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Motivação Negativa: Críticas e humilhações fortalecem o espírito
#1
Ninguém jamais provou que elogios funcionam melhor para edificação do ser humano do que a crítica ou até mesmo a humilhação propriamente dita.
Introjetar no homem, desde a infância, que ele é um bosta ou um fracassado, é a melhor opção quase sempre. Pois quando surgir na vida alguma dificuldade (e certamente irá surgir), esse homem só terá duas opções a seguir, simplificando bastante o problema: superar a dificuldade ou ser vencido por ela.
Se for vencido, tudo bem. Afinal, ele é um bosta mesmo, ou seja, não terá prejuízos e sofrimentos psicológicos adicionais. Se ele vencer a dificuldade, no entanto, sua vitória será épica. Cada momento será saboreado com volúpia e regozijo. Como um herói regresso da guerra de Troia, ele será coroado com louros e desfrutará do sexo selvagem de mulheres exóticas. Este homem sentirá a genuína glória dos lendários guerreiros campeões.
Elogios, por outro lado, tornam as pessoas emocionalmente fracas, mimadas e com baixa tolerância as frustrações.
Críticas e humilhações fortalecem o espírito. Por isso eu gosto da motivação negativa, do tipo:
“Você é um verme. Nunca vai conseguir, seu merda. Lixo humano”.
No Japão esse método funciona muito bem...
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#2
Negatividade funciona em certo nível. Quem cresce em ambientes negativos vai ter muita dificuldade de demonstrar empatia no futuro e vai reproduzir a brutalidade que aprendeu.

Dizer que o Japão, um país onde 44% da população entre 18 e 35 anos é virgem, é um exemplo de triunfo por meio das dificuldades é um tanto complicado.

Um pouco de casca grossa e um pouco de ternura não matam ninguém.
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#3
(25-09-2019, 03:11 PM)Navegante Escreveu: Um pouco de casca grossa e um pouco de ternura não matam ninguém.

Isso me lembrou um velho slogan comunista atribuído a Che Guevara: Há que endurecer, mas sem perder a ternura. É isso?
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#4
(25-09-2019, 03:11 PM)Navegante Escreveu: Negatividade funciona em certo nível. Quem cresce em ambientes negativos vai ter muita dificuldade de demonstrar empatia no futuro e vai reproduzir a brutalidade que aprendeu.

Dizer que o Japão, um país onde 44% da população entre 18 e 35 anos é virgem, é um exemplo de triunfo por meio das dificuldades é um tanto complicado.

Um pouco de casca grossa e um pouco de ternura não matam ninguém.

Certeiro...

As pessoas as vezes insistem em tentar "enlatar" a vida... mas a verdade é que tudo flui em um conjunto imenso de aleatoriedades.
Precisamos ser adaptáveis... cada situação pede uma reação diferente.

A gente não trata a mãe como trata o amigo... não trata o amigo como trata o inimigo e por ai vai.
O mundo é de quem se adapta.

Sobre o tópico, conceito do anti-frágil:
O antifrágil está para além do resilienteO resiliente resiste aos choques e permanece o mesmo; o antifrágil aperfeiçoa-se.
"Paulistarum Terra Matter..."
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#5
Se um fator ou conjunto de fatores/ações deliberam contra si, parece lógico que tal conclusão jamais poderia ser chamada de motivação.

O que pode se chamar motivação é a reação do indivíduo frente a tais ''fatores'', mas não necessariamente negativos, até pelo risco de, se for assim, criar-se um false bias.

E tal reação emerge de valores aprendidos, experienciados, e ruminados (''bufalamente'' falando por assim dizer) até chegar ao ponto de tal modo reativo ser parte de sua psiquê, da mentalidade do indivíduo.

Cabe também, reapresentar outro conceito já sedimentado, ei-lo a seguir...

Não se deve desanimar tanto com as críticas recebidas (que podem ser falsas) assim como também não se deve animar-se com os elogios recebidos.

"Só os canalhas precisam de uma ideologia que os absolva e justifique." (Rodrigues, Nelsson)
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#6
O ódio é um ótimo combustível, realmente.
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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#7
(25-09-2019, 02:52 PM)Duke de Vespa Escreveu: Ninguém jamais provou que elogios funcionam melhor para edificação do ser humano do que a crítica ou até mesmo a humilhação propriamente dita.
Introjetar no homem, desde a infância, que ele é um bosta ou um fracassado, é a melhor opção quase sempre. Pois quando surgir na vida alguma dificuldade (e certamente irá surgir), esse homem só terá duas opções a seguir, simplificando bastante o problema: superar a dificuldade ou ser vencido por ela.
NO PERÍODO DE FORMAÇÃO PSICOLÓGICA DA CRIANÇA SERIA PREJUDICIAL E ELA CARREGARIA SEQUELAS PARA SEMPRE (VIDA MELANCÓLICA) O QUE RESULTARIA EM UM SUICÍDIO, JÁ SE FOR NA ADOLESCÊNCIA SE TORNARIA MAIS PARA FRENTE UMA FORTALEZA E UMA GASOLINA PARA SEUS OBJETIVOS, SÃO DOIS LADOS OPOSTOS DE UMA MESMA MOEDA.
Algumas pessoas nunca enlouquecem. Que vida horrível elas devem levar.
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#8
Difícil falar pra uma criança que é um bosta sendo que nem se formou ainda. O que ele provou para ser considerado bosta?

Isso gera sequelas certamente, por experiência própria.

Não acredito que essa pedagogia funcione. O que tem de ser feito é colocar desafios no moleque, frustrá-lo quando tem de se frustrar, e quando errar mostrar o caminho sem humilhar, e tentar fazer o certo, ensiná-lo de uma forma que ele dará valor nas coisas que só logrará com luta e trabalho.

Nada de passar a mão e falar que ele é especial; é reconhecer (e não recompensar) quando ele faz algo bom, e ir mostrando os caminhos.

Coisa que meu pai não fez, foi totalmente negligente quanto a ensinar malandragem e habilidades manuais. Eu era o zoado na família porque era mimado, não sabia fazer nada, se fosse descascar uma laranja eu me machucava, fazia tudo errado e virava chacota entre meus parentes.

Depois de muito foco, utilizei sim todas essas idiotices que falavam pra mim para me reerguer ao longo dos anos, mas tive sérios problemas de auto-estima, eu acreditava que realmente era um merda. Comecei a trabalhar apenas com 23 anos, com seriedade e foco, dos vinte até ali nos 23 só fazia merda nos serviços.

E só fui trabalhar bem a parte da auto-estima depois dos 36 anos, acreditem. Hoje eu tomo conta de minha vida e das finanças da casa, pois meu pai faleceu recentemente, e ficamos apenas eu e minha mãe aqui.

Virei referência para os mesmos parentes que me criticavam, pois sabem que cuido bem de dinheiro, sou bem estudado, e cuido da minha saúde, beirandos os quarenta anos ainda pareço ter trinta.

Mais uma vez, obrigado aos idealizadores deste fórum e tantas contribuições de anônimos.
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#9
Favor não confundir força de reação e coragem com ódio.

ABRAÇOS.
The absence of virtue is claimed by despair






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#10
(23-12-2019, 09:15 AM)Stumm Escreveu: Difícil falar pra uma criança que é um bosta sendo que nem se formou ainda. O que ele provou para ser considerado bosta?

Isso gera sequelas certamente, por experiência própria.

Não acredito que essa pedagogia funcione. O que tem de ser feito é colocar desafios no moleque, frustrá-lo quando tem de se frustrar, e quando errar mostrar o caminho sem humilhar, e tentar fazer o certo, ensiná-lo de uma forma que ele dará valor nas coisas que só logrará com luta e trabalho.

Nada de passar a mão e falar que ele é especial; é reconhecer (e não recompensar) quando ele faz algo bom, e ir mostrando os caminhos.

Coisa que meu pai não fez, foi totalmente negligente quanto a ensinar malandragem e habilidades manuais. Eu era o zoado na família porque era mimado, não sabia fazer nada, se fosse descascar uma laranja eu me machucava, fazia tudo errado e virava chacota entre meus parentes.

Depois de muito foco, utilizei sim todas essas idiotices que falavam pra mim para me reerguer ao longo dos anos, mas tive sérios problemas de auto-estima, eu acreditava que realmente era um merda. Comecei a trabalhar apenas com 23 anos, com seriedade e foco, dos vinte até ali nos 23 só fazia merda nos serviços.

E só fui trabalhar bem a parte da auto-estima depois dos 36 anos, acreditem. Hoje eu tomo conta de minha vida e das finanças da casa, pois meu pai faleceu recentemente, e ficamos apenas eu e minha mãe aqui.

Virei referência para os mesmos parentes que me criticavam, pois sabem que cuido bem de dinheiro, sou bem estudado, e cuido da minha saúde, beirandos os quarenta anos ainda pareço ter trinta.

Mais uma vez, obrigado aos idealizadores deste fórum e tantas contribuições de anônimos.

Legal, Stum.

Poucas coisas na vida nos enchem mais de DIGNIDADE do que tomar o lugar de nosso falecido pai e cuidar da família. Mantendo todos bem, trazendo conforto sentimental, espiritual e material.

Quanto aos parentes, não ligue. Isso provavelmente te marcou pq você era um completo cabaço de verdade (não que seja culpa sua, seu pai deveria ter te ensinado alguns truques), mas provavelmente eles só falavam por falar... não acho q era algo pessoal. Em certa medida, todo mais novo é zoado na família rs.

Meu pai me botava pra fazer os trampos brutos, e mesmo eu fazendo tudo o que ele pedia, ele vivia berrando que eu era mole e mimado. E olha que eu tinhas uns 13 anos, deveria ter uns 60 kgs, ai de mim se não aguentasse um saco de cimento de 50 kgs kkkkk.

Mas hoje eu vejo claramente... meu pai era jovem, mas tinha muitos problemas com dinheiro e trabalhava em 2 empregos, não tinha paciência pra nada pq vivia esgotado. Mas agora, tem aposentadoria e várias fontes de renda com imóveis e vive tranquilo... ele mudou muito, pq a vida está bem mais fácil.

Hoje, com 32 anos, eu falo isso e ele continua dando risada e dizendo que eu sou mole até hoje kkkk.
"Paulistarum Terra Matter..."
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#11
@Bandeirante Paulista Sim, realmente eu era um cabação mesmo.
No caso do seu pai, acho que depende da forma que ele fala, e depende também do receptor da mensagem.
Eu mesmo não tinha estrutura psicológica pra aguentar críticas e zoações.
Talvez a gente já nasça assim, e temos de ir burilando nosso caráter. Mas tem de haver muita consciência para tal.
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#12
(23-12-2019, 12:05 PM)Stumm Escreveu: @Bandeirante Paulista Sim, realmente eu era um cabação mesmo.
No caso do seu pai, acho que depende da forma que ele fala, e depende também do receptor da mensagem.
Eu mesmo não tinha estrutura psicológica pra aguentar críticas e zoações.
Talvez a gente já nasça assim, e temos de ir burilando nosso caráter. Mas tem de haver muita consciência para tal.

Faz todo sentido.
Não que eu fosse uma fortaleza emocional, era criança e adolescente como qualquer outro.
Mas cresci em uma periferia, então ofensa era algo corriqueiro e eu TENDIA a não levar mal, só retribuía da forma que fui ensinado (xingando de volta e as vezes entrando na porrada).

Na questão familiar, meu pai sempre foi como foi e era democrático na dureza pq tratava todos iguais (com brutalidade kkk), então, novamente, pra mim era normal.
Isso pode ter sido a diferença, eu nunca tive a impressão que era algo direcionado, uma vez que era com todo mundo. Simplesmente tentava evitar as situações gatilho para não tomar bronca (carregava o que tinha que carregar e não reclamava kkk).

Mas que bom que a essa altura do campeonato, seja de uma forma ou de outra, nós entendemos tudo o que aconteceu e pq aconteceu... e melhor ainda, evoluímos com isso.
"Paulistarum Terra Matter..."
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#13




Já podemos inaugurar a ala "Macho Man" nas alas da real, @Admin ? Só homem que não sente dor, não tem sentimentos, não gosta de homens, não gosta de mulheres, não gosta de ninguém, só gosta de macho, porque macho é o que ele curte, e tem que ser macho grosso, se for honrado e justo é coisa de mocinha, tem que ser escrotão mesmo, do tipo que finge que não se importa com ninguém e só tem desprezo, mas que chora porque ninguém gosta dele, mas chora pra dentro, porque é macho.

Ora, vejamos.
Existem níveis de motivação e existem pessoas que simplesmente isso de motivação negativa não vai funcionar.


Se você quer extrair o melhor de uma pessoa, o medo e a coação (o espanto) são as últimas ferramentas, só se a mula realmente empacar.
No mundo a persuasão sempre foi superior a motivação negativa.
Não é à toa que no mundo do marketing quase ninguém mais usa motivação negativa e até mesmo falar mal da concorrente virou motivo de piada, já que se sua concorrente te desse o troco à altura você ia ficar muito mal de ter feito aquela crítica/ofensa/humilhação em público.

Desculpa ao amigo que disse que não há ninguém que provou que elogios ajudam, bom... lhe faltam experiências de vida.
Já vi casos de pessoas que não sabiam ler e que foram incentivadas com elogios as suas tentativas e suporte de outras pessoas, ninguém foi lá xingar ninguém e falar que o cara era um merda que não sabia ler e que nunca iria aprender.

Portanto, se você fala de experiência própria de ter recebido críticas e humilhações e ter evoluído com isso, beleza! Isso é você se moldando de acordo com as suas experiências de vida e é uma coisa extremamente normal.
Agora praticar isso com os outros já é outro nível.

Tudo vai depender bastante da tendência temperamental da pessoa, se você tentar fazer uma crítica ou uma afronta para uma pessoa extrema, seja ela uma colérica ou uma melancólica, você pode receber de volta desde motivação e superação à um ódio colérico e/ou uma depressão profunda.


Sanguíneos e Fleumáticos  geralmente estão cagando pra críticas e não vão dar atenção pra nada, geralmente são esses os menos afetados por serem pouco "excitados" durante um longo tempo, ou seja, eles logo se esquecem das críticas e humilhações e vão tomar uma gelada, mas que por esse defeito acabam "passando por cima dos outros" sem considerar coisas simples como humanidade, por exemplo.

Eu trabalho com a seguinte noção: Incentivo pra quem pode e crítica/ofensa pra quem merece.

Esse é o caminho. Dependendo do tratamento você pode criar uma pessoa forte ou acabar com a pessoa.

Já conheci policial que botou o nome de filho de herói lendário, ficou nessa de criar o filho no aço, botando a criança pra rodar dentro do caveirão e o caralho, mas o filho gosta de Bob Esponja, ursinhos... porque?
A porra do pai não quis entender a personalidade do filho primeiro, saiu botando o filho na favela pra sentir o quente da bala e o moleque arregou e chorou.
Resolveu o problema do moleque? Não, só transformou ele mais em frágil ainda.

A motivação negativa é uma experiência pessoal que deve vir das suas próprias experiências, se você tentar moldar alguém nos mesmos moldes você pode ter a sorte de achar um discípulo, o azar de encontrar um desertor/traidor ou a infelicidade de encontrar um inimigo.

Faça a sua escolha.
The absence of virtue is claimed by despair






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