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[RELATO] Um ano de América
Que se prevaleça o verso bíblico, quem quiser comer, que trabalhe.

Não tem sentido em dar dinheiro de impostos (em qualquer país, e no caso do Brasil, que é um país pobre, nem pensar) pra quem teve oportunidade de realizar sua IF e não foi precavido e não teve humildade de buscar orientação.

Somente tem obrigações positivas com o indivíduo, ele próprio e seus pais (e ainda assim até certa idade), de resto que se vire.

"Só os canalhas precisam de uma ideologia que os absolva e justifique." (Rodrigues, Nelsson)
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(18-07-2019, 08:31 PM)Baralho Escreveu: Que se prevaleça o verso bíblico, quem quiser comer, que trabalhe.

Não tem sentido em dar dinheiro de impostos (em qualquer país, e no caso do Brasil, que é um país pobre, nem pensar) pra quem teve oportunidade de realizar sua IF e não foi precavido e não teve humildade de buscar orientação.

Somente tem obrigações positivas com o indivíduo, ele próprio e seus pais (e ainda assim até certa idade), de resto que se vire.



Concordo. E também acho que não deveria ser dado nem aposentadoria "simbólica" pra esses caras. Porque nesse caso estaria sendo aberta uma exceção e isso é injusto com todos os outros contribuintes que ficam anos sendo roubados pela previdência falha e piramidal do Brasil.


Isso sem contar que tem muita gente lá do passado que representou o Brasil em competições esportivas e o governo cagou e andou. Será que deram prêmio pra Maria Esther Bueno? Pro Chico Landi? E sei lá mais quem poderia ser posto nessa lista.
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É por quê no Brasil, automobilismo ou tênis são esportes de elite, então por ''default'' seus praticantes seriam privilegiados da sociedade; e o futebol, um esporte das classes baixas, da ascensão social, daí não fica tão ''impopular'' premiar seus ex-jogadores (mesmo de seleção) com esse dinheiro.

Mas esquece-se, na mídia sobretudo, que é exatamente o atleta que chegou na seleção e além disso, disputou uma copa, que passou da condição de ''mais humilde'' para de fato um outro patamar social e financeiro.

Porém como a maioria é ''pino frouxo'', torra toda a grana com GP e cachaça e depois de novamente pobres, reaparecem em programas caça-níqueis de audiência, sobretudo na Record e Band.

O irônico é que no futebol, onde se encontram os casos mais notórios de desvio/sonegação de impostos (que beneficiariam exatamente os mais necessitados em seus países).

Qual boleiro, ajudado por seus empresários, nunca ''moveu'' nos contratos, a maior parte da bolada pra rubrica de ''direitos de imagem'' (onde incide menor tributação como IRPF, por ex.) ???

Como um general bem asseverou, há muito tempo, o Brasil não é (nunca foi) um país sério.

"Só os canalhas precisam de uma ideologia que os absolva e justifique." (Rodrigues, Nelsson)
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(19-07-2019, 10:27 PM)Baralho Escreveu: Como um general bem asseverou, há muito tempo, o Brasil não é (nunca foi) um país sério.

Não é, não foi e nunca será. Essas semanas que estou passando aqui me mostram como tomei a decisão certa em querer sair.
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Triste realidade.
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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(19-07-2019, 10:27 PM)Baralho Escreveu: É por quê no Brasil, automobilismo ou tênis são esportes de elite, então por ''default'' seus praticantes seriam privilegiados da sociedade; e o futebol, um esporte das classes baixas, da ascensão social, daí não fica tão ''impopular'' premiar seus ex-jogadores (mesmo de seleção) com esse dinheiro.

Mas esquece-se, na mídia sobretudo, que é exatamente o atleta que chegou na seleção e além disso, disputou uma copa, que passou da condição de ''mais humilde'' para de fato um outro patamar social e financeiro.

Porém como a maioria é ''pino frouxo'', torra toda a grana com GP e cachaça e depois de novamente pobres, reaparecem em programas caça-níqueis de audiência, sobretudo na Record e Band.

O irônico é que no futebol, onde se encontram os casos mais notórios de desvio/sonegação de impostos (que beneficiariam exatamente os mais necessitados em seus países).

Qual boleiro, ajudado por seus empresários, nunca ''moveu'' nos contratos, a maior parte da bolada pra rubrica de ''direitos de imagem'' (onde incide menor tributação como IRPF, por ex.) ???

Como um general bem asseverou, há muito tempo, o Brasil não é (nunca foi) um país sério.

Meu camarada, infelizmente não temos material humano pra isso. Parece racista mas é realidade.
Mas eu vislumbro uma boa perspectiva econômica no Bostil sob a gangue do capitão,  isso falando pra GANHAR DINHEIRO.
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Sou só eu que ainda tem esperanças do Rover dar um feedback por aqui?
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Só o Ego dirá
"Há um amplo fosso de aleatoriedade e incerteza entre a criação de um grande romance – ou joia, ou cookies com pedaços de chocolate – e a presença de grandes pilhas desse romance – ou joia, ou sacos de biscoitos – nas vitrines de milhares de lojas. É por isso que as pessoas bem-sucedidas em todas as áreas quase sempre fazem parte de um certo conjunto – o conjunto das pessoas que não desistem." O andar do bêbado.
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Valeu pelo relato Rover.
Lhe desejo tudo de bom na nova vida na América.

Seria bacana um relato 2.0 atualizado.

Abraço!
Estude e trabalhe muito mais que a maioria. Cool
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O Rover vai ficar putasso se o Biden ganhar.
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Será que o confrade Rover se arrependeu de ir pros EUA? Eu também acho interessante um novo relato ... 2 anos de América e o Apocalypse Biden !
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(08-11-2020, 07:09 PM)ChumLee Escreveu: Será que o confrade Rover se arrependeu de ir pros EUA? Eu também acho interessante um novo relato ... 2 anos de América e o Apocalypse Biden !
Sugiro que vcs voltem 5 casas nesse topico e leem as contradicoes postadas pelo Rover que foram descobertas pelo @Minerim
"É o saldão das balzacas"  Minerin 
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(08-07-2019, 07:58 AM)gRILO Escreveu:
(07-07-2019, 10:28 PM)Mr. Rover Escreveu: Realmente depende muito do lugar, das pessoas, etc. E criar identidade com um lugar tem pontos positivos mas também tem alguns negativos. Os negativos são que se você vive apenas ali e não tem contato com lugares e pessoas diferentes, seus horizontes não se abrem, sua percepção sobre muitas coisas fica diminuída. Isso é claro não conta, se você já for uma pessoa que teve experiências morando e conhecendo muitos lugares diferentes e já tiver uma certa idade também.


Morar em cidade pequena realmente deve ser muito bom. Eu vivi minha vida toda em São Paulo e como você sabe, mudando pros EUA, saí de uma cidade de 20 milhões de habitantes pra uma que tem menos de 1 milhão. Isso fez uma diferença tremenda. No futuro quero ir pra um local que tem menos gente ainda. Algo em torno de 20 mil também.


Só que ai tem uma grande diferença. Enquanto que uma cidade no interior do Brasil com 20k seja diferente de infernos como São Paulo, Rio, Salvador, etc, você ainda está no Brasil. Você ainda está sujeito aos impostos e preços do Brasil. Você está sujeito à bandidagem e leis que só protegem bandido e vagabunda. Você está sujeito à uma retomada do governo pelas forças marxistas da América latina (leia-se Foro de São Paulo), você está sujeito à paralisações (caminhoneiros) e escassez, etc, etc. Você está longe do formigueiro das grandes capitais, mas se a merda bater no ventilador você ainda vai se sujar. Não precisa se mudar para os EUA em si, mas apostar no Brasil à longo prazo é algo que pessoalmente eu escolhi não fazer. O Brasil é um castelo de cartas no meio de um vendaval. Sua cidadezinha realmente é uma maravilha hoje, mas será daqui 10, 15 anos? Você tem como se defender do próprio governo e de outros invasores caso der merda? Caso ocorrer uma "venezuelização"?


Veja só isso abaixo, vi no facebook do meu irmão (pq nem uso mais essa merda) o que o Flavio Augusto postou agora a pouco. Até pedi pra ele copiar a foto e me mandar pra que eu colasse aqui.



[Image: uKIDHFm.jpg]





Acho que nem ele percebeu, mas veja no fim o "hora de voltar pra casa". Ama o Brasil, mas não mora aqui. O Brasil que ele tanto ama não é a casa dele. Não sei se sou só eu, mas ele não ama porra nenhuma. O Brasil é lindo, maravilhoso, Deus é brasileiro, etc. Mas Deus me livre de ter que morar aqui. Foi isso que ele acabou dizendo sem perceber.


O problema do desenvolvimento pessoal que muitos não entendem aqui é que não estão vivendo o presente e não aproveitam as experiências dessa caminhada. Temos que viver o presente. Essa maioria realiza atividades de aprendizado e desenvolvimento que não gostam/não se interessam pensando num resultado futuro apenas.


Por exemplo, neguinho vai treinar na academia como parte do desenvolvimento pessoal? Ok. Mas ele gosta de treinar? Se sente bem em fazer exercício ou só está pensando em resultado estético por causa de vagabundas e do próprio ego? Se você treina e não gosta, acha um desconforto, já está fazendo errado.Não deveria estar fazendo algo que não gosta. Mesmo porque o resultado de se exercitar não é algo que se conquista, é algo que se mantém. Se você não gosta, uma hora vai abandonar e tudo que foi feito antes, terá sido em vão.


Outro exemplo. Vejo na seção de indicações de livros que nego aqui em geral posta muito livro de autoajuda, etc. Vou citar o livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, por exemplo. Eu comecei ler esse livro anos atrás mas não terminei, porque é CHATO PRA CARALHO. Pra seguir tudo que aquele livro ensina, é preciso ser um sociopata. É até ridículo um livro que te ensina afazer amizade com as pessoas. Eu diria que ler aquilo só por "desenvolvimento pessoal" é uma tremenda perda de tempo. De cada 10 livros que leio uns 7 são literatura ficção, 2 são literatura não-ficção (como os recentes da Anne Jacobsen que indiquei) e apenas 1 é de algo que vai me ensinar algo útil pra aplicar no meu intelecto financeiro/profissional/social. Livros tem que ser lazer e não obrigação.


Qualquer atividade de desenvolvimento pessoal que não traz prazer e satisfação em ser realizada, será inútil e NÃO SERÁ INTERNALIZADA. E é preciso ter hobbies, desacelerar a vida de vez em quando também, como citei no Os homens e suas vidas de desespero silencioso. Apenas trabalhar igual um burro de carga pensando num resultado futuro distante, é uma tremenda de uma estupidez.

Você gabaritou em sua análise sobre o Des.Pessoal , é isso aí mesmo que eu internalizei recentemente.  A gente tem que fazer as coisas que dão prazer para nós, porque como você disse, não será internalizado no longo prazo.

Sobre o Brasil em sí, eu achei sua análise um pouco equivocada e pessimista, embora eu te respeite completamente.
Acredito que no Brasil existem vários Brasil, inclusive você citou o exemplo das grandes capitais x cidades pequenas.

é claro que tudo isso que você citou, como a esquerda voltando ao poder são coisas que realmente poderiam acontecer com esse belo país, da mesma forma que os EUA poderiam entrar em guerra com Russia/China e ser bombardeado, então são hipóteses que podem não acontecer. Acredito que não devemos levar a vida dessa forma.

Sobre o Flávio Augusto e seu post, acredito que não é parâmetro para muita coisa, cada um é cada um.

Oque eu quis dizer sobre o Brasil e a comunidade que você está inserida, é que é muito bom você ser reconhecido por sua comunidade , ser convidados para diversos eventos, ir a todos os lugares e conhecer todo mundo, hoje eu valorizo isso bastante.

Se hoje por exemplo, eu mudasse para os EUA, eu teria experiências bacanas ? sim teria, viveria em um país de primeira ? sim. Mas acredito que seria muito sozinho, seria muito difícil criar uma identidade com alguma comunidade, ainda mais falando outra língua. Então hoje eu valorizo muito esse tipo de coisa aqui:
[img]undefined[/img]

Tava dando uma olhada nesse meu comentário e vendo como as coisas mudam em menos de 2 anos. 

Hoje tenho uma visão totalmente diferente disso que escrevi aí. Muito mais parecido com oque o Mr.Rover acredita.

Por isso que temos que respeitar quem está a frente de nós nas experiências, eu disse que ele estava equivocado, mas como o @Héracles mesmo falou: Quem estava equivocado era eu.

A gente tem essa mania que de achar que sabe mais que os outros, mesmo tendo vivido pouco.

Reconheço minha falta de humildade.

Hoje consigo ver a verdadeira realidade do Brasil, dos Brasileiros, os nossos 100 anos de traso em relação aos EUA. A cultura, a politica, o povo...

Então entendo perfeitamente o cara que sai daqui para morar nos EUA.

Inclusive hoje tenho um objetivo antes de morrer que é: Fazer um turnê nos EUA.

Coisa de 90 dias. Descobri que gosto da cultura dos EUA em todos os aspectos, tirando essa parte esquerdista que está se infiltrando no país aos poucos.
Tudo oque te resta é o desenvolvimento pessoal.

https://twitter.com/Oldwiseone8
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Esses brasileiros são complicados
Um homem com escolhas é um homem livre.
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Tópico muito bom, sonho de muitos relatado!!!

Não sei porque senti uma angustia ao ver as fotos, uma certa solidão.

Cara, porque separaste da sua namorada de 4 anos no Brasil ? alegou que não dária uma greencard de graça pra ela e talz, mas se o relacionamento andava bem não fez sentido separar, mas ok, não vou me intrometer nesse assunto!

Deus te abençõe na sua caminhada, tenha fé e seja feliz, seja fraterno e ajude os necessitados (se quiser) já que ta bem de vida !
Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma. Eclesiastes 9:10
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Tópico muito bom.

A gente vai ficando velho e a experiência vai tornando a vida mais interessante. Morei fora por um tempo e tenho muitos familiares e amigos que moram fora e não é unanimidade quanto ao tema "morar fora é muito melhor do que morar no Brasil". Cada pessoa tem uma necessidade diferente da outra, principalmente para aqueles que não ligam para bens materiais. Algumas pessoas descobrem isso depois de alguns anos morando fora, até pq depois de certa idade, muitos perdem o desejo de serem profissionalmente fodões ou de ter uma vida com fácil acesso a bens materiais e só querem ganhar uma grana para curtir uma vida sem grande extravagância, mas com a possibilidade de estar perto de quem elas realmente se sentem seguras por perto: a família.

Eu mesmo fui uma dessas pessoas que em determinado momento, perdi todo o tesão de morar fora. Muitas não irão dizer, mas uma pessoa com uma rotina normal no Brasil, dificilmente terá uma rotina mais interessante fora (guardado as devidas exceções e perfil de comportamento da pessoa). É muito difícil não cair na rotina morando fora, principalmente se vc é só um trabalhador que se mudou para conquistar o tão sonhado Corolla por $10k e casa em um subúrbio pacato e familiar. Mas é justamente nesse momento que começa a sentir falta dos amigos, da família, da comida e etc. Para quem já morou fora, sabe como é em um domingo pela manhã não poder visitar a mãe ou poder tomar uma gelada com os amigos de longa data. E não tem dessa do cara arrumar mulher e filhos, pq somente isso não satisfaz o cara que precisa muito de um contato social com pessoas em quem ele realmente confia e faça parte de sua história.

Dificuldade em ter pessoas de confiança ao seu lado é universal. No mundo todo, todas as pessoas sofrem com más relacionamentos. Talvez nos países sub-desenvolvidos seja mais evidente devido a maior necessidade de ter se relacionar com pessoas que possa de prover alguma coisa, devido as dificuldades econômicos-sociais. 

Morar fora tem algumas particularidades que poucas irão admitir, que são:

1- mesmo depois de anos vivendo fora, ainda continuam interessadas em saber como está o país. É impossível se desligar do país natal. Somente quem mudou quando era criança consegue se desligar;
2- ter uma conversa, seja formal ou informal, na sua língua materna, é sempre mais confortável. O processo de aprender uma língua é complexo, pois vc não aprende somente a língua, vc deve aprende tb como expressar sentimentos considerando a outra língua e a cultura local e isso não é algo fácil;
3- o maior tesão do brasileiro que mora fora é ficar provando que está muito melhor do que quando estava no Brasil. Como tenho muitos parentes e amigos morando fora, acaba por um e outro admitir que está tomando anti-depressivo e que se sente sozinho. Se sentir sozinho em outro país é a reclamação que mais ouvi e diria que é uma epidemia. Muitos sofrem calados.
4- amizade com locais é uma das coisas mais complicadas que existem. O mais comum é ver brasileiros com anos de América, Austrália ou Canadá e 95% de seus relacionamentos mais próximos serem com outros brasileiros. Não conheço sequer uma pessoa que seja a exceção. 

Por fim, morar fora vai depender muita da sua situação por aqui. Em minha opinião e tb já coloquei isso em outros tópicos é que somente vale a pena mudar se vc for um completo fudido por aqui ou se possui alguma característica pessoal que poderá agregar muito em outro país (ex: gosta de lidar com pessoas e tem facilidade de se relacionar / é profissionalmente estabelecido e tem boa experiência na sua área de atuação / é formado em alguma das áreas de computação e é bom nisso / tem um parente que possui empresa com certo sucesso em outro país e lhe convidou para trabalhar e etc).
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Se acabou..

Spoiler Revelar
(16-01-2022, 12:59 AM)Roris Morfí Escreveu: Tópico muito bom.

A gente vai ficando velho e a experiência vai tornando a vida mais interessante. Morei fora por um tempo e tenho muitos familiares e amigos que moram fora e não é unanimidade quanto ao tema "morar fora é muito melhor do que morar no Brasil". Cada pessoa tem uma necessidade diferente da outra, principalmente para aqueles que não ligam para bens materiais. Algumas pessoas descobrem isso depois de alguns anos morando fora, até pq depois de certa idade, muitos perdem o desejo de serem profissionalmente fodões ou de ter uma vida com fácil acesso a bens materiais e só querem ganhar uma grana para curtir uma vida sem grande extravagância, mas com a possibilidade de estar perto de quem elas realmente se sentem seguras por perto: a família.

Eu mesmo fui uma dessas pessoas que em determinado momento, perdi todo o tesão de morar fora. Muitas não irão dizer, mas uma pessoa com uma rotina normal no Brasil, dificilmente terá uma rotina mais interessante fora (guardado as devidas exceções e perfil de comportamento da pessoa). É muito difícil não cair na rotina morando fora, principalmente se vc é só um trabalhador que se mudou para conquistar o tão sonhado Corolla por $10k e casa em um subúrbio pacato e familiar. Mas é justamente nesse momento que começa a sentir falta dos amigos, da família, da comida e etc. Para quem já morou fora, sabe como é em um domingo pela manhã não poder visitar a mãe ou poder tomar uma gelada com os amigos de longa data. E não tem dessa do cara arrumar mulher e filhos, pq somente isso não satisfaz o cara que precisa muito de um contato social com pessoas em quem ele realmente confia e faça parte de sua história.

Dificuldade em ter pessoas de confiança ao seu lado é universal. No mundo todo, todas as pessoas sofrem com más relacionamentos. Talvez nos países sub-desenvolvidos seja mais evidente devido a maior necessidade de ter se relacionar com pessoas que possa de prover alguma coisa, devido as dificuldades econômicos-sociais. 

Morar fora tem algumas particularidades que poucas irão admitir, que são:

1- mesmo depois de anos vivendo fora, ainda continuam interessadas em saber como está o país. É impossível se desligar do país natal. Somente quem mudou quando era criança consegue se desligar;
2- ter uma conversa, seja formal ou informal, na sua língua materna, é sempre mais confortável. O processo de aprender uma língua é complexo, pois vc não aprende somente a língua, vc deve aprende tb como expressar sentimentos considerando a outra língua e a cultura local e isso não é algo fácil;
3- o maior tesão do brasileiro que mora fora é ficar provando que está muito melhor do que quando estava no Brasil. Como tenho muitos parentes e amigos morando fora, acaba por um e outro admitir que está tomando anti-depressivo e que se sente sozinho. Se sentir sozinho em outro país é a reclamação que mais ouvi e diria que é uma epidemia. Muitos sofrem calados.
4- amizade com locais é uma das coisas mais complicadas que existem. O mais comum é ver brasileiros com anos de América, Austrália ou Canadá e 95% de seus relacionamentos mais próximos serem com outros brasileiros. Não conheço sequer uma pessoa que seja a exceção. 

Por fim, morar fora vai depender muita da sua situação por aqui. Em minha opinião e tb já coloquei isso em outros tópicos é que somente vale a pena mudar se vc for um completo fudido por aqui ou se possui alguma característica pessoal que poderá agregar muito em outro país (ex: gosta de lidar com pessoas e tem facilidade de se relacionar / é profissionalmente estabelecido e tem boa experiência na sua área de atuação / é formado em alguma das áreas de computação e é bom nisso / tem um parente que possui empresa com certo sucesso em outro país e lhe convidou para trabalhar e etc).
Você tem um bom ponto.
A vida passa como um conto ligeiro. 
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(16-01-2022, 12:59 AM)Roris Morfí Escreveu: Tópico muito bom.

A gente vai ficando velho e a experiência vai tornando a vida mais interessante. Morei fora por um tempo e tenho muitos familiares e amigos que moram fora e não é unanimidade quanto ao tema "morar fora é muito melhor do que morar no Brasil". Cada pessoa tem uma necessidade diferente da outra, principalmente para aqueles que não ligam para bens materiais. Algumas pessoas descobrem isso depois de alguns anos morando fora, até pq depois de certa idade, muitos perdem o desejo de serem profissionalmente fodões ou de ter uma vida com fácil acesso a bens materiais e só querem ganhar uma grana para curtir uma vida sem grande extravagância, mas com a possibilidade de estar perto de quem elas realmente se sentem seguras por perto: a família.

Eu mesmo fui uma dessas pessoas que em determinado momento, perdi todo o tesão de morar fora. Muitas não irão dizer, mas uma pessoa com uma rotina normal no Brasil, dificilmente terá uma rotina mais interessante fora (guardado as devidas exceções e perfil de comportamento da pessoa). É muito difícil não cair na rotina morando fora, principalmente se vc é só um trabalhador que se mudou para conquistar o tão sonhado Corolla por $10k e casa em um subúrbio pacato e familiar. Mas é justamente nesse momento que começa a sentir falta dos amigos, da família, da comida e etc. Para quem já morou fora, sabe como é em um domingo pela manhã não poder visitar a mãe ou poder tomar uma gelada com os amigos de longa data. E não tem dessa do cara arrumar mulher e filhos, pq somente isso não satisfaz o cara que precisa muito de um contato social com pessoas em quem ele realmente confia e faça parte de sua história.

Dificuldade em ter pessoas de confiança ao seu lado é universal. No mundo todo, todas as pessoas sofrem com más relacionamentos. Talvez nos países sub-desenvolvidos seja mais evidente devido a maior necessidade de ter se relacionar com pessoas que possa de prover alguma coisa, devido as dificuldades econômicos-sociais. 

Morar fora tem algumas particularidades que poucas irão admitir, que são:

1- mesmo depois de anos vivendo fora, ainda continuam interessadas em saber como está o país. É impossível se desligar do país natal. Somente quem mudou quando era criança consegue se desligar;
2- ter uma conversa, seja formal ou informal, na sua língua materna, é sempre mais confortável. O processo de aprender uma língua é complexo, pois vc não aprende somente a língua, vc deve aprende tb como expressar sentimentos considerando a outra língua e a cultura local e isso não é algo fácil;
3- o maior tesão do brasileiro que mora fora é ficar provando que está muito melhor do que quando estava no Brasil. Como tenho muitos parentes e amigos morando fora, acaba por um e outro admitir que está tomando anti-depressivo e que se sente sozinho. Se sentir sozinho em outro país é a reclamação que mais ouvi e diria que é uma epidemia. Muitos sofrem calados.
4- amizade com locais é uma das coisas mais complicadas que existem. O mais comum é ver brasileiros com anos de América, Austrália ou Canadá e 95% de seus relacionamentos mais próximos serem com outros brasileiros. Não conheço sequer uma pessoa que seja a exceção. 

Por fim, morar fora vai depender muita da sua situação por aqui. Em minha opinião e tb já coloquei isso em outros tópicos é que somente vale a pena mudar se vc for um completo fudido por aqui ou se possui alguma característica pessoal que poderá agregar muito em outro país (ex: gosta de lidar com pessoas e tem facilidade de se relacionar / é profissionalmente estabelecido e tem boa experiência na sua área de atuação / é formado em alguma das áreas de computação e é bom nisso / tem um parente que possui empresa com certo sucesso em outro país e lhe convidou para trabalhar e etc).

Você falou tudo meu amigo amigo. Realmente vc já morou fora e sabe como funciona, principalmente na parte dos sentimentos de está solitário longe de tudo e da família, eu vou escrever meu relato , e mandar a real do que acontece morar la fora.
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Volta Rover!
Tudo oque te resta é o desenvolvimento pessoal.

https://twitter.com/Oldwiseone8
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O cara era gente fina, lembro dele, mas aparentemente deu um vacilo e botou toda credibilidade que tinha a perder, fica ai o exemplo, como diria meu falecido avô, quem fala demais da bom dia a cavalo
Oitavo anjo do apocalipse
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