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Fui para o exterior e me arrependi e o "Trabalho dignifica o homem"
#1
Poderia muito bem vir aqui e dizer o que todos esperam: morar no exterior é uma maravilha, não tenho a mínima vontade de voltar para o Brasil, que minha vida aqui em terras lusitanas vai de vento em popa... mas não, isso não seria verdade. A verdade nua e crua é que minha vida se tornou um verdadeiro caos nesse último ano, mudar para Portugal foi uma decisão acertada da qual provavelmente jamais me arrependerei mas isso não quer dizer que foi a melhor coisa a ser feita e principalmente, o timing não me parece nem um pouco acertado.


Vou começar pelos sintomas e depois vou falar um pouco das causas. Embora esteja magro, com um corpo legal que jamais tive, minha saúde está um lixo. Estou tomando remédios para a pressão, antidepressivos e de vez em quando remédio pra dormir. Tenho hipertensos na família e não é a primeira vez que tenho que confrontar isso, no Brasil, na época que tinha as lojas cheguei a parar no hospital com a pressão na puta que pariu e começo de infarto, aqui não chegou a tanto, mas dores de cabeça matinais me despertaram pra esse velho problema. Quanto ao antidepressivo foi meio uma decisão minha ao perceber que não andava nem um pouco bem do ponto de vista psicológico, cheguei ao ponto de ter até pensamentos suicidas (estou expondo isso aqui porque acredito ser algo muito sério e que se alguém está passando pelo mesmo deve procurar ajuda imediatamente), conversei com um amigo médico brasileiro que me orientou nesse sentido. Meu sono sempre foi bagunçado mas desde que mudei pra cá é difícil uma noite que consigo dormir sem ao menos tomar uma melatonina, sendo que por vezes é necessário tomar algo mais forte. Outro problema de saúde importantíssimo que comecei a ter foram problemas sexuais, andei a brochar mais que o normal para minha idade e quem é homem sabe que isso é mais assustador que perder um braço. Tudo isso está sendo controlado com medicação mas isso não me deixa nenhum pouco feliz. A hipertensão eu sei que é algo que convevirei pro resto da vida, mas o resto não.

O que está causando tudo isso? Difícil responder de forma objetiva, acredito que é uma somatória de fatores relacionados à mudança para Portugal. Mudar muda você, faz exacerbar problemas, te dá uma alta dose de auto-conhecimento que chega a ser assustador. Ao mudar de país você se dá conta dos seus limites, do que te traz segurança e o que destroi sua mente. Isso me atingiu como um golpe do Balboa. A vida em Portugal é maravilhosa, vivo numa cidade linda, tranquila e segura, as pessoas são amigáveis, a comida é boa, o custo de vida acessível... o que mais eu quero pra vida? Muita coisa...

Hoje estou mais próximo dos 40 anos que dos 30 e começo a me dar conta do que realmente tem valor e importa na minha vida e entre elas está o trabalho. O trabalho que nós aqui na blogosfera tentamos excluir de nossas vidas a qualquer preço através do tal FIRE (Financial Independence, Retire Early), o trabalho que todos nós usamos como alavanca tão somente para a sonhada independência financeira é o mesmo trabalho que nos faz gente e muitas vezes não nos damos conta disso. A velha frase "o trabalho dignifica o homem" é talvez o ditado mais simples e objetivo de todos. O fator trabalho é talvez o que está destruindo minha vida.

Um breve histórico da minha vida profissional: vim de uma família classe média baixa, onde meu pai sempre viveu de rolos e considerou como fracassado toda e qualquer pessoa que trabalhasse pra outra pessoa, na cabeça dele você só é gente se for "seu próprio patrão", mesmo que isso signifique ter 465 altos e baixos durante a vida colocando sua família em stress constantemente. Minha mãe tem curso superior mas nunca exerceu direito a profissão por preguiça mesmo. Aos 16 anos eu comecei a trabalhar de verdade, com carteira assinada e tudo (até então tinha feito alguns bicos), aos 19 já era gerente. Aos 21 comprei uma loja e entrei na faculdade, a ideia era trabalhar naquilo que estava estudando logo após concluir a faculdade, momento esse que venderia a loja. Ter a loja era bom por dois lados: eu não seria "fracassado" enquanto estivesse na faculdade, além de ganhar um bom dinheiro. Dinheiro esse que me manteve como empreendedor durante mais de uma década me impedindo de trabalhar na área de formação que tanto gostei. Quando chutei o pau e deixei de ser empreendedor fui trabalhar na área de formação e rapidamente de adaptei a tal ponto de conseguir promoções rápidas e ser reconhecido no ambiente de trabalho como um profissional de grande qualificação. 3 anos nessa vida, passei o facão e vim morar em Portugal onde tenho um trabalho que não agrega em nada a minha vida e a vida das outras pessoas. Entende de onde vem a depressão relacionada à vida profissional?

Durante os anos de empreendedor eu não gostava do que fazia (basta ler os posts antigos do blog e perceberá) porém aquilo ocupava minha cabeça, me desafiava todos os dias e principalmente, me trazia dinheiro. Esse dinheiro das lojas me proporcionou a independência financeira e a possibilidade de me aposentar com menos de 35 anos de idade, mas também me proporcionou a segurança suficiente para que eu me aventurasse na minha área de formação e foi isso que fiz. Essa mesma independência financeira me proporcionou a maravilhosa chance de morar no exterior legalmente e sem grandes preocupações com relação à grana. E isso fodeu tudo!

FIRE

Eu sei, eu sei, se você que está lendo é uma pessoa endividada ou tem seus 50k investidos e pensa todos os dias em parar de trabalhar provavelmente vai discordar de mim mas a verdade é que o trabalho não é tão ruim quanto parece ao mesmo tempo que se aposentar cedo é muito mais perigoso que comer traveco sem camisinha. Vou repetir mais uma frase mela cueca: "encontre um trabalho que você ame e nunca mais terá que trabalhar um dia na vida", essa frase não pode ser levada ao pé da letra mas não pode ser ignorada.

Se você tem 30, 40 ou 50 anos e pensa em se aposentar, pense novamente. Isso vai destruir sua vida. Ao invés disso é muito melhor achar um trabalho que lhe traga certo prazer e bem estar, uma rotina tolerável e uma grana razoável. Difícil? Não sei, depende de você, mas pra mim isso foi extremamente fácil... no Brasil. Veja como estava no Brasil e agora em Portugal:

  • Trabalhava na minha área de formação, tinha uma rotina meio fodida porque isso é intrínseco da profissão, todos os dias me sentia realizado por realizar meu trabalho, aquilo me fazia bem. Conversava com muitas pessoas todos os dias, ou seja, tinha uma socialização bacana o que é importante para alguém introspectivo e tímido como eu. Ganhava meus R$ 5.000,00 o que pode não parecer muito dinheiro mas é mais que suficiente para o estilo de vida que Bia e eu temos. Resumindo: o trabalho era legal, a rotina tolerável, o dinheiro razoável a ponto de não precisar usar renda passiva. (lembrando que Bia também trabalhava e o household income era coisa de R$ 8.000,00 à R$ 10.000,00 mensais).

  • Em Portugal a rotina é ótima, tenho folga pra caramba, o trabalho não exige absolutamente nada de mim além de certo preparo físico, o dinheiro é ok porém me sinto um robô humano que chega pra trabalhar, bate o dedo, trabalha, bate o dedo e vai pra casa sem aprender ou ensinar absolutamente nada.
Você deve estar pensado: Corey, você tá com frescura, esse negócio de realização pessoal é viadagem, o importante é dinheiro no bolso. Concordo em partes porém sou daqueles bobões que ainda acreditam que devemos fazer algo bom pra sociedade.

Você também me questionaria: Caralho Corey, se trabalhar na sua área é tão importante pra você, por que não corre atrás de fazer isso aí em Portugal? A resposta é que não é tão simples quanto parece, basicamente são necessários 3 anos de estudos além de uma enxorrada de papelada que está bem difícil de conseguir. Resumindo: possível porém inviável.

Mais uma questão que você me faz: Porra Corey, você tem independência financeira, vai viajar o mundo, esquece isso de carteira assinada. Resposta: tanto pra mim quanto pra Bia viajar tem perdido a graça! As cidades européias parecem todas iguais, o planejamento de viagem parece cansativo demais perante o benefício (lembrando que vivemos numa cidade 150km longe do aeroporto mais próximo e temos um cachorro que não temos onde deixar, então a alternativa mais viável pe viajar de carro). Lembra que falei de auto-conhecimento no começo do texto? Pois é, aqui vai um exemplo: descobrimos que nosso estilo de viagem é bem simples: cruzeiro ou Orlando (taquem as pedras).

Bia e eu somos simplões, ela vem de uma origem ainda mais humilde que a minha. Já fizemos muitas coisas diferentes na vida, inclusive provar coisas mais sofisticadas mas quer saber, nossa felicidade está mesmo nas coisas simples. Ter uma rotina de trabalho, dinheiro suficiente pra ir no restaurante e comer o que temos vontade, um carro simples e confortável são coisas que valorizamos mais que viagens luxuosas, casa enorme e cacarecos de "gente rica".

Adendo: Bia, minha esposa, se adaptou muito melhor porque ela tem um perfil profissional menos intelectual e acabou trabalhando aqui com a mesma coisa que fazia no Brasil, além disso ela é uma pessoa extrovertida o que facilita muito a adaptação em qualquer lugar.

Voltando aos problemas que surgiram pela mudança para Portugal. O principal é relacionado ao trabalho, não me sinto nenhum pouco realizado, sei que tenho muita lenha pra queimar antes de parar de trabalhar e me sinto muito subutilizado mas além disso há outras coisas que pegam:
  • Família: bem ou mal Bia e eu temos nossos pais no Brasil. Por pior que seja minha relação com eles eu sei que devo honra-los e tomar a responsabilidade de ajuda-los na velhice. Acredito que do ponto de vista financeiro não será necessário ajuda, mas de resto sinto-me mal por não estar presente. Isso é algo que me martela a cabeça todos os dias. Mais uma vez, o auto-aprendizado.
  • "Amigos": coloco entre parentes porque não temos amigos de verdade mas temos uma rede de gente conhecida e querida da qual sentimos falta. No meu caso são quase todas pessoas relacionadas ao trabalho onde piadas internas são engraçadas e onde conhecimento técnico é trocado. Sinto falta.
  • Tranquilo até demais: Brasil é caótico, isso não é novidade, ainda mais pra quem é de Sampa como eu, mas quer saber, o sossego demasiado que temos aqui chega à irritar. Porra, moro numa cidade até que grande, estruturada e às 15h é impossível almoçar, simplesmente não existem restaurantes abertos a não ser no shopping. Pra ir numa balada tenho que dirigir 95km e mesmo assim é uma balada caída pra caralho.
  • Complexidade: morar no exterior traz muita complexidade. Exemplo 1: precisei de um documento brasileiro, pra conseguir esse documento fiz um requerimento on-line, ok até aqui, porém pra retirar esse documento foi necessário alguém com uma autorização à próprio punho, enviei essa autorização via correio, a pessoa foi lá e buscou o documento. Paguei R$ 250 para enviar esse papel para Portugal, chegando aqui, o papel não era suficiente, deve ser refeito, aí volto à estaca zero. Exemplo 2: Tenho uma conta do Itaú que é necessário desbloquear um itoken pelo caixa eletrônico toda vez que o App é reinstalado ou por vezes até quando é atualizado, acontece que não há caixa do Itaú aqui e o banco não está preparado para lidar com cliente que moram no exterior, a única maneira de desbloquear saporra é fazer uma reclamação forma no ReclameAqui ou no Procon. Ok, não uso mais o Itaú e sim o Inter que é mais simples, mas deu pra entender como a complexidade aparece...
  • Eurizar ou não. Moro na Europa, meus investimentos estão no Brasil. Trago dinheiro para a Europa pagando câmbio cada dia pior e invisto em ativos europeus que possuem rendimentos que mais parecem piada e risco duvidoso ou mantenho no Brasil onde temos bons rendimentos e onde o rendimento dos investimentos é mais que suficiente pra me dar um padrão de vida legal? Pulverizo entre as duas opções e não ganho nem a rentabilidade brasileira nem a proteção do Euro? Complicado isso... penso em efetivamente usar o dinheiro dos meus investimentos quando me aposentar de verdade mas e até lá, o que fazer? E onde estarei na aposentadoria? Como estará o câmbio? Punk!

Mano, morar fora é fácil pra quem tem 20 e poucos anos, tá perdido no Brasil, sem saber pra onde ir, o que fazer, está desempregado porque cursou ciências sociais ou turismo, não tem um Real no bolso. Agora pra quem já tem quase 40, tem uma situação financeira muito confortável no Brasil, boa empregabilidade, possibilidade de trabalhar com algo que gosta o buraco é mais em baixo.


Vir pra Europa me proporcionou coisas maravilhosas e como já disse, provavelmente não me arrependerei, mais coisas aconteceram nesse último ano que em mais de uma década no Brasil, entre elas foi a quebra de certos paradigmas que até então cultuavam minha cabeça:
  • FIRE: aposentadoria precoce não é pra mim. Trabalhar em algo mais fácil só pra ter uma ocupação também não é pra mim. Se dedicar à hobbies também não é pra mim. Gosto de ter um trabalho de verdade, de no fim do dia pôr a cabeça no travesseiro e ter a certeza que fiz coisas úteis para a humanidade através do meu conhecimento e meu trabalho. Marcenaria é legal, mas fazer banquinho e mesinha não vai me trazer grandes benefícios.
  • Independência financeira como um destino: ter independência financeira é lindo e digo pra qualquer um que esse objetivo deve ser atingido por todos, saber que você não depende do trabalho para comer é libertador, entretanto IF não é um fim e sim uma ferramenta de melhora de qualidade de vida. 
  • Morar na Europa é muito melhor que no Brasil. Mentira! Isso pode ou não ser verdade mas o fato é que morar no exterior é o novo símbolo de status da classe média brasileira e eu caí nisso! Justo eu que sempre me gabei por não seguir normas sociais caí na armadilha mais cara e perigosa da sociedade onde estou inserido

No fim das contas a única coisa incontestávelmente positiva que há em morar em Portugal é a segurança. Isso é indiscutível e talvez o único fator que ainda me segure por aqui. Acho que se eu voltar ao Brasil terei alguns problemas de adaptação em relação à isso mas no fim das contas, toda minha família e rede de conhecidos tá no Brasil se desviando das balas perdidas. 


O resumo da ópera é que não sei exatamente qual rumo tomarei, existe a grande possibilidade de retornar ao Brasil mas ainda não tenho nada decidido. Bia e eu estamos conversando muito mas ainda está difícil ver o que é mais certo a fazer. Agredeço muito qualquer comentário que me ajude a abrir os olhos para a decisão certa, a opinião de quem está de fora é sempre importante.

Acho que passou da hora de finalizar isso, peço desculpas pelo texto meio mal feito e sem nexo mas hoje senti uma necessidade imensa de organizar meus pensamentos, por isso achei que escrever aqui poderia ser legal... e realmente foi, agradeço pela compreensão de todos e deixo aqui algumas frases nas quais tenho pensado muito:

"Viver no exterior é bom, mas é uma merda. Viver no Brasil é uma merda, mas é bom." (Tom Jobim)
"At the end of the day, you are who you are" (não sei onde ouvi isso)

Deixo também um vídeo cujo tema tenho pensado muito: Zona de Conforto. Será que é tão ruim assim viver dentro de uma zona de conforto e não "sair da caixa"?

http://coreyinvestidor.blogspot.com/2019...-e-ai.html
Tudo oque te resta é o desenvolvimento pessoal.

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#2
Irmão, já que você tem essa mentalidade de fazer algum bem para a "humanidade" com seu esforço, conforme exposto no texto, faz algum tipo de empreendedorismo social, continue com sua fonte de renda e crie algum empreendimento social, você irá gerir além de fazer o bem para comunidade. Crie uma espécie de ONG, algo ligado ao terceiro setor, e de preferência se fizesse um aqui no Brasil seria de melhor vantajiosidade.

Agora sobre o título do tópico o problema não está em morar fora e sim em você.

                Passei, vi e, ao contrário deles, venci.
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#3
Corey? Põe a fonte aí gRELO
Um homem com escolhas é um homem livre.
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#4
Ué se esta tão fácil que vc esta ate com depressão, pq vc não doa tudo e tenta começar do zero de novo? hehehe .Sem brincadeiras, pq vc não foca em conseguir a sua qualificação ai em Portugal, mesmo que demore 3 anos, mas vc terá a satisfação profissional e pessoal!

O que eu percebi é que vc n tem preocupação com nada mais, ai ficou chato! Pq vc n tenta aprender algo novo, talvez um curso que vc tinha vontade de fazer antes, mas n fez pq n tinha condições ou fazer um esporte novo? sei la, eu queria ter essa vida que vc disse, deve ser muito bom ter tranquilidade para viver, ter paz!
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#5
Adoro esses textos de "a vida como ela é".
Uma coisa é a teoria, outra é a prática...
E é tão forte esse negócio de "sair da porcaria do BR e viver no exterior, na gringa, etc e tal" que mesmo OBVIAMENTE sendo uma BOSTA pro autor do texto ter saído do BR, que AINDA ASSIM ele acha que foi uma "decisão acertada da qual ele nunca se arrependerá".
Não tem fórmula pronta. Se vc tem uma vida profissional BOA aqui no BR, não vejo motivo pra lavar pratos, limpar banheiros, colar carpetes, limpar piscinas, etc, na Europa ou USA.
Talvez um intercâmbio pra dominar outra língua ali na faixa dos 20 anos e olhe lá.
Sempre vi essa de viver fora em subempregos uma boa pra quem já é fudido e sem perspectiva aqui no BR. Entre lavar prato aqui e lavar prato nos USA, melhor lá, logico.
Agora, largar vida profissional interessante aqui, com um incoming acima da média brasileira... acho uma estupidez, pensando em qualidade de vida. Minha opinião.
Tenho um amigo que largou um trampo de gerente de compras numa empresa no interior de SP pra ser faxineiro/uber/pedreiro/repositor de supermercado na Flórida. Tá em depressão, vida sexual lixo, engordou 20kg... mas diz que não se arrepende. Só que vive me perguntando como estão as coisas por aqui.
Tenho outro casal amigo que não tem especialização em nada, ganhavam mal pacaraio aqui. Foram pra Miami, o cara limpa piscinas e a mulher trabalha em salão de beleza. Esses estão satisfeitos, pois já eram uns fudidos aqui. Lá têm subemprego, mas tem carro bom (pros padrões BR, pro padrão USA são BEM pobres), casa, etc.
Eu preferi me especializar e viver por aqui mesmo e não me arrependo. Ok, estou muito acima da média, meu incoming é mais que o triplo do autor. Se eu tivesse saído do BR uns 25 anos atrás, dificilmente teria a vida boa que eu tenho e tive todos esses anos.
E tem que insistir na questão "vida sexual"... não gostam de tocar nesse assunto mas pra mim é CRUCIAL.
Como é a vida sexual de um solteiro latino em subemprego no exterior? E se o cara é casado, como é a mulher aqui é como é lá?
Pergunto isso pois conheço pelo menos quatro casos de caras que foram casados pra lá e as mulheres largaram os caras pra casar com gringos...
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#6
Confundiram as bolas aí, esse texto não é meu , coloquei a fonte ai.
Tudo oque te resta é o desenvolvimento pessoal.

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#7
Pode observar: as maiores taxas de suicídio são nos países desenvolvidos, como Japão e Nova Zelândia. Em países pobres a taxa é menor.

Enquanto o indivíduo está lutando pelo pão de cada dia, ou ter onde morar, ele tem sede de viver.

Depois que o básico é atendido e começa o conforto, aí o indivíduo pode se dar ao luxo de contemplar o vazio existencial.

Pelo visto as coisas estão muito fáceis. Fazer escolhas é, sempre, abrir mão de alguma coisa. 

Quando algo custa sua saúde e bem estar, no longo prazo esse algo é caro demais. Não vale a pena. Na verdade é insustentável.

Será preciso tomar decisões. Sua posição é privilegiada, pode escolher ou criar novos desafios. 

Mas faça um favor a você mesmo: não torne isso um martírio.
"Homem Marmito"® is trademark of Marmito Man Corporation ™
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#8
Como o cara conseguiu se aposentar aos 35 anos sendo empregado ganhando 5k por mes? Bitcoin?
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#9
É meio tosco esse pensamento, mas bem real. " Pobre não tem tempo para depressão"
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#10
Li uma certa vez que lugares frios trás depressão.
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#11
Ou é mentira ou o cara nasceu virado pra Lua, vai ser precoce assim la longe, mas enfim, eu ja tinha lido sobre isso em outro lugar, é a mesma sensação de quando se termina um jogo muito legal, fica aquele pensamento : E agora o que eu faço?
.
Queria saber em que época ele era adolescente, carteira assinada com 16? Gerente aos 19? Comprou loja com 21? Com 21 o maximo q eu fiz foi passar na Federal e ter conseguido juntar 6 mil.
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#12
(28-05-2019, 08:00 AM)SapoCaco Escreveu: Ou é mentira ou o cara nasceu virado pra  Lua, vai ser precoce assim la longe, mas enfim, eu ja tinha lido sobre isso em outro lugar, é a mesma sensação de quando se termina um jogo muito legal, fica aquele pensamento : E agora o que eu faço?
.
Queria saber em que época ele era adolescente, carteira assinada com 16? Gerente aos 19? Comprou loja com 21? Com 21 o maximo q eu fiz foi passar na Federal e ter conseguido juntar 6 mil.

E mesmo assim está melhor que a maioria kkkKkk, eu com meus 21 ainda estava sofrendo por paixão um merda completo sem nada na vida (No sentido de Desenvolvimento Pessoal), velhos tempos.

                Passei, vi e, ao contrário deles, venci.
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#13
(28-05-2019, 02:58 PM)Bastardo Escreveu:
(28-05-2019, 08:00 AM)SapoCaco Escreveu: Ou é mentira ou o cara nasceu virado pra  Lua, vai ser precoce assim la longe, mas enfim, eu ja tinha lido sobre isso em outro lugar, é a mesma sensação de quando se termina um jogo muito legal, fica aquele pensamento : E agora o que eu faço?
.
Queria saber em que época ele era adolescente, carteira assinada com 16? Gerente aos 19? Comprou loja com 21? Com 21 o maximo q eu fiz foi passar na Federal e ter conseguido juntar 6 mil.

E mesmo assim está melhor que a maioria kkkKkk, eu com meus 21 ainda estava sofrendo por paixão um merda completo sem nada na vida (No sentido de Desenvolvimento Pessoal), velhos tempos.

Eu falei da carteira assinada pq menor de idade não pode ter, vai ver ele era adolescente na época do Getulio Vargas.
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#14
(29-05-2019, 09:34 AM)SapoCaco Escreveu:
(28-05-2019, 02:58 PM)Bastardo Escreveu:

E mesmo assim está melhor que a maioria kkkKkk, eu com meus 21 ainda estava sofrendo por paixão um merda completo sem nada na vida (No sentido de Desenvolvimento Pessoal), velhos tempos.


Eu falei da carteira assinada pq menor de idade não pode ter, vai ver ele era adolescente na época do Getulio Vargas.


Amigo, carteira assinada como empregado pode ter desde os 16. Como jovem aprendiz desde os 14.

Spoiler Revelar
de acordo com o art.7º, XXXIII da Constituição Federal, é proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos.



Assim, no caso em tela contando esse empregado com 16 anos de idade ou mais, poderá ser admitido, aplicando-se, nesse caso, todos os direitos e obrigações de um empregado maior de 18 anos de idade.


A empresa que contratar menores de idade (16 a 18 anos) deve fazê-lo na condição de empregado, assegurando-lhes todos os direitos trabalhistas e previdenciários, observando todos os encargos decorrentes da relação empregatícia.


Tem molecada correndo atrás.
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#15
(27-05-2019, 07:42 PM)Mike Stonza Escreveu: É meio tosco esse pensamento, mas bem real. " Pobre não tem tempo para depressão"

Meu caro, embora eu concorde em achar que isso soe como extremista, também partilho dessa mesma ideia...
"Fiat justitia, et pereat mundus..."
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#16
Corey, é você? Esse texto é exatamente igual o que está no blog do Corey!
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#17
(29-05-2019, 12:01 PM)Ducati Escreveu:
(29-05-2019, 09:34 AM)SapoCaco Escreveu:


Eu falei da carteira assinada pq menor de idade não pode ter, vai ver ele era adolescente na época do Getulio Vargas.


Amigo, carteira assinada como empregado pode ter desde os 16. Como jovem aprendiz desde os 14.

Spoiler Revelar
de acordo com o art.7º, XXXIII da Constituição Federal, é proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos.



Assim, no caso em tela contando esse empregado com 16 anos de idade ou mais, poderá ser admitido, aplicando-se, nesse caso, todos os direitos e obrigações de um empregado maior de 18 anos de idade.


A empresa que contratar menores de idade (16 a 18 anos) deve fazê-lo na condição de empregado, assegurando-lhes todos os direitos trabalhistas e previdenciários, observando todos os encargos decorrentes da relação empregatícia.


Tem molecada correndo atrás.

Cara acabei de ver o relato de um garoto que comprou um terreno com dinheiro de cachorro quente e hoje tem uma lanchonete e emprega 3 funcionarios, e isso com 20 anos!!!
Foi meio sem querer, era um video de um cara que vendia brigadeiros e fazia 200 por dia, daí ele foi la comentar e ninguem acreditava, daí ele foi contando a historia dele no meio dos comentarios até dar o endereço do estabelecimento dele, mano, na hora eu pensei: Que porra eu fiz com a minha vida?
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#18
Cara achei seu texto meio sem pé nem cabeça, acho que você precisa de FOCO

Eu moro na Austrália, e tem sim alguns contras, mas n existe comparação em qualidade de vida, trabalho em um trampo ridiculamente fácil e ganho 5X o que ganhava no Brasil, isso que sou formado, só que ao contrário da sua a vida aqui é corrida, o governo te obriga a estudar, então trabalho, estudo, academia , fazer tarefas domésticas, realmente vc começa a dar muito valor a palavra tempo!

Peço desculpas aos companheiros deste fórum, tenho sido um sague suga que vem da uma olhada e não contribui em nada, vou tentar participar mais.

ABS
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#19
O carinha do texto com certeza é um homem trabalhador, mas percebo que ele fica mais preocupado com que os outros vão pensar dele, para mostrar uma realização profissional externa e por si só acaba ofuscando suas próprias conquistas e virtudes.

Tem hora que ele age como uma chiliquenta que reclama de tudo, isso vai ser uma crença limitante pela qual ele nunca se sentirá realizado, mesmo ganhando R$ 1.000.000,00 por mês

... ó em Portugal é bom, mas aqui não dá para estudar ... A europa é uma maravilha, mas aqui as cidades são todas iguais ... eu ganho bem o trabalho é bom, mas eu não ensino nada a ninguém Sad ... Corey está pensando que o mundo é o paraíso das capas de revista das Testemunhas de Jeová.

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#20
Os países desenvolvidos tem um nível de prosperidade, segurança institucional e urbanidade em outro patamar, muito superior, mas pagaram um preço caro, muito alto, até chegarem onde estão.

No Brasil reconhecer isso ainda é algo meio proscrito.
Daí é comum se ter uma noção, em geral, um bocado equivocada de que o hemisfério norte só tem coisas boas e não tem seus desafios a vencer também.

"Só os canalhas precisam de uma ideologia que os absolva e justifique." (Rodrigues, Nelsson)
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