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Falar em público e Oratória
#1
Salve!

Este é o primeiro tópico e venho pedi a ajuda de vocês. Acredito que todos nós, em algum momento da vida, tivemos que realizar uma apresentação, também chamado de seminário em alguns casos. 

Meu caso vai um pouco além do simples medo de falar em público e/ou timidez, uma vez que já sofri ridicularizações por causa da minha voz (grossa para idade, na época, com cerca de 12 anos.) Já perdi empregos por ir muito mal nas entrevistas; Futuras parceiras por medo simplesmente de falar; e por fim, nervosismos e insegurança em apresentações que surgem nos cursos da vida.

Gostaria de recomendações de técnicas, treinamentos, exercícios, etc. para melhorar essa comunicação em público. Comprei um livro chamado: "Falar em Público: Prazer ou Ameaça?" de Eunice Mendes.

PS.: Pretendo ir, primeiramente, em um psicólogo para tratar esse provável trauma, e posteriormente a um fonoaudiólogo. Talvez, futuramente, um curso de oratória para refinar as minhas habilidades em apresentar. Porém, atualmente não tenho condições de bancar essas consultas.

[Image: blog_0204-medofalarempublico_1069535192-...1569939602]
[foto ilustrativa]
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#2
Vai falar o quem em público ?

Conheça o assunto e ponha se a prova, veja como outras pessoas se expressam e a reação de quem escuta e copie o que achar conveniente.

Ninguém se importa com você ou o que você diz, depois de 10 minutos a grande parte se esquece do que ouviu e o restante não entende ou está te ouvindo por educação. Saber disso já é um grande passo.
"Há um amplo fosso de aleatoriedade e incerteza entre a criação de um grande romance – ou joia, ou cookies com pedaços de chocolate – e a presença de grandes pilhas desse romance – ou joia, ou sacos de biscoitos – nas vitrines de milhares de lojas. É por isso que as pessoas bem-sucedidas em todas as áreas quase sempre fazem parte de um certo conjunto – o conjunto das pessoas que não desistem." O andar do bêbado.
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#3
tentar por na cabeça que é algo facíl de se fazer.
respira e vai falando devagar, vai vim uma adrenalina, ou ansiedade no começo mas é normal.
apenas fique la e tente ficar confortavel e se não vier o que falar fica em silencio, sorria olha para a pessoa ou simplesmente vai para outro canto e depois volte a falar com a pessoa.
mas o primeiro passo é você se sentir confortavel, não fica colocando pressão.
depois que se tornar algo simples para você, você vai perceber que muita gente não ta nem ai para o que você fala e a maioria é tudo falsa e desanimada com a vida. eles não são felizes com a vida deles e acharam que você tambem não vai ser feliz.
então nem se incomode quando você contar planos de algo que voce fez no final de semana e a pessoa colocar criticas ou te desanimar.
o que importa é o que você acredita da vida, não é seus pais, o pessoal do forum ou outra pessoa. é só você que sera capaz de acreditar nos seus sonhos e realiza-los o resto é resto.
agora ta com você..uma coisa que me ajudou muito é eu buscar ser mais maduro acho que podera lhe ajudar
valeu
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#4
Fera, voz grossa é excelente para prender a atenção do publico. Aceitar essa característica já é um bom começo.
Outra coisa é domina o assunto que você vai apresenta. Estude até você sentir segurança em falar sobre ele.
Fora isso, é praticar. Chama sua família ou seus amigos para servirem de "cobaias".
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#5
Falar em público não é uma tarefa fácil e muito menos prazerosa, pois nos dá a nítida impressão de que estamos vulneráveis em um grande alvo vermelho, prontos para a ridicularização, não é mesmo? Ninguém quer apresentar um trabalho na frente dos colegas ou ser chamado para a pauta em uma reunião, pois novamente temos que falar na frente de pessoas e seremos expostos...

Todas estas reações são grandes bobagens que nós mesmos criamos e assim, desenvolvemos "bloqueios" para a vida toda se não as enfrentarmos.

Lhe digo por experiência própria, que estes "bloqueios" em falar em público, está relacionado intrinsecamente com a questão do traquejo social, mas lhe pergunto: se você se comunica de modo fluído com as pessoas do seu convívio, por que não falaria do mesmo modo com outras pessoas (...em grupo ou individuais!)?

Um pequeno exemplo didático:

Você precisará apresentar um seminário sobre um tema específico e os outros grupos ficarão com outros temas, logo, você possuirá o conteúdo desenvolvido e, só você estará apto a falar sobre ele, quanto aos demais, poderão até ter uma visão superficial daquilo que estará sendo apresentado por você, mas só. Apenas você detém o conhecimento aprofundado daquilo e os outros não. Portanto, não é necessário ficar nervoso para falar para todos, uma vez que só você conhece o conteúdo (...isso realmente funciona!).

Outra tática que julgo extremamente funcional em casos de "bloqueios", é usar o bom humor, pois lhe ensinará a sair da chamada "sinuca de bico" quando algo parecer embaraçoso, assim, na medida que você praticar e ir falando em público, seja apresentando trabalhos, seminários, reuniões ou mesmo falando em seu grupo de convívio, tudo isso será simples e automático.

Tudo o que estou escrevendo para você, são experiências pessoais vividas, pois sou professor e tenho que encarar salas de aula com 70 / 80 alunos todos os anos (...e dias também!), isso sem contar os clientes que tenho no trabalho.

Enfim, o assunto é interessante e o que escreví são apenas alguns exemplos jogados e se precisar trocar uma idéia sobre isso, me envie uma MP.

Um Grande Abraço!
"Fiat justitia, et pereat mundus..."
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#6
Concordo e muito com o colega que disse que a voz grossa é uma vantagem. Sem dúvida é sim, para de ser bitolado paspalho que acha melhor ter voz de gay.

Bem, eu vou falar o que eu fiz para aprender a falar em público sem se cagar nas calças, não é didático e se vai servir pra você eu não sei, mas enfim, ninguém se importa ...

Eu era um cretino igual você que achava que alguém ligava para mim, por isso quando tinha que ir na frente apresentar eu quase travava, porque na minha cabeça de juvena "todos estavam me julgando e reparando como eu me vestia, como eu falava, etc". Na verdade as pessoas só vão se importar com você se você souber muito bem o que está falando e se for algo interessante, se não for isso, só vão te achar mais um estúpido bunda mole que nem sabe o que está fazendo ali na frente e logo vão esquecer que você um dia tentou explicar alguma coisa que valesse a pena. Só vão lembrar te tirar sarro sempre que possível, é claro.

Um professor meu me esculachou muito, mas muito - tanto que se fosse hoje nesse mundo abicholado anti-bulling provavelmente ele fosse demitido da universidade - numa dessas cagações que eu chamava de apresentação. Eu me senti o pior saco de merda do mundo e o cara mais imprestável da humanidade... aí resolvi que não ia mais passar tanta vergonha. Eu era melhor que ser só mais um aluno desprezível semi analfabeto que não consegue falar 15 minutos sobre um assunto qualquer na frente de outros chimpanzés mais burros que eu. O meu método para fazer as coisas direito foi:

- primeiro aprender tudo sobre o assunto que eu deveria falar, estudando a partir dos meus métodos próprios - que eu não vou ensinar, descubra o seu - para fixar melhor o que eu deveria aprender. No geral seria que você não deve seguir SÓ o que o professor ou seilá quem te disse para seguir, procure todo que é assunto que seja relacionado ao tema principal, se aprofundo ao máximo em tudo que for interessante, pq se você fizer isso na hora de apresentar você vai descobrir que tem aquele talento legal de quem sabe oratória de fazer comentários sobre outros assuntos que tem haver com o tema central, pode usar comentários do cotidiano que vai fazer até o mais burro do recinto entender o que você está dizendo e principalmente, se interessar. Até vai conseguir tirar umas risadas deles mesmo com essa sua cara sofrida de cachorro sarnento. Então, antes de qualquer coisa, domine o assunto. E domine de verdade, como se você fosse um sádico sexual furioso que pode fazer tudo o que quiser com essa mulher aquiSe for em grupo - os chimpas adoram fazer essas merdas de apresentação em grupo - estude o tema dos outros também, o máximo que der pq aí você não vai ficar a deriva se alguém faltar (que é comum se você está na faculdade) ou se for pior que você pra falar. Só isso já vei te dar uma segurança tremenda. Nessa eu fazia um "brainstorn" numa espécie de linha do tempo misturado com organograma numa folha em branco, e ia adicionando coisas que achava interessante nessa folha. A partir dela eu organizava os slides, sempre o mais simples possível.

- Diferente do que muitos falam por aí, de ensaiar o que vai dizer, eu parei de fazer isso e melhorei exponencialmente. Ensaiar o que vai dizer é coisa de amador e de pessoas inferiores. Como eu disse, eu pesquisava o máximo que conseguia sobre o assunto e coisas relacionadas até um ou dois dias antes de apresentar, e nesses dias eu simplesmente e absolutamente não pensava mais no assunto e nem no que o como eu ia falar. Sim, ficava um ou dois dias sem nem lembrar o que eu teria que apresentar e também não comentava com ninguém sobre como ou o que seria a minha fala. Esquecia, não pensava, apagava da mente até a hora de apresentar. Isso mesmo, até a hora de subir lá e falar. Não revisava porra nenhuma, no máximo uma breve lida no meu rascunho. Na época eu não sabia, fazia isso por instinto, mas hoje eu sei que é uma técnica para deixar o tema gravado no subconsciente, assim quando você for apresentar magicamente você vai saber o que falar sem pensar como fazer isso. Não duvide de mim, é uma verdadeira mágica. O assunto, o comentário, a informação extra que ninguém poderia suspeitar simplesmente aparece na sua fala, você não precisa se esforçar e assim você não parece mais um cara comum que só tem falas monótonas e decoradas.


Citação:Nota do Héracles: Indo mais além nesse ponto e falando um pouco sobre um tópico meu sobre "somafera" (berserkers) essa técnica eu fui descobrir só recentemente, é uma das maneiras de possessão ou de transe induzido mas para expandir a mente. Há evidências - que eu não vou ficar esmiuçando aqui - que caras muito inteligentes da nossa era e de eras antigas usavam esse tipo de posse para estimular a mente a ser mais criativa, era o que os antigos chamavam de "eureka". Ou seja, estudar tudo que puder sobre algo até exaustão, fazer esquemas mentais num papel (brainstorns) e depois simplesmente esquecer. Se vocês fizerem isso com eficiência, vão perceber que parece que não é você mesmo falando, vão descobrir uma articulação de palavras e assuntos que jamais imaginaram ter, o assunto vai simplesmente fluir - o famoso "flow"  nas comunidades da real - realmente uma espécie de possessão - do subconsciente - . Por ex. eu sempre falo pouco mas quando apresento parece que não consigo parar de falar.  

Repetindo para os mais céticos, eu descobri isso só depois de já ter feito todo esse esquema, então por mais que você seja um cristão fervoroso e devoto e não acredite nessas coisas, eu lhe peço pelo menos o artifício da dúvida e que você irá testar isso em prática antes de cagar pelo teclado, ok?


-outra coisa que ajudou muito e que definitivamente é politicamente incorreto foi que eu via a todos que eu teria de público como aborígenes semianalfabetos. Isso mesmo, na minha cabeça ninguém teria audácia ou moral de querer questionar alguma coisa, muito menos de apresentar melhor que eu pq eu sabia que tinha feito o trabalho duro. Eu sabia e tinha certeza que ninguém tinha a habilidade de ter tantas conexões mentais como eu tinha. Se colocar num estado mental no qual você está convencido que o seu público é constituído de débil mentais com déficit severo de atenção faz você falar com muito mais tranquilidade e pode rir de si mesmo se errar alguma coisa. Lógico que tinha pessoas capacitadas, até melhores que eu, mas até depois da apresentação eu não acreditava de jeito nenhum nisso e isso me ajudou. Também tem um fator de ação do subconsciente pensar dessa forma mas eu não vou entrar em detalhes porque já falei bem mais do que planejava nessa porra de tópico. 

Enfim, espero que ajude em alguma coisa. Mas tudo se resume a duas coisas: para de ser vagabundo e pare de ser bunda mole medrozinho. ponto final.  Se tudo der errado, você sempre terá a opção de sair na porrada com os cretinos trash talkers que estiverem rindo da sua cara espinhenta.
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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#7
Para de ter medo da plateia.
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#8
(06-11-2019, 08:37 PM)PensadorSolitário Escreveu: Meu caso vai um pouco além do simples medo de falar em público e/ou timidez, uma vez que já sofri ridicularizações por causa da minha voz (grossa para idade, na época, com cerca de 12 anos.) Já perdi empregos por ir muito mal nas entrevistas; Futuras parceiras por medo simplesmente de falar; e por fim, nervosismos e insegurança em apresentações que surgem nos cursos da vida.

Eu já passei por isso. Mas, o meu caso era bem pior que o seu. Não sei os nomes que dão hoje, fobia social, timidez, mas eu tinha um pânico total de falar em público e até de conversar com grupos pequenos de 4 a 5 pessoas, sempre fui muito tímido e o problema era mais evidente principalmente durante as apresentações na escola, eu nunca conseguia dormir direito na noite anterior ao da apresentação, acordava a cada 5 ou 10 minutos, ansiedade a mil, também me dava uma disenteria no dia por conta do nervoso, ficava bem mal do estomago, e na hora da apresentação eu chegava ao ponto de passar muito mal, mãos suarem, coração acelerado, tremedeira, gagueira, dar um branco, não conseguir ouvir o que as pessoas perguntavam, a pressão baixava, e já quase desmaiei algumas vezes mas me apoiei em algo perto até me recuperar.

Racionalmente eu me convencia que era só uma apresentação qualquer, que eu era quem mais entendia do assunto, mas na hora de apresentar era sempre esse terror. E não só em apresentações, mas em grupos até pequenos de pessoas, como 4 ou 5 pessoas, eu ficava sempre calado e quando me perguntavam algo e todos viravam para ouvir a minha mente travava, não conseguia ouvir as coisas direito que eles falavam, gaguejava, respondia coisas desconexas, acho que até achavam que eu tinha algum problema mental mas era puro pânico social.

Tentei várias coisas para superar isso e um dia finalmente consegui. O que te digo é que se seu caso for grave como o meu não adianta alguém vir aqui e dizer "pare de ter medo da plateia" ou "conheça o assunto" porque argumentos racionais não resolvem. Você pode se convencer da forma mais racional possível que é só uma apresentação em público, que sua vida não está em risco, mas quando chegar lá tudo vem a tona do mesmo jeito. Tem que trabalhar a causa do problema.

Eu passei a vida inteira com esse tipo de problema, desde que eu me entendo por gente. Eu só superei porque me pus no fogo, peguei o boi pelo chifre. Fiz um curso de oratória de uma só semana, mas foi bom porque vi que tinha gente de todas as idades com o mesmo problema que eu e que se eu não encarasse e resolvesse, passaria a vida inteira com essa limitação como os outros ali.

Trabalhei com vendas, chefiei equipes, sempre que tinha oportunidade eu tentava me expor ao meu medo, cheguei até a pregar em uma igreja pequena três vezes, passando muito mal, mas o que realmente fez a diferença foi quando fiquei desempregado e estava bem sem dinheiro e me ofereceram um emprego de professor. Era o único meio que eu tinha para conseguir pagar minhas contas. A turma era toda de adultos, quase todos mais velhos do que eu. Eu não queria ir de jeito nenhum, mas precisava muito do dinheiro. Fui, passei muito mal nos primeiros dias, gaguejava muito, trocava palavras, me dava branco, me sentia um golpista se fingindo de professor e que estava sendo desmascarado, medo da exposição e da ridicularização, desisti do emprego, mas antes de falar com o chefe me lembrei que tinha contas a pagar e muito contrariado tentei continuar mais um pouco até conseguir algo menos "traumatizante". 

Passei o primeiro mês enfrentando o medo com todas as forças e refletindo a que ponto um homem chega para conseguir ter dinheiro para pagar as contas. Depois de algum tempo o medo foi diminuindo, depois de meses dando aulas todos os dias eu falava com as pessoas, na sala de aula, em público, com uma facilidade bem maior. Depois de anos, eu não apenas não sentia mais medo nenhum de ministrar aulas como já estava até gostando e sendo respeitado e elogiado como um excelente professor pelos alunos e direção.

Hoje quando me pedem para falar algo em público em algum lugar, fazer uma apresentação, ou algo do tipo, falo numa boa, com tranquilidade, sem nenhum tipo de problema.

Foi a prática que me fez superar. Foi me expondo ao meu maior medo consistentemente que eu finalmente superei ele. O jeito mais difícil foi o único que funcionou pra mim. Se o seu problema for tão grave como o meu era, eu te garanto que você vai resolver se expondo constantemente a ele até criar calos mentais. Pare de fugir dos seus medos e enfrente-os como um homem.
“A maior necessidade do mundo é a de homens — homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo de seu coração, sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Ellen White, Educação, Pág 57.
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#9
(07-11-2019, 11:49 AM)Héracles Escreveu: Concordo e muito com o colega que disse que a voz grossa é uma vantagem. Sem dúvida é sim, para de ser bitolado paspalho que acha melhor ter voz de gay.

Bem, eu vou falar o que eu fiz para aprender a falar em público sem se cagar nas calças, não é didático e se vai servir pra você eu não sei, mas enfim, ninguém se importa ...

Eu era um cretino igual você que achava que alguém ligava para mim, por isso quando tinha que ir na frente apresentar eu quase travava, porque na minha cabeça de juvena "todos estavam me julgando e reparando como eu me vestia, como eu falava, etc". Na verdade as pessoas só vão se importar com você se você souber muito bem o que está falando e se for algo interessante, se não for isso, só vão te achar mais um estúpido bunda mole que nem sabe o que está fazendo ali na frente e logo vão esquecer que você um dia tentou explicar alguma coisa que valesse a pena. Só vão lembrar te tirar sarro sempre que possível, é claro.

Um professor meu me esculachou muito, mas muito - tanto que se fosse hoje nesse mundo abicholado anti-bulling provavelmente ele fosse demitido da universidade - numa dessas cagações que eu chamava de apresentação. Eu me senti o pior saco de merda do mundo e o cara mais imprestável da humanidade... aí resolvi que não ia mais passar tanta vergonha. Eu era melhor que ser só mais um aluno desprezível semi analfabeto que não consegue falar 15 minutos sobre um assunto qualquer na frente de outros chimpanzés mais burros que eu. O meu método para fazer as coisas direito foi:

- primeiro aprender tudo sobre o assunto que eu deveria falar, estudando a partir dos meus métodos próprios - que eu não vou ensinar, descubra o seu - para fixar melhor o que eu deveria aprender. No geral seria que você não deve seguir SÓ o que o professor ou seilá quem te disse para seguir, procure todo que é assunto que seja relacionado ao tema principal, se aprofundo ao máximo em tudo que for interessante, pq se você fizer isso na hora de apresentar você vai descobrir que tem aquele talento legal de quem sabe oratória de fazer comentários sobre outros assuntos que tem haver com o tema central, pode usar comentários do cotidiano que vai fazer até o mais burro do recinto entender o que você está dizendo e principalmente, se interessar. Até vai conseguir tirar umas risadas deles mesmo com essa sua cara sofrida de cachorro sarnento. Então, antes de qualquer coisa, domine o assunto. E domine de verdade, como se você fosse um sádico sexual furioso que pode fazer tudo o que quiser com essa mulher aquiSe for em grupo - os chimpas adoram fazer essas merdas de apresentação em grupo - estude o tema dos outros também, o máximo que der pq aí você não vai ficar a deriva se alguém faltar (que é comum se você está na faculdade) ou se for pior que você pra falar. Só isso já vei te dar uma segurança tremenda. Nessa eu fazia um "brainstorn" numa espécie de linha do tempo misturado com organograma numa folha em branco, e ia adicionando coisas que achava interessante nessa folha. A partir dela eu organizava os slides, sempre o mais simples possível.

- Diferente do que muitos falam por aí, de ensaiar o que vai dizer, eu parei de fazer isso e melhorei exponencialmente. Ensaiar o que vai dizer é coisa de amador e de pessoas inferiores. Como eu disse, eu pesquisava o máximo que conseguia sobre o assunto e coisas relacionadas até um ou dois dias antes de apresentar, e nesses dias eu simplesmente e absolutamente não pensava mais no assunto e nem no que o como eu ia falar. Sim, ficava um ou dois dias sem nem lembrar o que eu teria que apresentar e também não comentava com ninguém sobre como ou o que seria a minha fala. Esquecia, não pensava, apagava da mente até a hora de apresentar. Isso mesmo, até a hora de subir lá e falar. Não revisava porra nenhuma, no máximo uma breve lida no meu rascunho. Na época eu não sabia, fazia isso por instinto, mas hoje eu sei que é uma técnica para deixar o tema gravado no subconsciente, assim quando você for apresentar magicamente você vai saber o que falar sem pensar como fazer isso. Não duvide de mim, é uma verdadeira mágica. O assunto, o comentário, a informação extra que ninguém poderia suspeitar simplesmente aparece na sua fala, você não precisa se esforçar e assim você não parece mais um cara comum que só tem falas monótonas e decoradas.


Citação:Nota do Héracles: Indo mais além nesse ponto e falando um pouco sobre um tópico meu sobre "somafera" (berserkers) essa técnica eu fui descobrir só recentemente, é uma das maneiras de possessão ou de transe induzido mas para expandir a mente. Há evidências - que eu não vou ficar esmiuçando aqui - que caras muito inteligentes da nossa era e de eras antigas usavam esse tipo de posse para estimular a mente a ser mais criativa, era o que os antigos chamavam de "eureka". Ou seja, estudar tudo que puder sobre algo até exaustão, fazer esquemas mentais num papel (brainstorns) e depois simplesmente esquecer. Se vocês fizerem isso com eficiência, vão perceber que parece que não é você mesmo falando, vão descobrir uma articulação de palavras e assuntos que jamais imaginaram ter, o assunto vai simplesmente fluir - o famoso "flow"  nas comunidades da real - realmente uma espécie de possessão - do subconsciente - . Por ex. eu sempre falo pouco mas quando apresento parece que não consigo parar de falar.   

Repetindo para os mais céticos, eu descobri isso só depois de já ter feito todo esse esquema, então por mais que você seja um cristão fervoroso e devoto e não acredite nessas coisas, eu lhe peço pelo menos o artifício da dúvida e que você irá testar isso em prática antes de cagar pelo teclado, ok?


-outra coisa que ajudou muito e que definitivamente é politicamente incorreto foi que eu via a todos que eu teria de público como aborígenes semianalfabetos. Isso mesmo, na minha cabeça ninguém teria audácia ou moral de querer questionar alguma coisa, muito menos de apresentar melhor que eu pq eu sabia que tinha feito o trabalho duro. Eu sabia e tinha certeza que ninguém tinha a habilidade de ter tantas conexões mentais como eu tinha. Se colocar num estado mental no qual você está convencido que o seu público é constituído de débil mentais com déficit severo de atenção faz você falar com muito mais tranquilidade e pode rir de si mesmo se errar alguma coisa. Lógico que tinha pessoas capacitadas, até melhores que eu, mas até depois da apresentação eu não acreditava de jeito nenhum nisso e isso me ajudou. Também tem um fator de ação do subconsciente pensar dessa forma mas eu não vou entrar em detalhes porque já falei bem mais do que planejava nessa porra de tópico. 

Enfim, espero que ajude em alguma coisa. Mas tudo se resume a duas coisas: para de ser vagabundo e pare de ser bunda mole medrozinho. ponto final.  Se tudo der errado, você sempre terá a opção de sair na porrada com os cretinos trash talkers que estiverem rindo da sua cara espinhenta.

Tentando não desvirtuar o tópico, mas como você estudou esse poder do subconsciente? achei interessante esses conceitos. Viu em algum livro ou simplesmente foi tentando e acertou? Atualmente estava estudando bastante sobre o subconsciente, tava lendo Freud pra pegar alguns conceitos e ir fundo na psicologia analítica.

Se puder responder ficarei grato, caso contrário, já me ajudou de qualquer forma Gargalhada
Por mínimo que seja o que um homem possua, sempre descobre que pode contentar-se ainda com menos."
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#10
Bom, não sei se o que eu disser agora vai te ajudar muito, mas já passei por isso de ser extremamente tímido também e sei como é horrível. Vamos lá:

NÃO tente controlar o nervosismo. É isso mesmo. O nervosismo que você sente ao ficar diante de uma plateia é um medo primitivo, o seu cérebro animal se vê diante de uma multidão - te encarando - e considera isto como ameaça, logo prepara seu corpo para fuga, as pernas tremulam, você respira mais rápido, borboletas no estômago e confusão mental. Aí que está o problema, não tente de maneira alguma controlar essas reações naturais, se você se concentrar em não ficar nervoso, terá o temido "branco", pois não conseguimos fazer duas coisas ao mesmo tempo muito bem. Por mais que esteja tremendo um pouco e suando frio, foque toda a sua atenção no que você está dizendo (velocidade e entonação) e não em imaginar o que os outros estão pensando de ti.  
[Chega a ser cômico quando estamos lá apresentando, achando que estamos gaguejando e que está tudo uma merda e ao terminar alguém diz: "Parabéns! Parecia até o ministro falando. Você fala bem."]

o professor está te julgando. O único julgamento que realmente importa na apresentação é o do professor/tutor, ninguém estará te julgando e do jeito que é hoje em dia aposto que 90% da sala estará mexendo no celular enquanto você apresenta.

Isso de vergonha, timidez, você vai quebrando aos poucos... comece a fazer mais perguntas na aula, no grupo de amigos exponha mais suas opiniões, quando o frio na barriga aparecer ouça aquela segunda consciência que lhe diz: - "Poha PensadorSolitário, por que você tá com medo de perguntar as horas para aquela moça ali? Vai morrer se fizer isso?". Vá se desafiando aos poucos. "Se eu não fizer isso sou um saco de lixo". Vá lá e faça pra provar a si mesmo que não é. Aos poucos tu vai criando um "ódio" desses vacilos que tu dá e vai se corrigindo. 

(07-11-2019, 12:16 PM)Arthur Morgan Escreveu: Para de ter medo da plateia.

O autor do texto detalha o problema, pede ajuda e aparece um zé ruela que só comenta besteira pra ganhar post... se não sabe o que dizer é melhor ficar quieto.
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#11
(06-11-2019, 08:49 PM)Bean Escreveu: Vai falar o quem em público ?

Conheça o assunto e ponha se a prova, veja como outras pessoas se expressam e a reação de quem escuta e copie o que achar conveniente.

Ninguém se importa com você ou o que você diz, depois de 10 minutos a grande parte se esquece do que ouviu e o restante não entende ou está te ouvindo por educação. Saber disso já é um grande passo.

De fato, já notei que a grande maioria das pessoas param de prestar atenção depois de algum tempo de palestra. Em último caso, poderia até usar isto como moleta. Porém, o foco não é simplesmente toca o dane-se, mas sim ganhar mais confiança e segurança para passar a mensagem da apresentação com sucesso. No mais, as outras dicas serão de grande valia.
Responda-o
#12
(07-11-2019, 12:16 PM)Arthur Morgan Escreveu: Para de ter medo da plateia.

Falar isto é o mesmo que pedir para um viciado parar de usar suas drogas. O problema vai muito além do que simplesmente medo. Acredito que se tornou um trauma, pois já deixei de ir em apresentações, festas de formaturas, etc pelo simples fato de exposição e falar.
Responda-o
#13
(07-11-2019, 06:29 PM)Libertador Escreveu:
(06-11-2019, 08:37 PM)PensadorSolitário Escreveu: Meu caso vai um pouco além do simples medo de falar em público e/ou timidez, uma vez que já sofri ridicularizações por causa da minha voz (grossa para idade, na época, com cerca de 12 anos.) Já perdi empregos por ir muito mal nas entrevistas; Futuras parceiras por medo simplesmente de falar; e por fim, nervosismos e insegurança em apresentações que surgem nos cursos da vida.

Eu já passei por isso. Mas, o meu caso era bem pior que o seu. Não sei os nomes que dão hoje, fobia social, timidez, mas eu tinha um pânico total de falar em público e até de conversar com grupos pequenos de 4 a 5 pessoas, sempre fui muito tímido e o problema era mais evidente principalmente durante as apresentações na escola, eu nunca conseguia dormir direito na noite anterior ao da apresentação, acordava a cada 5 ou 10 minutos, ansiedade a mil, também me dava uma disenteria no dia por conta do nervoso, ficava bem mal do estomago, e na hora da apresentação eu chegava ao ponto de passar muito mal, mãos suarem, coração acelerado, tremedeira, gagueira, dar um branco, não conseguir ouvir o que as pessoas perguntavam, a pressão baixava, e já quase desmaiei algumas vezes mas me apoiei em algo perto até me recuperar.

Racionalmente eu me convencia que era só uma apresentação qualquer, que eu era quem mais entendia do assunto, mas na hora de apresentar era sempre esse terror. E não só em apresentações, mas em grupos até pequenos de pessoas, como 4 ou 5 pessoas, eu ficava sempre calado e quando me perguntavam algo e todos viravam para ouvir a minha mente travava, não conseguia ouvir as coisas direito que eles falavam, gaguejava, respondia coisas desconexas, acho que até achavam que eu tinha algum problema mental mas era puro pânico social.

Tentei várias coisas para superar isso e um dia finalmente consegui. O que te digo é que se seu caso for grave como o meu não adianta alguém vir aqui e dizer "pare de ter medo da plateia" ou "conheça o assunto" porque argumentos racionais não resolvem. Você pode se convencer da forma mais racional possível que é só uma apresentação em público, que sua vida não está em risco, mas quando chegar lá tudo vem a tona do mesmo jeito. Tem que trabalhar a causa do problema.

Eu passei a vida inteira com esse tipo de problema, desde que eu me entendo por gente. Eu só superei porque me pus no fogo, peguei o boi pelo chifre. Fiz um curso de oratória de uma só semana, mas foi bom porque vi que tinha gente de todas as idades com o mesmo problema que eu e que se eu não encarasse e resolvesse, passaria a vida inteira com essa limitação como os outros ali.

Trabalhei com vendas, chefiei equipes, sempre que tinha oportunidade eu tentava me expor ao meu medo, cheguei até a pregar em uma igreja pequena três vezes, passando muito mal, mas o que realmente fez a diferença foi quando fiquei desempregado e estava bem sem dinheiro e me ofereceram um emprego de professor. Era o único meio que eu tinha para conseguir pagar minhas contas. A turma era toda de adultos, quase todos mais velhos do que eu. Eu não queria ir de jeito nenhum, mas precisava muito do dinheiro. Fui, passei muito mal nos primeiros dias, gaguejava muito, trocava palavras, me dava branco, me sentia um golpista se fingindo de professor e que estava sendo desmascarado, medo da exposição e da ridicularização, desisti do emprego, mas antes de falar com o chefe me lembrei que tinha contas a pagar e muito contrariado tentei continuar mais um pouco até conseguir algo menos "traumatizante". 

Passei o primeiro mês enfrentando o medo com todas as forças e refletindo a que ponto um homem chega para conseguir ter dinheiro para pagar as contas. Depois de algum tempo o medo foi diminuindo, depois de meses dando aulas todos os dias eu falava com as pessoas, na sala de aula, em público, com uma facilidade bem maior. Depois de anos, eu não apenas não sentia mais medo nenhum de ministrar aulas como já estava até gostando e sendo respeitado e elogiado como um excelente professor pelos alunos e direção.

Hoje quando me pedem para falar algo em público em algum lugar, fazer uma apresentação, ou algo do tipo, falo numa boa, com tranquilidade, sem nenhum tipo de problema.

Foi a prática que me fez superar. Foi me expondo ao meu maior medo consistentemente que eu finalmente superei ele. O jeito mais difícil foi o único que funcionou pra mim. Se o seu problema for tão grave como o meu era, eu te garanto que você vai resolver se expondo constantemente a ele até criar calos mentais. Pare de fugir dos seus medos e enfrente-os como um homem.


Segura o like! Já que não tem como dar like pra você do jeito tradicional Gargalhada
"Paulistarum Terra Matter..."
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#14
(06-11-2019, 10:10 PM)CaminhanteDoAbismo Escreveu: Fera, voz grossa é excelente para prender a atenção do publico. Aceitar essa característica já é um bom começo.
Outra coisa é domina o assunto que você vai apresenta.

O nevrosismo e a ansiedade acabam afinando ela bem no começo da apresentação. Aliás, este é outro ponto tenso nas palestras. 

Citação:Estude até você sentir segurança em falar sobre ele.
Fora isso, é praticar. Chama sua família ou seus amigos para servirem de "cobaias".

Me parece uma boa tática para treinar a fala, e memorizar o assunto.
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#15
(07-11-2019, 08:39 PM)Reddington Escreveu: Bom, não sei se o que eu disser agora vai te ajudar muito, mas já passei por isso de ser extremamente tímido também e sei como é horrível. Vamos lá:

NÃO tente controlar o nervosismo. É isso mesmo. O nervosismo que você sente ao ficar diante de uma plateia é um medo primitivo, o seu cérebro animal se vê diante de uma multidão - te encarando - e considera isto como ameaça, logo prepara seu corpo para fuga, as pernas tremulam, você respira mais rápido, borboletas no estômago e confusão mental. Aí que está o problema, não tente de maneira alguma controlar essas reações naturais, se você se concentrar em não ficar nervoso, terá o temido "branco", pois não conseguimos fazer duas coisas ao mesmo tempo muito bem. Por mais que esteja tremendo um pouco e suando frio, foque toda a sua atenção no que você está dizendo (velocidade e entonação) e não em imaginar o que os outros estão pensando de ti.  
[Chega a ser cômico quando estamos lá apresentando, achando que estamos gaguejando e que está tudo uma merda e ao terminar alguém diz: "Parabéns! Parecia até o ministro falando. Você fala bem."]

o professor está te julgando. O único julgamento que realmente importa na apresentação é o do professor/tutor, ninguém estará te julgando e do jeito que é hoje em dia aposto que 90% da sala estará mexendo no celular enquanto você apresenta.

Isso de vergonha, timidez, você vai quebrando aos poucos... comece a fazer mais perguntas na aula, no grupo de amigos exponha mais suas opiniões, quando o frio na barriga aparecer ouça aquela segunda consciência que lhe diz: - "Poha PensadorSolitário, por que você tá com medo de perguntar as horas para aquela moça ali? Vai morrer se fizer isso?". Vá se desafiando aos poucos. "Se eu não fizer isso sou um saco de lixo". Vá lá e faça pra provar a si mesmo que não é. Aos poucos tu vai criando um "ódio" desses vacilos que tu dá e vai se corrigindo. 

(07-11-2019, 12:16 PM)Arthur Morgan Escreveu: Para de ter medo da plateia.

O autor do texto detalha o problema, pede ajuda e aparece um zé ruela que só comenta besteira pra ganhar post... se não sabe o que dizer é melhor ficar quieto.

Ta nervosinha jovem? Toma maracuja que melhora.

(07-11-2019, 08:53 PM)PensadorSolitário Escreveu:
(07-11-2019, 12:16 PM)Arthur Morgan Escreveu: Para de ter medo da plateia.

Falar isto é o mesmo que pedir para um viciado parar de usar suas drogas. O problema vai muito além do que simplesmente medo. Acredito que se tornou um trauma, pois já deixei de ir em apresentações, festas de formaturas, etc pelo simples fato de exposição e falar.

 
Tu compara seu problema a um viciado em drogas, se tu se enxerga assim, tu ta alem de qualquer possibilidade de melhora.
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#16
Os camaradas acima deixaram belos relatos, diga-se de passagem.
E é isso que vai te fazer melhorar: ter contato com pessoas que tiveram os mesmos problemas que você e que de alguma maneira acabaram com esse medo.

Aproveitando o gancho, também vou deixar meu conhecimento empírico.
Bom, eu nunca fui expert em apresentações orais em público, mas sempre consegui fazer boas apresentações.
No meu TCC, por exemplo, o que salvou foi minha defesa oral, graças a Deus.

Todavia, no meio desse ano assumi um cargo público novo, onde lidero cerca de 250 servidores.
É reunião atrás de reunião.
Caralho, falar em sala de aula era uma coisa, no trabalho, onde vários sujeitos têm mais anos de casa do que eu de idade, é outra.
E não apenas isso, também precisa dar entrevista para a televisão sempre.

Fiz de tudo para evitar essas situações. Sempre deixava a cargo dos meus superiores.
Até que não deu mais: eu tinha que enfrentar esse bicho papão.

Nas primeiras vezes foi complicado, falava rápido demais, embolava as palavras, gesticulava feito maluco. Na televisão então, puta que o pariu. O câmera me pediu uma vez para parar de mexer enquanto estava falando, Gargalhada

Mas o bom de você levantar a cabeça, estufar o peito e ir para a luta é justamente o fato de poder constatar depois a evolução que se teve através das ocasiões outrora obscuras.

Hoje levo as reuniões com extrema tranquilidade. Os mais chegados até brincam dizendo que pareço estar em casa quando me dirijo aos demais. É simples: prática.

Ora, hoje mesmo dei uma entrevista ao vivo na rádio por cerca de 30 minutos. Não sabia o que iam perguntar e os ouvintes também podiam mandar perguntas. O que acontece quando você sai da zona de conforto? Nervosismo e ansiedade.
Me controlei ao máximo e consegui me sair bem, entretanto, eu não parava de mexer nas folhas que continham algumas informações que eu poderia precisar.

O legal é que nas próximas vezes tenho certeza de que vai ser melhor.

E assim vai.
Ninguém precisa apanhar para aprender. Mas eu garanto que quem apanhou para aprender valoriza e tem muito mais qualidade no aprendizado.

Não tem jeito, psicóloga pode ajudar (e muito), psiquiatra, remédios, suco de maracujá, dramin e sei lá. Mas só vai ficar bom, de fato, depois de se apresentar várias e várias vezes.

E outra, tem um fator importantíssimo que citaram aí: nós temos a impressão de que estão todos nos olhando e fazendo julgamentos, zombando da nossa cara, fazendo piadas. Porra nenhuma. 50% vai estar conversando ou fazendo qualquer merda paralela. Nos outros 50%, metade vai viajar na maionese sem saber sequer o motivo de estarem ali, ao passo que a outra metade vai te olhar com cara séria, mas não farão a mínima noção do que é que você estará falando.
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#17
Boa noite, caro confrade @"PensadorSolitário"

(06-11-2019, 08:37 PM)PensadorSolitário Escreveu: Este é o primeiro tópico e venho pedi a ajuda de vocês. Acredito que todos nós, em algum momento da vida, tivemos que realizar uma apresentação, também chamado de seminário em alguns casos. 

Pra mim, isso teve início na faculdade a partir do 3º ano. Havia dois trabalhos por semestre, e todos os trabalhos tinham que ser apresentados. 15 minutos para cada grupo de 2, 3 pessoas. Posteriormente, nas empresas vez ou outra era necessário apresentar projetos e produtos para outras áreas, fornecedores e clientes.

(06-11-2019, 08:37 PM)PensadorSolitário Escreveu: Meu caso vai um pouco além do simples medo de falar em público e/ou timidez, uma vez que já sofri ridicularizações por causa da minha voz (grossa para idade, na época, com cerca de 12 anos.) Já perdi empregos por ir muito mal nas entrevistas; Futuras parceiras por medo simplesmente de falar; e por fim, nervosismos e insegurança em apresentações que surgem nos cursos da vida.

Uma voz grossa/grave passa mais seriedade/segurança do que uma voz fina/estridente. Entretanto, se a fala tiver pouca variação de ritmo e/ou tom, poderá induzir os ouvintes ao sono.

Se na época sua voz era considerada incompatível com a sua idade, pode ter certeza que hoje não é mais.

Sobre os empregos, tem certeza que o fator principal e determinante foi esse ? Não pode ter sido também uma questão de perfil incompatível, ou a existência de concorrentes melhores qualificados e mais adequados para o que a empresa estava buscando ?

Da mesma forma, como pode ter certeza de ter perdido uma parceira ? Se não houve a proposta e por conseguinte não houve a resposta ? E mais, caso tivesse ocorrido, o envolvimento teria sido ao final, bom ou ruim ? Você apenas perdeu uma experiência nova, ou também evitou uma dor de cabeça nova ? Procure não computar algo que não ocorreu como sendo totalmente negativo.

O reconhecimento da própria insegurança gera a sensação de medo, que por sua vez gera o comportamento de nervosismo. Com preparação pode-se eliminar a insegurança em relação ao conteúdo do que vai ser professado, conhecendo-se extensivamente o assunto e também as respostas para os questionamentos mais frequentes e/ou mais óbvios que possam acontecer. Pode-se inclusive construir a apresentação conduzindo-se a linha de pensamento de forma a minimizar e/ou eliminar muitos desses questionamentos.

(06-11-2019, 08:37 PM)PensadorSolitário Escreveu: Gostaria de recomendações de técnicas, treinamentos, exercícios, etc. para melhorar essa comunicação em público. Comprei um livro chamado: "Falar em Público: Prazer ou Ameaça?" de Eunice Mendes.

No penúltimo ano da faculdade eu fui atrás de dar aulas como professor eventual na rede pública, de matemática e física no período noturno. A hora que a escola sabe que um professor vai faltar eles te ligam avisando e oferecendo a aula. Eu tinha esse período livre, estava interessado na experiência e queria ganhar algum dinheiro. No começo foi bastante difícil. Mas a experiência foi boa, e no ano seguinte fui na atribuição de aula que ocorre no início do ano, e acabei "pegando" duas classes de 1º colegial que levei durante o ano todo.

Então, não posso recomendar nenhum material especificamente pois meu caso foi no "tratamento de choque". Mas tem muita coisa grátis na Internet, em PDF e no Youtube.

(06-11-2019, 08:37 PM)PensadorSolitário Escreveu: PS.: Pretendo ir, primeiramente, em um psicólogo para tratar esse provável trauma, e posteriormente a um fonoaudiólogo. Talvez, futuramente, um curso de oratória para refinar as minhas habilidades em apresentar. Porém, atualmente não tenho condições de bancar essas consultas.

Acredito que psicólogo ajudaria bastante, pois pelo seu relato foram gerados alguns traumas, e a insegurança não está relacionada especificamente a falar em público.

Fonoaudiólogo seria o caso se houvesse um problema de dicção como por exemplo dislalia, o que não sabemos. Há muitos exercícios de dicção disponíveis no Youtube.

Sobre o curso de oratória, há amplo material disponível na Internet, mas só a prática pode levar ao aperfeiçoamento. Lecionar foi o meio que encontrei.

Com o treino você aprende a fugir da fala monótona, da mesma forma que usamos pontuação no texto.
Começar a apresentação com humor ajuda a relaxar e quebrar o nervosismo. Da mesma forma, durante a apresentação intercalar piadas relacionadas ao tema, ou que tracem paralelos, ajuda a afastar o sono e manter a atenção e o interesse da platéia em você, tornando-a mais atenta e receptiva.

Espero ter contribuído de alguma forma.
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#18
(07-11-2019, 07:30 PM)Dark_Painter01 Escreveu: mas como você estudou esse poder do subconsciente?

Posso responder sim jovem ...

Bem, como eu disse, esse meu método de apresentação eu desenvolvi antes de saber que era uma forma de ativar o subconsciente, quer dizer, eu sabia instintivamente mas naquela época não era tão aprofundado no assunto como hoje. A bem da verdade, eu sempre fui inclinado para esse lado e os estudos sobre isso simplesmente aparecem... muitas coisas das quais eu fazia e faço relacionadas a isso são puro instinto. Eu tenho esse lado mais estimulado desde muito jovem.

Hoje eu estudo em livros mas fazendo minhas próprias experiências e principalmente estudando as minhas percepções a partir da prática. Sim, estudando, acho que isso é o mais fundamental... seria um aprofundamento maior do autoconhecimento que vai te dar discernimento e direção... no meu blog eu falo mais detalhado sobre essas coisas que postar aqui no fórum não acho que seria muito apropriado. Qualquer coisa você pode me mandar MP também ou comentar lá no blog.

Inicialmente eu te diria que Jung é mais preciso sobre coisas do subconsciente...aliás, ele é um dos melhores estudiosos dessa área.
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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#19
(07-11-2019, 10:10 PM)Arthur Morgan Escreveu: Ta nervosinha jovem? Toma maracuja que melhora.

Eu me estressar com zeca urubu que nem sabe colocar essa parede de texto dentro de um spoiler?? Nem um pouco. Yaoming


É só dar uma rápida olhada nas suas últimas postagens e dá pra perceber que só fala merda pra ganhar post:

Spoiler Revelar
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#20
(08-11-2019, 01:52 PM)Reddington Escreveu:
(07-11-2019, 10:10 PM)Arthur Morgan Escreveu: Ta nervosinha jovem? Toma maracuja que melhora.

Eu me estressar com zeca urubu que nem sabe colocar essa parede de texto dentro de um spoiler?? Nem um pouco. Yaoming


É só dar uma rápida olhada nas suas últimas postagens e dá pra perceber que só fala merda pra ganhar post:

Spoiler Revelar
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Falou o sujeito que ja foi banido sei la quantas vezes por ser um rato insuportavel, e que tem sindrome de mulher de malandro, pois sempre volta. Yaoming
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