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FdB - A eugenia feminista
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FdB - A eugenia feminista
Postado por Barãozin em janeiro de 2013.

[Image: bjpZfZsj_t.png]

A quase um século atrás, um cabo austríaco se inspirou pela visão de criar uma raça suprema. Assim que ele se auto proclamou “Führer”, Adolf Hitler fez tudo para garantir a ascendência de alemães biologicamente “valiosos”. De 1934 a 1937 o regime nazista esterilizou por volta de 400 mil pessoas que eles consideravam fisicamente e mentalmente incapazes.

Para silenciar seus críticos, Hitler justificou seu programa de extermínio invocando a disciplina científica da eugenia, uma palavra derivada do grego para “bem nascido”.

Do outro lado do Atlântico, Margaret Sanger foi outra defensora deste movimento emergente. Como membro da “Eugenic Societies” tanto nos EUA quanto na Inglaterra, Sanger escreveu “Woman and the New Race“, em que ela propagava sua visão utópica, porém não convencional.

Baseado no seu desprezo para o sexo feminino, Sanger escreveu em 1920, “as mulheres foram, devido a sua habilidade reprodutiva, as fundadoras e perpetuadoras das tiranias da Terra… Se ela tivesse planejado deliberadamente para atingir esse total trágico de miséria humana, ela dificilmente poderia ter feito de forma melhor.“

Em seu “Plan for Peace” de 1932, Sanger leva a sua análise a uma conclusão lógica. Ela defende a necessidade de “aplicar uma política rígida e severa de esterilização e segregação para aqueles setores da população dos quais sua descendência está manchada” e também “dar a alguns gupos disgênicos de nossa população sua escolha entre ser segregada ou ser esterilizada.” Sanger tempos depois explicou que um desses “grupos disgênicos” incluíam os negros americanos.

O legado de Margaret Sanger está vivo até hoje. Como sabemos, Sanger fundou a “Planned Parenthood Foundation of America”, que depois evoluiu para a “International Planned Parenthood Federation” em 1952. (NT: O Padre Paulo Ricardo já deu palestras sobre este assunto. Recomendo que procurem por estas palestras pelo site. São muito esclarecedoras.

E então em 1979, a China implementa sua famigerada Política de Filho Único, que logo depois evoluiu para esterilizações forçadas, abortos sob coerção e infanticídios. Em 2001, uma pesquisa revelou que autoridades do governo da província de Guangdong tinham uma quota de 20 mil abortos forçados.

Mas se um casal só é permitido a ter um filho, muitos acabarão confrontados com uma difícil escolha. A maioria das famílias vivem em condições precárias, onde a refeição do dia seguinte nem sempre é garantida. Um garoto pode ser mandado para o trabalho nos campos e tendem a ficar aptos ao trabalho mais cedo do que as meninas. E em muitas sociedades, os pais quando envelhecem tendem a depender do filho homem para viver.

O ultrassom se tornou a tecnologia que permitiu aos casais fazerem tal decisão. Um ultrassom portátil pode ser comprado por apenas alguns milhares de dólares. E um aborto pode ser realizado a baixo custo.

Isto rapidamente se transformou num fenômeno que os doutores indianos chamam de “abortos de cafeteria” – termine sua gravidez e então se sente na cafeteria mais próxima para tomar um cappuccino.

Joseph D’Agostino apelidou este crescimento do aborto seletivo como o “O Triumfo Feminista: exterminar meninas.” Os especialistas não concordam com a conta total, mas um artigo publicado no jornal médico Lancet estima o número de meninas abortadas, boa parte delas na China e Índia, já está na casa dos 100 milhões. Somente na China, a UNICEF estima que há apenas 832 meninas para cada 1000 meninos.

As feministas tem uma compulsão em impor mudanças radicais na sociedade e quando as coisas dão errado, jogam a culpa de seu fiasco no machismo. O problema do aborto seletivo não é uma exceção a esta regra.

Nessas últimas décadas, os defensores do aborto promoveram uma campanha determinada para facilitar o acesso ao aborto pelo mundo. É claro que eles nunca admitem a possibilidade que sua cruzada letal tenha algo a ver com o atual desequilíbrio populacional.

Ao contrário, as feministas rebatem a culpa, falando de forma sombria de uma “diferença intransponível de poder entre os gêneros”. Esta mentira convenientemente ignora o fato que na Índia grande parte dos médicos que lucram por volta de 100 milhões por ano com a indústria do aborto seletivo são mulheres.

E como pode ser uma demonstração de “privilégio masculino” privar tantos asiáticos de ter chances de arrumar uma esposa?

Os aparelhos de ultrassom foram popularizados em meados da década de 1980. Vinte anos depois, nós temos uma geração de homens em sua adolescência e começo da vida adulta que não podem arrumar uma parceira. Isto é o prenúncio de um desastre demográfico. Na Índia ocidental, moças do Nepal e Bangladesh são importadas – por um preço, é claro – para tentar ajustar a disparidade entre os sexos.

Então qual é a solução para a epidemia do infanticídio feminino? Leis que banam a pratica estão se mostrando inúteis. Forçar que os médicos preencham documentos extras para realizar o procedimento, como está fazendo na Índia, está se mostrando inútil. E postar cartazes alertando sobre isto em clínicas de ultrassom simplesmente não serve para nada.

Então o que podemos fazer para frear esta futura bomba populacional que assolará o mundo no século XXI? Pelo menos para mim, há apenas uma única e óbvia cura para este experimento eugênico moderno, uma solução que deve ter uma boa chance de funcionar: banir os abortos.

Texto original por Carey Roberts.


Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.
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