06-05-2020, 05:52 PM
(10-05-2018, 10:08 PM)Remy LeBeau Escreveu: Conde merece todo o sucesso e reconhecimento, independentemente das conquistas pessoais e do respeito conquistado. Uma coisa é fato, anos antes ele já era uma voz ativa nos alertando da merda que estava por surgir na Real: mimimi e vitimismo. Tá foda. É muito choro, é muita discussão que foge do escopo da Real, para análises triviais e sem sentido: "por que ela fez isso comigo? "mas por que ela é assim?" "e agora o que fazer?" e etc. Tirando a parte comportamental e os reflexos que isso causa no homem, pelo amor de Deus, desde quando brincar de Charles Xavier com uma mulher aleatória é Real? Desde quando querer brincar de Mãe Diná e ficar antecipando a próxima foda de uma mulher random com uma vida sexual ativa? Desde quando passou a ser regra fiscalizar cu, xoxota, rola e status civil? Pro caralho. Cadê o individualismo?Este comentário foi/é de grande valia para mim, ainda mais pelo momento que passei.
A simplificação trazida nas reflexões do Conde, aliadas com a máxima legada pelo Doutrinador se prestam para derrubar esses espantalhos de merda, criados por vitimistas, chorões, que deturparam a Real achando que ela sozinha irá massagear o ego feriado. Não, ela não vai massagear nada. Arrisco dizer que ele vai oprimir mais ainda.
O que levanta um homem da lama, do insucesso, da derrota, é a perseverança, força de vontade, motivação, disposição, energia e ambição. Sem isso, esqueça. Pode jogar o texto motivacional que for, decorar N.A, passar vídeo e etc, não tem como. A Real sozinha não se materializa se as ferramentas não forem utiilizadas, e não for convertida em combustível para tirar o homem da inércia.
Outro ponto também que não merece qualquer destaque é aquele butt-hurt natural que fica, mas transitório. Inveja, ciúmes e vingancinha são sentimentos de merda e negativos, incapazes de serem convertidos em qualquer energia. Não importa se indivíduos se desenvolveram nutrindo-os, no final continuam rancorosos, problemáticos, doentes e incapacitados por uma cegueira que torna o mundo completamente binário. Além dos estudos científicos que apontam para o desenvolvimento de doenças, especialmente cardíacas.
Discutir o término de um relacionamento é como dissecar um cadáver. Sua função é unicamente compreender os erros e acertos, os quais se prestarão futuramente em uma evolução do indivíduo com toda aquela experiência (negativa ou positiva). Em outras palavras, é como entender a causa mortis. Qualquer coisa além disso, primeiramente deve ser aplaudida pelo tempo à disposição, noutro lado, deve ser ignorada porque não levará a lugar algum, que não uma porta para um apego, que poderá resultar em algum ciúmes patológico, ou uma âncora que não permitirá que aquele indivíduo siga em frente. É como cultuar o que há de ruim, de inútil, de desnecessário, uma espécie de sadismo voluntário (se é que isso não é um pleonasmo), mas se voluntariar para sofrer inultimente com algo que não trará qualquer retorno significativo e necessário para a vida particular em questão.
E caso não tenha ficado claro, a figura de linguagem em questão é utilizada justamente para pontuar que o término representa a morte. A morte de alguns objetivos, metas, interesses, sentimentos, sonhos e alguns deveres. E a morte é natural, inerente a própria existência da vida.
Se ela irá se fuder, se dar melhor, continuar igual e etc, sinceramente, foda-se.
Com o término do relacionamento, tal realidade sai completamente da esfera de controle do homem. Afinal, não há mais qualquer dever de fidelidade, reciprocidade, convívio e etc, diante do fim inequívoco da relação outrora estabelecida. Assim, por qual motivo é válido tentar controlar fatos que estão além do seu controle? Por qual motivo tentar continuar buscando informações que não são mais relevantes e necessárias? Como disse, é se voluntariar para buscar um novo sofrimento, seja pelo término (com suas particularidades), seja em saber o que ela está fazendo. Absurdo. Bizarro. Ilógico. São indivíduos pobres e fracos de espíritos, que sequer controlam as próprias vidas, ou o que há no seu em torno, mas por um sentimento negativo, querem tentar controlar fatos que estão além de sua ciência e controle. Mas há, por óbvio, uma insistência em remoer tais pontos, como se eles fossem necessários, ou tivessem algum tipo de conexão com a Real, o que é um golpe.
O sucesso em questão é algo factível. Sair do ponto B, na merda, literalmente, e caminhar para o ponto A, em condições mais satisfatórias. Ninguém está "mais ou menos melhor, ou mais ou menos pior", ou se está bem ou se está mal. Logo, não há o que se falar em buscar confrontar um alegado sucesso conquistado, após um dissabor, contra outrem, devido algum ranço não resolvido. É a típica sabotagem clássica, diante da incapacidade de se lidar de forma madura e racional com um término, criando preocupações absurdas com querer brincar de "olha só o que você perdeu". Apego mal resolvido mesmo, em síntese.
Também lembro que o sucesso não é medido pela comparação. Sendo desnecessário buscar outra pessoa e comparar o seu estado atual com o de outro. A ÚNICA COMPARAÇÃO É CONSIGO MESMO, ou seja, não envolve terceiros.
O que vejo é que isso é uma armadilha para se manter um canal de contato com alguém que não integra mais a nossa vida.
Essa evolução necessária deve ser orientada em sair da merda, vencer obstáculos que acabam sendo jogados e colocados, provando que uma adversidade da vida não é o suficiente para derrubar um homem, em que pese o dissabor experimentado. O resto é trivial.
Isso chama a atenção para observar que alguns pontos discutidos na Real, na verdade não são temas realísticos, mas algo que pode ser aprofundado além da própria Real, em outras searas, como, por exemplo, inteligência emocional e maturidade.
Por fim, a Real é na rua, na prática, aplicando a teoria, nas experiências e vivências, mas também é dentro de cada um. Essa brincadeira de "hoje vou dormir realista, mas amanhã vamos ver como vou acordar", ou, "vou dar uma olhadinha aqui e tal, e vou levando pra ver até onde chego", normalmente não acaba bem, ou, até acaba, mas longe da Real, e como sabemos.
Creio ser uma voz isolada, mas passo a acreditar que com o tempo e uma maturidade realística, acaba por se desenvolver uma espécie de sentimento niilista em relação à sociedade. Não em seu sentido negativo, é bom deixar claro. Mas em um sentido libertador, de se afastar de inutilidades, tranqueiras e situações e coisas que nos fogem completamente o controle e o interesse. Não é só um filtro, por exemplo, de se afastar de pessoas inúteis e interesseiras, mas um filtro que nos ensina pelo que lutar, perseverar, selecionar, viver e realmente pelo que se importar. Sendo sincero, é um autocontrole extremamente positivo, com toques de frieza impressionante. Somos monges modernos do século XXI, ou melhor, somos livres.
Abraços.
