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Como o Gramscismo funciona
#1
Como o Gramscismo está obstinado na destruição dos princípios basilares da Nação brasileira
Postado por Major Lobo Honrado no Mundo Realista em 11/09/2012


Implementação gradativa e imperceptível na sociedade brasileira

O GRAMSCISMO foi uma alternativa proposta por Antônio Gramsci, fundador e dirigente do Partido Comunista Italiano, no período de 1921 a 1937. Ele percebeu que o ataque frontal ao Estado, de modo violento, conduzido pela Rússia com sucesso em 1917, não funcionara em tentativas subseqüentes na Alemanha, Polônia, Hungria, Bulgária e Estônia. Por que isso acontecera?

Sob a ótica de Gramsci, a Rússia na ocasião tinha uma sociedade frágil que não ofereceu respaldo ao Estado Czarista, ao passo que nos países acima, que personalizavam sociedades de capitalismo desenvolvido, aqueles Estados foram resguardados por verdadeiras trincheiras, as forças-vivas da Nação.

E quais foram essas FORÇAS-VIVAS e como atacá-las ?

As Forças Armadas, o Aparelho Policial, os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), o Ministério Público, os Partidos Políticos, a Mídia, o Sistema Econômico Capitalista, o Sistema de Ensino, a Família, a Igreja e outras.

Gramsci raciocinou que, se essas trincheiras fossem dominadas e acatassem a causa marxista, o Estado não mais contaria com a proteção daquelas e cairia pela ação revolucionária sem oferecer efetiva resistência.

A partir de 1991, vários Movimentos Comunistas locais adotaram a postura Gramscista e um deles foi o do BRASIL.

E quem abraçou essa técnica, modificando seu estilo truculento, foi o marxista Partido dos Trabalhadores (PT), que chegou ao poder em 2003.

Para provar que o PT, na atualidade, age como previsto por Gramsci e quer implantar a ideologia marxista, observe abaixo como ele está anulando as Forças-Vivas da Nação brasileira, sem que ninguém perceba:

Poder Executivo – ocupado por ferrenhos comunistas, antigos guerrilheiros, assaltantes de bancos e seqüestradores;

Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público – sob constantes ameaças de neutralização, vindas do Governo;

Partidos Políticos democráticos – sob o risco de real extinção, face ao crescimento hegemônico do PT decorrente das contribuições de cerca de 200.000 funcionários implantados pelo Partido, e a compra da lealdade de seus parlamentares, como mostra o mensalão e outros tipos de aliciamento, em meio à corrupção generalizada do PT.

Mídia (TV, Jornais, Rádios, revistas, etc) – além de alvo prioritário do MCI, que a domina, tem a parcela democrática opositora intimidada por ações cerceadoras, como a atual deliberação da Conferência Nacional de Comunicação, de exercer a censura e o controle dos meios de comunicação;

Forças Armadas – tradicionalmente anticomunistas, tiveram seus Ministérios suprimidos e submeteram-se ao Ministério da Defesa, chefiado por elementos fiéis ao Governo do PT; no evento dos controladores de vôo amotinados, sentiram ameaçadas sua hierarquia e disciplina pelo próprio Governo.

Polícias Militares – desmoralizadas pela criação, pelo Governo, de sindicatos de Cabos e Soldados na Corporação, o que acarretou a quebra de sua hierarquia e disciplina;

Sistema Capitalista – empresários nacionais esmagados por alta taxa de juros e carga tributária exorbitante;

Sistema de Ensino – alvo de eficaz doutrinação marxista;

Família brasileira – em vias de desintegração, pela ação da mídia perversa e tendenciosa; população urbana perplexa e apavorada pelo banditismo facilitado pela falta de policiamento e a rural acuada pelo clima de terror gerado pelo MST, este patrocinado e financiado pelo PT e embrião do futuro Exército Popular Revolucionário; povo na miséria, sem emprego e com salários vis, como nos regimes comunistas. A destruição da família é um dos objetivos, pois assim uma sociedade torna-se desintegrada, sem princípios, sem ética, sem moralidade.

Igreja Cristãs – atacada em sua inflexibilidade doutrinária (homossexuais, aborto, natalidade, indissolubilidade do matrimônio), a fim de desmoralizá-lá.

O conceito de sociedade nacional está sendo substituído pelo de ´sociedade civil`. A comunidade como conjunto das pessoas interdependentes, com sentimentos e interesses comuns, passa a ser o espaço das classes em oposição. Embora não seja aparente, é a cena da luta de classes.”

“Além destes exemplos, há muitas outras ´superações` do senso comum, menos evidentes (mas visíveis e apontados) porque o ´antes` e o ´depois` já estão muito afastados no tempo e porque já estão integrados, intelectual e moralmente, principalmente no senso comum dos mais jovens da sociedade:

- A personalidade popular como protagonista da história nacional em substituição ao vulto histórico, apresentado como opressor, representante das classes dominantes e criação da ´história oficial`.

- A história ´revisada` (na interpretação marxista) que substitui a História Pátria ´oficial` (´invenção` do grupo dominante).

- A união conjugal episódica ou temporária e de pessoas do mesmo sexo em substituição à família estável e célula básica da sociedade.

- Ecletismo religioso em substituição ao compromisso e fidelidade aos princípios religiosos de opção.

- Moral laica e utilitária em substituição à moral cristã e à tradição ética ocidental.

- Discriminação racial, dita como sutil e disfarçada e como realidade que desmente a crença ´burguesa ultrapassada` de tolerância e de sociedade multirracial e miscigenada. Este conceito recente é interessante porque se tornou senso comum apesar de todas as ostensivas evidências de que é falso; resultado da ´orquestração` (afirmação repetida).

- O preconceito, como qualidade que estigmatiza as pessoas conservadoras ou discordantes de certas atitudes e comportamentos permissivos ou tolerantes.

- A informalidade em substituição à convenção e à norma social que pressupõe vinculação institucional e à tradição.

- A moralidade substituindo a ética tradicional que se diz sufocar a felicidade e a liberdade individuais.

- Os direitos humanos como proteção ao criminoso comum (identificado como vítima da sociedade burguesa) e indiferente à vítima real (identificada geralmente como burguês privilegiado).

- ´Satanização` do ´bandido de colarinho branco`, identificado como burguês corrupto e fraudador do povo.

- A opinião pública como critério de verdade maior que os valores morais tradicionais e a própria lógica, quando inconvenientes.

- A mudança como valor superior à conservação.

- A ecologia como projeto superior ao desenvolvimento econômico (´especulação` capitalista burguesa) e social. A organização popular (aparelho privado não-estatal, ´eticamente` superior ao organismo estatal burguês.”

“Os principais meios de difusão dos conceitos do novo senso comum são os órgãos de comunicação social, a manifestação artística, em particular o teatro e a novela, a cátedra acadêmica e o magistério em geral. A eles se soma a atividade editorial, com menor alcance social.”

“É preciso acrescentar que nem toda mudança do senso comum resulta de uma atuação intencional e direta destes intelectuais orgânicos. Algumas transformações são decorrentes de uma evolução social natural. O projeto gramsciano de superação do senso comum, porém, é efetivamente um elemento desencadeador do fenômeno em cadeia, criando um clima de mudanças naturalmente estimulador que elimina a estabilidade dos valores e conceitos da sociedade, enfraquecendo suas convicções culturais e sua resistência a certos projetos políticos socializantes.”

Neutralização das ´Trincheiras` da Burguesia

“De um modo superficial, mas apoiados nas indicações de Gramsci, podemos reconhecer as ´trincheiras` do grupo dominante, da burguesia brasileira, indentificando-as no conjunto das organizações estatais, da sociedade política e das organizações privadas da sociedade civil. Indicamos apenas algumas das mais significativas:

- O Judiciário;

- O Congresso;

- O Executivo (Governo);

- Os Partidos Políticos Burgueses;

- As Forças Armadas;

- O Aparelho Policial;

- A Igreja católica;

- O Sistema Econômico Capitalista.”

“A neutralização, se possível a eliminação destas ´trincheiras`, é predominantemente uma guerra psicológica (mas não só esta) visando a atingi-las e miná-las [...], por meio do:

- Enfraquecimento, pela desmoralização, desarticulação e perda de base social, política, legal e da opinião pública;

- Esvaziamento, pelo isolamento da sociedade, perda de prestígio social, perda de funções orgânicas, comprometimento ético (´denuncismo`), quebra de coesão interna, ´dissidência interna`;

- Constrangimento e inibição por meio do ´patrulhamento`, penetração ideológica, infiltração de intelectuais orgânicos.”

Resumo das idéias-força (objetivos) da penetração cultural e os temas explorados para realizá-las:

[Image: not080630-2.jpg]

Fonte: Grupo Inconfidência e Endireitar

Esse tópico é um oferecimento do Guardião e as Relíquias Perdidas.
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#2
Principais comentários:

Tigre Branco:

A atual cultura brasileira é unilateralmente esquerdista, graças aos métodos Antonio Gramsci.

A esquerda é neta da revolução francesa e da filosofia de Kant, e filha de Marx.

Liberdade como valor superior à moral, a prática superior à teoria, a ciência natural superior às demais áreas de conhecimento, a verdade relativizada na constante busca de um mundo melhor e não estática no conhecimento já produzido, a autoridade do "EU" que impulsiona o relativismo ao invés de uma autoridade mental abstrata superior ..... são alguns dos ingredientes que identificam o pensamento de esquerda, ou que fomentam-no.

O remodelamento da cultura, das mentes das pessoas primeiro, é necessário... pra depois vir as medidas burocráticas.



Sir Alex Fergusson:

Excelente. Mais um tópico fundamental, principalmente para os novatos e os que ainda não captaram a essência política do que discutimos.



Major Lobo Honrado:

Tigre, você bem que podia depois fazer uma resenha daquele livro que você está lendo, se possível capítulo por capítulo, ou só dos mais importantes; eu já procurei em ebook mas não encontrei, se encontrar na internet pretendo comprar, mas acho importante que pelo menos os principais ensinamentos dele fiquem acessíveis a todos no fórum. "Sócrates encontra Marx" - é deste livro que estou falando.



Tigre Branco:

Problema é que o livro todo é em formato de diálogo filosófico. Então nem tem como eu, por exemplo, querer "escolher partes" para fazer uma resenha dele, pois ficaria sem sentido. O que eu posso tô repassando aqui pro fórum como resposta pros tópicos, já adaptados em forma de teoria aos assuntos.

A filosofia é um pouco diferente do que imagina-se ser... então complica fazer resenhas, o que dá de fazer é adaptar a técnica filosófica aos problemas reais que surgem aqui no fórum. Senão fica artificioso.

É como eu disse esses dias pro Conde por mp: o conhecimento está todo aí, agora basta a pessoa buscar por ele. A gente até colabora, dando uma palhinha por cima... mas a experiência em cima do documento é indescritível, muito superior.

O livro pra quem queira fazer o pedido: https://videeditorial.com.br/index.php?_...e.tpl.html

O mais difícil é começar à adquirir e ler o primeiro livro. Depois do primeiro, você não pára mais.... tenho 3 pra ler e já tenho mais uns 10 em mente pra comprar adiante..

Os tópicos abordados no livro:

1 - O Eu
2 - A alegação abrangente do marxismo
3 - O começo: Toda história é opressão?
4 - O tempo presente: A natureza Humana pode mudar?
5 - A existência de santos refuta o comunismo?
6 - A questão da liberdade.
7 - O que o capitalismo produziu?
8 - O que o comunismo produziu?
9 - Comunismo é predestinação?
10 - Propriedade privada.
11 -Objeções ao comunismo.
12 - Individualidade.
13 - A natureza humana pode ser mudada?
14 - Cultura comunista: Um oxímoro?
15 - A família.
16 - Educação
17 - Mulheres
18 - Nações
19 - Três Filosofias do Homem
20 - Materialismo
21 - As etapas até o comunismo.



Destro:

Como o tópico foi muito bem detalhado não há quase nada para se comentar como disseram os confrades, o que os Sinistromanos políticos ( esquerdistas ) estão fazendo já esta em prática desde Lenin, o que mudou foi a tática ( a nova esquerda ) e a neo nova esquerda ( esquerda festiva ) que está nas faculdades mas o plano para ferrar com a sociedade é o mesmo.



Lahire:

Um dos motivos que me fez abandonar o esquerdismo (já fui comunista ao estilo "soviético") foi a percepção, com o tempo, da objetiva e consistente destruição de todo o valor consolidado. Na verdade, diferentemente do que se pensa, a concepção não é criar uma "nova ordem" ou um sistema melhor e igualitário, simplesmente a quebra, desconstrução e destruição do "antigo" pelo "novo" simplesmente por ser novo.

Então como eu poderia acreditar em uma filosofia por um mundo melhor que na verdade não queria um mundo melhor?



Vihaje:

complementando o tópico, leitura OBRIGATÓRIA!"!

Carta de amor á América - Tomas Schuman (aquele mesmo sempre citado no blog marxismo cultural)

https://pt.scribd.com/doc/43459938/Love-...-Portugues



Bradock:

Aos que desejam um aprofundamento nessa questão sugiro que procurem pelo vídeo "Tomas Schuman (Yuri Bezmenov) L.A. 1983 PT-BR " no youtube.

Yuri Bezmenov (na URSS) ou Tomas Schuman (no mundo livre) ex-espião soviético que diz ao Ocidente o perigo imenso em que a nossa civilização se encontra. Vídeo recomendado as pessoas que desejam compreender o processo da revolução cultural entre outras coisas.
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#3
Acrescento ainda o uso das palavras. Eles inventam, alteram, subvertem significados para fins políticos.

A palavra macho, deixa de significar homem viril e passa a ser adjetivo pejorativo.

Fascismo, deixa de ser uma palavra voltada para nacionalistas extremistas, escravos do estado e totalitários e passa a ser adjetivo para qualquer adversário político.

O tal discurso de ódio, que não deixa claro o que significa, não possui critérios claros pode ser usado contra qualquer adversário.

As palavras e seus significados são armas políticas.
Um homem com escolhas é um homem livre.
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#4
A cultura (no sentido estético: literatura, música, pintura... ) também é afetada. A estratégia consiste em destruir a cultura existente e implantar uma favorável à ideologia coletivista. No Brasil metade disso foi cumprido: a destruição ocorreu, só que não foi posto nada no lugar Gargalhadaha Basta comparar a qualidade de nossos escritores, músicos e poetas das décadas de 40 e 50 com o que, cada vez mais à mingua, apareceu a partir da década de 60 e constatar.
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#5
O camarada @Academo tem razão, mas eu vou um pouco além: se existe alguma coisa a ser afetada, essa coisa é necessariamente a cultura.
Gramsci já dizia "não tomem campos de concentração, tomem escolas, universidades e centros de pesquisa".

É a revolução silenciosa, gradativa e imoral que se dá através da cultura, da subversão dos valores e destruição do cristianismo. O próprio Marx deixou isso claro no Manifesto Comunista, em um dos capítulos que ele diz que todo e qualquer traço religioso deve ser extirpado da sociedade.

Professor Olavo já disse que o Brasil é um dos países que mais se colocou o Gramscismo em prática.

A linguagem também é fundamental nessa revolução não violenta e osmoseana, principalmente pelas narrativas e uso de eufemismos.
Mateus 21:22
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#6
Este gráfico acima está no livro Sergio Coutinho de Avellar

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