Avaliação do Tópico:
  • 0 Voto(s) - 0 em Média
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
[RELATO] Minhas lições de amor (do céu ao inferno)
#1
Minhas lições de amor (do céu ao inferno) 
Postado por Jaspion em 2007 na extinta OLODM


"ATENÇÃO... OS NOMES SÃO FICTÍCIOS, PORÉM A HISTÓRIA É VERÍDICA“

Tenho total noção e responsabilidade sobre o material aqui contido. Tendo total ciência de suas consequências futuras, inclusive se as mesmas confrontarem com a perda de pessoas que se dizem meus amigos, sendo que desconfio de minha própria sombra. Sei também que muitos me chamarão de matrixiano, porém aceitarei esse termo, pois me arrisquei pensando que a pessoa valia a pena... Sem mais...”. 

Rio de janeiro, novembro de 2007 

INTRODUÇÃO 

Nesta época, eu vivia uma fase maravilhosa em minha vida. Com meu trabalho, minha academia e a aprendizagem conseguida, me desviei de várias armadilhas. Mas quando a gente pensa que já ta com tudo conhecido, uma coisa nova surge. Tinha acabado de terminar um relacionamento um tanto até ligeiro com uma menina. Tudo porque ela afirmava que iria sair do Rio. Frente a isso não tive outra alternativa se não terminar... Terminei e continuei minha vida. 

Dias depois conheci Ágata, e foi ai que tudo começou, ou melhor, terminou... Curiosos? Vocês saberão porquê... 

INTERNET E O PRIMEIRO ENCONTRO 

Conheci Ágata via internet, como muitas outras. Parece que sou perito nisso. Pois bem, logo um clima rolou. Eu lhe dei meu telefone, ela disse que me telefonaria, e telefonou. Meio sem jeito ambos falamos ao telefone. Tudo caminhava para mais um encontro. 

Os dias se passam, e quinze dias depois já estávamos marcando o primeiro encontro. O papo no MSN era cativante. Ágata era uma menina direita, eu sentia isso. Certo dia ela me liga para podermos marcar o encontro. Enquanto falava com ela, pude ouvir sua irmã que fazia birra para ir com ela ao encontro. Ágata, porém, bateu o pé e não quis levá-la. Sendo assim levou uma amiga junto. 

Encontramos-nos em um shopping, em um domingo de muito sol. Ficamos a sós. A timidez que cercava os dois começava a se desfazer na conversa gostosa. Ágata era uma menina muito bonita e atraente. Ali ela me contou sobre seus ex, sua vida e sua igreja, a qual pregava o sexo após o casamento. Confesso que me assustei de primeira, mas ao ver que Ágata era uma pessoa direita, com a qual eu não teria que me preocupar em um sábado à noite, caso não pudéssemos sair juntos, resolvi prosseguir e arriscar. 

Nos despedimos, mas antes disso uma coisa me chamava a atenção. Sim, o telefone de Ágata não parava de tocar durante o encontro. Sempre era seu pai ou sua mãe querendo saber dela. Isso ocorreu umas 3 ou 4 vezes. Mas enfim, no primeiro encontro, não a beijei. Pois não queria cometer um provável erro de beijar qualquer uma. Preferi esperar.

O SEGUNDO ENCONTRO E O REVEILLON 

No segundo encontro, fomos ao cinema, contradizendo até mesmo um mandamento de sua igreja. Ela se atrasou e muito, me irritei, porém, quando a vi tudo ficou mais calmo. Sinceramente me sentia bem ao lado de Ágata. Ela veio acompanhada de amigos. 

Vimos o filme, rolaram alguns beijos, saímos conversamos e tudo parecia um sonho. Pronto! Estávamos namorando! E eu me sentia muito feliz com aquilo. 

O fim do ano chegava e Ágata queria passar o Réveillon na praia. Seus pais, porém, não permitiram de maneira alguma. Fazendo com que fossemos passar em sua casa. Ágata me chamou, e eu estava ansioso por conhecer meus sogros. 

Um dia antes, fui à praia, comprei roupas caras, tudo para não fazer feio aos pais dela. No dia do Réveillon, fui para a casa dela. Ela me apanhou no ponto de ônibus. Lá íamos de braços dados até sua igreja. Assistimos ao culto, anoitecia, e fomos para a casa dela. Íamos os três: eu, ela e sua inseparável e até então calada irmã. 

Ao chegarmos ao portão, Ágata me pediu um beijo de boa sorte, já que eu iria enfrentar dos “poderosos guerreiros”. Demos um beijo daqueles... 

Porém, neste mesmo instante, quem chega?" "Isso, seus pais! Ficam com cara de poucos amigos para mim. Entramos... 

Lá dentro, eu fiquei na sala enquanto Ágata ouvia sermões no quarto ao lado. Ela saiu de lá chorando. A noite foi passando, e eu comecei a sentir um clima muito pesado. Era uma coisa negativa! Muito forte mesmo! Ágata era tida como uma serviçal. Ela aprontou muitas coisa para a ceia de ano novo. Ela arrumava tudo, ela ajeitava tudo. 

Meu olhar de satisfação ao vê-la prendada, se contrastava com minha raiva por vê-los usando-a assim. Mas tudo passou. Os fogos cantaram à meia-noite. Conversamos muitos. Hora ou outra, esta era interrompida por um pedido de salgadinho, ou de ajeitamento de alguma coisa, os quais Ágata era quem fazia. Após a pequena festa, segui com um amigo de Ágata para dormir em sua casa. 

O JULGO DESIGUAL 

No dia seguinte, segui de volta para a casa de Ágata junto de seu amigo. Era a hora da minha vitória ou declive. 

Chegamos lá, conversei com ela, mexi em sua máquina. Tudo estava indo bem, mas a força negativa ainda me espremia. Tão logo seu pai veio até mim me chamar para a conversa. Cheguei à sala, lá estavam seu pai e sua mãe. E começaram a me interrogar. O plano que eu tinha com Ágata era de sempre concordar com tudo o que os pais dela falavam, e foi isso que fiz. Concordei, até ia dizer que pretendia seguir para casar possivelmente com Ágata, mas a mesma disse que isso seria prejudicial. Portanto, ocultei isso. Eles me incentivavam a ler a Bíblia, para eles eu era um pobre diabo, que os mesmos me apelidaram de Filisteu... 

Os mesmos também não apoiaram o namoro, mas como não podiam me “desclassificar”, resolveram me engolir... Eles preferiam o anterior – Jonas – mas falamos dele no próximo tópico, ok? O pai me pediu o meu endereço, meu telefone, meu numero e endereço do trabalho também. 

Após aquele confronto, me senti muito mal. Minha cabeça pesava. Parecia que tinha um tijolo sobre ela. Uma sensação chata. Almocei vim embora pra casa. Ágata ainda quis ir comigo para apanha um ônibus que me deixava mais próximo de casa. Porém seus pais foram contras. Eu parecia um bandido para eles. Sendo assim, ela me levou até o mais próximo. No caminho, quando finalmente pude conversar com ela numa boa, eu falei que iria tirar ela dali. Que aquilo não era lugar pra ela. Ágata gostou da minha atitude...

O EX E A CONFISSÃO DE AGATA 

Jonas sempre foi um menino infantil, pelo menos pelo pouco que ouvi sobre ele. Não era má pessoa, porém o sangue matrixiano que corria em suas veias o fez ser largado por algumas meninas. Ele chegou até a deixar as meninas de lado por jogos de videogame. Uma das coisas que ele mais se arrependia e se culpava era pelo fato de ter pedido Ágata. E justo pra mim, um Filisteu! 

Jonas, sempre que me via com Ágata, se escondia e chorava de dor. Entendia o sentimento dele e Ágata parecia ter é mais pena dele. O tempo passa, eu sempre tive o critério de deixar coisas abertas com Ágata, sempre diríamos a verdade. E um dia... 

Ela me confessou uma coisa, que não posso contar a vocês. Mas é uma coisa que para qualquer um que tivesse o mínimo de sentido em ficar com ela, e casar, atrapalharia e muito. Chorei ao ouvir a confissão de Ágata e sem mais saber a quem pedir opinião, postei em uma comunidade. Eu só não sabia que ela leria e descobriria assim até mesmo meu fake. Ela ficou indignada, mas ficou o certo pelo não certo. Após uma conversa boa em uma pracinha, sempre acompanhada de sua irmã, resolvemos tudo. Tínhamos duas opções: seguir ou separar. Preferimos seguir. 

A PRISÃO

Apesar de ter resolvido seguir, aquela confissão não descia pela minha garganta. Tentava esquecer mesmo assim. Ainda demos algumas saídas, porém passávamos pouco tempo juntos a sós. Pois os pais de Ágata não a deixavam sair sozinha comigo. Sempre alguém tinha de ir junto. 

Aquela situação não era a muito boa, mas fazer o que? Afinal a menina valia a pena. Mesmo quando eu ia para a casa de Ágata, éramos vigiados constantemente por sua irmã e seus pais. Privacidade? O que era isso? Não sabia mais. Mas lutei com Ágata pra que pudéssemos casar, eu estudei ate o que não quis só pra ver se arrumava um emprego melhor. Tira-la dali era uma obrigação para sermos felizes... 

Sinceramente não gostava de frequentar aquela casa. Minha sogra até que era legal, não deixava a gente sair, mas era a única que tinha uma conversa. Puxava algum assunto comigo. Eu até pensei em falar com eles que queria ficar com Ágata, porém a mesma dizia que não era o momento. E me pediu pra esperar... 

MESES DEPOIS ... O FIM 

Meses depois do início do namoro, a gente quase não se via. Ágata passou a se ocupar demais com a sua igreja. E eu comecei a ver que ela não tinha espaço para um namoro em sua vida... E tudo isso foi uma jogada de loteria, pra ver se dava certo. Às vezes passávamos uma semana ou até mesmo duas sem nos ver. 

Aquilo me desgastou, pois não era o que eu queria pra um namoro. Não era meu modelo de namoro. Eu diria que houve três pivôs para nosso fim: a irmã de Ágata, o pai de Ágata e a própria Ágata. Na ultima quinta-feira santa, me aprontei, pra poder ir vê-la. Cheguei atrasado ao encontro, pois fui cortar o cabelo. Chegando lá, conversamos, mas só tínhamos uma hora, pois ela iria se encontrar com a mãe. Detalhe: ela tava se encontrando comigo as escondidas. Conversamos o quanto pudemos, e vim embora pra casa. O sonho cor-de-rosa começava a se despetalar... Marcamos de nos ver domingo, a meu ver Ágata ficaria a tarde toda de domingo em casa, porém...

Atrasei-me devido o jogo que ocorria no estádio do caminho. Cheguei as 4 a casa de Ágata. Eu sentia o fim... 

Ela apareceu para mim com uma cara de muito poucos amigos e muito agressiva: “eu combinei com vocês essa hora?!” Calado, só olhei para Ágata fixamente. Por que aquela agressão? Estávamos muito longe um do outro. Sentia-se isso. Ágata disse que teria que sair as 5 de casa para ir à igreja. Conversamos um pouco... E ela foi se arrumar... A acompanhei até a igreja, já que dava caminho para apanhar o ônibus de volta pra casa. 

No caminho ate a igreja conversei com ela, e mostrei que estava insatisfeito. E que não queria abrir mão dela, mas estava sendo pressionado a isso, mas que não iria abrir. Ágata tão somente concordou comigo... Eu e ela, já não éramos nós. Chegando à igreja, demos o ultimo beijo na boca. E prometemos que dali em uma semana veríamos o que poderíamos fazer... Eu já sabia... 

Ameaçava chover ao cair da noite, e eu tinha certeza que nosso caso estava como a aquela tarde: sumindo... 

Apanhei o ônibus e voltei para casa. Foi muito triste... Uma semana depois... Não tive tempo de ligar para ela e ela me falou que precisávamos conversar. Liguei para ela e ela terminou de acabar... 

Dali, não dei um mês até ela voltar pra Jonas, a quem ela pensava e sempre pensou em dar uma nova chance. Eu ainda tentei segurar. Iria com ela aos cultos, porém ela não quis assim. Creio que a família pesou bastante nesta escolha... ela disse que não tínhamos sintonia pra namoro (claro! com os pais na pressão) e que não queria que eu perdesse coisas por ela. Durante nosso namoro, tive chances de ficar com outras, porém descartei todas.

CONCLUSÃO

Minha previsão se concretizou... Ágata esta com Jonas hoje. Menos de um mês depois do término do namoro... Voltou com ele. 

Minha academia? Como Ágata não dava muito valor a homem malhado, sai dela... Estou com problemas no joelho e não posso malhar bem... Graças a Deus ainda posso andar. 

Meu emprego? Após meu abatimento por conta disso, tentei segurar as pontas, mas relaxei e fui demitido. Até os problemas neurológicos que eu não tinha em novembro, voltaram... 

Minha ex? Aquela que disse que ia sair do Rio? Pois é, ela casou! Um amigo meu disse que ela seria a mais certa pra mim... Antes eu o tivesse ouvido e não fosse cego por essa utopia Hoje estou eu aqui, só, mas reerguendo minhas asas... Logo elas voarão novamente... 

E eu não contarei mais a vocês nenhuma lição minha mais. Pois elas não existirão. Fui do céu ao inferno em 5 meses sem sexo, sem diversão, sem nada... Pelo menos remodelei meu projeto de namoro... Agora é calça de veludo ou bumbum de fora. 

Hoje o sonho se voltou em novamente pó de estrelas... A respeitei até o fim... 

Sem mais...

Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.
Responda-o
#2
(29-04-2019, 01:35 PM)Guardião Escreveu:
Minhas lições de amor (do céu ao inferno) 
Postado por Jaspion em 2007 na extinta OLODM


"ATENÇÃO... OS NOMES SÃO FICTÍCIOS, PORÉM A HISTÓRIA É VERÍDICA“

Tenho total noção e responsabilidade sobre o material aqui contido. Tendo total ciência de suas consequências futuras, inclusive se as mesmas confrontarem com a perda de pessoas que se dizem meus amigos, sendo que desconfio de minha própria sombra. Sei também que muitos me chamarão de matrixiano, porém aceitarei esse termo, pois me arrisquei pensando que a pessoa valia a pena... Sem mais...”. 

Rio de janeiro, novembro de 2007 

INTRODUÇÃO 

Nesta época, eu vivia uma fase maravilhosa em minha vida. Com meu trabalho, minha academia e a aprendizagem conseguida, me desviei de várias armadilhas. Mas quando a gente pensa que já ta com tudo conhecido, uma coisa nova surge. Tinha acabado de terminar um relacionamento um tanto até ligeiro com uma menina. Tudo porque ela afirmava que iria sair do Rio. Frente a isso não tive outra alternativa se não terminar... Terminei e continuei minha vida. 

Dias depois conheci Ágata, e foi ai que tudo começou, ou melhor, terminou... Curiosos? Vocês saberão porquê... 

INTERNET E O PRIMEIRO ENCONTRO 

Conheci Ágata via internet, como muitas outras. Parece que sou perito nisso. Pois bem, logo um clima rolou. Eu lhe dei meu telefone, ela disse que me telefonaria, e telefonou. Meio sem jeito ambos falamos ao telefone. Tudo caminhava para mais um encontro. 

Os dias se passam, e quinze dias depois já estávamos marcando o primeiro encontro. O papo no MSN era cativante. Ágata era uma menina direita, eu sentia isso. Certo dia ela me liga para podermos marcar o encontro. Enquanto falava com ela, pude ouvir sua irmã que fazia birra para ir com ela ao encontro. Ágata, porém, bateu o pé e não quis levá-la. Sendo assim levou uma amiga junto. 

Encontramos-nos em um shopping, em um domingo de muito sol. Ficamos a sós. A timidez que cercava os dois começava a se desfazer na conversa gostosa. Ágata era uma menina muito bonita e atraente. Ali ela me contou sobre seus ex, sua vida e sua igreja, a qual pregava o sexo após o casamento. Confesso que me assustei de primeira, mas ao ver que Ágata era uma pessoa direita, com a qual eu não teria que me preocupar em um sábado à noite, caso não pudéssemos sair juntos, resolvi prosseguir e arriscar. 

Nos despedimos, mas antes disso uma coisa me chamava a atenção. Sim, o telefone de Ágata não parava de tocar durante o encontro. Sempre era seu pai ou sua mãe querendo saber dela. Isso ocorreu umas 3 ou 4 vezes. Mas enfim, no primeiro encontro, não a beijei. Pois não queria cometer um provável erro de beijar qualquer uma. Preferi esperar.

O SEGUNDO ENCONTRO E O REVEILLON 

No segundo encontro, fomos ao cinema, contradizendo até mesmo um mandamento de sua igreja. Ela se atrasou e muito, me irritei, porém, quando a vi tudo ficou mais calmo. Sinceramente me sentia bem ao lado de Ágata. Ela veio acompanhada de amigos. 

Vimos o filme, rolaram alguns beijos, saímos conversamos e tudo parecia um sonho. Pronto! Estávamos namorando! E eu me sentia muito feliz com aquilo. 

O fim do ano chegava e Ágata queria passar o Réveillon na praia. Seus pais, porém, não permitiram de maneira alguma. Fazendo com que fossemos passar em sua casa. Ágata me chamou, e eu estava ansioso por conhecer meus sogros. 

Um dia antes, fui à praia, comprei roupas caras, tudo para não fazer feio aos pais dela. No dia do Réveillon, fui para a casa dela. Ela me apanhou no ponto de ônibus. Lá íamos de braços dados até sua igreja. Assistimos ao culto, anoitecia, e fomos para a casa dela. Íamos os três: eu, ela e sua inseparável e até então calada irmã. 

Ao chegarmos ao portão, Ágata me pediu um beijo de boa sorte, já que eu iria enfrentar dos “poderosos guerreiros”. Demos um beijo daqueles... 

Porém, neste mesmo instante, quem chega?" "Isso, seus pais! Ficam com cara de poucos amigos para mim. Entramos... 

Lá dentro, eu fiquei na sala enquanto Ágata ouvia sermões no quarto ao lado. Ela saiu de lá chorando. A noite foi passando, e eu comecei a sentir um clima muito pesado. Era uma coisa negativa! Muito forte mesmo! Ágata era tida como uma serviçal. Ela aprontou muitas coisa para a ceia de ano novo. Ela arrumava tudo, ela ajeitava tudo. 

Meu olhar de satisfação ao vê-la prendada, se contrastava com minha raiva por vê-los usando-a assim. Mas tudo passou. Os fogos cantaram à meia-noite. Conversamos muitos. Hora ou outra, esta era interrompida por um pedido de salgadinho, ou de ajeitamento de alguma coisa, os quais Ágata era quem fazia. Após a pequena festa, segui com um amigo de Ágata para dormir em sua casa. 

O JULGO DESIGUAL 

No dia seguinte, segui de volta para a casa de Ágata junto de seu amigo. Era a hora da minha vitória ou declive. 

Chegamos lá, conversei com ela, mexi em sua máquina. Tudo estava indo bem, mas a força negativa ainda me espremia. Tão logo seu pai veio até mim me chamar para a conversa. Cheguei à sala, lá estavam seu pai e sua mãe. E começaram a me interrogar. O plano que eu tinha com Ágata era de sempre concordar com tudo o que os pais dela falavam, e foi isso que fiz. Concordei, até ia dizer que pretendia seguir para casar possivelmente com Ágata, mas a mesma disse que isso seria prejudicial. Portanto, ocultei isso. Eles me incentivavam a ler a Bíblia, para eles eu era um pobre diabo, que os mesmos me apelidaram de Filisteu... 

Os mesmos também não apoiaram o namoro, mas como não podiam me “desclassificar”, resolveram me engolir... Eles preferiam o anterior – Jonas – mas falamos dele no próximo tópico, ok? O pai me pediu o meu endereço, meu telefone, meu numero e endereço do trabalho também. 

Após aquele confronto, me senti muito mal. Minha cabeça pesava. Parecia que tinha um tijolo sobre ela. Uma sensação chata. Almocei vim embora pra casa. Ágata ainda quis ir comigo para apanha um ônibus que me deixava mais próximo de casa. Porém seus pais foram contras. Eu parecia um bandido para eles. Sendo assim, ela me levou até o mais próximo. No caminho, quando finalmente pude conversar com ela numa boa, eu falei que iria tirar ela dali. Que aquilo não era lugar pra ela. Ágata gostou da minha atitude...

O EX E A CONFISSÃO DE AGATA 

Jonas sempre foi um menino infantil, pelo menos pelo pouco que ouvi sobre ele. Não era má pessoa, porém o sangue matrixiano que corria em suas veias o fez ser largado por algumas meninas. Ele chegou até a deixar as meninas de lado por jogos de videogame. Uma das coisas que ele mais se arrependia e se culpava era pelo fato de ter pedido Ágata. E justo pra mim, um Filisteu! 

Jonas, sempre que me via com Ágata, se escondia e chorava de dor. Entendia o sentimento dele e Ágata parecia ter é mais pena dele. O tempo passa, eu sempre tive o critério de deixar coisas abertas com Ágata, sempre diríamos a verdade. E um dia... 

Ela me confessou uma coisa, que não posso contar a vocês. Mas é uma coisa que para qualquer um que tivesse o mínimo de sentido em ficar com ela, e casar, atrapalharia e muito. Chorei ao ouvir a confissão de Ágata e sem mais saber a quem pedir opinião, postei em uma comunidade. Eu só não sabia que ela leria e descobriria assim até mesmo meu fake. Ela ficou indignada, mas ficou o certo pelo não certo. Após uma conversa boa em uma pracinha, sempre acompanhada de sua irmã, resolvemos tudo. Tínhamos duas opções: seguir ou separar. Preferimos seguir. 

A PRISÃO

Apesar de ter resolvido seguir, aquela confissão não descia pela minha garganta. Tentava esquecer mesmo assim. Ainda demos algumas saídas, porém passávamos pouco tempo juntos a sós. Pois os pais de Ágata não a deixavam sair sozinha comigo. Sempre alguém tinha de ir junto. 

Aquela situação não era a muito boa, mas fazer o que? Afinal a menina valia a pena. Mesmo quando eu ia para a casa de Ágata, éramos vigiados constantemente por sua irmã e seus pais. Privacidade? O que era isso? Não sabia mais. Mas lutei com Ágata pra que pudéssemos casar, eu estudei ate o que não quis só pra ver se arrumava um emprego melhor. Tira-la dali era uma obrigação para sermos felizes... 

Sinceramente não gostava de frequentar aquela casa. Minha sogra até que era legal, não deixava a gente sair, mas era a única que tinha uma conversa. Puxava algum assunto comigo. Eu até pensei em falar com eles que queria ficar com Ágata, porém a mesma dizia que não era o momento. E me pediu pra esperar... 

MESES DEPOIS ... O FIM 

Meses depois do início do namoro, a gente quase não se via. Ágata passou a se ocupar demais com a sua igreja. E eu comecei a ver que ela não tinha espaço para um namoro em sua vida... E tudo isso foi uma jogada de loteria, pra ver se dava certo. Às vezes passávamos uma semana ou até mesmo duas sem nos ver. 

Aquilo me desgastou, pois não era o que eu queria pra um namoro. Não era meu modelo de namoro. Eu diria que houve três pivôs para nosso fim: a irmã de Ágata, o pai de Ágata e a própria Ágata. Na ultima quinta-feira santa, me aprontei, pra poder ir vê-la. Cheguei atrasado ao encontro, pois fui cortar o cabelo. Chegando lá, conversamos, mas só tínhamos uma hora, pois ela iria se encontrar com a mãe. Detalhe: ela tava se encontrando comigo as escondidas. Conversamos o quanto pudemos, e vim embora pra casa. O sonho cor-de-rosa começava a se despetalar... Marcamos de nos ver domingo, a meu ver Ágata ficaria a tarde toda de domingo em casa, porém...

Atrasei-me devido o jogo que ocorria no estádio do caminho. Cheguei as 4 a casa de Ágata. Eu sentia o fim... 

Ela apareceu para mim com uma cara de muito poucos amigos e muito agressiva: “eu combinei com vocês essa hora?!” Calado, só olhei para Ágata fixamente. Por que aquela agressão? Estávamos muito longe um do outro. Sentia-se isso. Ágata disse que teria que sair as 5 de casa para ir à igreja. Conversamos um pouco... E ela foi se arrumar... A acompanhei até a igreja, já que dava caminho para apanhar o ônibus de volta pra casa. 

No caminho ate a igreja conversei com ela, e mostrei que estava insatisfeito. E que não queria abrir mão dela, mas estava sendo pressionado a isso, mas que não iria abrir. Ágata tão somente concordou comigo... Eu e ela, já não éramos nós. Chegando à igreja, demos o ultimo beijo na boca. E prometemos que dali em uma semana veríamos o que poderíamos fazer... Eu já sabia... 

Ameaçava chover ao cair da noite, e eu tinha certeza que nosso caso estava como a aquela tarde: sumindo... 

Apanhei o ônibus e voltei para casa. Foi muito triste... Uma semana depois... Não tive tempo de ligar para ela e ela me falou que precisávamos conversar. Liguei para ela e ela terminou de acabar... 

Dali, não dei um mês até ela voltar pra Jonas, a quem ela pensava e sempre pensou em dar uma nova chance. Eu ainda tentei segurar. Iria com ela aos cultos, porém ela não quis assim. Creio que a família pesou bastante nesta escolha... ela disse que não tínhamos sintonia pra namoro (claro! com os pais na pressão) e que não queria que eu perdesse coisas por ela. Durante nosso namoro, tive chances de ficar com outras, porém descartei todas.

CONCLUSÃO

Minha previsão se concretizou... Ágata esta com Jonas hoje. Menos de um mês depois do término do namoro... Voltou com ele. 

Minha academia? Como Ágata não dava muito valor a homem malhado, sai dela... Estou com problemas no joelho e não posso malhar bem... Graças a Deus ainda posso andar. 

Meu emprego? Após meu abatimento por conta disso, tentei segurar as pontas, mas relaxei e fui demitido. Até os problemas neurológicos que eu não tinha em novembro, voltaram... 

Minha ex? Aquela que disse que ia sair do Rio? Pois é, ela casou! Um amigo meu disse que ela seria a mais certa pra mim... Antes eu o tivesse ouvido e não fosse cego por essa utopia Hoje estou eu aqui, só, mas reerguendo minhas asas... Logo elas voarão novamente... 

E eu não contarei mais a vocês nenhuma lição minha mais. Pois elas não existirão. Fui do céu ao inferno em 5 meses sem sexo, sem diversão, sem nada... Pelo menos remodelei meu projeto de namoro... Agora é calça de veludo ou bumbum de fora. 

Hoje o sonho se voltou em novamente pó de estrelas... A respeitei até o fim... 

Sem mais...

Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.


Cara, parece até que foi eu quem escreveu esse relato. Passei o mesmo que você passou. Texto obrigatório para leitura da Real.
"Levar os homens à verdade é o maior benefício que se pode prestar aos outros." 

-São Tomás de Aquino
Responda-o
#3
Complicado né? quando da tudo errado!
E nenhuma das partes coopera somente a sua tentando alguma coisa, sonhando com alguma coisa e tendo esperança de algo.
Já passei por algo parecido, complicado com os pais se tornam uma barreira e consequentemente a moça que você está se relacionando também não enxerga isso e não procura fazer algo a respeito e tomar uma atitude.
O duro também é quando elas criticam o ex até as últimas consequências e num piscar de olhos elas estão novamente com o espantalho.
Pelo relato creio eu que a moça era totalmente submissa aos pais e os pais era tão religiosos que se tornaram narcisistas consequentemente a manipulando.
Ela por sua vez para não fazer feito ou também por pensar igual aos pais concorda com essa opção em tomar essas atitudes loucas.
"O mais forte espadachim não necessariamente é o que vence. É a velocidade! Velocidade da mão, a velocidade da mente." Abade Faria
Responda-o
#4
Não sei a idade na época dessa pessoa que fez o relato, mas ele parece ser bastante jovem.

É fato que o homem tem que focar em seu desenvolvimento pessoal. Cara jovem, sem dinheiro, sem nada e querendo casar? É falta de pé no chão. 

Mas infelizmente a paixão deixa o homem cego, incapaz de ver as besteiras que está fazendo.

Esse cara do relato não sabia na época, mas ele deveria era ter levantado as mãos para o céu. Teve foi um livramento.
"Homem Marmito"® is trademark of Marmito Man Corporation ™
Responda-o
#5
Sim @Sagitario você tem razão em falar que ele era bastante jovem não tinha parado para pensar nisso.
Também no relato ele fala que ela "era uma pessoa direita, com a qual eu não teria que me preocupar em um sábado à noite"
ele também aparenta ser uma pessoa direita.

Acredito que logo depois do termino ele não refletiu tanto assim mas depois de um tempo deve ter caído a ficha dele sobre isso.
E quanto mais maturidade ele foi pegando mas ele ia percebendo a situação que ele tinha entrado.
"O mais forte espadachim não necessariamente é o que vence. É a velocidade! Velocidade da mão, a velocidade da mente." Abade Faria
Responda-o
#6
O apego é a raiz de todos os problemas.

Ele disse, em um trecho, que descobriu algo muito sério acerca dela que não quis postar. Provavelmente não era mais virgem, por isso os pais a vigiavam tanto e ela, em sentimento de remorso/culpa, tentava fazer tudo certinho e bonitinho conforme vontade deles. Pois toda menina nova quando fica sem moral na família começa a fazer tudo perfeitinho. Essa perfeição enganou o juvena.

Provavelmente os pais desconfiavam dele por achar que ele era só mais um malandro qualquer, exatamente do tipo que a filha havia se envolvido antes do rapaz da igreja.

Ali era o momento de ter desconfiado, mas quis - por apego - continuar. (pode ter sido por outro tipo de matrix como a carência, o achar que precisa de alguém para ser feliz, ou até por auto ilusão de que o passado dela foi um mal entendido, ou a soma de tudo isso e mais coisas).

No mais, enquanto vivia o papel de rapaz conservador, anos 50, que namorava em casa com alguém assistindo, fazendo tudo certinho para agradar a família; ela já havia rodado na mão de um (provavelmente mais) e tinha um passado que continuava presente no cotidiano da igreja.

Por isso não adianta ser certinho, conservador, e família com as garotas que não são.

De forma geral muita gente acha que 19 anos para uma mulher é jovialidade. Não é. Elas começam a namorar - principalmente em periferia - a partir dos 11, 12 anos, ficando com rapazes da vizinhança, amigas e até primos da faixa dos 15 aos 19. Se o pai não for presente a coisa rola solta, pois o malandro não vê riscos de retaliação.

Por isso é bem provável que essa menina, com 19, tenha tido outros ex's além do rapaz da igreja, sendo que isso implica várias coisas negativas para o rapaz que está namorando:
Pra começar que dificilmente o juvena conseguirá superar todos os ex's em todos os quesitos. Na reserva mental dessa garota (que ainda está em busca do príncipe alfa) ficará sempre o pensamento de que deve haver alguém melhor lá fora a esperando; o que explica a cara de cu e a má vontade para com o namorado... Ou talvez ela esperasse menos respeito e mais atitude dele, afinal, se já não tinha virgindade, por que o atual demorava tanto para ter atitude e tentar algo a mais?

Pra ela a igreja era apenas um clube social qualquer. Não há Deus, não há princípios morais nem regramentos. O que havia era um desejo disfarçado de sentir novamente os prazeres da carne e se envolver em lençóis. Bastava pedir que uma amiga acobertasse e marcar algo com o rapaz, fosse no shopping, cinema e dali partiriam para um lugar às escondidas. Ela queria atitude dele. Por isso a cara de cu. Ela queria um malandro, não um homem correto. Já que era pra ter um cara certinho, que fosse o da igreja então.

No mais é importante frisar que faltou orientação pra ele. Um pai ou um tio vivido, experiente, poderia ter facilitado bastante o caminho das pedras e dado dicas de como tentar reverter e direcionar a situação para outras possibilidades, nem que fosse para mero aprendizado. Mas acho difícil. Normalmente quem acredita em amor romântico também costuma acreditar em princesas virgens, castas e intocáveis.
Nenhuma mulher é mais bonita que a liberdade.

"Senhores, o que fazemos em vida ecoa pela eternidade". - Imp.Marcus Aurelius.
Responda-o


Pular fórum:


Usuários visualizando este tópico: 1 Visitante(s)