A FÓRMULA MÁGICA

[Héracles]

lamento informar, mas na vida real essas fórumlas não existem.

Na verdade existem sim ...


Na verdade ele está analisando apenas um lado da moeda, o lado do sucesso, da fama ... existem muitos caminhos pelos quais a nossa razão não tem a capacidade de perceber o que se passa.

Mas eu entendi o ponto.

A jornada do Herói não é uma fantasia ou algo criado por algum cineasta, na verdade é um arquétipo do inconsciente coletivo. Não é algo atual, nem tão pouco medieval. Está enraizado nos instintos humanos desde a nossa acensão como espécie ... entender isso explica muita coisa.

Alguém um dia falou que Deus na verdade é antes de mais nada, uma NECESSIDADE básica humana assim como o respirar. Se não existisse Deus ou os deuses, o ser humano não seria "humano"(Jung). Com o herói é a mesma coisa. O ser humano precisa vislumbrar essa jornada para não se perder completamente no vazio existencial e no niilismo patológico que leva a crueldade sem medidas.

A questão é, que como exposto no texto, o chimpa médio espera que o final da jornada caia do céu. Ele não quer passar por todas as etapas que levam ao amadurecimento da essência humana, ou seja, as etapas que nos transformam no herói. Ele quer a glória, mas a glória, no sentido que vemos hoje sendo simplesmente "VISIBILIDADE", essa sim é uma característica moderna implantada nesse arquétipo. 

Herói é e sempre significará uma jornada extensa de muitas provações para chegar finalmente e de bom grado ao entendimento de que só importa o sacrifício em prol do próximo. Os "super-poderes" são uma alegoria para demonstrar que o sujeito em si finalmente entendeu e deu fim a sua autoimportância e autopreservação, e está além dos vícios mundanos. Talvez como diria Nietzsche, você finalmente abre caminho para o "além homem" (Unbermench)  Sem ter identificações com conceitos, e sem ter fixações em vontades, você se torna livre e não há mais nada que não possa ser feito. Cristo é uma das melhores e mais completas personificação do "mito" do herói.  

Esses heróis citados talvez possam ser usados como um lembrete por nós. Que talvez, se nos mantivermos com a cabeça no lugar, sendo um veículo de algo superior, usando a nossa criatividade ativamente, sendo laborais e ativos em vez de amebas passivas... talvez a "sorte" ou o acaso simplesmente apareça. Mas enquanto tivermos essa mentalidade invejosa, de ver a "sorte" alheia como cagada, nada vai mudar. Não importa o que os outros ganharam, importa o que você faz no mundo em prol da evolução de todos a sua volta. Só isso importa.

NOTA: E o Capitão América (Steeve Roges), assim como o Lanterna Verde não foram escolhidos por acaso. Eles tinham um elemento fundamental raríssimo, que encontramos em pouquíssimos seres humanos. Eles eram, antes dos poderes, a personificação do arquétipo do Herói.