema era ela e o relacionamento que já estava doente há muito tempo. Tomei coragem e terminei com ela (meados de 2008). Na época estudava o terceiro ano da faculdade de engenharia de produção e estava no meu primeiro estágio. Com um ano de estágio fui efetivado na empresa e permaneço nela até hoje (a parte profissional contarei com maiores detalhes em outro relato para não fugir do foco).
Com o término deste primeiro relacionamento, sofri com vários sentimentos desconexos que tomaram conta de mim por um bom tempo, tais como a tristeza por tê-la deixado (matrix trabalhando a mil em minha mente em que latejava a vontade de reatar) a revolta das coisas que ela fez comigo sendo eu um “bom namorado” (emasculado), o “homem moderno” entendendo que ela poderia ir para balada com as amigas e se “divertir” (inflar o ego chamando a atenção dos outros machos). Para vocês terem noção de como eu era, o próprio pai dela me repreendeu uma vez quando ela queria ir numa balada sábado à noite, me dizendo o seguinte: “Porra Aviador, você vai deixar ela sair?Vai ficar por isso mesmo??”. É senhores, a Matrix era foda nesta época e os meus pais viam este relacionamento doentio em que me meti e ficavam muito tristes porque eu não os escutava, ficando completamente cego perante à realidade. Até a minha avó materna chegou a dizer o seguinte pra mim: “Aviador, jamais imaginei ter um neto com vocação para ser corno”. No começo do relacionamento era tudo as mil maravilhas, mas depois começou a definhar devido às exigências da “donzela” em querer ir para baladas, bares e outros lugares, sendo que naquela época nem ela e muito menos eu trabalhávamos, somente estudávamos em nossos respectivos cursos. Mesmo não tendo nenhum conhecimento da Real na época, consegui enxergar o quanto este relacionamento estava se tornando nocivo para mim. Mesmo atolado na Matrix, tive um pouco de consciência e criei coragem para terminar, pois, tinha chegado à conclusão que, se eu fiz tudo para mudar e ela não fez nada, o melhor a fazer era terminar, pois pior não poderia ficar. Ainda bem que não houve aparecimento de crianças neste período (sempre usei camisinha e ela tomava anticoncepcional, pois fui o primeiro dela).
 
Como meus pais diziam, o primeiro relacionamento é o teste de fogo, pelo menos foi para mim. Eu tinha planos de me casar com ela e ter família, mas o tempo e as situações me mostraram que ela não era pessoa para se casar e constituir laços matrimoniais. Como fui o responsável por entrar com o pé e ela com a bunda, seu ego ficou dilacerado, em que implorava para voltar mas fui relutante porque uma vez que se toma uma decisão jamais se volta atrás. Este ensinamento tive com meus pais e avós, por isso, mais uma vez digo que o que me salvou foi a educação e a estrutura familiar que tive.  
 
Depois deste relacionamento, como havia dito no começo do parágrafo anterior, vários sentimentos desconexos tomaram conta de mim por um bom tempo, tanto que decidi me “isolar” de novos relacionamentos porque o trauma foi muito forte. Foi nesta época que comecei a perceber melhor como as mulheres tratavam os homens, do tipo o “bonzinho” só levava patada e os “cafas” só levavam elogios, presentes, sexo à rodo, enfim, eu estava muito revoltado com a situação toda, mesmo porque meus pais me educaram como eles foram educados e pensava que teria uma moça com a mesma estrutura de educação e com os mesmos pensamentos. Ledo engano.
 
Passou-se um tempo depois da fase de revolta e conheci outra menina na faculdade (ela era do curso de contábeis) e começamos a namorar, isto no segundo semestre de 2009. Diferente da outra, esta menina tinha uma boa estrutura familiar e os pais dela eram bem rígidos em sua educação (família descendente de alemães). O problema é que, com o passar do tempo, ela mostrou as suas “garrinhas” e mostrou ser uma pessoa de temperamento bastante forte. Ela tinha o costume de responder com estupidez para os pais e, à partir de então, o meu “sinal de alerta” ficou ligado. Em relação a sexo ela não me negava nada, pelo contrário, dava tudo e sem dó (o que ela mais gostava era de ceder o “rosinha” dela, que de fato, literalmente era rosa, afinal, a “donzela” é branquela descendente de alemães...rss). A fartura era de boa qualidade, mas isto não pode ser fator dominante num relacionamento. Determinadas vezes ela mudava o humor, caracterizando bipolaridade. Senhores, para vocês terem uma idéia, o pai dela era um cara extremamente sistemático a ponto de escolher qual o lugar que eu ia me sentar à mesa. Isto era tão extremo que tudo tinha uma sistemática de como fazer qualquer coisa, até mesmo uma simples tarefa, como por exemplo, fazer comida. Teve um dia que nós estávamos comendo pizza e na hora da mãe dela cortar um pedaço, ele disse assim pra ela “Maria (nome fictício) corte a pizza na ortogonal”. No momento fiquei em choque, porque até em cortar um simples pedaço de pizza ele tinha regras específicas. Eu contava isso pros meus amigos e pra minha família e todo mundo caia na gargalhada. Todo mundo (meus amigos e família) apelidou o pai dela de “Ortogonal”...rssss. O pior era quando eu viajava com eles pra casa de veraneio no interior paulista e íamos no carro dele. Primeiro que ele não gostava de barulho nenhum no carro (rádio ligado, conversas no carro, e vidro aberto). Da casa dele até a chegar na casa de veraneio TODOS TINHAM QUE IR CALADOS. O homem tinha manias extremas, até meus pais falaram que ele tinha jeito de psicopata...rsss. Mas senhores, tirando isso, era o pai dela que trabalhava e construiu a casa deles, tanto a da cidade quanto a do interior. A mãe dela não trabalha fora, simplesmente ela é “do lar” e ainda pagavam uma empregada para arrumarem a casa. Presenciei outras vezes em que o pai dela chegava do trabalho e, ainda por cima, tinha que fazer o jantar porque a mãe dela tinha problema de “sensibilidade nas mãos” (mas ficava o dia inteiro no computador nas redes sociais fofocando). Ou seja, mesmo ele tendo estes defeitos de ser extremamente sistemático, ele também era o norte da casa, mas na minha sincera opinião, ele não passava de “um caixa eletrônico ambulante” porque a mulher que controlava as finanças da casa e comprava a roupa que ele usava. Mesmo assim, fiquei com esta menina por um ano e meio e, assim como foi no primeiro relacionamento, decidi terminar pois ela queria ter uma vida igual a da mãe, não querendo trabalhar fora, não querendo ter afazeres domésticos, e ainda por cima queria ter uma vida de rainha em que só queria ter cachorros de raça pra ficar brincando com eles o dia inteiro. Teve uma vez que ela falou isso em um jantar em que os pais dela estavam presentes e no final eu disse o seguinte a ela: “Fulana, concordo com tudo isso que você falou, mas com uma condição: dormirei com uma mulher diferente a cada dia e você vai dormir com os cachorros”. Lembro que o pai dela ficou com uma certa expressão no rosto que refletia uma certa vontade de fazer isso também...vai saber...rsss.
 
Meu último relacionamento começou em novembro de 2011 com uma moça 4 anos mais velha e divorciada (foi nesta época que fui apresentado à real, então o conhecimento Realista e o terceiro relacionamento caminharam em paralelo). Namorei com esta moça por sete meses (percebem que para mim o número de relacionamentos foi inversamente proporcional ao tempo de duração até o presente momento) devido ao fato de ser uma pessoa extremamente ciumenta (fui seu quarto relacionamento). Ela já foi traída e ai ficava me dizendo que estava de olho em mim porque homem não presta e é tudo sem vergonha (sei, ela se envolve com cafa e depois quer jogar a culpa em mim...coitadinha da donzela...SQN) e por isso não aguentei e decidi terminar de vez com ela em 2012. Depois ela ficou me implorando querendo voltar, mas fui relutante e não quis, afinal, por que irei assumir restos e ainda por cima ser acusado de coisas que não fiz e ser xingado daquilo que não sou?Decidi dar um basta neste relacionamento, mesmo porque tudo que acontecia era descrito de acordo com os relatos dos confrades do antigo fórum e com o que o Silvio e o Doutrina falavam. E foi nesta época que comecei a trabalhar pesado em meu desenvolvimento pessoal.
 
Pois bem senhores, este é o meu breve relato que queria deixar aqui no novo fórum. Espero que esteja bem coerente para que receba as devidas críticas/elogios/sugestões ou esclarecimentos se alguma coisa ficou em dúvida.
 
Depois irei detalhar sobre a minha vida profissional e também fazer um relato detalhado sobre como é a minha vida familiar e como é ser filho único. Já vou dizendo que não é chororô o que vou relatar, e sim, como é o cotidiano. Pois no outro fórum não tinha material específico sobre este assunto e gostaria de compartilhá-lo com os senhores.
 
Para os que chegaram até esta linha, vai o meu agradecimento pela paciência de ler o meu relato e minha contribuição para o novo fórum que se inicia.
 
Fraterno abraço,
 
Aviador.
TOGA RODA FLAP 15
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#2
Muito bom relato
Parabens por ter encarado de frente essa Matrix-Amorosa e ter saido ileso no final das contas
No aguardo dos proximos capitulos
UP!
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#3
(16-06-2015, 11:08 AM)System Error Escreveu: Muito bom relato
Parabens por ter encarado de frente essa Matrix-Amorosa e ter saido ileso no final das contas
No aguardo dos proximos capitulos
UP!

Obrigado confrade!!!Quando tiver mais tempo com certeza passarei os próximos capítulos com mais calma!!!Essa semana está muito apertada...
TOGA RODA FLAP 15
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#4
Relato interessante, ilustra clássicos da Real e relacionamentos.

Bom saber que vc saiu dessas encrencas e se tornou um cara melhor.. Tamo junto.
"E, se tiver de cair, caia com os revólveres fumegando." - Roland Deschain
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#5
marcando aqui pra ler depois, assim que sobrar um tempo
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#6
(16-06-2015, 10:29 AM)Aviador Escreveu:  
Aviador.

Muito proveitoso o relato. Você se mostrou um vencedor. Não aceitou o vitimismo e sempre escapou do pior que viria. Pode ter certeza que você poderia ter sofrido muito mais e estar numa situação horrenda. Ainda bem que caiu na real.
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#7
(16-06-2015, 11:08 AM)System Error Escreveu: Muito bom relato
Parabens por ter encarado de frente essa Matrix-Amorosa e ter saido ileso no final das contas
No aguardo dos proximos capitulos
UP!


[2]

Se relacionou bastante, conheceu a Real no meio do caminho e terminou os relacionamentos quando as coisas começaram a desandar. Parabéns pelas atitudes e pela boa estrutura familiar que tu tem confrade!!
http://ask.fm/RajadaRealista

Quem são eles, para se entrometer quando cuidamos de NOSSOS interesses? (Vito Corleone).

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#8
Citação:“Aviador, jamais imaginei ter um neto com vocação para ser corno”


Deve ter sido foda ter ouvido isso da avó. KKKKKKKKK!!!  

Primeiro relacionamento nego faz merda pra carai!!!
http://ask.fm/RajadaRealista

Quem são eles, para se entrometer quando cuidamos de NOSSOS interesses? (Vito Corleone).

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#9
Muito bom o relato, sempre focado no desenvolvimento pessoal.
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#10
Bom relato. Vi que apesar de estar na matrix naquela época, vc não estava tão cego e conseguiu raciocinar no fim e tomar as decisões certas. E isso, tenho quase certeza, foi devido à boa estrutura familiar, que te dá o norte da honra e justiça, mesmo com todos esses canalhas e mídias querendo destruir o homem.

Digo isso porque minha família é assim, e muitos dos conceitos da Real, meus pais já tinham passado pra mim. O que a Real faz é esclarecer mais e universalizar os problemas e as soluções. Mas uma família estruturada e conservadora, defensora dos bons costumes é o seu pilar.

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#11
Nota-se bastante evolução na sua lida com as mulheres. Além do desgaste emocional ainda bem que não saiu prejudicado financeiramente em nenhum dos seus relacionamentos passados. Força e Honra e aguardo o próximo relato!
"Se você se apega ao passado, está destinado a revivê-lo todos os dias."  Autor desconhecido
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#12
Muito bom.
Bacana do teu relato é que, ao ler, passou uma sensação de equilíbrio, de que esses perrengues aí passaram e não ferraram com teu foco e psicológico.
Sucesso pra vc meu chapa.
Basta que o almejado ideal aconteça todos os dias para que a sonhada perfeição desapareça. 
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#13
- Meus cumprimentos pela maturidade.
- Você! Já pagou seu imposto hoje?
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#14
Aviador.. parabéns pelo relato, cara, eu nunca terminei um relacionamento antes de conhecer a Real mesmo que estivesse esgotado por causa de jogos emocionais, também acreditava que a culpa pelo namoro estar ruim era minha. Por isso admirei sua coragem de bater de frente com os problemas.

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Porque Deus não nos deu o espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação. (2 Timóteo 1:7) 
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