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O desafio de ser pai virtual
#1
Eu já fiz um tempo atrás um post sobre alienação parental. 

Esse post é apenas um desabafo. Compartilhar experiências. Talvez seja útil para alguém no futuro. 

Meu filho fez aniversário ontem. 13 anos. 

Hoje ele mora nos EUA. Tive uma longa conversa com ele. Procuro passar valores masculinos e a fé em Deus. A importância do desenvolvimento pessoal. 

Mas na prática, não estou conseguindo influenciar como gostaria. Só vejo ele pelo WhatsApp. Pai virtual. Isso me deixa muito triste. 

Não sei o que mais posso fazer. É um bom menino, estudioso. Mas precisa evoluir. Tento fazer meu papel, mas não é fácil.
"Homem Marmito"® is trademark of Marmito Man Corporation ™
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#2
Vai ser difícil alguém te dar alguma ideia por aqui.

A maioria não tem filho e conheço muitos que sequer pegam muié Yaoming

Enfim, eu tento me posicionar no teu lugar e vejo uma situação difícil.

Desejo boa sorte e que encontre uma solução com sabedoria.
Basta que o almejado ideal aconteça todos os dias para que a sonhada perfeição desapareça. 
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#3
Faz o que está ao seu alcance, a natureza toma conta do resto......não deixa de viver a sua vida em detrimento de outra. Não sei que diabos vcs não vivem a vida como deve ser vivida. Arrisque mais, viaje é vá vê-lo, come mais bucetas, toma foras, vai pescar, ir pro mato, gozar.... é difícil caralho? Tu é funça né homem marmito? Porque criar tópicos complicando tudo? Tem coisas que é completamente fora do nosso alcance. Não temos controle de tudo é impossível. Mas mesmo assim use o que tem disponível, graças a Deus existe essa porcaria de ZAP, ao menos dá pra ver ele na porra de uma tela de computador ou smartphone. 
Seu filho tá com saúde? Estudando? Ta faltando alguma coisa? Amor de pai, mesmo que distante? O tal carinho?  Faça o que está ao seu alcance porrraaa. Porque está assim? Porque é o destino... caralho. Não duvido que tu não está fazendo o quem tem de ser feito, mesmo com essas limitações. Só não deixe de falar com ele, mesmo estando longe. Deixe ele entender que existe algumas limitações, distância por exemplo. Quer ver o seu filho? Pegue a porra do avião é vai, certeza que ele nunca vai esquecer.
"É o saldão das balzacas"  Minerin 
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#4
(20-12-2020, 03:20 PM)Gangster Escreveu: Faz o que está ao seu alcance, a natureza toma conta do resto......não deixa de viver a sua vida em detrimento de outra. Não sei que diabos vcs não vivem a vida como deve ser vivida. Arrisque mais, viaje é vá vê-lo, come mais bucetas, toma foras, vai pescar, ir pro mato, gozar.... é difícil caralho? Tu é funça né homem marmito? Porque criar tópicos complicando tudo? Tem coisas que é completamente fora do nosso alcance. Não temos controle de tudo é impossível. Mas mesmo assim use o que tem disponível, graças a Deus existe essa porcaria de ZAP, ao menos dá pra ver ele na porra de uma tela de computador ou smartphone. 
Seu filho tá com saúde? Estudando? Ta faltando alguma coisa? Amor de pai, mesmo que distante? O tal carinho?  Faça o que está ao seu alcance porrraaa. Porque está assim? Porque é o destino... caralho. Não duvido que tu não está fazendo o quem tem de ser feito, mesmo com essas limitações. Só não deixe de falar com ele, mesmo estando longe. Deixe ele entender que existe algumas limitações, distância por exemplo. Quer ver o seu filho? Pegue a porra do avião é vai, certeza que ele nunca vai esquecer.

Tem razão confrade
"Homem Marmito"® is trademark of Marmito Man Corporation ™
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#5
@Sagitario

Para ser sincero, não há o que possa ser feito, veja que alguns casos mesmo com a criação "presencial" com nossos filhos eles não estão livres de sucumbir às drogas, ao convívio gente perversa, a criminalidade, etc.

Mantenha sempre que possível uma rotina de conversas com o garoto.

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#6
Seu filho não pode passar um tempo com você aqui no Brasil? Ou você ir para lá? Como está acordado judicialmente?
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#7
Confrade @Sagitario vou fazer um longo desabafo aqui. Sou um pai que sofreu gigantesca alienação parental e sei como é.
A maioria não vai entender, mas tudo bem.
Eu tenho um filho de 20+ anos (eu não coloco nomes, idades corretas, lugares pra não destruir o anonimato). Foi fruto de um casamento merda com uma mulher chata. Quando já tinha decidido me separar a mulher engravidou e separamos praticamente na porta da maternidade. Esse casamento durou menos de dois anos...
Assim que separamos a vida de nós dois tomou rumos completamente diferentes: eu subi como um foguete e ela afundou como uma âncora.
Rapidamente comprei apartamento, carro bom, tive namoradas que chamavam a atenção. Desenvolvi muito financeiramente, fisicamente, profissionalmente.
Ela engordou uns 30kg (ou mais) em pouquíssimo tempo, ficou deformada. Sempre teve empreguinhos merda (recepcionista, assistente, essas merdas) Voltou a morar com os pais e APARENTEMENTE nunca se deu bem com outro homem, SE É que se relacionou com alguém (eu nunca tive a mínima curiosidade). Ficou realmente muito escrota e como se achava a última bolacha do planeta, não deve ter se dado muito bem com isso...
RESULTADO: descontou TODA a frustração no meu relacionamento com o menino. Com juros e correção!!
Além de dificultar AO MÁXIMO as visitas, constantemente inventava passeios quando eu ia pegá-lo. Ao longo dos anos isso desgasta demais.
Inventou um relato onde ela era a mocinha injustiçada, traída, praticamente um personagem de novela mexicana e eu (evidentemente) era alguma coisa abaixo do próprio diabo.
ANOS E ANOS martelando isso na cabeça de uma criança, já viu onde vai dar. O menino NÃO TINHA afinidade alguma comigo. Por mais que eu conversasse com ele, ficasse fins de semana com ele, levasse ele pra viajar, era sempre algo distante. E não adianta tentar agradar com presentes, etc. A mãe sempre entrava numa espécie de competição e dava algo melhor ainda.
Ficava muito evidente o quanto o menino era "treinado" para se aproximar de mim perto de datas comemorativas (natal, aniversário, dia das crianças), ganhar o que queria pra em seguida desaparecer.
Eu estou contando o extrato do resumo do resumo... teve centenas de passagens que não caberia em 10 páginas.
ENFIM...
Eu sempre pensei muito sobre isso desde o começo. Com menos de dois anos saquei que o "objetivo de vida" da minha ex-mulher era destruir a relação minha com ele. Qualquer mínimo avanço dela nesse propósito era motivo de satisfação pessoal incrível para ela.
Eu reparei bem nisso (e foi uma lição amarga) quando ele tinha uns dois anos, quase três. Eu tinha combinado que no dia dos pais eu ia vê-lo e levar pra minha casa, avisei com antecedência. Chego lá pra vê-lo, ela estava saindo pra viajar pra praia (o menino estava felicíssimo de ir viajar). Ela alegou que tinha esquecido e não poderia cancelar a viagem, pois vinha a semana inteira falando dessa viagem pra ele (criou expectativa no menino). Ela deixou eu ficar alguns minutos com ele NA PORTA da casa, mas o menino não via a hora de ir logo viajar e eu estava ali atrapalhando... não pude fazer outra coisa que não ir embora. Vi ela entrando no carro com um sorriso de satisfação como eu nunca tinha visto antes... perceberam os joguinhos que uma mãe que tem a guarda do menino pode fazer?
ALI eu decidi mudar o rumo da minha vida. CANSEI dos joguinhos e decidi ser feliz. Me libertei!
Simplesmente sumi por uns tempos. REPENSEI tudo. Decidi NÃO JOGAR MAIS.
Todo e qualquer joguinho nojento dela eu recusei participar. Fui tocar minha vida.
Claro que continuei vendo, conversando, passeando, etc. Pagando RELIGIOSAMENTE a pensão e sempre dando coisas, pagando cursos, etc.
Mas PAREI de me frustrar com a falta de amor do menino por mim. Não era culpa dele, mas sim de uma criação deturpada e que eu não podia fazer nada sobre isso.
Tive oportunidade de conversar com ele sobre isso, depois de mais velho. Contei toda a minha versão sobre os fatos. Entrou por um ouvido, saiu pelo outro...
Depois de uma vida de viagens e rolês, dez anos depois eu casei novamente. Reconstruí minha vida tenho uma família e uma filha que crio do meu jeito e coloco todos os dias na cama pra dormir. Outro mundo...
O meu filho não deu outra: por não ter o pai como modelo e ser criado me odiando, hoje é extremamente depressivo. Foi criado ganhando tudo e não dando valor pra nada...
Podem me criticar, mas não estraguei minha vida por causa disso. Aceitei que a mãe tem o poder de fazer isso e pode fazer.
Como está o relacionamento hoje? Uma merda, evidentemente.
Depois que acabou a pensão (com o fim da faculdade), eu cortei a grana. Como ele não está muito a fim de trabalhar (sei lá se influenciado pela mãe), nunca fez sequer estágio, não quis me ver mais. Assim que cortei a grana. Na cabeça dele devo ser apenas um provedor de grana "por ter abandonado a mãe dele 20 e tantos anos atrás, blablablá" (lembram da história de novela mexicana martelada por anos e anos?)... 
Sinceramente não fiquei muito surpreso com isso... como foquei em tocar a vida e ser feliz, tenho toda uma história de vida nova e bonita, uma família maravilhosa.
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#8
(21-12-2020, 11:40 AM)Berzerk Escreveu: Confrade @Sagitario vou fazer um longo desabafo aqui. Sou um pai que sofreu gigantesca alienação parental e sei como é.
A maioria não vai entender, mas tudo bem.
Eu tenho um filho de 20+ anos (eu não coloco nomes, idades corretas, lugares pra não destruir o anonimato). Foi fruto de um casamento merda com uma mulher chata. Quando já tinha decidido me separar a mulher engravidou e separamos praticamente na porta da maternidade. Esse casamento durou menos de dois anos...
Assim que separamos a vida de nós dois tomou rumos completamente diferentes: eu subi como um foguete e ela afundou como uma âncora.
Rapidamente comprei apartamento, carro bom, tive namoradas que chamavam a atenção. Desenvolvi muito financeiramente, fisicamente, profissionalmente.
Ela engordou uns 30kg (ou mais) em pouquíssimo tempo, ficou deformada. Sempre teve empreguinhos merda (recepcionista, assistente, essas merdas) Voltou a morar com os pais e APARENTEMENTE nunca se deu bem com outro homem, SE É que se relacionou com alguém (eu nunca tive a mínima curiosidade). Ficou realmente muito escrota e como se achava a última bolacha do planeta, não deve ter se dado muito bem com isso...
RESULTADO: descontou TODA a frustração no meu relacionamento com o menino. Com juros e correção!!
Além de dificultar AO MÁXIMO as visitas, constantemente inventava passeios quando eu ia pegá-lo. Ao longo dos anos isso desgasta demais.
Inventou um relato onde ela era a mocinha injustiçada, traída, praticamente um personagem de novela mexicana e eu (evidentemente) era alguma coisa abaixo do próprio diabo.
ANOS E ANOS martelando isso na cabeça de uma criança, já viu onde vai dar. O menino NÃO TINHA afinidade alguma comigo. Por mais que eu conversasse com ele, ficasse fins de semana com ele, levasse ele pra viajar, era sempre algo distante. E não adianta tentar agradar com presentes, etc. A mãe sempre entrava numa espécie de competição e dava algo melhor ainda.
Ficava muito evidente o quanto o menino era "treinado" para se aproximar de mim perto de datas comemorativas (natal, aniversário, dia das crianças), ganhar o que queria pra em seguida desaparecer.
Eu estou contando o extrato do resumo do resumo... teve centenas de passagens que não caberia em 10 páginas.
ENFIM...
Eu sempre pensei muito sobre isso desde o começo. Com menos de dois anos saquei que o "objetivo de vida" da minha ex-mulher era destruir a relação minha com ele. Qualquer mínimo avanço dela nesse propósito era motivo de satisfação pessoal incrível para ela.
Eu reparei bem nisso (e foi uma lição amarga) quando ele tinha uns dois anos, quase três. Eu tinha combinado que no dia dos pais eu ia vê-lo e levar pra minha casa, avisei com antecedência. Chego lá pra vê-lo, ela estava saindo pra viajar pra praia (o menino estava felicíssimo de ir viajar). Ela alegou que tinha esquecido e não poderia cancelar a viagem, pois vinha a semana inteira falando dessa viagem pra ele (criou expectativa no menino). Ela deixou eu ficar alguns minutos com ele NA PORTA da casa, mas o menino não via a hora de ir logo viajar e eu estava ali atrapalhando... não pude fazer outra coisa que não ir embora. Vi ela entrando no carro com um sorriso de satisfação como eu nunca tinha visto antes... perceberam os joguinhos que uma mãe que tem a guarda do menino pode fazer?
ALI eu decidi mudar o rumo da minha vida. CANSEI dos joguinhos e decidi ser feliz. Me libertei!
Simplesmente sumi por uns tempos. REPENSEI tudo. Decidi NÃO JOGAR MAIS.
Todo e qualquer joguinho nojento dela eu recusei participar. Fui tocar minha vida.
Claro que continuei vendo, conversando, passeando, etc. Pagando RELIGIOSAMENTE a pensão e sempre dando coisas, pagando cursos, etc.
Mas PAREI de me frustrar com a falta de amor do menino por mim. Não era culpa dele, mas sim de uma criação deturpada e que eu não podia fazer nada sobre isso.
Tive oportunidade de conversar com ele sobre isso, depois de mais velho. Contei toda a minha versão sobre os fatos. Entrou por um ouvido, saiu pelo outro...
Depois de uma vida de viagens e rolês, dez anos depois eu casei novamente. Reconstruí minha vida tenho uma família e uma filha que crio do meu jeito e coloco todos os dias na cama pra dormir. Outro mundo...
O meu filho não deu outra: por não ter o pai como modelo e ser criado me odiando, hoje é extremamente depressivo. Foi criado ganhando tudo e não dando valor pra nada...
Podem me criticar, mas não estraguei minha vida por causa disso. Aceitei que a mãe tem o poder de fazer isso e pode fazer.
Como está o relacionamento hoje? Uma merda, evidentemente.
Depois que acabou a pensão (com o fim da faculdade), eu cortei a grana. Como ele não está muito a fim de trabalhar (sei lá se influenciado pela mãe), nunca fez sequer estágio, não quis me ver mais. Assim que cortei a grana. Na cabeça dele devo ser apenas um provedor de grana "por ter abandonado a mãe dele 20 e tantos anos atrás, blablablá" (lembram da história de novela mexicana martelada por anos e anos?)... 
Sinceramente não fiquei muito surpreso com isso... como foquei em tocar a vida e ser feliz, tenho toda uma história de vida nova e bonita, uma família maravilhosa.

Incrível.

Fez o que era possível, mas também, concordo que não pode parar sua vida.
Quem sabe, talvez, um dia ele não pare para refletir... a vida é supreendente. Mas de qualquer maneira, vc fez o que era possível.

Parabéns.
"Paulistarum Terra Matter..."
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#9
Aos jovens, tenham MUITO cuidado ao escolher alguém para se casar e, MAIS AINDA, para ter filhos. 

A situação de pai solteiro é uma grande merda. A sociedade, a cultura, as leis, o comércio, NADA favorece esse cenário.

Na maioria dos casos, a docilidade da criança geralmente é dirigida exclusivamente à mãe que, além do mais, monopoliza também a educação.  

Sabe o que vira o pai? Um tio legal que sustenta a criança.

Eu tenho uma filha pequena e, sinceramente, para conviver com ela, tolerei muita coisa. Porém, existe limite... E, como na história do @Berzerk, se a maré fosse totalmente contra, eu seguiria meu caminho, buscando permitir não mais que 1 min de tristeza pelo distanciamento.     

Força, @Sagitario! Se a saudade apertar, programe uma viagem e passe um tempo com seu filho. No dia-a-dia, ocupe sua vida e não permita que essa tristeza dite o ritmo da sua existência.
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#10
(21-12-2020, 11:40 AM)Berzerk Escreveu: Confrade @Sagitario vou fazer um longo desabafo aqui. Sou um pai que sofreu gigantesca alienação parental e sei como é.
A maioria não vai entender, mas tudo bem.
Eu tenho um filho de 20+ anos (eu não coloco nomes, idades corretas, lugares pra não destruir o anonimato). Foi fruto de um casamento merda com uma mulher chata. Quando já tinha decidido me separar a mulher engravidou e separamos praticamente na porta da maternidade. Esse casamento durou menos de dois anos...
Assim que separamos a vida de nós dois tomou rumos completamente diferentes: eu subi como um foguete e ela afundou como uma âncora.
Rapidamente comprei apartamento, carro bom, tive namoradas que chamavam a atenção. Desenvolvi muito financeiramente, fisicamente, profissionalmente.
Ela engordou uns 30kg (ou mais) em pouquíssimo tempo, ficou deformada. Sempre teve empreguinhos merda (recepcionista, assistente, essas merdas) Voltou a morar com os pais e APARENTEMENTE nunca se deu bem com outro homem, SE É que se relacionou com alguém (eu nunca tive a mínima curiosidade). Ficou realmente muito escrota e como se achava a última bolacha do planeta, não deve ter se dado muito bem com isso...
RESULTADO: descontou TODA a frustração no meu relacionamento com o menino. Com juros e correção!!
Além de dificultar AO MÁXIMO as visitas, constantemente inventava passeios quando eu ia pegá-lo. Ao longo dos anos isso desgasta demais.
Inventou um relato onde ela era a mocinha injustiçada, traída, praticamente um personagem de novela mexicana e eu (evidentemente) era alguma coisa abaixo do próprio diabo.
ANOS E ANOS martelando isso na cabeça de uma criança, já viu onde vai dar. O menino NÃO TINHA afinidade alguma comigo. Por mais que eu conversasse com ele, ficasse fins de semana com ele, levasse ele pra viajar, era sempre algo distante. E não adianta tentar agradar com presentes, etc. A mãe sempre entrava numa espécie de competição e dava algo melhor ainda.
Ficava muito evidente o quanto o menino era "treinado" para se aproximar de mim perto de datas comemorativas (natal, aniversário, dia das crianças), ganhar o que queria pra em seguida desaparecer.
Eu estou contando o extrato do resumo do resumo... teve centenas de passagens que não caberia em 10 páginas.
ENFIM...
Eu sempre pensei muito sobre isso desde o começo. Com menos de dois anos saquei que o "objetivo de vida" da minha ex-mulher era destruir a relação minha com ele. Qualquer mínimo avanço dela nesse propósito era motivo de satisfação pessoal incrível para ela.
Eu reparei bem nisso (e foi uma lição amarga) quando ele tinha uns dois anos, quase três. Eu tinha combinado que no dia dos pais eu ia vê-lo e levar pra minha casa, avisei com antecedência. Chego lá pra vê-lo, ela estava saindo pra viajar pra praia (o menino estava felicíssimo de ir viajar). Ela alegou que tinha esquecido e não poderia cancelar a viagem, pois vinha a semana inteira falando dessa viagem pra ele (criou expectativa no menino). Ela deixou eu ficar alguns minutos com ele NA PORTA da casa, mas o menino não via a hora de ir logo viajar e eu estava ali atrapalhando... não pude fazer outra coisa que não ir embora. Vi ela entrando no carro com um sorriso de satisfação como eu nunca tinha visto antes... perceberam os joguinhos que uma mãe que tem a guarda do menino pode fazer?
ALI eu decidi mudar o rumo da minha vida. CANSEI dos joguinhos e decidi ser feliz. Me libertei!
Simplesmente sumi por uns tempos. REPENSEI tudo. Decidi NÃO JOGAR MAIS.
Todo e qualquer joguinho nojento dela eu recusei participar. Fui tocar minha vida.
Claro que continuei vendo, conversando, passeando, etc. Pagando RELIGIOSAMENTE a pensão e sempre dando coisas, pagando cursos, etc.
Mas PAREI de me frustrar com a falta de amor do menino por mim. Não era culpa dele, mas sim de uma criação deturpada e que eu não podia fazer nada sobre isso.
Tive oportunidade de conversar com ele sobre isso, depois de mais velho. Contei toda a minha versão sobre os fatos. Entrou por um ouvido, saiu pelo outro...
Depois de uma vida de viagens e rolês, dez anos depois eu casei novamente. Reconstruí minha vida tenho uma família e uma filha que crio do meu jeito e coloco todos os dias na cama pra dormir. Outro mundo...
O meu filho não deu outra: por não ter o pai como modelo e ser criado me odiando, hoje é extremamente depressivo. Foi criado ganhando tudo e não dando valor pra nada...
Podem me criticar, mas não estraguei minha vida por causa disso. Aceitei que a mãe tem o poder de fazer isso e pode fazer.
Como está o relacionamento hoje? Uma merda, evidentemente.
Depois que acabou a pensão (com o fim da faculdade), eu cortei a grana. Como ele não está muito a fim de trabalhar (sei lá se influenciado pela mãe), nunca fez sequer estágio, não quis me ver mais. Assim que cortei a grana. Na cabeça dele devo ser apenas um provedor de grana "por ter abandonado a mãe dele 20 e tantos anos atrás, blablablá" (lembram da história de novela mexicana martelada por anos e anos?)... 
Sinceramente não fiquei muito surpreso com isso... como foquei em tocar a vida e ser feliz, tenho toda uma história de vida nova e bonita, uma família maravilhosa.

Só espero que tu use do mesmo rigor (de cortar a grana) em relação a tua filha, mesmo que ainda esteja com a mãe dela.
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#11
Spoiler Revelar
(20-12-2020, 09:51 AM)Sagitario Escreveu: Eu já fiz um tempo atrás um post sobre alienação parental. 

Esse post é apenas um desabafo. Compartilhar experiências. Talvez seja útil para alguém no futuro. 

Meu filho fez aniversário ontem. 13 anos. 

Hoje ele mora nos EUA. Tive uma longa conversa com ele. Procuro passar valores masculinos e a fé em Deus. A importância do desenvolvimento pessoal. 

Mas na prática, não estou conseguindo influenciar como gostaria. Só vejo ele pelo WhatsApp. Pai virtual. Isso me deixa muito triste. 

Não sei o que mais posso fazer. É um bom menino, estudioso. Mas precisa evoluir. Tento fazer meu papel, mas não é fácil.

Referências masculinas se fazem a ferro e fogo, ele pratica alguma arte marcial? Academia?
The absence of virtue is claimed by despair






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#12
Entendam uma coisa sobre "alienação parental" (a mais comum, feita pela mulher): NA PRÁTICA o pai vira um provedor de grana e nada mais.
A mulher tem o poder total sobre o que ela quer que seja a influência do pai sobre a criança. TOTAL.
Se ela for uma mulher preocupada em tocar a vida dela, ter outros relacionamentos, viver a vida... que sorte a sua. Ela vai deixar um bom espaço pra vc se relacionar e influenciar a criança. Aí dá pra passar os valores que vc acha de boa.
Se ela for ressentida por algum motivo, não tiver vida pessoal, for rejeitada por outros homens e quiser transformar o pai no "grande responsável" por motivos que vão desde o fracasso pessoal dela até a fome na África e ao Covid 19, sinto muito, o pai será o capeta na terra para a criança - e não há o que fazer.
Atenção: essas coisas vc só vai descobrir após a separação.

(22-12-2020, 08:56 AM)Hombre de hielo Escreveu: Só espero que tu use do mesmo rigor (de cortar a grana) em relação a tua filha, mesmo que ainda esteja com a mãe dela.

Pregunta: vc é filho de pais separados?
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#13
(22-12-2020, 01:48 PM)Berzerk Escreveu: Entendam uma coisa sobre "alienação parental" (a mais comum, feita pela mulher): NA PRÁTICA o pai vira um provedor de grana e nada mais.
A mulher tem o poder total sobre o que ela quer que seja a influência do pai sobre a criança. TOTAL.
Se ela for uma mulher preocupada em tocar a vida dela, ter outros relacionamentos, viver a vida... que sorte a sua. Ela vai deixar um bom espaço pra vc se relacionar e influenciar a criança. Aí dá pra passar os valores que vc acha de boa.
Se ela for ressentida por algum motivo, não tiver vida pessoal, for rejeitada por outros homens e quiser transformar o pai no "grande responsável" por motivos que vão desde o fracasso pessoal dela até a fome na África e ao Covid 19, sinto muito, o pai será o capeta na terra para a criança - e não há o que fazer.
Atenção: essas coisas vc só vai descobrir após a separação.



(22-12-2020, 08:56 AM)Hombre de hielo Escreveu: Só espero que tu use do mesmo rigor (de cortar a grana) em relação a tua filha, mesmo que ainda esteja com a mãe dela.

Pregunta: vc é filho de pais separados?

Sim. Caso não fosse de pais separados, dificilmente, estaria te sugerindo isso!

Te sugiro isso pra não distinguir teus filhos de acordo se ainda come ou não, a mãe deles. E não quero acreditar que tu possa ser altruísta com algum(a) eventual enteado(a).
Responda-o
#14
[quote pid='93033' dateline='1608684228']

Sim. 
[/quote]

Ah, ok. Teve alienação parental no seu caso?
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#15
Difícil opinar sem estar passando por algo similar, mas fica os 20 centavos.
Que o Pai eterno abençoe e ajude vocês, Sagitário, sem medidas.

Não é fácil (sobretudo pra criança) viver longe do pai, sem a referência paterna tão necessária, infelizmente o Ocidente está caído de joelhos perante o misandrismo, nossas mulheres capitularam (como sempre, em toda guerra com armas ou sem) e os valores e crenças que permitiram o mundo evoluir estão se esfarelando.
Novamente ficam os votos de muita sorte e êxito pra o Sagitario Jr. superar essa fase e vocês voltarem a conviver, mais do que pai e filho.
Mas como amigos também.

"Só os canalhas precisam de uma ideologia que os absolva e justifique." (Rodrigues, Nelsson)
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#16
(23-12-2020, 02:22 PM)Berzerk Escreveu: Ah, ok. Teve alienação parental no seu caso?

Sim. Acredito ser padrão a alienação parental quando rende pensão!
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