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Nobre Homem do Mês: Olavo de Carvalho
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Nobre Homem do Mês: Olavo de Carvalho
Publicado por Conde de Monte Cristo no Blog Nobres Homens em 7 de dezembro de 2012

Caros e nobres confrades da Real.

Inspirado no lendário “Homem Honrado do Mês” do antigo fórum “Homens Honrados”, a partir deste post irei a cada mês prestar uma homenagem à todos os homens que, com suas condutas, caráter,  atitudes, serviços prestados, que se pautarem pela moral, bons costumes e pela honra sirvam de inspiração e que com suas obras tenham contribuições importantes dentro da nossa sociedade.

E para começarmos com chave de ouro, nada melhor que prestar essa homenagem ao grande mestre filósofo  Olavo de Carvalho.

*Texto original postado no antigo fórum Homens Honrados e publicado posteriormente no Canal do Búfalo.

[Image: olavo-de-carvalho.png]

O Nobre Homem desse mês tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros. Sem papas na língua e meias palavras, a tônica de sua obra é a defesa da interioridade humana contra a tirania da autoridade coletiva, sobretudo quando escorada numa ideologia “científica”.

Quem é Olavo de Carvalho?

Filho do Dr. Luiz Gonzaga de Carvalho e D. Nicéa Pimentel de Carvalho, casado com D. Roxane Andrade de Souza e pai de 8 filhos nasceu em Campinas por onde viveu por volta de 1 ano e meio. Passou a maior parte da vida na cidade de São Paulo, tendo estudado no Colégio Estadual de São Paulo.

Começou a trabalhar na imprensa quando não tinha ainda 18 anos completos, na Empresa Folha da Manhã S/A, onde, nos vários jornais que a compõem (Jornal A Gazeta, da Fundação Cásper Líbero como subeditor de reportagem local, revista Atualidades Médicas como editor de texto, semanário Aqui, São Paulo, de Samuel Wainer como subeditor e secretário gráfico, Jornal da Semana como secretário de redação, Jornal da Tarde (O Estado de S. Paulo) como redator, na Editoria de Política e Economia), foi sucessivamente repórter, redator copy desk, setorista credenciado no Palácio do Governo. Desde muito jovem iniciou seus estudos de filosofia, psicologia e religiões comparadas.

Não tendo encontrado, na época, cursos universitários de boa qualidade sobre os tópicos que eram de seu interesse e tendo recebido o Registro de Jornalista Profissional por tempo de serviço, de acordo com a legislação que então entrou em vigor, abdicou temporariamente dos estudos universitários formais e buscou professores particulares e conselheiros qualificados que o orientassem, entre eles Juan Alfredo César Müller, Marcel van Cutsem, Lívio Vinardi, Marco Pallis , José Khoury e Martin Lings. Estudou Filosofia no Conjunto de Pesquisa Filosófica (Conpefil) da PUC-RJ. Embora já tendo apresentado dois trabalhos de conclusão do curso; “Estrutura e Sentido da Enciclopédia das Ciências Filosóficas de Mário Ferreira dos Santos” e “Leitura Analítica da ‘Crise da Filosofia Ocidental’ de Vladimir Soloviev”, não chegou a graduar-se por causa da misteriosa extinção da entidade logo após o falecimento de seu fundador e diretor, Pe. Stanislavs Ladusans. Estudou também desenho Artístico na Escola Panamericana de Arte (São Paulo), frequentou e concluiu o curso de Produção e Direção Cinematográfica da Comissão Estadual de Cinema de São Paulo (1970) e a partir de 1975, concentrou seus esforços no estudo das artes liberais, ou seja, as sete disciplinas básicas para a formação dos letrados na Europa Medieval (lógica, retórica e gramática; aritmética, música, geometria e astrologia), ainda é perfeito dominador do idioma português; lê e escreve com correção em três línguas estrangeiras (inglês, francês e espanhol), lê correntemente em italiano, embora não escreva nessa língua com segurança, e tem ainda conhecimentos de alemão, árabe (clássico), grego (clássico) e latim.Dos seus oito filhos, um deles, Luiz Gonzaga de Carvalho Neto segue a vocação do pai e promove cursos de filosofia.

O primeiro livro foi lançado em 1980 e chama-se A imagem do homem na astrologia, um ensaio sobre astrologia que serve de base para um desenvolvimento do tema cientificamente. Em 1996, publica o livro que o torna conhecido, O imbecil coletivo: atualidades inculturais brasileiras, no qual critica o meio cultural e intelectual brasileiro. Trabalhou em revistas e periódicos tais como Bravo!, Primeira Leitura, O Globo, Época, Zero Hora e Jornal do Brasil, tendo sido demitido destes quatro últimos (nas palavras do próprio Carvalho, foi “chutado”). Atualmente é colunista do Diário do Comércio, periódico mantido pela Associação Comercial de São Paulo.

Em 2002, lançou, com o apoio financeiro da Associação Comercial de São Paulo, o site de notícias Mídia Sem Máscara. Em 2004, lançou um programa de televisão de mesmo nome na TV a cabo. Desde 2005 reside nos Estados Unidos.

Olavo de Carvalho declarou em seu programa que em dezembro de 2009 recebeu do governo dos Estados Unidos o visto especial de residência EB-1, o qual é concedido a estrangeiros com “habilidade extraordinárias” na área intelectual, artística ou científica. Esse visto dá ao estrangeiro o direito de residência permanente nos Estados Unidos.

Os alvos das críticas:

Olavo de Carvalho costuma fazer em seus livros, ensaios e artigos fortes críticas a uma parte da academia e elite intelectual (principalmente a brasileira). Nem sempre se utilizando de uma linguagem acadêmica ou apropriada, ao citar estes e outros autores, Carvalho denuncia o que considera serem, conforme o caso, aparelhamento e patrulhamento ideológico, imposturas acadêmicas e falácias intelectuais, como aqueles que levem em consideração exclusiva as massas, o materialismo e o culto ao Estado, em detrimento do indivíduo e da liberdade de consciência. É também um crítico mordaz de movimentos políticos de esquerda, do Socialismo, dos movimentos sociais e das organizações globalistas.

Alvos habituais da crítica de Olavo de Carvalho, em trabalhos e artigos, são entidades como a Fundação Ford, a Fundação Rockefeller, o Council of Foreign Relations, o Fórum Social Mundial e indivíduos da atualidade como Barack Obama, George Soros e Al Gore e, no Brasil, as entidades como o Foro de São Paulo, o MST, o Partido dos Trabalhadores, da CNBB (como divulgadora nacional da teologia da libertação), entre outros.

Ultimamente, Carvalho tem se dedicado a estudar o movimento abortista e o ativismo gay (e as respectivas manifestações em território brasileiro) que, segundo o autor, estariam integrados a movimentos e fluxos maiores de internacionalização e massificação de valores materialistas, segundo agendas que seriam ditadas pela burocracia internacional, notadamente a Organização das Nações Unidas. Carvalho também costuma reagir à postura do establishment acadêmico e intelectual que o critica por não ter titulação acadêmica. Olavo de Carvalho aborda, também, entre outras questões, ao que ele considera baixa qualidade da formação acadêmica em Filosofia.

Obras Publicadas:

*Símbolos e Mitos no Filme “O Silêncio dos Inocentes”.
Rio, IAL & Stella Caymmi, 1993.

*Os Gêneros Literários: Seus Fundamentos Metafísicos.
Rio, IAL & Stella Caymmi, 1993.

*O Caráter como Forma Pura da Personalidade.
Rio, Astroscientia Editora, 1993.

*A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci.
Rio, IAL & Stella Caymmi, 1994 (1a ed., fevereiro; 2a ed., revista e aumentada, agosto).

*O Jardim das Aflições. De Epicuro à Ressurreição de César — Ensaio sobre o Materialismo e a Religião Civil.
Rio, Diadorim, 1995.

*O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras.
Rio, Faculdade da Cidade Editora e Academia Brasileira de Filosofia, 1996 (1a ed., agosto; 2a ed., outubro; 3a ed., abril de 1997 ; 4a, maio de 1997; 5a, dezembro de 1997).

*Aristóteles em Nova Perspectiva. Introdução à Teoria dos Quatro Discursos
(reedição aumentada de Uma Filosofia Aristotélica da Cultura, Rio, IAL & Stella Caymmi, 1994)
Rio, Topbooks, 1996.

*O Futuro do Pensamento Brasileiro. Estudos sobre o Nosso Lugar no Mundo.
Rio, Faculdade da Cidade Editora, 1997. 2a. ed., 1998.

*Como Vencer um Debate sem Precisar Ter Razão. Comentários à “Dialética Erística” de Arthur Schopenhauer.
Rio, Topbooks, 1997.

*A Longa Marcha da Vaca para o Brejo: O Imbecil Coletivo II.
Rio, Topbooks, 1998.

Frases:

“Ora, porra!”

“A crítica não tem sobre a psicologia das massas o poder sugestivo que têm as crenças afirmativas, mesmo falsas.”

“O sentimento segue aquilo que amamos. Se amamos o que é verdadeiro, bom e belo, ele nos conduzirá para lá. O problema, portanto, não é sentir, mas amar as coisas certas. Do mesmo modo, o pensamento não é guia de si próprio, mas se deixa levar pelos amores que temos. Sentir ou conhecer, nenhum dos dois é um guia confiável. Antes de poder seguir qualquer um dos dois, é preciso aprender a escolher os objetos de amor – e o critério dessa escolha é:
Quais são as coisas que, se dependessem de mim, deveriam durar para sempre?
Há coisas que são boas por alguns instantes, outras por algum tempo. Só algumas são para sempre.”

“Se cometi tantos erros, se tão rico e variado é o repertório dos meus pecados, para que inventar mais um, acusando-me logo daquilo que não fiz?”

“Mais que o século das ideologias, mais que o século da física atômica, mais que o século da informática, este foi o século da escravização mental “

“Exercendo livremente seus ‘direitos humanos’ sob a proteção do Estado democrático, as mulheres que praticam nos EUA um milhão e meio de abortos por ano logo terão superado as taxas de genocídio germano-soviéticas.”

“Uma sociedade, com efeito, que pune um olhar de desejo e dá proteção policial ao assassinato de bebês nos ventres das mães é, de fato, a mais requintada monstruosidade moral que a humanidade já conheceu. “

“Quem não ama os paradoxos, desista de falar de Deus.”

“A consciência é a única entidade da qual você não pode falar na ausência dela.”

“A própria possibilidade de fazermos ciência está dentro do universo. Ninguém sai do Universo para fazer ciência ou o que quer que seja.”

“Que importam no fim das contas, a discriminação e a exclusão de tal ou qual grupo, se o cronocentrismo de nossa cultura exclui e discrimina quase toda a humanidade?”

“Até Cristo, no cume da agonia, lançou ao ar uma pergunta sem resposta. Por que nós, que só somos filhos de Deus por delegação, teríamos o direito congênito a respostas imediatas?”

“Para saber o que é uma religião, deve-se perguntar a quem a conhece e a pratica, não ao seu adversário.”

“O valor dogmático do historicismo provém de que se esquece que ele mesmo é uma moda histórica.”

“Se as idéias só fossem válidas no seu tempo, na realidade não seriam válidas para tempo nenhum”.

“Fazemos do nosso tempo o juiz da Antiguidade e jamais convocamos a Antiguidade a depor sobre o nosso tempo.”

“É por causa dessa gente que o Brasil saiu da história intelectual do mundo, já não servindo senão para abrilhantar com sambinhas estúpidos as festas de franceses bêbados e chamar isso de “cultura”.”

Fontes:

Comunidade Olavo de Carvalho

http://www.orkut.com/Community?cmm=44668

Olavo de Carvalho

http://www.olavodecarvalho.org/index.html

Mídia sem Máscara

http://www.midiasemmascara.org/

Instituto Olavo de Carvalho

http://www.institutoolavodecarvalho.com/

Comentário do Guardião:

Ele disse que passaria a postar o Nobre Homem do Mês mensalmente. Mas, infelizmente, só postou uma única vez que foi essa. E todos os links acima postados na época estão quebrados. Quem tiver links atualizados comente abaixo.

Esse tópico faz parte do projeto Segunda das Relíquias perdidas.
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