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[DEBATE] Decisões
#1
Fala confrades,

Venho propor um debate a respeito do melhor modo de tomar decisões, sejam elas totalmente racionais e sentimentais.

Estou lendo um livro poderosíssimo chamado O segredo da mente milionária. Um dos grandes pontos do livro é a respeito do modo como tomamos decisões está intrinsecamente ligado a fortes ligações com emoções passadas. Isto é, um ótimo exemplo dado no texto é sobre uma mulher que fazia um peru sempre cortado em fatias pequenas, um dia seu marido pergunto o porque, ela disse que fazia porque sua mãe fazia assim, ainda, eles fatalmente curiosos ligaram para sua mãe para saber porque ela fazia assim, a mesma disse que fazia porque sua avó fazia, então ligaram para sua avó e ela disse que fazia assim porque sua panela era pequena... Logo era apenas uma mimetização que fazia com que elas imitassem um comportamento que não necessária mente tinha um sentido para elas, mas simplesmente por rações emocionais como a de fazer como minha mãe faz para estar mais próximo da minha dela. Nós estamos fundamentados totalmente com diversos comportamentos desse tipo, sem sentido, perigosos, triviais, porém afetivamente emocionais. Nada contra isso, porém uma vez que tentamos alcançar sucesso em determinado sentido precisamos de todos os meios possiveis para a tal e caso fiquemos ligados a esses fatores emocionais nós estaremos limitados a agir conforme os nosso fundamentos emocionais... 

Em contra partida, li um artigo que estudou o comportamento de pessoas com algum problema na capacidade de sentir emoções. No link você pode conferir que não necessariamente essas pessoas se tornaram genias nos negócios, família, relacionamentos... Entretanto entrando num debate mais profundo sobre esse artigo, as variaveis dessa analise talvez sejam a resposta, pois quando penso em controlar as decisões que foram fundamentas em emoções inúteis ( não pejorativamente ), estamos falando necessariamente de emoções passadas que nos deixaram com certos comportamentos e não sobre emoções momentâneas, como felicidade, agustia, medo. Estamos falando de emoções enraizadas. 


Outro grande ponto do debate que proponho e essa pergunta é também o grande motivo de criar esse tópico é como controlar as emoções de forma eficiente, novamente não as emoções momentâneas e sim as enraizadas no nosso subconsciente que fazem com que adotemos certos comportamentos. 


Por fim, peço que relevem caso tenha confundido algum termo, axioma, ou se tenha interpretado o link que postei errado entre outros erros possíveis.
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#2
A melhor forma de tomar alguma decisão na vida é avaliar risco x retorno. Se você começar sempre a medir o que arrisca e o que poderá ter de volta, isso se tornará tão automático que com o tempo as decisões tomadas por emoções serão poucas.

Não é só sobre dinheiro, é sobre todas as coisas. Se o seu ganho será proporcional ou maior ao que está arriscando, então vale a pena. Caso contrário, não.

Risco x retorno é a palavra chave de qualquer decisão que tomará. Naquelas decisões onde o risco não compensará o retorno, a emoção influenciará descaradamente para compensar a lógica que diz que isso é uma decisão ruim. Então entrará a disciplina para não ouvir as emoções.

"Quando se ama não se raciocina. Quando se raciocina parece que não se ama. Quando se raciocina depois de haver amado, compreende-se porque se amava. Quando se ama depois de haver raciocinado, se ama melhor. Eis aqui o sendeiro do progresso das almas." E. Levi.
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#3
É um tema bem profundo, o homem moderno foi criado para não tomar decisões, aliás, não somente o homem, isso se expande para a sociedade de modo geral, jovens, mulheres, crianças, idosos, existem pessoas que nem ao menos conseguem escolher uma roupa com total convicção e firmeza, é uma verdadeira epidemia, a analogia que coloco na mesa é que as pessoas preferem ir no banco de trás do carro, esperando o destino final sem ao menos saberem qual será, dirigir é pra poucos, na onda do "deixe o vento me levar", ele leva mesmo e te leva pro pior lugar em que tu possa imaginar. Vivemos na era da insegurança, o mundo prepara as pessoas para esta, acredito que tomar decisões esteja relacionado a uma habilidade que pode ser adquirida e aperfeiçoada com o tempo porém apenas com as condições e ambientes corretos, o modo de vida das pessoas determinam o tipo de mentalidade que estas possuem, se você vive uma vida monótona, não corre riscos, não possuí contato algum com emoções que te façam "sentir-se vivo", com toda certeza será um inseguro em potencial que ficará em dúvida se irá comer arroz ou só batata no almoço de hoje.

Acredito que a opinião alheia ainda toma dianteira na escolha de algo perante ao homem médio principalmente na modernidade, "se todos fazem, é o correto" talvez seja essa a forma de pensar dos medianos.
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#4
(16-12-2017, 09:40 AM)Ermac Escreveu: A melhor forma de tomar alguma decisão na vida é avaliar risco x retorno. Se você começar sempre a medir o que arrisca e o que poderá ter de volta, isso se tornará tão automático que com o tempo as decisões tomadas por emoções serão poucas.

Não é só sobre dinheiro, é sobre todas as coisas. Se o seu ganho será proporcional ou maior ao que está arriscando, então vale a pena. Caso contrário, não.

Risco x retorno é a palavra chave de qualquer decisão que tomará. Naquelas decisões onde o risco não compensará o retorno, a emoção influenciará descaradamente para compensar a lógica que diz que isso é uma decisão ruim. Então entrará a disciplina para não ouvir as emoções.

Uma coisa importante, que esqueci de mencionar é que. 

Fazer essa avaliação risco x retorno é algo que todos fazemos, o famoso trade off.

Porém existe um ponto nevrálgico. E quando a maioria das nossas decisões supostamente racionais te levam a situações ruins, dinheiro, relacionamento ? Entre outros.

Pois ainda tomando como base o livro "Segredo da Mente Milionária", todas nossas decisões são tomadas com base em emoções enraizadas no nosso subconsciente. 


Ou seja, como controlar essas emoções enraizadas e tomar decisões logicas ? 

E ainda, como identificar essas emoções raizadas ?
Me respondendo, analisando decisões que foram desastrosas e tentar identificar algum padrão nesse comportamento. E quanto ao resto do problema como devemos agir para prevenir novos deslizes ?
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#5
Creio que cada mente possui seu modus operandi, com base na criação, no ambiente em que se vive e nos recursos envolvidos.

Mas é inegável afirmar que trazemos uma carga emocional junto ao momento decisório. A prática da psicanálise/psicoterapia pode ajudar muito no entendimento de ''o que fazemos, pq fazemos, como fazemos".

O ponto chave que acredito ser essencial para potencializar o poder decisório é o saneamento mental. Período de "baixa" produtividade laboral, mas de observação da mente em simplesmente ser. Pensar sem julgamentos e mapear nossa estrutura cognitiva. Em outros palavras, descanso.

Qual foi a última vez que você se deu o direito de fazer algo sem medo de errar?
Períodos curtos e controlados de "rebeldismo e inconsequência" decisória podem limpar todo o peso que uma vida moderna carrega. Apenas uma provocação, algo a se pensar.
The more fucks you give, the less fucks you get. But the less fucks you give, the more fucks you get. So fuck it.
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#6
Pergunte-se se pode fazer algo, e em seguida se deve mesmo fazê-lo. É um bom começo.
"Primeiro vêm os sorrisos, depois as mentiras; por último, o tiroteio" - Roland de Gilead
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#7
O pessoal sempre dá umas brisadas depois de ler esses livros de auto ajuda voltados ao empreendedorismo.
Cabe um estudo de caso real vivenciado pelo criador do tópico a respeito para ilustrar o tópico.
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#8
Thumbs Up 
(16-12-2017, 12:07 PM)John Cold Escreveu: Creio que cada mente possui seu modus operandi, com base na criação, no ambiente em que se vive e nos recursos envolvidos.

Mas é inegável afirmar que trazemos uma carga emocional junto ao momento decisório. A prática da psicanálise/psicoterapia pode ajudar muito no entendimento de ''o que fazemos, pq fazemos, como fazemos".

O ponto chave que acredito ser essencial para potencializar o poder decisório é o saneamento mental. Período de "baixa" produtividade laboral, mas de observação da mente em simplesmente ser. Pensar sem julgamentos e mapear nossa estrutura cognitiva. Em outros palavras, descanso.

Qual foi a última vez que você se deu o direito de fazer algo sem medo de errar?
Períodos curtos e controlados de "rebeldismo e inconsequência" decisória podem limpar todo o peso que uma vida moderna carrega. Apenas uma provocação, algo a se pensar.
Sim, recentemente li a respeito do como a nossa mente se sente cansada apos uma decisão, mesmo que simples, se tomada varias e varias vezes, sua energia se desgasta de uma forma que afeta outros campos da sua vida como a motivação.
É muito importante o descaço nas tomadas de decisões, como aquele velho ditado, de cabeça quente não se resolve nada.

(16-12-2017, 01:42 PM)Roland Escreveu: Pergunte-se se pode fazer algo, e em seguida se deve mesmo fazê-lo. É um bom começo.

Eu diria que é bíblico. Mais para mim o grande problema está nas decisões que tomamos automaticamente, dia após dia.  

(16-12-2017, 11:36 PM)Aragons Escreveu: O pessoal sempre dá umas brisadas depois de ler esses livros de auto ajuda voltados ao empreendedorismo.
Cabe um estudo de caso real vivenciado pelo criador do tópico a respeito para ilustrar o tópico.

Temos que concordar que certos livros possuem conhecimento poderosos e que se forem levado a serio a nossa vida fatalmente se transformara. Como exemplos as obras do Nassahan que foram por muito tempo o baluarte da manutenção dos fóruns realistas. 

Adoraria contar algum caso, porém, em minha vida seriam somente sobre fracassos. Vejo que tenho certa dificuldade emocional para lidar com decisões e por isso estou estudando a respeito. Talvez eu conte algo no desenrolar do tópico, por hora estou sem tempo também.
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#9
Ouvi de um cara a seguinte frase: "O que você sente é real, mas o que você sente não é a realidade".
Acho que um problema muito grande desse empreendedores que nunca empreenderam e desses livros de auto-ajuda, de como empreender, etc, é que eles se esquecem desse pequeno fato: O que você sente é real.
Todos falam a mesma coisa, "você consegue", "você pode fazer", "não se sinta triste", "seja feliz", bla bla bla. Para mim isso é só punhetação mental.
As dicas financeiras que eles dão são realmente valiosas e não podem ser desconsideradas mas, ao meu ver, quando partem para a pessoa eles falham.

Acho que eles focam muito no o que você sente não é a realidade e usam isso com premissa para te dizer para ignorar seus sentimentos e seguir sempre uma lógica. O problema nessa situação é que ao ignorar o sentimento, ele acaba se acumulando e uma hora ele vai estourar. Com isso, tudo que você conquistou, ignorando o sentimento, pode ir por água abaixo.

Então acho importante essa ponderação "O que você sente é real, mas o que você sente não é a realidade". Deve sempre se ter em mente que o que você está sentido é real e deve, por isso, ser levado em conta. Mas você também deve saber que sentimento não é a realidade.

Devo salientar que não decidir é uma decisão. É a decisão de não tomar partido com relação a um assunto/tema, é a decisão de postergar sua deliberação sobre algo.

Então acho importante se conhecer bem, ter consciência do seu estado normal e saber quando está sob influência de um sentimento. Saber que aquele sentimento é real e pode te levar à uma decisão precipitada. E saber também que aquele sentimento não é a realidade e que após ele, você poderá enxergar a realidade com mais clareza.

Para melhorar seu auto-conhecimento recomendo psicólogos. Mas não os charlatões, que prometem melhorar sua alegria, auto-estima ou qualquer aspecto da sua vida. Recomendo os que se dedicam a te ajudar a se conhecer, mesmo que para isso você vá ficar triste.

Como já disse, é necessário conhecer seu estado natural de ser para então saber se você está ou não sob influência de um sentimento.
Um homem deve fazer o que um homem deve fazer!
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#10
(19-12-2017, 11:26 AM)Leal Escreveu: Ouvi de um cara a seguinte frase: "O que você sente é real, mas o que você sente não é a realidade".
Acho que um problema muito grande desse empreendedores que nunca empreenderam e desses livros de auto-ajuda, de como empreender, etc, é que eles se esquecem desse pequeno fato: O que você sente é real.
Todos falam a mesma coisa, "você consegue", "você pode fazer", "não se sinta triste", "seja feliz", bla bla bla. Para mim isso é só punhetação mental.
As dicas financeiras que eles dão são realmente valiosas e não podem ser desconsideradas mas, ao meu ver, quando partem para a pessoa eles falham.

Acho que eles focam muito no o que você sente não é a realidade e usam isso com premissa para te dizer para ignorar seus sentimentos e seguir sempre uma lógica. O problema nessa situação é que ao ignorar o sentimento, ele acaba se acumulando e uma hora ele vai estourar. Com isso, tudo que você conquistou, ignorando o sentimento, pode ir por água abaixo.

Então acho importante essa ponderação "O que você sente é real, mas o que você sente não é a realidade". Deve sempre se ter em mente que o que você está sentido é real e deve, por isso, ser levado em conta. Mas você também deve saber que sentimento não é a realidade.

Devo salientar que não decidir é uma decisão. É a decisão de não tomar partido com relação a um assunto/tema, é a decisão de postergar sua deliberação sobre algo.

Então acho importante se conhecer bem, ter consciência do seu estado normal e saber quando está sob influência de um sentimento. Saber que aquele sentimento é real e pode te levar à uma decisão precipitada. E saber também que aquele sentimento não é a realidade e que após ele, você poderá enxergar a realidade com mais clareza.

Para melhorar seu auto-conhecimento recomendo psicólogos. Mas não os charlatões, que prometem melhorar sua alegria, auto-estima ou qualquer aspecto da sua vida. Recomendo os que se dedicam a te ajudar a se conhecer, mesmo que para isso você vá ficar triste.

Como já disse, é necessário conhecer seu estado natural de ser para então saber se você está ou não sob influência de um sentimento.

Extremamente perspicaz as sua colocações!

Isso é coencidentemente algo que eu estava estudando agora.
O primeiro passo para tomar decisões em momentos de conflito é a aceitação dos fatos, principalmente aqueles que você provavelmente não conseguira alterar. 

Esses fatos que a gente não consegue mudar, geralmente trazem consigo varias cargas emocionais como a ira, a revolta, a tristeza ou até mesmo a esperança. Sentimentos esses que geralmente nos faz dar um loop no problema. Em alguns casos, movidos pela raiva, sua decisão pode te levar a fazer uma besteira, porém, a esperança também. Por exemplo, movido pela esperança de ganhar milhões você decide arriscar uma bela quantia em bitcoins e acaba tomando no cú tentando fazer um trade (não estou dizendo que isso vai acontecer é um exemplo). 

A aceitação da realidade vai clarear a sua mente para tomar decisões mais coerentes com o valor intrínseco da indagação. 
Então antes de tomar decisões após algum conflito emocional um dos primeiros passos é aceitar a realidade, não ser negativo, raivoso ou esperançoso, ser apenas realista.
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