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Nessahan Alita - A Guerra da Paixão
#21
20. Textos complementares


Contradição telefônica

A mulher que fornece um número de telefone mas rejeita as ligações que fazemos, chegando às vezes a dizer que a estamos perseguindo (“Ai! Esse cara só fica no meu pé!”), parece estar desejando experimentar as emoções intensas de um desmascaramento e querendo que “ralhemos” com ela.

A lógica do mercado afetivo-sexual

A lógica da atração sexual é tão ridícula quanto a lógica de mercado e idêntica à mesma. Quanto mais bela e voluptuosa for uma mulher, tanto mais valorizada será. Quanto mais destacado socialmente for um homem, tanto mais valorizado será. As virtudes interiores e o desenvolvimento espiritual não valem um centavo e não estimulam a sexualidade de forma alguma.

A espertinha sabe que possui uma mercadoria valiosa (o corpo e o carinho) e não está disposta a dá-la de graça para ninguém. Exige um pagamento e tenta elevar o preço do objeto cobiçado ao extremo, manipulando a mente e o desejo dos pretendentes. Ela se esquece, entretanto, que também possui necessidades e que alguns homens possuem exatamente aquilo que ela precisa. Comunicar que a aceitamos, ao invés de comunicar que a desejamos, nos ajudará a inverter a lógica da perseguição.

De acordo com a lógica do mercado, e portanto também do ridículo “amor”, um objeto valioso confere superioridade a quem o possui e inferioridade a quem não o possui. Quem possui o objeto valioso dita as regras e faz exigências a quem o deseja. Como as mulheres não gostam dos homens sexualmente na mesma proporção em que os homens gostam das mulheres, resulta então que são muito desejadas mas desejam pouco. Elas não nos desejam tanto quanto nós as desejamos, o que nos confere inferioridade e uma posição desfavorável na guerra da paixão. É por isso que nos manipulam e nos escravizam desde a pré-história.

O destaque positivo

O desejo feminino é violentamente ativado pelo destaque positivo (leia-se: não ridículo) do homem em círculos sociais marcados fortemente pela presença feminina. Em outras palavras: elas querem aqueles que as outras mulheres, principalmente as rivais altamente desejáveis, querem. O homem que causa impacto e admiração em círculos femininos é perseguido e assediado. Para que uma mulher chegue ao ponto de assediar e perseguir um homem, ela deve acreditar que outras mulheres, preferencialmente muito bonitas e voluptuosas, também o percebem e desejam. Este é o motivo pelo qual as mulheres não se jogam aos pés dos filósofos: o intelecto costuma despertar admiração somente em homens ou em mulheres muito pouco atraentes.

O ímpeto persecutório feminino não é, portanto, desencadeado pelo homem em si mas sim pelo que acham e sentem a coletividade das mulheres. No mundo delas, nós não existimos e somos secundários mesmo quando somos perseguidos. Como escreveu Esther Vilar, no mundo das mulheres apenas existem outras mulheres.

A perseguição será desencadeada quando o homem se destacar dentre os demais homens, aparecendo e fazendo-se notar mais do que os seus iguais. O homem assediado está no topo da hierarquia dos machos, hierarquia esta que pode ser definida sob múltiplos critérios. Elas querem aqueles que aparecem e não aqueles que ninguém vê. A razão é simplesmente uma vaidade egoísta: fazer inveja às outras mulheres.

Ceticismo constante

O ceticismo constante com relação a tudo de bom que nos é oferecido pelas mulheres nos protege contra surpresas desagradáveis. O ceticismo permite que nos mantenhamos atentos contra as traiçoeiras reações negativas que costumam acompanhar as sinalizações favoráveis.

O desaparecimento súbito

O mau gosto, que algumas damas possuem, de desaparecer repentinamente justamente no momento em que mais queremos que elas estejam conosco (às vezes para sempre) se deve a múltiplos motivos e a variados sentimentos. As principais causas possíveis podem ser: 1) a interferência de um outro homem; 
2) a nossa má performance sexual;
3) a satisfação plena do desejo de continuidade; 
4) uma desesperada tentativa de “virar o barco”.

Desconcertado, o homem geralmente se pergunta o que a espertinha deve estar sentindo à distância e o que sentiu para abandoná-lo. No primeiro caso, o sentimento propulsor do abandono terá sido o apaixonamento pelo rival, o qual provavelmente será mais imprestável do que nós. No segundo caso, será a decepção por não termos adotado uma performance sexual marcante (leia-se sexo intenso e selvagem). No terceiro, o sentimento de bem estar, proporcionado pela exagerada segurança. No quarto, o contrário: a exagerada insegurança por causa do sentimento de rejeição contínua.

Em qualquer caso, a necessidade de contato não é suficiente para mobilizá-la à aproximação e ela se sente melhor longe do que perto. Uma coisa é inequívoca: ela não está louca para reatar o contato e prefere a distância. É bem provável que sua crença seja a de que o homem sofre de amor.

A reversão nem sempre é possível e exige que o homem alcance a fujona para atingi-la nos sentimentos e corrigir os erros que originaram o afastamento.

Elas impedem o luto

As mulheres muitas vezes se afastam subitamente para impedir que elaboremos o luto amoroso e para evitar que as enterremos definitivamente em nossos corações. Fogem de nossas vidas antes de morrerem em nosso imaginário, para permanecerem vivas em nossos corações. Trapaceiras!
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#22
Conclusões


Após a leitura deste volume, espero que o leitor tenha percebido que nós (o autor deste livro, seus leitores compreensivos e os autores em quem ele se inspirou desde o primeiro volume) propomos a resistência pacífica e a tranquilidade interior como estratégias para desarticular a perfídia feminina. Propomos um boicote aos joguinhos, manipulações, artimanhas e ardis. Este boicote somente pode ser levado a cabo por meio da não-ação, a qual exigirá de nós a capacidade de aceitar tudo e devolver as conseqüências de forma justa, e de certas ações corretas. A estratégia que propomos é a mesma de Gandhi: boicotar pelo silêncio e pela recusa. É claro que às vezes é preciso agir, mas ainda assim a ação deverá ser pautada pela justiça e pela ausência de reações mentais e emocionais (sentimentos e pensamentos negativos, destrutivos e prejudiciais).

Refletimos aqui sobre o amor doentio que afeta homens e mulheres na civilização ocidental contemporânea (obsessões por controle, por proibições, por continuidade ininterrupta de interesse, por indução de apaixonamento, idolatria amorosa etc.). Como o leitor atento já deve ter percebido, não argumentamos em favor de sentimentos negativos. Argumentamos contra a paixão e em favor do questionamento e do ceticismo com relação ao mito da mulher indefesa, frágil, inferior e inofensiva. Aqueles que concluírem que somos favoráveis aos sentimentos negativos, terão distorcido a obra. Ser desapaixonado não é ser egoísta, arrogante, manipulador, vingativo, iracundo e nem furioso. Os sentimentos negativos também são paixões e, como Sócrates afirma nos vários livros de Platão, as paixões obscurecem a lucidez da alma, turvam o entendimento e aprisionam o homem nas ilusões, impedindo-o de enxergar a realidade.

Quando uma hipótese ou uma idéia polêmica provoca incômodo, ela deve ser refutada corretamente, mediante a demonstração das falhas em que se baseia, de suas incoerências lógicas internas e de seu baixo poder explicativo, ao invés de ser simplesmente depreciada. Há uma diferença entre refutar um conjunto de idéias e depreciá-lo. A mera depreciação é algo subjetivo e vago.

Nossas conclusões não extrapolam o âmbito dos relacionamentos amorosos, como muitos julgaram equivocadamente. Tudo o que aqui foi dito aplica-se exclusivamente ao campo do amor e a nenhum outro. Espero ter deixado claro que as propostas são válidas apenas para relações estáveis e, portanto, se destinam somente às pessoas adultas.

A conduta paradoxal feminina é que torna as mulheres desconcertantes e lhes confere imensa vantagem na guerra da paixão. A paradoxalidade se traduz por ilogicidade, incoerência, ambigüidade e não-racionalidade (do ponto de vista masculino, que é o usual). Reflete habilidade manipulatória, intuição e inteligência emocional superiores. Temos que superá-las nesses campos e, ao mesmo tempo, renunciar ao desejo de vencer a guerra da paixão se não quisermos ser vitimados por este poder. Pela própria natureza paradoxal do amor, aquele que renuncia à vitória na guerra da paixão é aquele que vence porque desarticula e esvazia o sentido da ação do outro.

O leitor deverá concluir ainda que, ao tratarmos da perfídia feminina, tratamos apenas de um aspecto da perfídia humana total, a qual é muito mais ampla e assume formas qualitativamente distintas no homem e na mulher. Como foi apontado no livro, o homem também possui sua "sombra" e existem mulheres que não se deixam dominar pelo que chamam de seu "lado obscuro", expressando verdadeiramente a face do Sagrado Feminino. 

Não aprofundamos esses dois aspectos por uma simples questão de foco, mas nada impede que o façamos no futuro. Assim, generalizar seria absurdo, uma vez que jamais poderíamos conhecer todas as pessoas da Terra. Há uma diferença imensa entre apontar “as mulheres” que se enquadram em um perfil (após as exceções terem sido previamente eliminadas de sua descrição) e supor que “todas as mulheres” se enquadrem no mesmo. Que se entenda que quando usamos as expressões "tais mulheres", "essas mulheres", "as mulheres", "espertinhas", "manipuladoras" etc. estamos nos referindo exclusivamente às mulheres insinceras que trapaceiam no amor e não às outras. Em uma escala de zero a cem, elas corresponderão em grau variável ao perfil que nos interessou compreender e detalhar aqui: algumas talvez correspondam em pequeno grau e outras em grau elevadíssimo. Nestas o egoísmo emocional pode estar explicitamente manifesto, naquelas outras pode estar latente... Nada direi respeito do percentual de incidência do perfil aqui delineado nas populações dos diversos países, deixando esta indagação para o leitor. Serão elas muitas ou poucas?

Esse livro foi o terceiro volume da série "O sofrimento amoroso do homem" escrito por Nessahan Alita e foi postado aqui para facilitar a consulta e também incentivar a leitura dos clássicos da Real.

Gostou? Então, acesse todos os livros do Nessahan Alita disponíveis em PDF para download e para leitura AQUI!
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#23
(10-06-2018, 12:44 AM)Staff Escreveu:
Ceticismo constante

O ceticismo constante com relação a tudo de bom que nos é oferecido pelas mulheres nos protege contra surpresas desagradáveis. O ceticismo permite que nos mantenhamos atentos contra as traiçoeiras reações negativas que costumam acompanhar as sinalizações favoráveis.

se o homem conseguir seguir so este conselho já evita grande parte dos problemas que elas causam
"A paixão é como o álcool. Entorpece a consciência, elimina a lucidez, impede o julgamento crítico e provoca alucinações, fazendo com que o ser amado seja visto como divino." Como lidar com Mulheres - Nessahan Alita
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#24
Terminei agora. Muito bom!
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#25
Um dos grandes livros dessa geração
Oitavo anjo do apocalipse
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#26
ALITA é como desfrutar uma boa dose de Whisky.

Sem gelo. 2 dedos. E para você principiante um pouco de água para diluir.
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#27
Leio a série de tempos em tempos.
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