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[DEBATE] De Quarentena à Tirania, de Tirania à Rebelião
#1
Boa tarde!

Segue abaixo mais uma tradução para o fórum. Esse texto foi indicado pelo confrade @Temujin e chegou até mim pelo @Libertador.

Antes de iniciarem a leitura os aviso que tive que fazer uma adaptação para a nossa realidade. 
Link do original para consulta: https://www.theburningplatform.com/2020/...-the-sand/

O autor é americano, e por isso, alguns pontos que ele traz no texto, se referem exclusivamente aos problemas que os americanos estão passando. 

Ao ver isso, tive 2 opções: A primeira era manter a originalidade do texto, sacrificando a utilidade pela curiosidade, e a segunda, era fazer a adaptação dele para a nossa realidade, sacrificando a originalidade pela utilidade.

Optei pela segunda opção. 

Porém, isso vale apenas para 10% do texto. No caso adaptei as localidades, medidas governamentais e ações do povo (ao que parece, enquanto que aqui no Brasil só o Presidente disse "gripezinha", lá, metade do povo afirmou isso rsrs). 

Outras observação: Quando vocês verem a palavra "governos", ela se refere tanto às esferas municipais, estaduais e federais, quanto aos governos de outros países. Mas lembre-se que o texto está adaptado para a nossa realidade. 

Caso tenham dúvidas, críticas ou sugestões, deixem no tópico. Espero que a tradução seja útil a vocês. Abraço! 


De Quarentena à Tirania, de Tirania à Rebelião: Onde está a linha divisória?

O Brasil está nebuloso agora. Parece que metade do país está em estado de negação em relação ao perigo enfrentado, enquanto que a outra metade está acordando de sua apatia social ao mesmo tempo que tenta de qualquer forma, se preparar para o pior. E isso está criando uma neblina de confusão sobre o país, pois quando um lado grita “Não é nada, apenas uma gripe, parem de comprar tudo que existe nos mercados …!” o outro lado ignora e continua comprando e estocando produtos (de maneira inexperiente e que prioriza o conforto sobre a praticidade).

Outro dia fui ao mercado para comprar alguns itens periféricos (enquanto eles ainda existem), e pela primeira vez, desde que o COVID-19 começou, notei que as pessoas que moram na minha região pareciam diferentes. O hábito de não se importar com nada, junto daquele olhar indiferente, havia desaparecido de suas faces, dando lugar a uma visão de “caçador”, com os olhos relativamente esbugalhados enquanto eles, nervosamente, andavam pela loja. Nenhum deles estavam mais focados nos seus smartphones. Todos eles estavam em estado de alerta, todos estavam apressados com seus carrinhos, pegando os produtos das prateleiras o mais rápido possível (como se elas estivessem se protegendo de ladrões). Parece que a realidade está se mostrando a essas pessoas da mesma forma que o Tyson mostrava seu direto de esquerda a seus adversários.

De repente, estocar produtos não parecia mais tão louco ou irresponsável, e o povo começou a se virar para sites e fóruns para buscarem informações a respeito de como se prepararem melhor para os próximos meses. Ao invés de estocarem pilhas de papel higiênico pelo conforto psicológico, essas mesmas pessoas agora compram alimentos. As pessoas que estavam nos xingando de “egoístas” e “catastrofistas” agora estão caladas. Eu quase sinto falta delas. No fim das contas, todo mundo está preocupado com a situação, mesmo que por razões diferentes.

Isso é um eco distante dos últimos 2 meses, quando os governos mundiais, assim como a OMS, continuaram menosprezando a ameaça de pandemia e não ofereceram nada de útil ao povo. O “establishment” manteve o povo no escuro não apenas em relação ao vírus, mas também em relação às fraquezas da economia global. Aí do nada, na última semana, eles anunciam que uma ameaça chegou e agora milhões de pessoas se desesperam para se preparar do jeito que podem.

Como eu mencionei em artigos passados, existe uma razão sobre o porque do “establishment” se recusar a informar os cidadãos sobre as instabilidades inerentes aos cenários de pandemia; mantendo o máximo de informações desconhecidas, o quanto for possível, do público, mais pânico cai sobre as pessoas, o que gera mais caos, e esse caos pode ser explorado para beneficiar inúmeras agendas políticas. Essas agendas incluem uma centralização do poder global, assim como a suspensão de liberdades constitucionais.

Agora que um evento de colapso nacional está lentamente sendo aceito por muitos como uma possibilidade legítima, está surgindo o debate sobre quais medidas os governos devem tomar, ou deveriam poder tomar. Aqueles que, como nós, pertencem ao movimento liberal ou conservador, sempre souberam que esse dia iria chegar; o dia no qual o público iria começar a considerar a troca de diversas liberdades (como a económica, política, individual) pelas promessas de segurança.

Mesmo agora, oficiais do governo dizem que suas medidas se forem tomadas a sério, garantirão a segurança da população e que elas farão que o evento dure pouco.

“Não se preocupem!”, dizem eles, “O confinamento irá durar apenas algumas semanas.” Ah, e “Não se preocupem com a economia, ou com a escassez de alimentos, porque isso não são as prioridades”. Você pode olhar para essas mentiras por dois ângulos diferentes:


1 – Os governos estão tentando afastar o pânico, por meio de fazer as pessoas aceitarem o fato de que o sistema está quebrando de maneira bem devagar.


2 – Os governos estão tentando manter as pessoas passivas aos perigos, de modo que quando o sistema quebrar por completo, elas estarão despreparadas e mais sujeitas a serem manipuladas.


Eu acredito que a segunda opção é mais provável, mas de todo modo, os governos estão “aleijando” o povo em dificultar a resposta deles ao desastre. Eles fizeram isso por meses, e ainda estão fazendo.

Portanto, meu argumento é, por que nós devemos seguir suas recomendações ou seguir suas ordens quando a merda for jogada no ventilador? Eles FALHARAM em suas responsabilidades de informar e proteger os cidadãos, e estão à beira de violarem seu juramento principal, que é o de proteger as liberdades individuas que fazem da nossa sociedade, boa de ser viver. De qualquer jeito, sem essas liberdades, não há sentido em deixar o nosso sistema intacto.

O “establishment”, assim como seus defensores, dizem que “TODOS devem fazer sacrifícios” hoje, de modo a manter as liberdades de amanhã, porém, não é dessa maneira que a nossa constituição foi feita para funcionar. As nossas Liberdades SÃO MAIS IMPORTANTES em tempos de crises, porque são nesses tempos que devemos saber pelo que estamos lutando, e contra o que estamos lutando. A sobrevivência é SEM SENTIDO se temos que aceitar a Tirania para alcança-la.

Umas vez que os governos veem uma chance de usurpar as liberdades do povo, eles NÃO COSTUMAM QUERER DEVOLVE-LAS depois, a não ser que o povo se torne um adversário capaz de o derrubar.

Existem aqueles que dizem que uma quarentena forçada é necessária para o “bem-maior” da população. É verdade que o COVID-19 é perigoso, e acredito que as pessoas que dizem que ele “é como uma gripe qualquer” não estão vendo todo o panorama. De fato, a mortalidade desse vírus é maior do que a do vírus da gripe tradicional. Porém, mesmo que esse vírus seja perigoso para muitas pessoas, uma resposta totalitária ainda é INACEITÁVEL.

Esse vírus também é mais destrutivo que qualquer outra gripe recente – não é uma doença no nível da Peste Negra -, mas se continuar matando do jeito que está, diversas pessoas serão colocadas em risco (não apenas na questão da saúde, mas também na questão dos trabalhos). É algo que deve ser levado a sério, e todos aqueles que desencorajam os outros a se preparar contra o pior, são verdadeiramente narcisistas em suas ideologias. Se você não quer se preparar, beleza. Então, não se prepare. Mas não encha o saco dos outros enquanto eles se preparam e tomam precauções, só porque você quer, desesperadamente, estar certo. E também não venha pedir ajuda ou comida para essas pessoas que você encheu o saco, caso o teto comece a cair sobre sua cabeça.

Entenda também que o COVID-19, é apenas parte do problema. A maior parte dessa crise se relaciona diretamente com a Economia. Um colapso foi ensaiado por anos, e o vírus tem muito pouco haver com isso. Esquerdistas irão sair por aí chamando essa pandemia de “matadora de boomers”, quase que torcendo para que todos os conservadores e liberais velhos morram disso. Eu tenho que mastigar para eles que durante o colapso economico que inevitavelmente está chegando, eles terão que limpar seus narizinhos catarrentos e colocar suas fraldas geriátricas, caso contrário, eles não irão sobreviver também; a maioria deles não possuem habilidades para lidar com cenários difíceis e sequer estão preparados para esse cenário. Eles são, essencialmente, uns inúteis.

Se o COVID-19 é um “matador de velhos”, a crise economica é um “Derretedor de floquinhos de neve”.
Como mencionado por vezes em conversas anteriores, essa “Bolha de Tudo” só precisava de um grande evento servindo como um gatilho global, para se implodir completamente (os criadores dessa bolha são os bancos internacionais seguidos pelos bancos centrais). O vírus não é causa do Crash, é apenas uma cortina de fumaça muito boa, que cobre e esconde os verdadeiros maestros dessa crise.

Ignore o vírus se quiser, mas o colapso economico é inegável. Aceite que a emergência nacional e global é real, e mudaremos então para um assunto mais significativo: Aos governos deve ser permitido a implementação de Leis Marciais como medidas de resposta à crise?

Na minha visão, NÃO EXISTE DESCULPAS PARA A TIRANIA, MESMO DURANTE UM EVENTO DE PANDEMIA. A maior parte do público é capaz de fazer o “Isolamento Voluntário” sem a ajuda do governo. Misture a isso uma intervenção estatal, e o você terá pessoas fazendo justamente o oposto. E, além disso, o COVID-19 tem um período de incubação relativamente longo, o que fará, em última instância, que praticamente todas as pessoas sejam “contaminadas”. A Contenção Total de Indivíduos não é uma opção (não funcionou nem na China Comunista, onde o governo pode, literalmente, matar quem se opor às suas ordens). Medidas como Isolamento Social, Quarentena ou qualquer outra coisa podem atrasar a disseminação do vírus, mas não espere que isso o detenha indefinidamente. Logo, qual a razão em sacrificar suas liberdades por uma segurança que é ilusória?

Existe também o argumento da proteção do “Rebanho Imune”, que é bastante viajado. Ou uma pessoa ou grupo é imune, ou eles não são. As pessoas que não são imunes, não colocam as que são, em risco. Isso é fato. Dizer que o vírus pode sofrer mutação em pessoas não imunes e que aí ele poderia colocar as imunes em risco é um argumento de propaganda que ignora a ciência. Geralmente, quando o vírus sofre mutação, ele muda para um vírus menos letal ou infeccioso, e não para um vírus mais letal. Vírus também são programados para sobreviver. Se eles evoluírem para matar TODOS os seus hospedeiros em potencial, isso seria algo contra-intuitivo à sua sobrevivência, e é por isso que eles seguem a outra direção.

De qualquer maneira, falando sobre o COVID-19, não existe esse argumento de “Rebanho Imune” pelo “establishment”, pois o vírus é novo. Não há vacinas e a vasta maioria das pessoas não possuem anticorpos. Ninguém pode argumentar a favor de um lockdown forçado com a razão de manter uma imunidade que não existe.

Finalmente existe a questão da agenda e dos motivos existentes por trás dos crescentes pedidos pela aplicação de medidas no estilo de “Leis Marciais” por causa da pandemia. Por exemplo, no Estado de São Paulo, o governador João Dória se “deu” poderes equivalentes ao do Presidente da República, em resposta à infecção do coronavírus, e isso é algo ditatorial e até mesmo Soviético. Isso se repete por outros estados e prefeituras, e existem casos de que diversos “representantes” obrigaram pessoas a pagarem multas, mandaram a polícia realizar prisões, baniram atividades ao ar livre, fecharam diversos tipos de estabelecimentos, assim como “confiscaram” mantimentos de cidadãos por “motivos de necessidade maior”.

É sério que isso é só para proteger o povo? Como você protege o povo confiscando seus bens, mantimentos ou fechando seus estabelecimentos? Esse tipo de coisa, geralmente é feito em países comunistas, e é feito para proteger o poder do governo, e não as pessoas.

A pandemia não é uma desculpa para os representantes serem uns Tiranos, e eu não irei aceitar isso. Eu, assim como muitas outras pessoas, irei me Isolar Socialmente por um tempo, na esperança de que quando nossos sistemas imunes contraírem o vírus, ele esteja forte o suficiente para lutar contra ele. Nesse meio período, não irei permitir que nenhum agente estatal confisque meus suprimentos “pela minha própria segurança”, ou muito menos pelo “bem-maior”.

Eu não irei responder às perguntas sobre o quanto de suprimentos eu estoquei ou se eu estou doente. Eu não irei ficar parado enquanto bloqueios são colocados pelo país para forçar as restrições de viagem ou forçar que as pessoas façam testes. Eu não irei me colocar na fila de benefícios do governo em troca de meus dados pessoais. E eu irei lutar contra qualquer um que tentar inserir “Leis Marciais” em minha área.

Uma mensagem aos governos: Eu sei que vocês não irão, mas eu sugiro que nos deixe em paz, e que nos deixe realizar por livre e espontânea vontade o auto-isolamento. Seu tipo de “ajuda” não é o que precisamos agora. Vocês (e a elite financeira que se apoia sobre seus ombros) criaram isso, e nós não confiamos em vocês para resolverem esse problema. Vocês deveriam ser responsabilizados e substituídos.

O sistema, por si só, deve ser reconstruido desde seus alicerces e os princípios da liberdade precisam retornar para a vanguarda da sociedade. A Centralização aliada com a Globalização causou grandes problemas e disseminou caos em toda a humanidade; esse colapso apenas reforça o argumento de que nós precisamos tentar algo diferente. Eles irão dizer que o mundo não foi “centralizado de maneira correta” e que um framework global (totalitário) é a solução. Mas, é claro, quem realmente se beneficia disso no fim? O homem comum, ou as elites?

Eles podem criar qualquer solução em nome da segurança pública, mas nós sabemos qual é a verdadeira jogada. Se eles cruzarem a linha da “Lei Marcial”, eu planejo lutar. Não apenas por mim, mas para a próxima geração também. Porque se eu não lutar, as crianças que nascerem dentro desse “sistema” podem nunca saber o que é, verdadeiramente, a Liberdade. Existem destinos piores do que a morte, e viver sob um regime tirano como um escravo, é um desses destinos.
Todo mapeamento começa na visualização e compreensão do espaço, dentro da mente. Tal arte, se dominada, pode trazer muitos frutos positivos. 
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De Quarentena à Tirania, de Tirania à Rebelião - de Geoman - 26-03-2020, 06:03 PM

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