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[REFLEXÃO] Autoanálise
#1
Escrevo esse tópico para organizar as ideias e saber a opinião dos confrades. Desculpe pelo texto chato.
Nos últimos tempos tenho me reinventado, mudado e conseguido me ver melhor, transponho aqui essa autoanálise expressa em 4 imagens:

[Image: 522.jpg]

Tem me inundado o pensamento de que na vida o importante é o caminho, a experiência. Cada um está escrevendo a própria história, e a minha dor é que a minha vida é um livro em branco, e o motivo é que sempre me neguei adentrar a porta da experiência, então a minha vida não saiu do lugar; se for analisar por cima, ela não é muito diferente de quando eu tinha 15 anos.

Sempre fui cauteloso no jogo de apostas da vida e  neguei-me a abrir todas as portas e a viver experiências e hoje a minha vida é um livro praticamente vazio, como um arrependimento por não ter vivido. Não importa as escolhas, não somos nossas escolhas, não somos nossos pensamentos, não sei o que somos, mas acho que se definir limita tudo. Nossas escolhas são influências de outros, e espelhamos até certo ponto aquilo que a educação e a cultura coloca em nós, assim, todos somos influenciados e se nascidos em outra cultura iriamos pensar e agir de forma diferentemente.

Digo isso, pois já tive contato com pessoas ricas e é incrível a habilidade social e capital cultural e empírico que essas pessoas têm; essas pessoas que nasceram em berço de ouro absorvem o capital cultural dos seus pais, fazem o ensino médio nos EUA, sempre viajaram e tiveram livros em casa. Agora vc compara isso com pessoas que como eu tiveram pais que passaram bons valores, mas estudaram, um; até a quarta série e outro; até a oitava. O quero dizer, e não é esquerdismo, é que é inegável a influência que sofremos do meio, assim, se nascesse em outra classe social, em outra cultura, ou tivesse outras pessoas te influenciando teria outros pensamentos outras experiências, agiria diferente, pensaria diferente, pois dentro da sua cabeça havia outras experiências, pensamentos e assimilação cultural; assim sendo, as atitudes não nos definem, pois elas são resultados dessa bagaceira toda que eu falei.

Só a atitude e a ação produzem resultado, e a ação central aqui é abrir a porta da imagem acima. Eu era perfeccionista e sempre queria a "atitude perfeita e o momento perfeito". Atitude perfeita não existe, pois nossas atitudes são baseadas naquilo que vivemos e nas teorias que absorvemos (livros, filmes, músicas, novelas, conversas, etc) e não podemos ter vivido tudo e saber tudo; além disso a atitude perfeita depende de sabermos o que existe atrás da porta e ninguém é capaz de prever o futuro, assim sendo, por mais "perfeito" que sejamos provavelmente estamos errados, além de estarmos expostos aos infortúnios e aleatoriedades da vida. E é exatamente isso que acontece quando vc abre a porta, você está exposto a aleatoriedade da vida e  provavelmente não abriu a melhor porta possível; mas fez o que podia, quando podia.

Assim vc tem infinitas possibilidades, mas é limitado pelo que existe dentro da sua cabeça, que é a interpretação das suas experiência e de todo contato que teve, seja no mundo físico ou no mundo teórico, assim sendo, mesmo tendo infinitas possibilidades o que te limita é o que está dentro da sua cabeça. Imagine se vc tivesse nascido em um país islâmico? Imagine vc assimilando todos os valores daquela cultura, provavelmente expressaria aquela fé, por algum momento, e mesmo que expressasse outra fé, a cultura daquela sociedade e os elementos religiosos dela estariam impactando a sua vida e forma de pensar, assim como os ateus (ou qualuqer fé)  brasileiros são afetados pelo cristianismo. Assim a sua "versão islâmica" pensaria diferente e tomaria diferentes atitudes.

Qaundo digo "abrir porta" digo uma experiência, algo que vc vai "escrever no seu livro da vida" e será significativo no sentido de fazê-lo se sentir vivo, vc entender que tem sangue em vc. Fazer faculdade é importante, mas não é disso que estou falando, estou falando em algo mais significativo, como entrar em um emprego bom, passar em concurso ou empreender. Enquanto vc apenas estuda na faculdade, a única coisa que vc sente é a frialdade da carne morta, como se em suas veias existisse gelo, pois a única coisa que dá sentido a vida é o resultado, sem resultado és um homem morto; pode parecer exagero, mas essa é a minha filosofia, é o modo que penso, é o que aprendi com a vida.

Assim, quando vc tem um filho, vc escreveu algo importante no livro, vc abriu a porta, mesmo que seja um "acidente" é algo marcante, vc abriu a porta e não importa a porta que vc abra, vc é limitado e não tem como escolher a melhor porta, mas deve escolher alguma, para não ter uma vida em branco.

O relato "festa na favela" é uma porta aberta, vou lembrar daquilo a vida toda, aquilo fez eu me sentir vivo, por mais idiota que seja, mas eu abri a porta. Assim me arrependo de não ter mulher e filhos, de não ter tido essa experiência, eu particularmente seria muito mais feliz, por mais que eu pudesse ter vivido uma relação ruim e ser separado do meu filho, me sentiria vivo. Não digo para serem inconsequentes, só digo que todos estão expostos a infortúnios, por mais que vc se relacione com a mulher perfeita, ela pode te dar um pé na bunda daqui 15 anos.

Por isso valorizo a experiência, aqueles que viveram podem falar, aqueles que não viveram devem ficar quietos. E o que falta na real é confrades que viveram algo, apesar de termos bons usuários que já viveram muito, a maioria aqui não viveu. E quando vc passa por merdas, vc aprende. O negócio é viver. Agora o foda é caras cabações que tem medo de viver igual eu tinha e que acha que é especial por conhecer a real.

Quando eu vejo algum membro do fórum eu imagino quem seria ele na vida real, será que é alguém vivido ou um cara que fica trancado no quarto e reproduz tudo que leu em fórum? Não falo isso para diminuir ninguém, falo para evoluirmos de verdade e não fingirmos que evoluímos. Quem é tu @Spider Moch? Com todo o respeito, já que tu faz vídeo ensinando a real.







[Image: DB34DvbUwAA89K1.jpg:large]

Quem sou eu? Comecei a ter coragem de me ver como realmente como eu sou. Eu era um cara iludido pela mídia e pela sociedade, me achava especial, mas era um inútil, eu achava que toda a sabedoria do mundo estavam nos livros e desprezava totalmente o conhecimento empírico.

Também já fui iludido por essa mídia tosca e politicamente correta que diz que o jovem é especial e tem que fazer o que gosta e se sentir feliz e tals:





Hoje eu duvido de tudo, para mim não existe verdade, eu não acredito em vc, não acredito nos meus pensamentos, não acredito nem nas teorias das mentes brilhantes como Platão, no sentido de que eu levo em conta a possibilidade deles estarem errados, uso aquilo que serve, e sei que pode ou não estar certo; mas o maior conhecimento vem da experiência. Eu acredito é na ação e no aproveitamento do tempo, plantando para colher, e é isso que eu faço, me tornei muito mais produtivo, e até me dá tristeza no coração saber que eu leio pouco (umas 5 paginas) e tem dias que nem leio "Sapiens" um livro que comprei, desse jeito vou demorar um ano para ler o livro. Mas foco naquilo que vai ser importante para mim. Ao mesmo tempo faço atividade física, alongamento ao ar livres, sei que isso faz bem para mim, porq eu testei, sem saúde mental e física, as coisas ficam mais difíceis.

Eu só percebi a pouco tempo que eu sempre tive um sentimento de inferioridade, quando me relacionava eu fazia de tudo para parecer melhor e esconder o "eu verdadeiro" pois achava que a menina não iria gostar. Essa carência por atenção fez com que eu cria-se personagens ao me relacionar, então a relação se tornava insuportável e eu terminava porq não aguentava mais fingir ser aquilo que eu não era. Hoje eu sou forte para admitir ser o que sou e foda-se se fulano ou a patricinha puta não gostam. Estou escrevendo isso para organizar as ideias.

[Image: 300px-Tomar%2C_Castelo_%2812%29.jpg]

Antes eu era fraco e sensível, e sempre que acontecia algo eu cagava na calça e ficava triste, tudo me penetrava, os xingamentos, as críticas, as teorias que eu lia, eu sempre fazia um grande esforço ao ponto de me prejudicar só para evitar conflitos pequeninos. Hoje eu sei que merda acontece e enfrento a vida, como uma muralha, nada me penetra e eu não sou mais afetado por essa merda toda. Faço aquilo que tem que ser feito, o que importa é a ação. Esse texto tinha que ser escrito para eu organizar as minhas ideias. Tirei o inútil da minha vida e aproveito o tempo. Nada de esquerda X direita, mulher isso e aquilo, vídeos toscos, grupo whatzaap, nem tenho facecu, enfim, eu valorizo o meu tempo, já desperdicei tempo demais na vida.

[Image: 75378-trollface.png]

A vida é um grande troll de internet, é um gigantesco @Minerim que vai chegar te zoando não importa o quão sério vc esteja falando e o quanto aquilo é importante para vc, a natureza é sábia e ela não liga para um merdinha como eu, a única coisa que resta é o desenvolvimento e a experiência. Não levar as coisas muito à sério e cagar e andar e fazer o seu melhor.
David Goggins. A lei da semeadura não falha. A única coisa que a vida exige de nós é coragem. Somos prisioneiros dos nossos instintos e emoções e jamais seremos homens livres. A natureza se prepara para algo ainda pior.
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#2
[meme descontinuado] Esses podcasters odeiam a Real e sobrou para  o @Spider Moch, nas versões anteriores do Fórum da Real o lendário COBRA  abriu um tópico sobre um desses caras aí que queria ser um Big Brother Brasil, na epóca tinha até video no youtube do  liberalóide, o fórum não perdoou a viadagem egolatra, o sujeito abriu o bico chorou e saiu do recinto, fato épico e memorial. Eu era juvena no recinto e ri bastante das trolladas. 

A Real é odiada por causa do racionalismo caricatural movido a testosterona dos fatos hipotéticos ou não colocados em analise, e a própria constante disciplinar relacionada a auto superação no plano da realidade; tem caras  traduzem isso como uma pressão por algo inatingível e acabam por querer abandonar o recinto, não suportam uma competição consigo mesmo dentro dos limites pessoais.


Muitos dos  podcasters em atividade passaram pelos versões anteriores dos Fóruns e não se adaptaram ao estilo e conceito do local. 

O que os podcasters mal intencionados irão perguntar:

1-Você é comedor?

2-Você é bem sucedido?

3-Meta a Real em mim agora...

4-Você é milhor que eu?

5- Eu preciso saber tudo sobre você...

Ego, autoafirmação e vingança  Big Grin
.
Muitos ficaram traumatizados Yaoming e ainda nutrem o sonho de serem estrelas no cenário nacional, tentando emular algo do tipo stand up comedy e cara cool, o trauma foi tanto que o inconsciente exige que o sujeito faça as pessoas rirem, sem talento e técnica não há o que se fazer, talvez se voltar para o Fórum consiga extrair algumas risadas do público.

Resposta 1-2.
Só Jesus salva, vá e não peques mais...
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#3
Kkkkk Quem sou eu? Um cara que faz um tipo de programa de radio com temas realistas , nunca paguei de fodão só falo que penso das coisas, ate porque eu só questiono quem fala mais são os participantes . Ai me tiraram sarro, mais e dai? Eu não fiquei chorando como o dono do tópico que depois da "festa na favela" seu mundo caiu agora fica se lamentando pelos cantos , pq não foi educado pelos pais a "social arts boss" 
[Image: oie_uG3cLfPdqZdb.png]
Agora você diz que não acredita em ninguém ate dos pais kkkk , porra tu deveria era agradecer por ter uma família maioria dos caras que vejo são esses revoltados que são filhos de M$ol.
Alias eu abordo algumas verdades sobre esses movimentos ai nego se doí . Yaoming  É o que eu vivo dizendo por ai , vivemos numa geração de frescos :
[Image: 67492248_2204041483042130_44903793873209...e=5DB11770]
Não se apegar a nada e nem a ninguém é ser verdadeiramente livre.  [Image: icon_twisted.gif]
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#4
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Assim, quando vc tem um filho, vc escreveu algo importante no livro, vc abriu a porta, mesmo que seja um "acidente" é algo marcante, vc abriu a porta e não importa a porta que vc abra, vc é limitado e não tem como escolher a melhor porta, mas deve escolher alguma, para não ter uma vida em branco.
...
Assim me arrependo de não ter mulher e filhos, de não ter tido essa experiência, eu particularmente seria muito mais feliz.
Não, você não seria mais feliz. Sabe por quê?
Você está atendo uma projeção. Pensar que se tivesse um filho você poderia moldar a existência da criança em caminho oposto ao que aconteceu contigo. Pensa que pode anular sua falha ao projetar na criança o que você considera ideal. Você ignora as causalidade existências que implicam na formação de um indivíduo desde a infância e bloqueia a razão que lhe aponta o estado atual social que impede a reprodução para todo aquele que realmente se preocupa com o futuro de uma criança.
Sobre ser feliz ao lado de uma mulher mesmo estando infeliz e abandonado, prova sua miséria existencial onde o sentido da vida está totalmente avulso a você. Qualquer pessoa ou coisa pode exercer domínio sobre sua mente fraca para que você simplesmente se sinta vivo.
Ou você está doente psicológica e emocionalmente, ou é só um masoquista existencial.

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Assim me arrependo de não ter mulher e filhos, de não ter tido essa experiência, eu particularmente seria muito mais feliz, por mais que eu pudesse ter vivido uma relação ruim e ser separado do meu filho, me sentiria vivo. Não digo para serem inconsequentes, só digo que todos estão expostos a infortúnios, por mais que vc se relacione com a mulher perfeita, ela pode te dar um pé na bunda daqui 15 anos
Schopenhauer diz que a vida digna de ser vivida é aquela que se vive evitando a dor e o tédio. A felicidade é um conceito genérico e subjetivo superestimado e sem fundamento.
Viver Bem é não sofrer, mas você almeja e se arrepende de não viver justamente o contrário. Claramente não está bem das emoções.
Pode ser princípio de depressão ou ansiedade.

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Antes eu era fraco e sensível, e sempre q acontecia algo eu cagava na calça e ficava triste, tudo me penetrava, os xingamentos, as críticas, as teorias que eu lia, eu sempre fazia um grande esforço ao ponto de me prejudicar só para evitar conflitos pequeninos. Hoje eu sei que merda acontece e enfrento a vida, como uma muralha, nada me penetra e eu não sou mais afetado por essa merda toda
Aí que você se engana.
Você continua frágil e facilmente se afeta pelo que sucede sobre sua pessoa.
prova disso é citar o tópico da festa na favela onde foi feito de chacota pela confraria. Outra prova é se ressentir com o @Spider Moch por ele se passar por representante realista, mesmo que vejá ele como um falho que produz um produto ruim.

Confrade, claramente você não está emocionalmente bem. Sugiro que procure orientação de um psicólogo ou psiquiatra.
Um homem com o emocional abalado ou a cabeça fora do lugar, só se afunda. Não existe nada de bom no fundo do poço. Mesmo que você seja otimista e veja na dor uma forma de aprendizado, te garanto que prender sem lágrimas ainda é a melhor opção.
Você não precisa morrer pra dar valor a vida. Então não jogue se liberdade existencial fora só pra se sentir parte de algo maior que você. Mulher e filhos não tiram a fumaça que encobre sua percepção existêncial, aliás, eles só vão adicionar mais fumaça.
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#5
@Machado Annihilator Gargalhada  

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[Image: giphy.gif]

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[Image: 0HF0EbR.jpg]
Só Jesus salva, vá e não peques mais...
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#6
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Era para ser um "quote" do @MGTOW, mas deu errado na formatação.

Schopenhauer diz que a vida digna de ser vivida é aquela que se vive evitando a dor e o tédio.  A felicidade é um conceito genérico e subjetivo superestimado e sem fundamento.  
Viver Bem é não sofrer, mas você almeja e se arrepende de não viver justamente o contrário. Claramente não está bem das emoções.
Pode ser princípio de depressão ou ansiedade.

Eu nunca li Schopenhauer e portanto vou falar do que li em sua resposta.

Eu não consigo concordar com essa ideia de que "viver bem é não sofrer"; isso é muito medíocre. 

Não quero me estender na resposta, então em vez de eu trazer argumentos aqui e citar exemplos de como a dor é importante - e demorar alguns bons minutos para responder - vou cortar essa parte e dizer que me sinto mais vivo conforme traços desafios que vão exigir que eu chegue no próximo nível, muitas vezes por meio da abnegação, do sofrimento, do suor e da superação. Se eu tivesse ido pelo caminho do "não sofrer" eu acho que eu estaria em um nível muito mais abaixo do que eu estou hoje e, provavelmente, também estaria mais infeliz.

Querendo ou não, a "Real" tira uma venda dos nossos olhos, e não digo só em relação às mulheres, mas também em relação ao planejamento quanto ao seu futuro, ao seu desenvolvimento, à sua vivência, etc. e isso despertou dentro de mim um "espírito de auto-cobrança", de querer ser mais. Eu não pretendo ser o sujeito mais rico do mundo, ter os melhores carros e muitas mulheres à disposição; esse não é o meu propósito. Minha auto-cobrança é para ter mais tempo para viver - tempo para praticar esportes, tempo para viajar e conhecer outros lugares e pessoas, tempo para descobrir novos hobbys; enfim, eu não preciso ter os melhores bens materiais para isso. Porém, para que eu possa ter isso, eu vou ter que sacrificar parte do meu presente também. E não tenho problema algum com isso.

"Ah, mas e se você morrer amanhã, daí não vai ter aproveitado a vida."

Quando você escutar essa frase, analise por quem ela é dita. E se for você quem diz isso, analise-se. Na maior parte das vezes, quem me disse isso são pessoas que trabalham o mês todo e gastam tudo o que ganham nos finais de semana, comprando caixinhas de cerveja e fazendo churrascos. São pessoas que vivem em função do curto prazo; e eu não consigo viver assim. A principal razão é de que eu não gosto desse estilo de vida, não gosto muito de festas e de outros hábitos comuns do brasileiro médio - e para a maioria "aproveitar a vida" é praticar os hábitos comuns (tomar uma cervejinha, balada no fim de semana, etc). Eu me sinto deslocado nesse tipo de ambiente. Isso quer dizer que eu devo praticar esses hábitos como forma de "sofrimento" para eu progredir na vida? Tenho a convicção que não, pois o sofrimento que me trouxe esse autoconhecimento (de que não gosto desses hábitos comuns) me fez progredir - algo que dificilmente o "autoflagelo" de praticar esses hábitos faria.

A grande jogada é entender que "sofrer por sofrer" é causa de infelicidade, e isso pode ocorrer tanto quanto nos aproximamos de uma situação desagradável de forma espontânea (como eu ir em uma balada), quanto quando nos afastamos de situações desagradáveis (como não praticar exercícios físicos, mas estar descontente com a sua forma física). Quando você se expõe a dor para atingir o progresso, quando você acorda antes do sol nascer, quando você dedica um bom tempo estudando enquanto a maioria das pessoas estão se divertindo, isso causa repulsa nos outros e estes automaticamente pensam no quanto você está "sofrendo", porque o padrão de vida desses outros é tão medíocre que o simples ato de acordar cedo pode significar sofrimento para eles. 

Hoje eu estive pensando no quanto seria foda se eu concluísse uma prova do Iron Man; sendo isso uma coroação para todo o treinamento para conseguir fazer a prova. Imagina o quanto eu viveria de experiências para conseguir correr 21 km sem parar, tentando constantemente baixar o tempo? Imagina o quão desafiador para mim seria nadar 1,9 km sendo que não consigo nem 25 m? Imagina o quão desafiador seria eu pedalar por 90 km! E mais, fazer isso de modo seguido em um triatlo. Seria muito foda; é desse sofrimento que estou falando, isso é o "elixir dos deuses" que quem teme o sofrimento jamais irá provar.

[Image: start_3468541b.jpg]

Lógico que eu ainda tenho um longo caminho para percorrer até lá, e também falho bastante no caminho que tenho para as minhas metas; mas isso faz parte porque por resistir à falha e aos desejos do seu ser atual que você consegue progredir e ser mais do que você é hoje. Falhar faz parte em uma trajetória com consistência no propósito.

Infelizmente o povão acha que fazer esse tipo de coisa é pura vaidade, que procuramos ganhar bem só para ter o melhor carro, que procuramos treinar só para ter atenção das mulheres e etc.; enfim, você pode expandir essa ideia de que os medíocres enxergam o nosso sofrimento como algo inútil porque pensam que fazemos isso para satisfazer terceiros para muitas áreas da vida; faz parte! Como falei, eles ainda não provaram da auto-superação e do auto-conhecimento. 

Eu acabei me estendendo nas palavras, mas vou deixar esse parágrafo de resumo:

Quando você sofre e utiliza esse sofrimento para (ou como meio de) progredir, você passa a conhecer mais de si mesmo. Isso é diferente de sofrer sem propósito, que é quando aceitamos uma situação que causa descontentamento e insatisfação, mas não fazemos nada para mudá-la, ou nos expomos a situações que já sabemos que não nos são benéficas (porque já sofremos antes e descobrimos isso). Além disso, o que os outros enxergam como sofrimento em nós é, na maior parte das vezes, decorrente do estilo de vida medíocre deles, que não consegue compreender a abnegação (a capacidade de abrir mão de algo em prol de um objetivo). Por fim, progredir tem a ver com ser melhor a cada dia, simplesmente porque você quer ser melhor do que foi ontem - não envolve comparação com terceiros (a menos que te sirvam de exemplo para ser melhor), como os chimpanzés pensam; e esse progresso nem sempre é linear, porque como eu disse falhar faz parte de uma trajetória com consistência no propósito. 

Esse comentário não é uma crítica a você, mas sim a esse pensamento do Schopenhauer. Não estou tentando te convencer também, só compartilhando "minha opinião pessoal" (pleonasmo). 
Em tudo dai graças.

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#7
Irretocável Monarc ...
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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#8
(25-07-2019, 09:47 PM)Monarca Escreveu:
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Era para ser um "quote" do @MGTOW, mas deu errado na formatação.

Schopenhauer diz que a vida digna de ser vivida é aquela que se vive evitando a dor e o tédio.  A felicidade é um conceito genérico e subjetivo superestimado e sem fundamento.  
Viver Bem é não sofrer, mas você almeja e se arrepende de não viver justamente o contrário. Claramente não está bem das emoções.
Pode ser princípio de depressão ou ansiedade.

Eu nunca li Schopenhauer e portanto vou falar do que li em sua resposta.

Eu não consigo concordar com essa ideia de que "viver bem é não sofrer"; isso é muito medíocre. 

Não quero me estender na resposta, então em vez de eu trazer argumentos aqui e citar exemplos de como a dor é importante - e demorar alguns bons minutos para responder - vou cortar essa parte e dizer que me sinto mais vivo conforme traços desafios que vão exigir que eu chegue no próximo nível, muitas vezes por meio da abnegação, do sofrimento, do suor e da superação. Se eu tivesse ido pelo caminho do "não sofrer" eu acho que eu estaria em um nível muito mais abaixo do que eu estou hoje e, provavelmente, também estaria mais infeliz.

Querendo ou não, a "Real" tira uma venda dos nossos olhos, e não digo só em relação às mulheres, mas também em relação ao planejamento quanto ao seu futuro, ao seu desenvolvimento, à sua vivência, etc. e isso despertou dentro de mim um "espírito de auto-cobrança", de querer ser mais. Eu não pretendo ser o sujeito mais rico do mundo, ter os melhores carros e muitas mulheres à disposição; esse não é o meu propósito. Minha auto-cobrança é para ter mais tempo para viver - tempo para praticar esportes, tempo para viajar e conhecer outros lugares e pessoas, tempo para descobrir novos hobbys; enfim, eu não preciso ter os melhores bens materiais para isso. Porém, para que eu possa ter isso, eu vou ter que sacrificar parte do meu presente também. E não tenho problema algum com isso.

"Ah, mas e se você morrer amanhã, daí não vai ter aproveitado a vida."

Quando você escutar essa frase, analise por quem ela é dita. E se for você quem diz isso, analise-se. Na maior parte das vezes, quem me disse isso são pessoas que trabalham o mês todo e gastam tudo o que ganham nos finais de semana, comprando caixinhas de cerveja e fazendo churrascos. São pessoas que vivem em função do curto prazo; e eu não consigo viver assim. A principal razão é de que eu não gosto desse estilo de vida, não gosto muito de festas e de outros hábitos comuns do brasileiro médio - e para a maioria "aproveitar a vida" é praticar os hábitos comuns (tomar uma cervejinha, balada no fim de semana, etc). Eu me sinto deslocado nesse tipo de ambiente. Isso quer dizer que eu devo praticar esses hábitos como forma de "sofrimento" para eu progredir na vida? Tenho a convicção que não, pois o sofrimento que me trouxe esse autoconhecimento (de que não gosto desses hábitos comuns) me fez progredir - algo que dificilmente o "autoflagelo" de praticar esses hábitos faria.

A grande jogada é entender que "sofrer por sofrer" é causa de infelicidade, e isso pode ocorrer tanto quanto nos aproximamos de uma situação desagradável de forma espontânea (como eu ir em uma balada), quanto quando nos afastamos de situações desagradáveis (como não praticar exercícios físicos, mas estar descontente com a sua forma física). Quando você se expõe a dor para atingir o progresso, quando você acorda antes do sol nascer, quando você dedica um bom tempo estudando enquanto a maioria das pessoas estão se divertindo, isso causa repulsa nos outros e estes automaticamente pensam no quanto você está "sofrendo", porque o padrão de vida desses outros é tão medíocre que o simples ato de acordar cedo pode significar sofrimento para eles. 

Hoje eu estive pensando no quanto seria foda se eu concluísse uma prova do Iron Man; sendo isso uma coroação para todo o treinamento para conseguir fazer a prova. Imagina o quanto eu viveria de experiências para conseguir correr 21 km sem parar, tentando constantemente baixar o tempo? Imagina o quão desafiador para mim seria nadar 1,9 km sendo que não consigo nem 25 m? Imagina o quão desafiador seria eu pedalar por 90 km! E mais, fazer isso de modo seguido em um triatlo. Seria muito foda; é desse sofrimento que estou falando, isso é o "elixir dos deuses" que quem teme o sofrimento jamais irá provar.

[Image: start_3468541b.jpg]

Lógico que eu ainda tenho um longo caminho para percorrer até lá, e também falho bastante no caminho que tenho para as minhas metas; mas isso faz parte porque por resistir à falha e aos desejos do seu ser atual que você consegue progredir e ser mais do que você é hoje. Falhar faz parte em uma trajetória com consistência no propósito.

Infelizmente o povão acha que fazer esse tipo de coisa é pura vaidade, que procuramos ganhar bem só para ter o melhor carro, que procuramos treinar só para ter atenção das mulheres e etc.; enfim, você pode expandir essa ideia de que os medíocres enxergam o nosso sofrimento como algo inútil porque pensam que fazemos isso para satisfazer terceiros para muitas áreas da vida; faz parte! Como falei, eles ainda não provaram da auto-superação e do auto-conhecimento. 

Eu acabei me estendendo nas palavras, mas vou deixar esse parágrafo de resumo:

Quando você sofre e utiliza esse sofrimento para (ou como meio de) progredir, você passa a conhecer mais de si mesmo. Isso é diferente de sofrer sem propósito, que é quando aceitamos uma situação que causa descontentamento e insatisfação, mas não fazemos nada para mudá-la, ou nos expomos a situações que já sabemos que não nos são benéficas (porque já sofremos antes e descobrimos isso). Além disso, o que os outros enxergam como sofrimento em nós é, na maior parte das vezes, decorrente do estilo de vida medíocre deles, que não consegue compreender a abnegação (a capacidade de abrir mão de algo em prol de um objetivo). Por fim, progredir tem a ver com ser melhor a cada dia, simplesmente porque você quer ser melhor do que foi ontem - não envolve comparação com terceiros (a menos que te sirvam de exemplo para ser melhor), como os chimpanzés pensam; e esse progresso nem sempre é linear, porque como eu disse falhar faz parte de uma trajetória com consistência no propósito. 

Esse comentário não é uma crítica a você, mas sim a esse pensamento do Schopenhauer. Não estou tentando te convencer também, só compartilhando "minha opinião pessoal" (pleonasmo). 

Muito boa análise. Sem nada a acrescentar.
Responda-o
#9
Muito boa essa resposta ae @Monarca , o sofrimento deve servir para algo, sofrer por sofrer é tomar no olho do cuzão. Essa vontade de querer evoluir no auto-melhoramento dá um tempero à vida, foda. Me lembrou aquele tópico do Rover:

https://legadorealista.net/forum/showthr...p?tid=2524

@MGTOW Felicidade para mim é cochar o ar de forma saltitante junto à alguma vileira enquanto a felicidade do âmago das minhas entranhas é espalhada pelo corpo todo através dos movimentos rítmicos peristálticos. Emfim, não concordo com nada que tu disse.
David Goggins. A lei da semeadura não falha. A única coisa que a vida exige de nós é coragem. Somos prisioneiros dos nossos instintos e emoções e jamais seremos homens livres. A natureza se prepara para algo ainda pior.
Responda-o
#10
Não sei se isso será uma constância em minha vida daqui pra frente, mas pra mim o que importa atualmente é somente ganhar dinheiro e cuidar da saúde. Não estou refletindo muito mais sobre a vida como fazia, tampouco lendo sobre dramas ou temas relacionados à filosofia ou ao comportamento humano, agora é só leitura de assuntos técnicos à linha de pesquisa de minha dissertação e quanto à mulher, quando dá vontade de esvaziar o saco, entro no GP Guia e tá tudo certo.
"Escola? E o aprendizado com os próprios erros? A experiência te faz professor de si próprio".
Responda-o
#11
(28-07-2019, 04:37 PM)Bilidequedi Escreveu: Não sei se isso será uma constância em minha vida daqui pra frente, mas pra mim o que importa atualmente é somente ganhar dinheiro e cuidar da saúde. Não estou refletindo muito mais sobre a vida como fazia, tampouco lendo sobre dramas ou temas relacionados à filosofia ou ao comportamento humano, agora é só leitura de assuntos técnicos à linha de pesquisa de minha dissertação e quanto à mulher, quando dá vontade de esvaziar o saco, entro no GP Guia e tá tudo certo.

Tirando a parte de gastar com GP, ando nessa mesma situação.

Meu foco é meu treino e carreira, o resto é resto.
Um homem com escolhas é um homem livre.
Responda-o


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