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Curtinhas do Ice - Casamento e a Lei
#1
Curtinhas do Ice - Casamento e a Lei
(Por Lobo, respondido por Ice)

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Pergunta: Se eu comprar um apartamento 100% financiado e a entrega ser somente no ano que vem, no momento estou solteiro, se logo após a entrega das chaves eu resolver formar uma "união estável" mesmo que com separação universal de bens, a suposta cônjuge já teria direito a metade do imóvel por ter sido adquirido na constância do casamento? Como provar que mesmo casado a pessoa não contribui em nada para o pagamento do imóvel, do mesmo jeito que ocorria quando não existia a união?

Resposta: União estável é merda.

Melhor casar logo de uma vez com separação total de bens. Em união estável, tudo que é adquirido depois do casamento pertence ao casal, 50% para cada um, ainda que a mulher não tenha contribuído com um único centavo. No teu caso, se você já quitou o apê e só ficou de receber a chave ano que vem, não tem crise, para todos os efeitos comprou antes da união estável. Agora, se só assinou o contrato e vai começar a pagar a partir do momento em que receber as chaves, então não comprou antes, ela vai ter direito sim, porque o pagamento ocorrerá durante a união estável.

Fujam da tal união estável porque ela é ainda pior do que casamento. O melhor é casar com separação de bens. Se a guria arrepiar, tu já sacou bem qualé a dela, está procurando um otário para encostar.

E no mais, sempre dá pra sair com aquela sacada de gênio que o advogado do Pato usou: "Se é por amor não faz diferença..."

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Pergunta: Você se casou com separação total de bens?

Resposta: Pior que não. Como eu disse, quando me casei ainda era matrixiano. Não façam isso.

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Pergunta: Se eu me casar vai ser separação total, mas pensando um pouco: você não acha que isso pode se voltar contra nós mais tarde? Já começar o casamento como dois "inimigos"? Digo com uma esposa minimamente comprometida em formar uma família. Começar o casamento no "cada um por si" não é perigoso? É praticamente um "dormindo com o inimigo".

Sei que o homem faz isso com boas intenções, pensando na família e muitas das vezes as mulheres se aproveitam... No fim os filhos acabam sendo joguetes ou moeda de troca pra "compensar o fato". Falo isso pois eu não conheço ninguém que tenha feito isso (tirando o Pato), ou mulher que não chie e fique empedernida com o fato.

Resposta: Tocastes numa questão deveras delicada! 

Já pensei sobre o assunto. Realmente é algo bastante complicado para ser solucionado. O ideal mesmo seria encontrar uma mulher decente. Uma alternativa seria optar pelo que se chama "regime de comunhão de aquestos". Segundo este regime, há separação de bens para aqueles que foram adquiridos de forma individual pelos cônjuges e comunhão naqueles que foram adquiridos em conjunto. Mas eu concordo contigo que a mulher tem muito de ficar ressentida pelo fato de que o cara não quer dar seus bens e seu esforço de mão beijada para ela.

Isso tem origem no fato de elas acharem que o simples fato de abrir as pernas e casar com o cara já é um prêmio muito maior do que ele merece e, consequentemente, pensam que receber metade do patrimônio do cara não é mais do que obrigação dele. Claro que se você perguntar todas vão negar, mesmo porque acredito que isso seja algo inconsciente, nem elas percebem que são assim.

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Pergunta: É o seguinte... se eu me caso com separação total de bens, tudo o que eu adquiri antes do casamento é somente meu, certo? Mas e o que eu adquiri depois de casado? Fica 50% pra cada um mesmo sendo separação total de bens? Tudo o que se adquire depois do casamento necessariamente é dividido entre os dois? Abraço!

Resposta: Não, você está equivocado, está confundindo os regimes de bens. Se você casa com separação total de bens, tudo o que adquirir, antes ou depois do casamento é sua propriedade exclusiva e não entra na partilha.

Se casa em regime de comunhão parcial de bens, todo o patrimônio adquirido DEPOIS do casamento é dividido na proporção de 50% para cada um. O que foi adquirido antes continua sendo propriedade exclusiva de quem comprou e não entra na partilha. Sacou?

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Comentário do Guardião: Se for casar, jamais aceite comunhão universal, dê preferência a separação total e, se não tiver jeito e quiser assumir o risco: escolha comunhão parcial de bens (Compre seu carro e casa antes disso se for possível). Todavia, deixe claro que deseja que sua mulher trabalhe! Se ela virar uma "do lar" isso a ajudará muito na sessão de divórcio em uma vara de família, quando um(a) juiz(a) feminista tiver interpretando a lei a seu bel prazer. Além disso, todos os cuidados que tomou até agora poderão virar pó caso essa união gere filhos, e/ou ela te meta uma Maria da Penha.   

Obs: Não preciso comentar os riscos eminentes e automáticos de casar no papel com uma m$ol, não?


Esse tópico faz parte do projeto Segunda das Relíquias perdidas.
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#2
Minaram o casamento de uma forma que nem separação salva mais, como ele falou no final do texto, ela te mete uma falsa acusação e acabou pra você, quando isso vai mudar? Não sei...
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#3
A única solução é nao meter o estado no casamento. Casa na igreja e pronto..
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#4
(25-01-2021, 08:51 AM)Wissen Escreveu: A única solução é nao meter o estado no casamento. Casa na igreja e pronto..

Confrade, é impossível não meter o Estado.


Vc vive num estado de direito que regula as relações conjugais. Logo, no seu cenário, há uma união estável e, com ela, a entrada involuntária no regime de comunhão parcial.

Sobre uma das perguntas, que ponderava que, no casamento com separação de bens, a mulher começa inimiga... Amigo, se a mulher reage mal à proposta do regime de separação, isso é indicativo mais que óbvio que vc está com a pessoa errada.

Tenho aconselhado muitos amigos nos últimos anos a aderirem à separação de bens. Nenhum deles concretizou a orientação. Todos os divorciados se fuderam na partilha, pois, é incrível, em 99% dos casamentos o homem ganha muito mais e acumula muito mais patrimônio. 
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#5
(25-01-2021, 09:14 AM)Dr. Lecter Escreveu:
Tenho aconselhado muitos amigos nos últimos anos a aderirem à separação de bens. Nenhum deles concretizou a orientação. Todos os divorciados se fuderam na partilha, pois, é incrível, em 99% dos casamentos o homem ganha muito mais e acumula muito mais patrimônio. 

Sempre assim, a maioria dos caras simplesmente nunca escuta, sempre entra por um ouvido e sai pelo outro, tenho um amigo que vive chorando por mulher quando ta solteiro, mas os namoros nunca passam de dois anos, e resolveu casar com 23 anos, não deu certo, mas ele teve sorte dela só voltar pra casa da mãe.

Só que como Rolo Tomassi já falou em rational male, hoje, não dá mais pra sentir a dó que se sentia 15 anos atrás, é muito informação, o cara que entra nessa cru e sem buscar conhecimento, merece se foder.
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#6
(25-01-2021, 08:51 AM)Wissen Escreveu: A única solução é nao meter o estado no casamento. Casa na igreja e pronto..

Mesmo assim, no ato da separação, a mulher consegue ganhar um processo como união estável. Não tem escapatória além do casamento com separação de bens.
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#7
Corretíssima a observação do camarada @Dr. Lecter.
Infelizmente, muitos sujeitos acabam deixando de lado essa questão do regime matrimonial por receio da esposa amada, recatada e do lar achar ruim e causar conflitos no casamento.

O que eles não entendem é que isso é igual camisinha para os camaradas solteiros ou casados que não querem filhos: melhor gastar com a proteção do que bancar 18 anos de pensão lá na frente.

Lembrando que atualmente não é necessário nenhum tipo de documentação comprovando união estável.
Se você e a moçoila vão morar juntos por mera ocasionalidade, ou seja, sem nada oficialmente atestando o ato, basta que se comprove depois essa vivência (fotos, testemunhas, etc.) que a união estável é declarada.

Isso se ela não te meter uma Maria da Penha na fuça com o término do faz de contas.

Não importa o regime, não importa seu estado civil: é impossível ficar livre das garras do Estado.
Mateus 21:22
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#8
[quote pid='93835' dateline='1611673904']
Spoiler Revelar
hjr_10Corretíssima a observação do camarada @Dr. Lecter.
Infelizmente, muitos sujeitos acabam deixando de lado essa questão do regime matrimonial por receio da esposa amada, recatada e do lar achar ruim e causar conflitos no casamento.

O que eles não entendem é que isso é igual camisinha para os camaradas solteiros ou casados que não querem filhos: melhor gastar com a proteção do que bancar 18 anos de pensão lá na frente.

Lembrando que atualmente não é necessário nenhum tipo de documentação comprovando união estável.
Se você e a moçoila vão morar juntos por mera ocasionalidade, ou seja, sem nada oficialmente atestando o ato, basta que se comprove depois essa vivência (fotos, testemunhas, etc.) que a união estável é declarada.

Isso se ela não te meter uma Maria da Penha na fuça com o término do faz de contas.

Não importa o regime, não importa seu estado civil: é impossível ficar livre das garras do Estado.
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O alerta do regime matrimonial é muito importante. O erro, nessa parte, representa um sequestro do seu futuro.

Como GOLEMAN (Inteligência Emocional, 1995, p. 196) escreveu:

Citação:
Nos Estados Unidos, daqueles que se casaram em 1890, cerca de 10% se divorciaram. Para os casados em 1920, a taxa foi de cerca de 18%; para os casados em 1950, 30%. Em 1970, havia 50% de possibilidade de os casais se separarem. E, para os que se casaram a partir de 1990, a probabilidade de se divorciarem se aproxima do desnorteante 67%.

Então, um casamento começa com mais chances de divórcio do que de perpetuação. Então, sem essa de "ah, mas nós nos amamos e ficaremos o resto da vida juntos!".

A divisão do seu patrimônio acumulado ferra qualquer planejamento financeiro e representa uma ruína emocional.

Toda ruptura é difícil, mas a ruptura sem filhos e sem perdas financeiras... Ah, amigo, ela há de ser bem mais suave!  
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