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Seu cérebro e o pornô – Final
#1
Seu cérebro e o pornô – Final
por Gary Wilson, do blog “Your Brain On Porn“
(Traduzido por The Priest, do Fórum do Búfalo)

[Image: 5X5LZpk.png]

Caso não leu a primeira parte, clique aqui.

Células que juntas trabalham, juntas se programam
Como a anestesia ao prazer impele ao uso contínuo do pornô, seu cérebro começa a se reprogramar(11). Essa reprogramação envolve superprodução de substâncias químicas naturais (delta FosB), e o reforço das conexões entre as células nervosas, facilitando a comunicação entre elas. Isto é o que acontece em todo aprendizado, é o que se chama de neuroplasticidade. Quanto mais intensa a experiência, mais fortes serão as conexões. Quanto mais fortes as conexões, mais fácil será para os impulsos elétricos fluírem por esse novo caminho.

Com o consumo habitual do pornô, você estará aprofundando um canal em seu cérebro. Assim como a água flui por onde ela encontra menos resistência, os impulsos também o fazem, assim como os pensamentos. Assim como qualquer habilidade, quanto mais se pratica, mais fácil é de se fazer. Logo isto se torna automático, sem necessidade de qualquer pensamento consciente. Você formou um profundo canal de pornografia em seu cérebro. 
Uma anestesia ao prazer combinada com um grande canal levando-o a um alívio de curto prazo, é a base de todos os vícios.


Escala e reprogramação
O desenvolvimento da tolerância (anestesia ao prazer) faz com que um viciado precise de mais “droga” para obter o mesmo efeito. Usuários pesados de pornografia chegam a perceber que assim que eles desenvolvem tolerância para seus antigos gostos, eles partem para novas direções na busca de emoções intensas. Muitos procuram por coisas que os chocam – talvez porque o que é proibido e temível, combinado com prazer sexual, oferece um grande estímulo ao cérebro… pelo menos por um tempo.

Por isso, não é incomum que alguém comece a ver pornô com uma foto do traseiro gostoso de uma Jennifer Lopez – e semanas depois se torna excitado com cenas de zoofilia ou estupros.

Quanto mais intensos os eventos associados (orgasmo + vídeo), ou quanto mais essas cenas se repetem, mais forte é a reprogramação. Cada experiência programa novos gostos ao seu cérebro. Se suas preferências sexuais mudaram, seu cérebro também mudou.


Definição de vício?
Alguns acreditam que somente drogas, e não comportamentos, podem causar vícios. Como já mencionado anteriormente, isto é um equívoco. Especialistas na área definem o vício de várias formas. Sucintamente, as etapas de desenvolvimento do vício são as seguintes:

- Comportamento impulsionado por emoções que progridem da busca para a compulsão;
- Uso contínuo sob o risco de consequências adversas, e- Uso contínuo sob o risco de consequências adversas, e
- Perda de controle.

O vício pode vir acompanhado de dependência física e sintomas de abstinência. Muitos usuários compulsivos de pornografia se surpreendem com suas síndromes de abstinência, que se comparam àquelas sentidas por usuários de álcool e drogas.


O que faz a pornografia na Internet ser única?
Está claro que hoje em dia a pornografia na Internet é de fácil acesso, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, gratuito e privado. A forma com que é usada mantém os níveis de dopamina anormalmente elevados por um longo período de tempo, tornando-a especialmente estimulante e potencialmente viciante.

Sites de recuperação frequentemente associam que o vício em pornografia na Internet se deve à combinação de masturbação e orgasmo com atuações estimulantes e chocantes. Com certeza ambos desempenham um papel, mas o que se destaca a pornografia na Internet das demais é:

1) Possui fantasias extremas – centenas de novos parceiros sexuais por sessão. As fantasias são altamente estimulantes, e a pornografia atual não lembra em nada a Playboy, de imagens estáticas e conteúdo finito que seu pai consumia. Os usuários frequentemente relatam que mesmo o sexo real se torna chato em comparação com o pornô.

2) Diferente do que acontece com comida e drogas, onde há um limite para consumo, não existe nenhum limite prático para o consumo de pornografia na Internet. Os mecanismos naturais de saciamento do cérebro não são ativados, até o momento do clímax. Mesmo assim, o usuário pode partir para algo ainda mais chocante para ficar se excitar novamente;

3) Com comida e drogras, a única daneira de progredir no vício é consumindo mais. Com o pornô é possível progredir tanto com “parceiros” de fantasias quanto por assistir práticas sexuais novas e incomuns. É bem comum um usuário procurar por pornografia mais pesada.

4) Diferentemente de comida e drogas, a pornografia na Internet muitas vezes não chega a ativar os mecanismos naturais de aversão. A aversão ocorre quando você não gosta de como uma droga, ou muito purê de batata amanhecido te faz sentir.


Muitos sintomas, uma única causa
Muitas vezes os viciados em pornograf ia sentem uma variedade de sintomas que não conseguem associar ao uso exagerado do pornô. Alguns desses sintomas são:

- Angústia relacionada à progressão em busca de ponografia mais pesada;
- Impotência copulatória (Só se tem ereção com o pornô, e não com parceiros sexuais);
- Masturbação frequente com pouca satisfação;
- Ansiedade social severa, que vai se agravando;
- Aumento da disfunção erétil, mesmo com pornô mais pesado;
- Gostos mórbidos de pornô que não refletem sua orientação sexual (HOCD)(12);
- Dificuldades de concentração, inquietação excessiva;
- Depressão, ansiedade, lapsos de memória.

Há boas razões para acreditar que estes sintomas surgem em decorrência da anestesia ao prazer e a reprogramação cerebral. Ambas são mudanças estruturais do cérebro, que precisam ser revertidas.


Dando um reboot em seu cérebro
Se este fenômeno está por trás de seus sintomas, você precisa restaurar a sensibilidade de seu cérebro. Isto é chamado de “rebooting”. A melhor forma de dar um reboot é dar a seu cérebro um descanso de todo o estímulo sexual intenso – pornografia, masturbação, orgasmo e fantasias sexuais – até que ele recupere sua resposta natural a esses estímulos (Acima de tudo, para muitos usuários a masturbação está fortemente ligada às fantasias, por isso deve-se evitar ambos).

É claro, no princípio isto é muito difícil. O cérebro não pode mais depender do estímulo contínuo da dopamina (e outras substâncias neuroquímicas) associada à pornografia pesada. Suas conexões reforçadas ligando a satisfação de curto prazo a qualquer gatilho que seu cérebro associa ao pornô, estão a mil. Gatilhos como ficar sozinho em casa, imagens picantes ou mesmo stress e ansiedade, ativam a rotina pornô de seu cérebro. A única forma de enfraquecer essas conexões do subconsciente é parar de usar (reforçar) este caminho, e buscar ajuda comportamental. Gradualmente, esse caminho associado à pornografia e à fantasia sexual irá enfraquecer.

O reboot não só vai parar de ativar a rotina pornô, as também vai ajudar seu cérebro a voltar a ter a sensibilidade de antes. Lembre-se, mentes anestesiadas ficam desesperadas por estímulos, e sua liberdade depende de uma mente balanceada. Aí então você poderá escolher entre seguir o caminho da excitação erótica ou ou algum caminho mais saudável. Não é nem necessário dizer que o reboot não vai garantir que você estará seguro contra os efeitos da pornografia na Internet no futuro. O cérebro humano estará sempre vulnerável a uma espiral perigosa estímulos e fantasias, e o cérebro de um ex-viciado em pornografia terá sempre uma forte via erótica, que será fácil de ser reativada.


[11] Termo original: “Rewiring”. Não f oi consultado termo equivalente na literatura médica nacional.
[12] HOCD – Homossexual Obssessive Compulsive Disorder, ou Transtorno Obssessivo Compulsivo relacionado à orientação sexual.

Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.
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