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[RELATO] Um tranco para sair da zona de conforto !
#1
No meu último post falei sobre meus planos de mudar para um bairro mais nobre em São Paulo e que um dos motivos para isso é poder conviver com pessoas mais instruídas, educadas e bem sucedidas. Em um dos comentários o Bye Bye Brasil tocou num ponto interessante: que conviver com pessoas mais ricas, mais inteligentes e instruídas nos força a sair da zona de conforto e buscar sempre melhorar para não ficar para trás. Lembrei de um caso que aconteceu com a Bia e eu alguns anos atrás.


Aproximadamente 6 anos atrás Bia e eu passamos por uma experiência ruim que nos fez, entre outras coisas, perceber que estávamos trilhando a corrida financeira dos ratos e que deveríamos além de eliminar dívidas, curtir mais a vida fazendo coisas para nos divertir mais, até então a gente trabalhava tanto que nossa diversão era dormir! Como gostamos de dançar começamos a frequentar baladas caras de São Paulo. Passamos por um choque de realidade: nos vestíamos mal, não sabíamos nos comportar nesses lugares mais elitizados e principalmente, percebemos como algumas pessoas se cuidam, valorizando o visual acabam por ter mais saúde. Na primeira balada top que fomos, conhecemos um pessoal e Bia ficou indignada ao conhecer uma mulher 15 anos mais velha e 2 filhos com um corpo perfeito, se bobear até melhor que o dela. O marido dessa mulher era também uns 15 anos mais velho que eu e não tinha barriga! Isso sem contar com os papos, totalmente diferentes do que estávamos acostumados a ter, voltamos daquela balada com uma sensação horrível de fracasso e inferioridade.

O que fizemos? Na segunda feira seguinte Bia estava matriculada na academia, doamos todas as caixas de leite integral, pacotes de bolacha recheada e refrigerantes que tínhamos no armário. Daquele dia em diante só compramos leite desnatado e passamos a investir mais em alimentação decente, nunca mias compramos nuggets que eram um dos pratos mais consumidos em casa, jogamos fora a fritadeira e nesse tempo todo se fizemos fritura de imersão em casa umas 3 vezes foram muitas. Percebi que fazia uns 5 anos que não pegava um livro pra ler, que não subia numa bicicleta e que "malemá" conseguia manter um diálogo decente em português, que dirá entender coisas escritas em inglês... Passei a comprar jornais todos os domingos, peguei uns textinhos em inglês para voltar a treinar o idioma. Gradativamente passei a substituir minhas roupas por outras mais modernas (odeio modas, mas não é difícil nem caro um homem se vestir bem), fiz uma limpeza de pele e eliminei a calvície precoce com o barbeador.

No final de semana seguinte, voltamos a mesma casa, dessa vez mais bem vestidos, nem parecíamos o casal jeca-tatu da semana anterior, Bia fez uma maquiagem diferente (assistiu vídeos no YouTube em vez de tentar fazer por conta própria), me vesti de maneira mais condizente com a ocasião, enfim, nos sentimos muito melhor.

Se não tivéssemos começado a frequentar lugares mais sofisticados, com certeza ainda estaríamos nos vestindo mal, gordos e burros. Essas baladas foram o tranco que precisamos tomar para sair da zona de conforto e buscar desenvolvimento pessoal. Se não tivéssemos conhecido o lado sofisticado de São Paulo ainda estaríamos sonhando com pacotinhos de viagem da CVC e com sorte o único país que conheceríamos seria a Argentina, jamais teria coragem de fazer uma viagem por conta própria de 40 dias para os EUA como fizemos no fim do ano passado (até porque ainda teria medo de falar inglês). Não teria arriscado na compra da loja nem no negócio B (que não deu certo, mas tentei e ganhei dinheiro enquanto durou). Não teria conhecido pessoas bem sucedidas e suas histórias fascinantes. Com certeza ainda estaria morando no meu apê no bairro barulhento e enfrentando vizinhos inconvenientes no grito, me nivelando por baixo. 

Depois de tanto tempo, vemos que essa noite infeliz mudou nossas vias de maneira irreversível para melhor. Queremos sempre nos desenvolver, buscar sempre o melhor.  Semana passada estávamos vendo fotos antigas e demos muita risada ao olhar as fotos dessa época, até separamos algumas para imprimir: uma minha de sunga na praia, com o barrigão sobrando para todos os lados, uma da Bia de biquini com certa flacidez totalmente incompatível para os 20 e poucos anos que ela tinha na foto. Colocamos essas fotos na geladeira para servir de lembrete de como melhoramos nos últimos anos e como podemos melhorar mais a cada dia.

Hoje não tenho barriga, tenho músculos firmes e peso proporcional a minha altura, falo inglês relativamente bem (não sou fluente mas consigo manter diálogos com nativos), sou capaz de conversar sobre praticamente qualquer assunto sem cometer muitos deslizes na língua portuguesa. Ah! Diminuímos a quantidade de palavrões e gírias e deixamos um pouco de lado a tradição paulistana de não usar plural! Bia está com corpão cada vez melhor, pele e cabelos lindos, fala espanhol relativamente bem o que gerou um cargo de supervisão no trabalho levando-a a ganhar mais. Nada disso seria possível sem um tranco, sem um choque de realidade que nos fizesse sair da zona de conforto. Pense nisso...

http://coreyinvestidor.blogspot.com/2014/04/um-tranco-pra-sair-da-zona-de-conforto.html
Tudo oque te resta é o desenvolvimento pessoal.

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#2
Sempre penso nisso. Socializar com pessoas de padrão superior ao teu é complicado do ponto de vista psicológico. Nos sentimos fracassados demais. Porém, ao superarmos isto, podemos evoluir sim. É aquela velha história de que somos a média das pessoas que mais convivemos. Esta frase não é uma ciência exata, mas com certeza, a convivência com pessoas de outra classe, faz com que cada vez mais nos aproximemos do nível delas e, isto vale também pro outro lado, quando começamos a conviver com classes menos abastadas, aí ficamos de vez na zona de conforto. É um assunto muito interessante, mas nem todos aguentariam a pressão de ser o pobre de uma turma rica.
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#3
Cuidado para não se tornar arrogante, senti um pouco disso no seu post. Entendo o desejo e a ambição de algo melhor, mas não vai ser APENAS o meio que vai te levar a isso, não se esqueça: ninguém atura babacas arrogantes, quer um exemplo? Jovens de classe média que acham que são o próprio Dan Bilzerian e tratam as pessoas menos abastadas com desdém, até mesmo familiares.

Seja consciente e tenha personalidade pra não se tornar uma pessoa desprezível.
Um homem com escolhas é um homem livre.
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#4
Sai mais barato mudar a mentalidade...
Não precisa ser rico para ser bem instruído, se não tem culhoes agora não é mudando se de domicílio que irá encontrar.
Não é porque a pessoa tem grana é bem instruída.

Afastando se da mediocridade já é um ótimo passo.
"Há um amplo fosso de aleatoriedade e incerteza entre a criação de um grande romance – ou joia, ou cookies com pedaços de chocolate – e a presença de grandes pilhas desse romance – ou joia, ou sacos de biscoitos – nas vitrines de milhares de lojas. É por isso que as pessoas bem-sucedidas em todas as áreas quase sempre fazem parte de um certo conjunto – o conjunto das pessoas que não desistem." O andar do bêbado.
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#5
É um texto perigoso e bastante relativo. Seria mais bem aceito se vc estivesse falando da sua própria experiência.
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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#6
Porque o cara foi na balada uma vez ele mudou toda sua alimentação, parou de comer bolacha e refrigerante, entraram na academia, entraram na moda, aprenderam inglês, descobriram a cura do câncer e ganharam o nobel da paz. E eu sou um astronauta chinês.
  • Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
Leia: Nuvem de Giz
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#7
Achei bem uma história bem frufru e com alta dose de esteriótipos...

Não é absolutamente inútil... mas tem que ser muito bem contextualizado para ser aproveitado.
Enfim, ter boas companhias e conviver com pessoas influentes certamente trás benefícios, mas pode também servir como desculpa pro cara relativar seus fracassos "ainnn moro na favela por isso não me desenvolvo"....

Quem quer alguma coisa, dá um jeito, esteja onde estiver...
"Paulistarum Terra Matter..."
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#8
De uma forma em geral o texto passa uma impressão de que algumas pessoas vivem por "status" para impressionar as outras. Ou seja, mesmo que não goste de determinadas coisas - mas que estão no meio social dos ricos - vale a pena fazer. Ainda que seja bem sucedido financeiramente não quer dizer que é sinônimo de felicidade e desenvolvimento.
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#9
O teor do texto é "o tranco que faz você ir pra frente", nisso eu concordo, todos tomaram um tranco pra começar a sair do lugar, mas esse texto aí. Facepalm

Deve-se tomar cuidado ao mudarmos a nós mesmos, a mudança deve vir por razões legítimas e internas. Muita gente muda a embalagem, mas o conteúdo é o mesmo de sempre ou até pior do que antes devido à soberba e prepotência.
Spoiler Revelar
"Use o sistema contra o sistema, parasite o parasita"
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#10
Eu até tentei ler, mas só vejo estrogênio nesse texto. Os mamilos do ex gorducho deviam estar escorrendo progesterona concentrada enquanto escrevia isso.

Essa é a mentalidade frágil da maioria esmagadora das pessoas. Vivem arrastados pelo fluxo de superfluidades e futilidades do mundo moderno, acabam por agir da forma que for mais confortável, e acreditam no que for mais conveniente.
Mesmo quando acreditam estar "fazendo uma revolução" na vida, apenas estão fazendo fazendo de forma leviana, e aparentemente pela busca de aceitação alheia, como é o caso do texto. Não foi nenhuma motivação genuína, legítima, como o @Trglodita bem frisou, e isso é uma fraqueza extrema, pois está dependente de circunstâncias e influências efêmeras. Só assim conseguem levantar a bunda sebosa  e peluda da cadeira, e se mexer pra buscar progresso.

Cedo ou tarde tudo isso desmorona de alguma forma, mesmo que tenha sido bem sucedido financeiramente. O ego sobe ao além, e não demora muito pra cair, e perceber que internamente tudo continua medíocre.
Como não houve nenhuma mudança real da visão do mundo, uma vontade instintiva de vencer, uma busca inata de evolução com vigor e vitalidade, independente de onde esteja ou como esteja, os atributos superficiais se esvaem e a realidade bate na bunda, mais hora ou menos hora. Mas talvez falta testosterona e uma mentalidade animalesca pra alguns buscarem evoluir de forma independente.
O que resta quando terminam as ilusões? Uma visão realista do mundo talvez.

É como dizia o meu velho amigo Theodore Roosevelt: "Faça o que puder, com o que tiver, onde estiver".
"IT'S ALL ABOUT WORKING BODY, MIND AND SOUL" 

"Todo mundo tem um plano....Até tomar o primeiro soco"  M. Tyson
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#11
É realmente. O sujeito não "mudou de vida" no sentido de ter uma atitude mais pró ativa pq é o certo a se fazer, ou pq ele sentiu internamente que era o correto, fez para ser melhor aceito no grupinho novo de playboyzinhos de baladinha tópi. É uma mudança superficial, caricata, simplesmente para se parecer com o nicho novo, se a "moda" mudar, o sujeito muda junto e assim vai, indo com a maré. Continua chimpa, só que o chimpa "sofisticado" e pseudo intelectual agora.
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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#12
Isso não é um post da Real, parece uma matéria da revista "Marie Claire".
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#13
Há um só equívoco no seu texto, não me refiro a citação ou ao que fora grafado, mas sim ao texto introdutório, o que escrevestes... não é necessário conviver com pessoas mais instruídas ou ir buscar refúgio em um ambiente mais sofisticado para evoluir, seria mais sucinto se transformar em uma pessoas mais instruída para assim posteriormente, atrair pessoas do mesmo nível... é um paradoxo análogo ao texto que citastes, a chave está em "ser" e não em "se tornar". Tu sempre atrairá pessoas do teu "porte", e por incrível que pareça, o ambiente pouco lhe influenciará, a menos que tu sejas uma pessoa demasiadamente "fraca". Gosto sempre de citar o meu próprio exemplo, nasci rodeado pela "ignorância intelectual", alcunhada de "pessoa do mato" como muitos a conhecem, mas não me acho um ignorante, na verdade, nunca me achei.

 O @Bean tem toda razão, se tu não possui a mentalidade correta no presente momento, não é vivendo em uma área nobre que irás conseguir... vale ressaltar que a maioria dos verdadeiros ricos não vivem em áreas nobres, muito pelo contrário, as famílias dos verdadeiros ricos é que regozijam dos frutos de um império forjado por um único indivíduo. Não tenho nada contra, sou indiferente a isso porém, nem todos os "ricos", são verdadeiramente ricos, o sentido da riqueza e da pobreza são semelhantes, toda e qualquer ambiguidade é no fundo uma espécie de retrato refletido de sua margem oposta. Existem "pobres" que agem como ricos e existem "ricos" que agem exatamente como os pobres que agem como "ricos", esses vivem apenas de aparência, reiterando a analogia que fiz no começo, o dono de um império deixa tudo para os seus súditos pois o valor que o trabalho e a realização tem em sua vida, é superior a qualquer luxúria intensa, demasiada e recorrente idealizada por uma massa gigantesca...

 Tenho o prazer de afirmar que a formação do meu caráter foi forjado pela convivência com pessoas ricas de espírito as quais me rodeei, não precisei frequentar áreas nobres, boas escolas, outros países etc, tudo o que aprendi devo a esses mestres que seriam tidos como "pobres" pela sociedade porém, ricos, como poucos que aqui existem. Queria eu permanecer pelo resto da humanidade nessa "pobreza estereotipada" regozijando dos frutos da riqueza espiritual, as grandes mentes que por aqui passaram, fundamentaram esse pensamento... você não vai encontrar um "mentor" em uma área nobre, mas sim buscar refúgio para o próprio mundo que é idealizado por crenças limitantes e apequenadas, e pior, disseminada por mentes alheias...

 Eu não julgo o relato que citastes, querendo ou não é uma forma de mudança, mas nada concreto, palpável, mudar a aparência não é a base de uma mudança duradoura, esses mesmos sujeitos que se desenvolveram após um "tranco" recebido em uma balada de janotas, serão os mesmos em transe de pânico após a idade das células mortas e das rugas acentuadas, quando isso sucumbir à tona, e aí? Recorrerão a procedimentos estéticos e mirabolantes para continuarem no progresso estético e vil? Mudar a aparência é sempre válido mas por si só, pouco representa na escala do bem maior, das grandes conquistas, cuidar da aparência\saúde e aspectos subsequentes não é mais que uma obrigação, "cuide do teu templo assim como cuidas de tua morada"... é de praxe, mas e o desenvolvimento real? A história que tu contarás ao mundo é só essa? Isso serve como relato mas é insignificante do ponto de vista motivacional, não nos mostra raízes profundas e fincadas na mente, não mostra mudança de personalidade... é como um baralho de cartas, após um vento, tudo se esvai, o que resta são relatos vazios e superficiais.

 
 Eu citei o Geraldo Rufino algumas vezes porque realmente o admiro, ele por si é a representação da mudança real, da mudança com base, com raízes, nenhuma casa noturna o mudou, ele por si só foi a verdadeira mudança, você consegue sorrir mesmo sendo "esquisito" ou "estranho" do ponto de vista "social"? Ou depende de uma mudança na aparência para só assim, ter o prazer de sorrir? Entende a diferença? A questão é "ser" e não "se tornar"... o primeiro ocorre no presente, mas já deu o primeiro passo.

 

 

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